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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ENTENDA COMO FUNCIONA A MULHER

Se você acredita no que vê na TV, mulheres são indecifráveis, dissimuladas, histéricas e capazes de mudar suas idéias sem motivo nem aviso. Algumas revistas femininas perpetuam esses estereótipos oferecendo conselhos sobre como enredar homens ou mantê-los confusos. E algumas das diferenças básicas entre homens e mulheres podem parecer um pouco intrigantes, dependendo de seu ponto de vista. A ironia é que da concepção até a oitava semana de gestação, homens e mulheres são quase iguais. A única diferença é o nível de cromossomos dentro das células embrionárias. No interior de cada célula do corpo de uma pessoa, o DNA fica disposto em pares de estruturas chamadas cromossomos. Um par de cromossomos determina se a pessoa é homem ou mulher. Exceto em casos de anormalidades muito raras, uma pessoa com dois cromossomos X é mulher, e uma pessoa com um cromossomo X e um cromossomo Y é homem. Por algumas semanas, estes cromossomos são tudo o que diferencia embriões masculinos de femininos.
Imagem cedida pelo National Human Genome Resource Institute (Instituto Nacional de Pesquisas sobre o Genoma Humano dos EUA)Um cariótipo ou "mapa" cromossômico, para um ser humano masculino normal, mostrando cromossomos X e Y. É lógico que quando um embrião cresce e se transforma numa mulher adulta, surgem muitas diferenças em relação a um homem. Na média, mulheres são mais baixas e menores que homens, embora tenham uma porcentagem maior de gordura corporal. Mulheres têm órgãos reprodutores que podem sustentar um bebê em desenvolvimento e nutri-lo após o nascimento. Sua pressão arterial é mais baixa e seus batimentos cardíacos são mais rápidos, mesmo quando estão dormindo. Mulheres também têm maior fluxo sanguíneo para o cérebro e perdem menos tecido cerebral conforme vão envelhecendo [Fonte: Psychology Today]. E ainda existem os hormônios, que muitas pessoas vêem como uma enorme diferença entre homens e mulheres. Mas o corpo de todas as pessoas, homens ou mulheres, usa hormônios para regular e controlar uma grande variedade de processos. Hormônios são os produtos do sistema endócrino, que inclui várias glândulas localizadas em diversas partes do corpo. Por exemplo, dois hormônios bem conhecidos são a adrenalina, que vem da glândula supra-renal, e a insulina, que vem do pâncreas. Esses e outros hormônios são vitais para a vida e para a saúde tanto de homens quanto de mulheres. Por outro lado, hormônios sexuais trabalham de maneira um pouco diferente em homens e mulheres. Nos homens, os testículos produzem o hormônio testosterona, que regula a produção de esperma e leva ao desenvolvimento das características sexuais masculinas secundárias. Nas mulheres, os ovários produzem hormônios como o estrógeno e a progesterona, que regulam os processos reprodutivos. O organismo masculino converte um pouco de testosterona em estrógeno, e o feminino produz pequenas quantidades de testosterona - portanto, nenhum hormônio é exclusivo de um sexo ou de outro.
Os níveis de testosterona de um homem podem flutuar durante o dia conforme seu corpo regula a produção de esperma. Mas os níveis de hormônio sexual em uma mulher flutuam como parte de seu ciclo reprodutivo, que leva aproximadamente um mês para ser concluído. Durante os anos férteis, as mudanças recorrentes em seus níveis de hormônio podem provocar sintomas como irritabilidade e mudança de humor, conhecidos como tensão pré-menstrual (TPM). Quando uma mulher atinge a pré-menopausa, seu corpo diminui a produção de hormônios sexuais. Durante o processo, seus níveis de estrógeno e progesterona podem variar significativamente, causando sintomas como ondas de calor e problemas para dormir. Hormônios sexuais podem afetar as emoções e a fisiologia de uma mulher durante a maior parte de sua vida. Mas, diferentemente do que algumas pessoas pensam, não são responsáveis por cada faceta de seu comportamento. Neste artigo, daremos uma olhada em outras percepções e estereótipos comuns a respeito das mulheres, enquanto examinamos como elas funcionam.
Bebês meninos e bebês meninas Pesquisas sugerem que a testosterona no organismo de uma mulher pode contribuir para o sexo de seu bebê. Pode encorajar os óvulos a permitir fertilização de um esperma carregando um cromossomo Y, resultando no nascimento de um menino [Fonte: Psychology Today].

