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sábado, 1 de abril de 2017

CONHEÇA AS 15 CAUSAS DE COCEIRA VAGINAL

A coceira vaginal, também chamada de prurido vulvar, é uma queixa bastante comum, que pode surgir em mulheres de qualquer idade, sejam elas sexualmente ativas ou não. Embora o prurido vulvar seja um sintoma clássico de infecções vaginais, principalmente de candidíase vaginal, existem várias outras situações que podem cursar com coceira na região genital feminina, incluindo alergias e reações a produtos químicos irritantes.

O que são coceira vaginal e prurido vulvar

Coceira vaginal e prurido vulvar são termos frequentemente utilizados como sinônimos, mas que, na verdade, apresentam algumas diferenças, já que vulva e vagina não são a mesma coisa. Chamamos de vulva a parte externa da genitália feminina. A vulva inclui o monte de Vênus, os lábios maiores e menores, o clitóris e a abertura do canal vaginal. Já aquilo que chamamos de vagina ou canal vaginal é o túnel muscular e flexível que faz ligação entre o útero e o meio externo. Portanto, de forma simplificada, podemos dizer que a vulva é a parte externa, enquanto a vagina é a parte interna da genitália feminina. Assim sendo, os termos coceira vaginal e coceira vulvar, se empregados de forma correta, indicam dois sintomas diferentes. Entretanto, como muitas das doenças que provocam prurido vulvar também causam prurido vaginal, e vice-versa, ambos os termos acabam sendo usados de forma intercambiável. Neste artigo vamos usar o termo coceira vaginal de forma mais popular e ampla, envolvendo qualquer comichão que atinja vagina e/ou vulva.

Causas comuns de coceira vaginal e prurido vulvar

A maior parte das causas de coceira vaginal costuma estar relacionada à inflamação da região genital, seja ela causada por infecção ginecológica (vaginite), alergia ou irritação por produtos químicos, tais como sabonetes ou produtos de higiene íntima. Como veremos a seguir, existem múltiplas causas para o prurido vulvar. Sem uma avaliação pelo médico ginecologista é difícil fazer a distinção entre tantas possibilidades, já que os sintomas entre as diversas causas podem ser muito parecidos, havendo corrimento, dor e coceira em praticamente todos os casos. O diagnóstico diferencial, portanto, se dá através do exame ginecológico, da coleta de material da vagina para análise laboratorial e de uma boa avaliação da história clínica da paciente. O tratamento da coceira vaginal depende do correto diagnóstico da causa. O medicamento indicado para tratar uma infecção por fungos é diferente do tratamento para uma infecção bacteriana, que por sua vez não tem nada a ver com o tratamento da coceira por atrofia vaginal.

1- Candidíase vaginal

É provavelmente a causa mais importante de coceira vaginal, não só porque o prurido é um dos sintomas mais intensos, mas também porque 3 em cada 4 mulheres terão pelo menos um episódio de candidíase vaginal ao longo da vida. A coceira vaginal na candidíase costuma vir acompanhada de ardência na região vaginal e vulvar, que pode ocorrer de forma espontânea, mas costuma ser agravada durante a micção ou o ato sexual. Outros sinais frequentes da candidíase são a vermelhidão na região da vulva e o corrimento vaginal, que é habitualmente de aspecto leitoso e sem odor. A candidíase vaginal não é uma doença sexualmente transmissível; crianças e mulheres sexualmente inativas podem tê-la.

2- Vaginose bacteriana

É uma infecção que surge quando há substituição das bactérias naturais da flora vaginal por bactérias patogênicas. Em mais de 90% dos casos, a bactéria responsável pela vaginose é a Gardnerella vaginalis. Múltiplos parceiros sexuais, uso recente de antibióticos de amplo espectro e uso frequente de ducha vaginal são alguns dos fatores de risco. A maioria das mulheres com vaginose não tem sintomas. Entre as que têm, a coceira vaginal não costuma ser muito intensa. Em geral, o corrimento vaginal com mau odor é o sintoma mais importante. Portanto, enquanto a candidíase provoca intensa coceira e corrimento sem odor, a vaginose costuma ter corrimento muito mal-cheiroso com leve coceira vaginal.

3- Tricomoníase

É uma doença sexualmente transmissível causada por um parasito chamado Trichomonas vaginalis. A infecção pelo Trichomonas vaginalis costuma ser assintomática nos homens, mas pelo menos 2 em cada 3 mulheres infectadas apresentam queixas. O quadro clínico mais comum é de inflamação da vagina com corrimento amarelo-esverdeado de odor desagradável associado à dor na hora de urinar e durante o ato sexual e prurido vaginal. O diagnóstico da tricomoníase costuma ser feito através da avaliação microscópica de secreções vaginais obtidas durante o exame ginecológico.

4- Gonorreia

É uma doença sexualmente transmissível extremamente comum, sendo responsável por mais de 200 milhões de casos anuais em todo o mundo. O principal sinal da gonorreia é o corrimento uretral, que é mais fácil de ser percebido nos homens que nas mulheres. Corrimento de origem vaginal (e não uretral) só surge se houver infecção do colo do útero, situação que só ocorre em cerca de metade das mulheres infectadas. Nestes casos, a paciente pode apresentar coceira, dor durante o ato sexual ou corrimento vaginal purulento. Se houver grande inflamação do útero é possível haver também escapes de sangue pela vagina.

5- Clamídia

É a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo, apesar da imensa maioria dos pacientes infectados permanecerem assintomáticos. Nas mulheres, apenas 10% desenvolvem sintomas, que costumam ser corrimento vaginal, coceira vaginal, dor durante o sexo ou ao urinar e sangramento vaginal. Os casos de clamídia sintomática são praticamente idênticos aos de gonorreia, sendo impossível distinguir ambas infecções sem avaliação laboratorial do corrimento vaginal.

