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sábado, 5 de dezembro de 2015
MOSQUITO TRANSGÊNICO PARA COMBATER MALÁRIA É DESENVOLVIDO NOS EUA
A criação de mosquitos vetores da malária geneticamente modificados para que transmitam a seus descendentes os genes que bloqueiam o parasita da doença é uma esperança para erradicar totalmente a grave infecção, causa de inúmeras mortes em todo o mundo.
A taxa de transmissão entre mosquitos do gene modificado chega a 99,5%, indicaram os pesquisadores cujos trabalhos foram publicados nesta segunda-feira (23) nos Anais da Academia de Ciências (PNAS) dos Estados Unidos.
O estudo representa um avanço real na técnica genética chamada CRISPR, que consiste em inserir genes que bloqueiam o parasita do DNA dos mosquitos Anopheles stephensi, principal vetor da malária na Ásia e assim garantir que este bloqueador se transmita para os descendentes.
Para comprovar que os mosquitos se transmitiam com efetividade os genes portadores de anticorpos, os cientistas agregaram uma proteína que mudava a cor de seus olhos para vermelho fluorescente. Assim, puderam garantir que quase 100% da nova geração de mosquitos tinha essa característica, o que demonstrou o sucesso da manipulação genética.
Chamando o experimento de “importante primeiro passo”, James destacou que serão necessários outros estudos para confirmar a eficácia dos anticorpos. “Os mosquitos geneticamente modificados que criamos são apenas uma etapa, mas conseguimos demonstrar que esta tecnologia permite criar de maneira eficaz grandes populações de mosquitos geneticamente modificados”, explicou.
A malária é um dos principais desafios de saúde pública no mundo, com mais de 40% da população em risco em diferentes regiões. A cada ano são registrados entre 300 e 500 milhões de novos casos de malária e quase um milhão de pessoas morrem anualmente em decorrência da doença, sobretudo crianças e mulheres grávidas da África subsaariana, segundo os centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês).
FONTE: megaarquivo.com/2015/11/25/12-026-mosquito-transgenico-para-combater-malaria-e-desenvolvido-nos-eua/
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