Depois de séculos abrindo corpos humanos e documentado rigorosamente tudo que é encontrado lá dentro, poderíamos pensar que os cientistas já tinham descoberto praticamente tudo o que há para saber sobre o nosso organismo. Estaríamos errados.
1. Há botão de “liga/desliga” em nossos cérebros
Na medicina de Hollywood, se você leva uma batida na cabeça, perde a consciência pelo tempo que leva transportá-lo até o próximo ponto da trama. Se isso acontecer com você na vida real, as probabilidades de você nunca acordar de novo são bem maiores.
Mas, até recentemente, os cientistas não tinham certeza de por que isso acontece. Em 2014, eles resolveram sondar o cérebro humano e descobriram que há um botão de “liga/desliga” da consciência. Esse:
O experimento foi realizado como parte de uma investigação sobre a epilepsia, mas o que os pesquisadores descobriram foi o equivalente biológico de segurar o botão do seu PC até que a tela fique preta.
Tecnicamente, esse botão é chamado de “claustro”, e os cientistas agora sabem que estimulá-lo com um pequeno choque elétrico pode deixar uma pessoa inconsciente. Estimulá-lo novamente faz a pessoa recuperar o senso. No entanto, não é bom brincar muito com isso, né? Nunca se sabe quando alguém pode acordar com uma personalidade assassina.
2. Cientistas descobriram células-tronco em dentes humanos adultos
Células-tronco são o Santo Graal da ciência médica, uma vez que podem se transformar basicamente no que quiserem. Em última análise, isso significa que podemos ser capazes de crescer novos órgãos sob demanda, em vez de ter que esperar por raras doações.
O problema é que as células-tronco existem apenas dentro de fetos humanos, e há algo sobre o conceito de “colher embriões” que tende a perturbar as pessoas. Felizmente, os cientistas podem ter descoberto uma maneira de estudar células-tronco sem estabelecer o caos ou possibilitar o apocalipse: eles encontraram recentemente células-tronco relaxando de boa em dentes de adultos.
O achado também contesta a suposição de longa data que as células-tronco só percorrem um caminho, ou seja, começam como células-tronco e se transformam em algo mais específico, mas não o contrário. Neste caso, os cientistas observaram células nervosas dentro dos dentes se revertendo espontaneamente em células-tronco novamente. É o equivalente biológico de “des-assar” um bolo.
Os pesquisadores até encontraram as mesmas células em ratos. Em um experimento, eles acertaram os animais com um laser, estimulando suas células-tronco a regenerar os dentes danificados. Agora, os cientistas estão analisando se podem ou não aproveitar o poder dessas células a fim de crescer outros tipos de tecido.
3. Uma nova parte do corpo foi “reconhecida” em 2013
Nossos joelhos são peças surpreendentemente complexas – tanto que a cirurgia nessa parte do corpo é notoriamente difícil e propensa a falhas. Recusando-se a acreditar que isso é um reflexo negativo de suas próprias habilidades, os cirurgiões sempre procuraram um motivo biológico para explicar por que essas operações fracassam tantas vezes.
Assim, pesquisadores belgas decidiram que algo devia estar faltando em sua compreensão da anatomia, e saíram em busca dos segredos escondidos do joelho. Eles descobriram que havia um ligamento previamente desconhecido que podia resolver o velho enigma. Na verdade, o ligamento havia sido descrito em 1879 por um cirurgião francês chamado Paul Segond, mas seus colegas não deram credibilidade à sua hipótese porque não acharam que ele tinha evidências suficientes.
Agora que a descoberta belga confirmou a existência da coisa, essa nova parte do corpo recebeu o nome de “ligamento ântero-lateral”, e sua investigação mais profunda provavelmente vai levar a grandes avanços no campo da cirurgia no joelho. O que nos faz perguntar: quantas mais partes do corpo ainda podem ser descobertas como resultado de séculos de arrogância médica? A maioria de nós ficaria muito feliz em saber que há um segundo fígado flutuando no corpo em algum lugar.
4. Micróbios em seu intestino influenciam sua vida diária
A ciência sempre soube que pequenas criaturas, conhecidas como “microflora intestinal”, vivem em várias partes do nosso corpo. Mas só recentemente os pesquisadores foram capazes de vislumbrar toda a extensão da sua influência. Alguns cientistas consideram agora o nosso ecossistema interno um órgão em si, tão importante quanto o fígado ou o pâncreas.
Por exemplo, os micróbios em seu intestino ajudam a regular seu metabolismo, a reforçar seu sistema imunológico e a combater doenças. Há cerca de 100 trilhões deles vivendo dentro de você, representando cerca de 1 a 2 quilos de seu peso corporal total.
Mas nem todos esses micróbios são benevolentes. Alguns decidem usar seu poder para o mal. Estudos recentes têm sugerido que certos tipos de micróbios do intestino evoluíram para influenciar o nervo vago (o nervo que liga o cérebro e o intestino), e podem nos forçar a desejar certos alimentos.
Estes micróbios preferem alimentos ricos em gordura ou açúcar do que alternativas mais saudáveis, e podem ser parte da razão pela qual algumas pessoas não conseguem resistir certas porcarias. Através da liberação de substâncias químicas que estimulam nosso sistema nervoso e afetam nossos desejos, ou de substâncias que nos dão satisfação quando suas exigências são atendidas, esses manipuladores perniciosos podem efetivamente ditar nossas escolhas alimentares de acordo com seus próprios caprichos.
Sendo assim, pensa-se que estes mestres gananciosos podem ser parcialmente responsáveis pela epidemia atual de obesidade e diabetes. Felizmente, é possível vencê-los em seu próprio jogo, fazendo uma dieta e abstendo-se dos alimentos que eles mais gostam. Isso, eventualmente, pode os exterminar (e talvez você perca mais do que apenas 1 a 2 quilos).
5. Há minúsculas aranhas vivendo em sua cara agora
No ano passado, cientistas apontaram um microscópio de elétrons de alta potência para rostos humanos e gritaram. O que eles viram parecia mais ou menos com isto:
Essa coisa é um minúsculo aracnídeo conhecido como “
Demodex brevis”, que vive em seus poros. Sim, nos SEUS poros mesmo. Os pesquisadores descobriram que precisamente 100% das pessoas examinadas eram o lar de colônias maciças desses pequenos parentes de aranhas.
Como você pode imaginar, algumas pessoas reagem mal a ter ácaros festejando em sua cara. Agora, os pesquisadores acreditam que uma condição comum de pele chamada rosácea, que leva a erupções cutâneas e inflamação, pode ser causada por uma reação imune a esses monstros que se aproveitam de nós.
Se você quer ouvir mais más notícias, eu tenho: essas criaturas horrendas não têm bundas, mas isso sequer os impede de usar seu rosto como toalete. Quando eles morrem, explodem todo esse cocô acumulado na sua cara. Assim, sem nem dar um aviso.
fonte: cracked.com/article_22180_5-insane-things-we-recently-discovered-in-human-body_p2.html
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