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domingo, 29 de março de 2015

AQUECIMENTO GLOBAL ELEVA FREQUÊNCIA E INTENSIDADE DE FURACÕES

A mais detalhada simulação climática para ciclones tropicais feita até agora indica que o aquecimento global deve fazer com que esses eventos extremos sejam não apenas mais fortes mas também mais numerosos. A estimativa foi feita pelo climatólogo Kerry Emanuel, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que agrupou dados de vários modelos de simulação distintos. Num cenário pessimista –no qual não haja corte na emissão de CO2 e a temperatura da Terra suba até 4°C acima dos níveis anteriores à era industrial–, ciclones tropicais seriam de 10% a 40% mais frequentes no ano 2100. E, para piorar, ambos os tipos regionais dessa categoria de tempestade –furacões e tufões– passariam a dissipar 45% mais energia, tornando-se mais destrutivos. Como o planeta abriga cerca de 90 ciclones tropicais por ano, a projeção indica que no fim do século esse número possa subir para até 130. A região mais afetada, segundo a simulação, será a porção asiática do Pacífico Norte, mas a mudança também será notável no Atlântico Norte e no Índico. A ligação entre mudança climática e tempestades mais fortes está na temperatura da superfície dos oceanos. O aquecimento dessa água atua como combustível para os ciclones tropicais. Os modelos matemáticos do clima levam em conta que oceanos quentes influenciam a formação de furacões e tufões. Emanuel calculou sua previsão agrupando dados de seis modelos diferentes, que não estavam entrando em acordo. Como essas simulações não tinham precisão suficiente para ver aspectos de escala menor (os olhos dos furacões, por exemplo), o cientista aplicou um método de “redução”, adaptando simulações globais para explicar fenômenos regionais. Modelos de clima usados anteriormente já indicavam que os ciclones ficariam mais fortes com o aquecimento global, mas não conseguiam prever ainda se eles ficariam mais numerosos também. Mas, com a melhora de precisão, o resultado ficou claro. Segundo o pesquisador, os novos modelos de clima têm não apenas uma carga maior de dados mas também de uma “miríade” de pequenos ajustes nos modelos. Um estudo descrevendo o método está na edição desta semana da revista “PNAS”. Apesar de a previsão ter sido aplicada a um cenário razoavelmente pessimista (subida de 4°C até 2100), algumas pesquisas começam a duvidar de que será possível evitar um aquecimento abaixo de 2°C, o limite tido como “perigoso” pelo painel do clima da ONU (Organização das Nações Unidas). FONTE: megaarquivo.com/2013/07/11/8551-aquecimento-global-eleva-frequencia-e-intensidade-de-furacoes/

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