Mulheres e emoções

Uma pesquisa realizada em 2001 perguntou a adultos americanos se uma série de qualidades se aplicava mais a homens do que a mulheres. Noventa por cento disseram que a característica "emocional" se aplica mais a mulheres. A pesquisa não perguntou a respeito de emoções específicas ou conotações positivas ou negativas para a palavra "emoção". Mas parece provável, a partir dos resultados, que a maioria dos americanos vê mulheres como capazes de experimentar ou com tendência a experimentar uma série mais ampla e intensa de emoções do que os homens.
Confuso de propósito? Um estereótipo comum é que mulheres transmitem sinais ambíguos, especialmente quando se trata de envolvimento romântico. Um estudo da University of Texas, em Austin, sugere que os sexos não se entendem e que há forças evolutivas envolvidas. A confusão pode vir de épocas antigas, quando homens tentavam ter mais descendentes, enquanto as mulheres tentavam se proteger da decepção [Fonte: Psychology Today].
Mulheres são mais emotivas que homens? Elas choram mais? A percepção de que mulheres choram mais do que homens é bastante difundida, mas bebês e crianças, meninos e meninas choram a mesma coisa. Somente durante a puberdade as garotas começam a chorar mais do que os garotos. Segundo um artigo do New York Times de 2005, aos 18 anos mulheres choram quatro vezes mais do que os homens. Uma possível explicação para isso é o hormônio prolactina, que interfere no quanto uma pessoa chora. A prolactina está presente no sangue e nas lágrimas, e prevalece nas mulheres. Os canais lacrimais das mulheres têm formato diferente dos canais dos homens, o que pode ser causa ou efeito de mais choro. Além disso, pessoas depressivas podem chorar quatro vezes mais que pessoas normais, e dois terços dos diagnósticos de depressão são em mulheres [Psychology Today]. Ainda assim, discute-se muito se a mulher é mais deprimida que o homem, mas essa é uma dúvida que ainda não foi resolvida. É lógico que uma outra explicação comum é que algumas sociedades encorajam as mulheres a chorar, enquanto desencorajam os homens. Nos Estados Unidos, o mundo dos negócios é uma exceção. Em algumas áreas, chorar não é bom: uma mulher que chora no escritório pode ser vista como fraca e ineficaz.
Mulheres são mais estressadas do que homens? Às vezes as mulheres são vistas como superpreocupadas. Segundo pesquisa realizada em 2005 pelo instituto Gallup, mulheres são mais preocupadas do que homens a respeito de uma série de questões sociais. Mulheres em número significativamente maior que homens responderam que se preocupam "muito" a respeito de 7 dos 12 pontos da pesquisa. Estudos mostram que, além de se preocupar mais, mulheres podem ter mais tendência a passar por estresse. Por exemplo, a amígdala do cérebro processa emoções como medo e ansiedade. Nos homens, a amígdala se comunica com órgãos que recebem e processam informações visuais, como o córtex visual. Porém, nas mulheres, ela se comunica com partes do cérebro que regulam hormônios e digestão. Isso pode significar que as respostas ao estresse podem causar mais sintomas físicos em mulheres do que em homens [Fonte: Live Science]. Além disso, o corpo da mulher produz mais hormônios de estresse do que o do homem. Uma vez que uma situação estressante acaba, o corpo da mulher também leva mais tempo para parar de produzir o hormônio. Essa pode ser a causa para a tendência das mulheres de repensar nas preocupações e em situações estressantes [Fonte: Psychology Today]. Mulheres são mais ciumentas que homens? Na mente de algumas pessoas, mulheres são mais ciumentas e possessivas, principalmente em relações amorosas. Mas pesquisas mostram que mulheres não são mais ciumentas que homens, apenas são ciumentas em diferentes situações. Em um estudo alemão, pesquisadores mostraram imagens de participantes em diferentes cenários. Os participantes usaram um computador para descrever quais cenários eram mais perturbadores. Os resultados sugeriram que, em diversas culturas, as mulheres se importam mais com a infidelidade emocional do que com a sexual. As respostas masculinas variaram em diversas culturas, mas no geral eles são mais ciumentos em relação à infidelidade sexual [Fonte: Human Nature]. Por outro lado, um estudo da Universidade da Califórnia, em San Diego, mediu a pressão arterial e os batimentos cardíacos dos participantes, em vez de pedir que respondessem perguntas. Homens tiveram maiores reações físicas para a infidelidade sexual, enquanto mulheres reagiram com a mesma intensidade em ambos os cenários. Mulheres que estavam em relacionamentos estáveis ficaram mais aborrecidas com a infidelidade física do que as que não estavam. Porém, 80% das mulheres nos estudos acham que infidelidade emocional é mais grave do que a sexual [Fonte: Psychology Today].