6- Menopausa

O revestimento interno da vagina é feito por tecidos que dependem do estrogênio para se manterem saudáveis. A deficiência de estrogênio que ocorre após a menopausa faz com que o epitélio vaginal fique mais fino e frágil, resultando no que chamamos de atrofia da vagina (vaginite atrófica). As paredes vaginais mais frágeis e finas estão mais propensas a ferimentos e irritações e são menos capazes de se manterem úmidas, resultando nos seguintes sintomas: secura vaginal, coceira e dor durante o ato sexual. O tratamento da atrofia vaginal é feito com aplicação intravaginal de estrogênio, que pode ser feita através de comprimido vaginal, anel ou creme.

7- Irritantes químicos

O prurido vaginal também pode ser provocado por irritação da vagina ou da vulva por algum produto químico. Muitas vezes, o culpado é um produto banal, como um sabonete, um amaciante usado na calcinha ou até uma marca de papel higiênico. Na verdade, a lista de produtos químicos que podem causar irritação é imensa; vamos citar apenas alguns dos mais conhecidos: - Preservativos; - Contraceptivos de uso vaginal; - Produtos de higiene íntima; - Sabão em pó; - Perfumes; - Cremes vaginais; - Lubrificantes. Nestes casos, o reconhecimento e a suspensão do uso da substância agressora é essencial para o sucesso do tratamento.

8 – Líquen escleroso vulvar

É uma doença crônica e relativamente comum, que acomete cerca de 1 a cada 30 mulheres após a menopausa.A aparência clássica do líquen escleroso é o de uma camada fina, branca e enrugada que fica localizada nos lábios vaginais menores e/ou nos lábios vaginais maiores, podendo estender-se até a região perianal. O prurido vulvar é o sintoma mais comum e pode ser tão intenso que interfere com o sono. Outros sintomas incluem prurido anal, sangramento retal, dor durante o sexo e dor para urinar.

9 – Higiene íntima inadequada

Uma higiene íntima inadequada inclui os casos de má higiene pessoal e os de higiene íntima excessiva. Ambos extremos podem facilitar o surgimento de infecções que cursam com inflamação e coceira vaginal. Por motivos óbvios, a má-higiene íntima favorece a proliferação de bactérias ou fungos que podem causar irritação, principalmente na região da vulva. Nas crianças, uma má higiene após a micção pode fazer com que a acidez da urina provoque assaduras na vulva, que além de ardência também podem provocar coceiras. Já o excesso de limpeza pode provocar coceira não só pela irritação da vulva/vagina pelos produtos químicos, mas também por eliminar a flora bacteriana natural da vagina, que é um fator de proteção contra bactérias externas. O uso de ducha vaginal também faz parte dos hábitos de higiene equivocados que aumentam o risco de infecção vaginal.

10- Pediculose pubiana ou chato

É uma doença contagiosa causada pelo inseto Phthirus pubis, chamado também de piolho-do-púbis. O principal sintoma da pediculose pubiana é uma intensa coceira na região púbica e ao redor da vulva. A coceira é mais intensa durante a noite e o ato de coçar freneticamente pode provocar feridas na pele. Ao contrário das outras causas de prurido vulvar, a pediculose não provoca corrimento vaginal nem lesões dentro da vagina.

11- Oxiuríase ou enterobíase

É uma verminose intestinal provocada pelo verme Enterobius vermicularis ou Oxiurus vermicularis. O principal sintoma da oxiuríase é a coceira anal, que costuma ser intensa e tem predomínio noturno. Nas mulheres, os vermes adultos podem migrar para locais além do ânus, como a região vaginal, provocando um quadro de vulvovaginite (inflamação da vulva e da vagina), que se caracteriza por coceira e corrimento vaginal.

12- Corpo estranho

A presença de corpo estranho dentro da vagina deve ser sempre pesquisada nos casos de crianças pequenas com queixas de coceira vaginal. Muitas vezes, pequenos brinquedos, pedaços de tecidos ou pequenos objetos podem ter sido colocados na vagina pela própria criança, criando um processo inflamatório que resulta em dor e coceira vaginal. Nos adultos, o objeto estranho pode ser um absorvente interno que tenha sido esquecido.

13- Doenças da pele próximas à vulva

As pacientes que têm algum doença de pele que se estenda até a região genital, tais como eczemas, micoses de pele, psoríase ou urticária, também podem apresentar queixas de prurido vulvar. Nesses casos, o diagnóstico é fácil, pois os sinais e sintomas fora da região genital costumam ser bem claros.

14- Alergia ao sêmen

É uma situação rara, mas que é real. Os sintomas mais comuns da alergia ao esperma são vermelhidão, inchaço, coceira e sensação de queimação na região vaginal. Os sintomas geralmente começam cerca de 10 a 30 minutos após uma relação sexual desprotegida. Em cerca de 2/3 das mulheres, os sinais alérgicos não ficam restritos à região genital, havendo também urticária, rinite e conjuntivite alérgica. Há até casos descritos de reação anafilática ao sêmen. Os sintomas da alergia ao sêmen só surgem quando a mulher tem relações desprotegidas. Quando o parceiro usa camisinha e a mulher não entra em contato com o sêmen, não há sinais de alergia após o ato sexual.

15- Câncer

Tumores na região genital são causas incomuns de coceira vaginal. Em raros casos, um câncer da vulva ou da vagina pode ser manifestar com coceira vaginal. FONTE: mdsaude.com/2017/03/coceira-vaginal.html

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