A CHAVE QUE ESPALHA O CÂNCER

Cientistas acabaram de dar mais um passo em direção à cura do câncer. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA) descobriram um mecanismo-chave que controla o movimento das células pela corrente sanguínea, segundo um artigo publicado na revista”Proceedings of the National Academy of Sciences”. Entender como o câncer se espalha pode melhorar a eficácia dos tratamentos.
A metástase é a disseminação dos tumores e significa, na maioria dos casos, que a doença está em grau avançado.Este mecanismo é o que leva o doente à morte.A partir daí, qualquer tratamento é apenas paliativo.
De acordo com o autor do estudo, algumas moléculas são responsáveis pela saída das células cancerosas do local onde elas se encontram.Quando essas células caem na corrente sanguínea, ligam-se às tais moléculas e continuam a viagem atravessando a parede dos vasos até alcançarem tecidos do corpo.Pra saírem do sangue,basta que as células cancerosas se juntem a essas moléculas. A adesão não pode ser muito forte e nem muito fraca.Há um ponto-chave que permite a disseminação.
Segundo ele, a combinação das moléculas na superfície das células cancerosas atua como uma espécie de código de barra: há uma identificação, um encaixe, que encaminha essas células para outros locais.
Todas as descobertas que dizem respeito aos mecanismos de metástase têm profunda importância.Mas é preciso entender que o câncer é um conjunto de mais de cem doenças.Tumor de intestino é diferente de câncer de mama. É aí que está a dificuldade.
São duas vias de disseminação
Os oncologistas explicam que há duas formas diferentes de metástase.A disseminação pode ocorrer através do sangue ou por vias linfáticas.
Mas, segundo eles, muitos tumores podem ser suscetíveis às duas vertentes. É o caso do câncer de mama.Por isso, a paciente pode apresentar gânglios nas axilas.
No caso de metástase provocada por disseminação via vasos linfáticos, a pesquisa não significou grande avanço.Eles acrescentam ainda que as células de um tumor não são homogêneas: só algumas têm a capacidade de se desenvolver à distância. São essas que provocam a metástase.
COMO A DOENÇA CHEGA À METÁSTASE
O crescimento de um tumor ocorre pela ativação de formas alteradas de genes
Célula geneticamente alterada
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A
1. O desenvolvimento do tumor começa quando uma célula (A) sofre uma mutação genética que a faz continuar a se replicar, quando deveria cessar o processo de multiplicação.

Hiperplasia
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B

2. A célula alterada e as demais parecem normais. A anormalidade está na multiplicação excessiva (hiperplasia). Depois, uma destas células anormais (B) sofre outra mutação, que faz perder o controle sobre seu crescimento.

Displasia
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C

3. Além de proliferar excessivamente, a descendência tem forma e função diferente.O tecido onde está a célula é considerado com displasia. As células com displasia sofrem uma mutação mais rara (C)

Câncer localizado
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D

4. O crescimento e a forma das células se tornam ainda mais anormais e o tumor é formado. Em muitos casos de câncer, algumas células cancerosas sofrem mais mutações (D).

Câncer invasivo

5. As mutações genéticas podem dar ao tumor capacidade para invadir outros tecidos e liberar células no sangue ou nas vias linfáticas. Formam-se novos tumores (metástase)


AS FORMAS DE TRATAMENTO

Quimioterapia - é usada quando o câncer está disseminado.As drogas entram na corrente sanguínea e atingem todo o organismo.

Radioterapia – é indicada para casos em que o tumor está localizado em um ponto específico, já que está terapia só tem ação no local.
Hormonioterapia - é usada para tipos de câncer, como de mama e de endométrio, causados por distúrbios hormonais ou que respondem a bloqueadores ou estimulantes hormonais.

Imunoterapia – consiste na injeção de anticorpos contra as proteínas HER-2 (também presentes em alguns tipos de câncer de mama e linfoma), comandam a divisão das células cancerosas e permitem o crescimento do tumor.

Cirurgia – é utilizada para tumores localizados