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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PINTURAS DA PIRÂMIDE DE GIZÉ NÃO SÃO VISTAS HÁ 4.500 ANOS

Provavelmente uma tumba gigantesca construída para o faraó Khufu, a Grande Pirâmide de Gizé, localizada no Egito, é o único vestígio remanescente das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Quando foi construída, por volta de 2560 aC, tinha 146,5 metros de altura, mas depois foi desintegrada e ficou com os 138,8 metros de altura que tem agora. Pelo que se sabe, há três câmaras conhecidas na Grande Pirâmide de Gizé: a câmara de base, situada na rocha que serve de apoio para o resto da pirâmide, e duas câmaras superiores chamadas de Câmaras do Rei e da Rainha. Ao longo das paredes que vão do norte a sul da Câmara da Rainha existem dois túneis, com cerca de 20 por 20 centímetros, que estão bloqueados por uma barreira de pedra. Ninguém sabe qual era o propósito destes túneis ou por que eles foram originalmente construídos, mas uma teoria é que eles levavam a uma quarta câmara secreta. Os pesquisadores, então, tentaram enviar pequenos robôs para explorar a pirâmide, para filmar e fotografar ambientes que não temos acesso e resolver esse intrigante mistério. Uma dessas primeiras tentativas aconteceu em 1993, quando um robô percorreu 63 metros acima do túnel na parede sul para encontrar um pequeno par de portas de pedra fixados com pinos de metal. Isso era estranho porque metal não foi encontrado em nenhuma outra parte da Pirâmide de Gizé. Logo, a pergunta que ficou no ar foi: que raios aquele metal estava fazendo ali? Puxadores das portas, talvez? Ou uma chave? Muitas perguntas e poucas respostas. Quase uma década depois, um outro robô foi enviado para perfurar um bloco de pedra no túnel. Nessa expedição, ele encontrou uma estranha e pequena câmara, vazia, que terminava em mais um grande bloco de pedra.
Este ano, uma equipe de engenheiros liderada por Rob Richardson, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, decidiu continuar a investigar este mistério. Para isso, ele desenvolveu um novo robô com microtubos flexíveis e com pequenas câmeras na ponta, conseguindo fazê-lo rastejar para dentro do túnel. E o que encontraram foi nada menos que absolutamente surpreendente! Mistério de como os antigos egípcios construíram suas pirâmides pode ter sido resolvido

Segredos da Pirâmide de Gizé revelados

O que este robô encontrou foram hieróglifos de 4.500 anos de idade escritos em tinta vermelha, e esculturas em pedra que poderiam ter sido feitas pelos pedreiros na hora em que câmara estava sendo construída. Logo, se esses hieróglifos puderem ser decifrados, eles poderão ajudar os egiptólogos a entender porque estes dutos misteriosos foram construídos.
“Números e imagens pintados de vermelho são muito comuns em torno de Gizé”, acrescentou o egiptólogo Peter Der Manuelino da Universidade de Harvard e diretor do Arquivo de Gizé no Museu de Belas Artes, nos EUA. Ainda de acordo com Manuelino, esses desenhos são muitas vezes marcas de pedreiros ou outras pessoas envolvidas na construção, e denotam os números, datas ou mesmo os nomes das equipes. Com sua câmera superfina e flexível, o robô também foi capaz de registrar imagens em torno da câmara vazia, mostrando a parte de trás da porta de pedra pela primeira vez. Isto permitiu que os pesquisadores filmassem partes dos pinos de metal que nunca tinha sido vistas antes. Por terem um aspecto trabalhado, eles acreditam que ao invés de serem funcionais, eram provavelmente apenas objetos ornamentais mesmo. O que, em se tratando da história de riqueza e ostentação que conhecemos do Egito, parece ser uma teoria bastante provável. A egiptóloga Kate Spence, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que não estava envolvida no estudo dessas imagens, disse que é quase certo que estes túneis tenham sido feitos com uma função mais simbólica, e não funcional. “Os pinos de metal parecidos com maçanetas simbólicas e os eixos de Câmara da Rainha são orientados norte-sul, não leste-oeste, então eu suspeito muito que a sua função seja simbólica e relacione-se com as estrelas, não o sol”, completou. FONTE:sciencealert.com.au/news/20141009-26154.html

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