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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

MULHERES BUSCAM PARCEIRO IGUAL AO PAI

Um novo estudo reforça as ideias de Sigmund Freud e seu Complexo de Édipo – que, na versão feminina, também pode ser chamado de Complexo de Electra. A descoberta de que as fêmeas realmente tendem a preferir parceiros que se assemelham fisicamente a seus pais pode fazer com que o velho ditado de que “as mulheres se casam seus pais” também seja verdade. No estudo, publicado na revista Evolution, os pesquisadores usaram um modelo de computador para mostrar que os animais que procuram por parceiros com traços físicos de seus pais tendem a ter mais filhos do que aqueles sem a preferência paterna. “Porque um pai foi, por definição, bem sucedido no jogo do acasalamento, procurar machos com características semelhantes é uma boa estratégia para encontrar bons parceiros”, explica Tucker Gilman, biólogo evolucionista da Universidade de Manchester (Inglaterra) e co-autor do estudo. “A ideia é que, se uma fêmea tem uma estratégia de base genética que a faz procurar por companheiros que são semelhantes ao seu pai, então ela possui a vantagem de ser mais capaz de escolher genes mais apropriados”. PREFERÊNCIA GENÉTICA O modelo, entretanto, pode não necessariamente se aplicar para o acasalamento humano, embora algumas pesquisas tenham sugerido que os seres humanos escolhem os parceiros de uma forma semelhante a outros animais. Os cientistas sabem há muito tempo que os animais muitas vezes moldam suas preferências sexuais com base no comportamento de animais que observaram na infância, um processo conhecido como imprinting sexual. Por exemplo, aves pequenas que viram um pássaro com penas coloridas presas às suas cabeças em um estudo buscaram por esse visual em potenciais parceiros quando, cresceram mesmo que na verdade essas penas coloridas não existam na natureza. Algumas espécies de peixe e de aranha também mostram evidências de imprinting sexual. Há uma grande discussão entre os biólogos se os seres humanos também apresentam essa característica ou não. De acordo com algumas pesquisas recentes, sim: algumas apontaram que as mulheres gostam de homens que se parecem com o seu pai e os homens preferem mulheres que se assemelham à sua mãe. Gilman e diversos alunos do ensino médio desenvolveram um modelo em laboratório no qual vários organismos escolheram companheiros sexuais. Algumas fêmeas tinham genes que as levaram a preferir companheiros que tinham certos traços físicos de seu pai, enquanto outras tinham pouca (ou nenhuma) preferência desse tipo. Em seguida, a equipe deixou os organismos simulados “se reproduzirem” por milhões de gerações. Como resultado, eles descobriram que as fêmeas com fortes preferências paternas tendem a superar as que não preferem indivíduos parecidos com seus pais. Com o tempo, uma forte preferência por “sósias” do pai surgiu na população. O estudo, no entanto, não menciona a preferência dos machos por fêmeas similares à sua mãe, o caso trágico de Édipo. As atenções se voltaram apenas às fêmeas. PAIS: CASOS DE SUCESSO “Escolher alguém que se parece com o pai é provavelmente uma boa estratégia, porque os pais têm um histórico comprovado: eles, no mínimo, acasalaram com sucesso uma vez, o que já é mais do que muitos homens de uma determinada população”, explica Gilman. Quanto maior a semelhança física entre dois animais são, maior a probabilidade de eles possuírem os mesmos genes. A procura de semelhanças físicas em comparação com pais poderia, portanto, fornecer um atalho para a escolha de companheiros de qualidade. “Os resultados são consistentes com trabalhos anteriores”, afirma Maria Servedio, bióloga evolucionista da Universidade da Carolina do Norte (EUA) – que não esteve envolvida no estudo. Servedio chegou a resultados semelhantes utilizando uma versão mais simples do modelo. “Ainda assim, testar o modelo na natureza seria difícil”, completa. Comprovar que este imprinting sexual também funciona no caso de seres humanos seria ainda mais complicado. “Sabemos que, em muitos casos, a forma como escolhemos companheiros é similar à maneira como a qual os animais fazem essa escolha”, diz Gilman. “Agora, se eventualmente nós também compartilhamos dessa forma de impriminting sexual, é uma grande questão em aberto”. [LiveScience]

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