Descoberta indica que os ingredientes básicos da vida existem no espaço e não são exclusivos da Terra
Divulgação - A instalação de radiotelescópios do Iram nos Alpes franceses
SÃO PAULO - Uma equipe de cientistas europeus descobriu a presença de glicolaldeído, um açúcar que entra na composição do RNA, numa região do espaço de intensa formação de estrelas, a 26 mil anos-luz do Sistema Solar. A assinatura do glicolaldeído foi detectada por meio de um radiotelescópio do Instituto de Radioastronomia Milimérica (Iram), na França. O RNA é uma molécula fundamental para a vida na Terra.
"Creio que o que descobrimos implica que moléculas que podem estar envolvidas diretamente na origem da vida talvez sejam abundantes em regiões onde planetas e estrelas estão se formando", disse ao estadão.com.br uma das autoras da descoberta, Serena Viti, do University College London.
A presença de glicolaldeído no espaço interestelar já havia sido descoberta na região do núcleo galáctico, mas as condições nessa parte da Via-Láctea são radicalmente diferentes das existentes no restante da galáxia. Já uma região de formação de estrelas como G31.41+0.31, onde ocorreu a descoberta recente, seria mais representativa das áreas onde se pode esperar o surgimento, no futuro, de planetas e, talvez, vida.
"De fato, não sabemos se essas moléculas podem acabar chegando à superfície de planetas", reconhece Serena. "Ao logo dos anos apareceram várias teorias sobre como isso poderia ocorrer, por exemplo, protegidas por partículas de poeira".
A cientista destaca de ninguém sabe, também, como esse tipo de molécula pode se formar no espaço. "Elas poderiam aparecer no gás, embora seja difícil entender como. Em nosso artigo nós especulamos, seguindo idéias anteriores, que se formam na superfície de grãos de poeira, que agiriam como catalisadores". O trabalho será publicado no Astrophysical Journal.
Em junho, outra equipe de cientistas, americanos e europeus, havia anunciado a presença de componentes de DNA e RNA, de origem espacial, em um meteorito encontrado na Terra. Serena acredita que seu trabalho e a análise do meteorito, publicada na revista Earth and Planetary Science Letters, apontam numa mesma direção.
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