Mulheres: o cérebro e o corpo

Pesquisas a respeito das diferenças entre os cérebros dos homens e das mulheres também parecem reforçar a ideia de que os homens deveriam ser melhores em matemática. Homens têm 6,5 vezes mais células cinzentas em seus cérebros do que mulheres. Mulheres têm 10 vezes mais células brancas. Células cinzentas criam centros de processamento no cérebro, enquanto células brancas criam as conexões entre eles. Ou seja, homens têm muitas áreas para dados concretos de processamento, como equações matemáticas, enquanto mulheres têm muitas conexões que permitem que visualizem e processem padrões [Fonte: Live Science]. Alguns pesquisadores acreditam que essa diferença na estrutura do cérebro reforça a ideia de que homens são melhores em matemática, enquanto mulheres são melhores em idiomas.
Porém, outros pesquisadores discutem se homens são realmente melhores em matemática. Meninas normalmente tiram melhores notas em matemática. A teoria dos pesquisadores é de que o estereótipo de que mulheres não são boas pode ser responsável por esta discrepância. Segundo Robert Josephs, da University of Texas-Austin (Universidade do Texas-Austin), mulheres temem que sua performance em testes-padrão pode provar que são ruins em matemática. Por essa razão, elas não se saem bem em testes, sem levar em consideração se tiravam boas notas em matemática. Por outro lado, homens vêem tais testes como uma oportunidade de provar que são bons, portanto se saem melhor [Fonte: Psychology Today]. Além disso, mulheres tendem a tirar melhores notas quando fazem as provas sem homens na sala. De acordo com um estudo que avaliou homens e mulheres que tiraram notas similares em um teste para entrar na faculdade, as notas das mulheres aumentaram 12% quando não havia homens na sala. Pesquisadores dizem que isso ocorre devido à ameaça do estereótipo, ou medo de se encaixar em um estereótipo. Não levando em consideração as notas nos testes-padrão, mulheres parecem ser capazes de desenvolver habilidades em matemática iguais aos homens. Uma análise de dados em grande escala sugere que há muito pouca diferença entre as habilidades de homens e mulheres em matemática [Fonte: Economist].

