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domingo, 12 de julho de 2015

IOSACTIS VAGABUNDA: ANIMAL BIZARRO QUE CAÇA PRESAS 15 VEZES MAIORES QUE ELE

Iosactis vagabunda é apenas mais um dos vários horrores que sabemos que vivem no fundo dos nossos oceanos. Essa anêmona transparente, apesar de parecer inofensiva, é capaz de caçar presas com 15 vezes o seu tamanho. Se você está se perguntando por que ela tem esse nome, eu também não sei. Fiz pesquisas em busca da resposta intrigante, mas achei pouca informação sobre esse bicho bizarro – até por que os cientistas estão apenas começando a aprender mais sobre ele.

A pesquisa

Iosactis vagabunda vive na Planicie Abissal da Ferradura, um leito do mar ao sudoeste da Irlanda, a cerca de 4.000 a 5.000 metros de profundidade. Os pesquisadores imaginavam que a espécie era comum nesta área, mas redes de arrasto no fundo do oceano não traziam muitos animais à tona, graças a seus corpos macios e pequenos e a sua tendência de se enterrar. Para saber o que as criaturas transparentes realmente faziam lá embaixo, Jennifer Durden, do National Oceanography Centre (Reino Unido) e seus colegas utilizaram câmeras enviadas em navios de pesquisa e em um submarino robótico para tirar dezenas de milhares de fotografias. Estas câmeras fizeram imagens em intervalos de 20 minutos durante 2 semanas, e em intervalos de 8 horas por mais 20 meses.

As descobertas

Os cientistas descobriram que a I. vagabunda pode cavar túneis subterrâneos e aparecer em um lugar totalmente diferente. Esse não é um processo rápido: as imagens mostram uma anêmona levando mais de 22 horas para afundar em um buraco e emergir a vários centímetros de distância. Durden diz que este comportamento é “bastante incomum”. Algumas outras anêmonas são conhecidas por escavar, mas a maioria das espécies passa suas vidas coladas a um ponto fixo, mais como uma planta do que como um tatu. Outra série de imagens mostrou uma anêmona comendo um verme do mar espinhoso conhecido como poliqueta, que tinha ficado preso em seus tentáculos urticantes. Os pesquisadores estimaram que o verme era cerca de 15 vezes maior do que a anêmona. Levou a boa parte de um dia para a gulosa conseguir devorar a sua refeição. De acordo com Durden, isso também é surpreendente. Há outros exemplos de anêmonas comendo presas grandes, mas não no fundo do mar. “Pensa-se que a maioria das anêmonas de profundidade são alimentadoras de suspensão”, explica Durden, o que significa que elas usam seus tentáculos para filtrar alimento da água. Mas a I. vagabunda parece ser uma predadora. Fotografias também a mostraram usando seus tentáculos para arrancar pedaços de sedimentos do solo.

Mistérios permanecem

Mover-se entre tocas pode ajudar as anêmonas a encontrar melhores áreas do fundo do mar para se alimentar. Se esconder no subterrâneo protege os animais de serem comidos. As anêmonas ficam em suas tocas por uma média de 19 dias e por até 47 dias antes de reemergir. No entanto, Durden diz que é surpreendente que este animal normalmente cauteloso também se faça tão vulnerável ao comer e digerir lentamente presas gigantes. A anêmona que comeu o poliqueta ficou de pé, com o corpo esticado na água, durante 56 horas após a sua refeição. Sabendo agora que I. vagabunda passa tanto tempo no subsolo, os pesquisadores acreditam que estudos anteriores podem ter subestimado enormemente quantos destes animais vivem na Planície Abissal da Ferradura. Eles creem que cerca de metade de todos os animais nesta área poderiam ser anêmonas, até 100 vezes mais do que o estimado anteriormente. fonte: http://blogs.discovermagazine.com/inkfish/2015/07/07/weirdo-deep-sea-anemone-kills-a-giant-worm-goes-for-a-walk/

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