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domingo, 7 de agosto de 2016
QUE TAL USAR O SEU OLHO EM VEZ DE SENHA PARA FAZER LOGIN NO CELULAR?
Lembrar senhas pode ser uma dor de cabeça. Por que então não fazer login no seu gadget apenas com um escaneamento do seu olho?
O hardware e o software para tornar a leitura da íris um recurso chave está começando a chegar aos smartphones e PCs. O processo é simples: um scanner infravermelho em um aparelho vai escanear a sua íris, e verificar sua autenticidade com base em informações criptografadas armazenadas no dispositivo.
Esse é um recurso de destaque do novíssimo Samsung Galaxy Note 7, smartphone top de linha apresentado nesta terça-feira, 02/08. O aparelho possui um scanner de íris acima da sua tela.
Há um sentimento de desconforto sobre um flash de luz projetado no seu olho, mas especialistas acreditam que o scanner de íris é uma forma de autenticação biométrica mais segura do que impressão digital.
Apesar de ser o mais conhecido, o Galaxy Note 7 não é o primeiro smartphone com a funcionalidade. Os aparelhos Arrows NX F-04G, da Fujitsu, e o Lumia 950 XL, da Microsoft, foram lançados em 2015 com o recurso. Segundo o cientista biométrico Asem Othman, do Hoyos Labs, o scanner de íris só deve chegar aos iPhones em 2018.
A Microsoft está avançando nesta área com o uso do scanner de íris como uma forma de fazer login em PCs e celulares Windows 10 por meio do sistema de autenticação biométrica Windows Hello. O objetivo da empresa é acabar com as senhas com o Windows Hello, que também oferece escaneamento de impressão digital e autenticação de padrões.
A leitura biométrica da íris já é usada há anos para verificar identidades, mais notavelmente em aeroportos. Mas possui algumas limitações. Não pode ser usada como um recurso de verificação para pessoas cegas ou com catarata. E fatores como iluminação ruim ou interferências de cílios, por exemplo, podem levar a resultados errôneos, alerta o SANS Institute.
A íris fica atrás da córnea do olho e é responsável por controlar a quantidade de luz que chega à retina. É o único órgão interno prontamente visível na parte externa de uma pessoa, aponta Othman.
“Ao contrário da impressão digital, capturar a íris via biometria é como tirar uma foto, e expressões faciais e efeitos da idade não consegue alterar o seu padrão com facilidade”, destaca o especialista.
O scanner de íris está chegando primeiro aos smartphones top de linha, já que pode ser caro colocar os componentes necessários para a leitura biométrica em celulares mais baratos, em parte porque a tecnologia ainda é nova. E um smartphone com o recurso também demanda um processador poderoso.
A aceitação da tecnologia também é uma questão de tornar a leitura biométrica do olho algo palatável para os usuários padrão. A Apple transformou os leitores de impressão digital em uma tendência com o Touch ID.
A Samsung está trabalhando com empresas como Bank of America para integrar a leitura da íris na experiência de mobile banking com o Note 7.
Hackear um scanner de íris, mas demandaria muito esforço, explica o consultor sênior de segurança da IOActive, Andrew Zonenberg. Será difícil para criminosos comuns violar um aparelho travado por biometria com íris, afirma.
“A íris é melhor do que a impressão digital porque você não deixa sua marca em tudo para onde olha, ao contrário dos traços de impressão digital que ficam para trás”, destaca.
Mas pesquisas já mostraram que técnicas de escaneamento de olho podem ser burladas. Técnicas especiais de enganação podem ser usadas para que sistemas aceitam leituras de íris. Para se proteger disso, o governo dos EUA (pela IARPA) vai começar a financiar o desenvolvimento de sistemas de autenticação biométrica perfeitamente seguros que consigam detectar qualquer pessoa tentando “imitar a sua identidade biométrica”.
Por fim, vale notar que ainda não se sabe sobre possíveis problemas de saúde relacionados ao scanner de íris.
FONTE: http://idgnow.com.br/mobilidade/2016/08/03/que-tal-usar-o-seu-olho-em-vez-de-uma-senha-para-fazer-login-no-celular/
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