Mulheres e a dor

Mulheres toleram mais a dor do que homens? Muitas pessoassupõem que, pelo fato de dar à luz, mulheres têm maior tolerância à dor do que homens. Porém, alguns estudos não apoiam esta teoria. Um estudo na Pain Management Unit da University of Bath (Unidade de Tratamento da Dor da Universidade de Bath) relatou que mulheres sentem mais dor durante a vida e por períodos mais longos do que os homens. Um experimento analisou homens e mulheres com os braços submersos em água gelada. Nesse experimento, mulheres apresentaram limiar de dor baixo e menor tolerância à dor do que homens [Fonte: Live Science]. Os cérebros das mulheres também responderam de forma um pouco diferente dos homens. Existe uma considerável sobreposição nas áreas do cérebro que respondem à dor e estresse, mas os centros límbicos das mulheres se tornam ativos além dessas áreas. O centro límbico é responsável pelas emoções, portanto, isso sugere que mulheres têm maior probabilidade de ter respostas emocionais à dor e estresse. A teoria dos pesquisadores é que isso se deve ao papel tradicional das mulheres de cuidar de outras pessoas [Fonte: Science Daily - em inglês]. De acordo com a medicina tradicional chinesa, homens e mulheres suportam dor de maneira diferente devido às suas características energéticas (teoria do yang e yin). Por serem regidos pela energia yang, os homens suportam mais dores externas, enquanto as mulheres, dominadas pela energia yin, têm maior tolerância a dores internas. É por isso que alguns estudos mostram que homens aguentam mais dor que as mulheres quando ambos são submetidos a agentes externos, como frio e calor. Mas quando ambos os sexos passam por uma dor internam como a da cólica renal, as mulheres são muito mais tolerantes. Em 1995, pesquisadores da Universidade do Arizona estudaram como as garotas afro-americanas e brancas viam seus corpos. Pediram que as adolescentes descrevessem seus próprios corpos e como seria uma garota perfeita. Garotas afro-americanas não queriam atribuir traços físicos a uma garota ideal, mas as brancas deram mais ou menos a mesma descrição. Para elas, a garota tinha 1,80 m, pesava uns 45 kg e tinha cabelo longo. Pesquisadores chamaram esta descrição de "uma manifestação viva de uma boneca Barbie". Alguns pesquisadores usaram isso como uma prova de que as bonecas Barbie encorajam as meninas a fazer de tudo para ter corpos inatingíveis. Alguns dizem que a Barbie é responsável pelos implantes mamários e distúrbios alimentares. No entanto, não houve um estudo em grande escala mostrando ligação direta entre a Barbie e a baixa auto-estima ou aumento de distúrbios alimentares. Também não houve estudos provando que as meninas querem se parecer com as bonecas Barbie. Na verdade, um estudo britânico em 2005 revelou que as garotas normalmente desfiguram ou mutilam suas Barbies, enquanto deixam seus outros brinquedos intactos. Porém, um estudo sugeriu que brinquedos com proporções inatingíveis podem afetar a auto-imagem de uma pessoa. Mas o estudo não envolveu a Barbie, envolveu brinquedos de meninos e também bonecos do Ken e personagens de ação como o Hulk e G.I. Joe. Os homens no estudo relataram uma auto-imagem mais negativa depois de brincar com personagens supermusculosos do que depois de brincar com o Ken [Fonte: Papéis sexuais: Um jornal de pesquisas]. Se um brinquedo pode afetar os homens dessa forma, pode afetar as mulheres também. Médicos e cientistas ainda estão descobrindo outras semelhanças e diferenças entre homens e mulheres, e já fizeram algumas descobertas surpreendentes. Por exemplo, após a Segunda Guerra Mundial, empresas farmacêuticas temiam que testes com drogas pudessem prejudicar mulheres grávidas e que os hormônios femininos poderiam afetar os resultados dos testes. Portanto, testaram primeiro em homens. Mas nos últimos anos, a comunidade médica descobriu que mulheres e homens normalmente apresentam diferentes respostas às drogas. Por esse motivo, testes em humanos de novas drogas incluem tanto homens quanto mulheres [Fonte: A ciência do sexo e gênero na saúde humana].
Mulheres no Brasil De acordo com o último censo demográfico realizado pelo IBGE em 2013 - em números absolutos - havia 5.200.000 a mais de mulheres do que homens.
fonte:http://pessoas.hsw.uol.com.br/mulher.htm

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