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terça-feira, 16 de setembro de 2014

VÍRUS LETAIS E EPIDEMIAS BIOLÓGICAS: AS CHANCES DISSO ACONTECER "SEM QUERER" SÃO MÍNIMAS

Os pesquisadores usam roupas especiais, o freezer marca 80 graus negativos e, quando a porta é aberta, ouve-se um barulho agudo do ar de fora entrando na sala. Toda essa estrutura é preparada para receber vírus letais.” (Veja SP) Parece um ambiente de filme de ficção científica onde irá ocorrer uma epidemia biológica, não é? Mas não é. Essa descrição é do Laboratório Klaus Eberhard Stewien, no 2º andar do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). Existem aproximadamente 60 desses laboratórios de nível biológico 3 e 4 por todo o mundo e alguns ainda estão em construção. A Federação dos Cientistas Americanos (FAS) produziu um mapa com a localização de todos eles. Para os fixados em filmes de epidemias e que vivem com medo de infestações dos vírus letais dos laboratórios, é bom apontar que as chances disso ocorrer são mínimas, pois a segurança do local é máxima! Os laboratórios de biossegurança nível 3 são utilizados para pesquisa, produção, aprendizado, diagnóstico ou avaliações clínicas que envolvam agentes nativos ou exóticos que possam causar doenças sérias ou letais caso sejam expostas ou inaladas por alguém (como aqueles associados à maioria dos agentes de guerra biológica). Os pesquisadores que trabalham no local devem manipular os vírus e bactérias usando “câmaras de segurança biológica” ou vestindo “equipamentos e roupas protetoras”. A estrutura do laboratório é especial com sistemas próprios para garantir que nenhum local ou pessoa seja infectado. Todo o esgoto é tratado ali mesmo; a pressão atmosférica do lado de dentro é bem menor que a do lado de fora para impedir que o ar escape; e, antes de deixar o laboratório, qualquer material é aquecido a 120 graus por cerca de uma hora.
Já os estudos feitos em instalações de biossegurança nível 4 requerem ainda mais segurança do que a anterior. Este é o tipo mais perigoso de instalação de pesquisa de patogêneses que existe. As estruturas são incríveis e o nível de segurança não deixa nem uma mosca entrar sem ser treinados em biossegurança e na utilização do laboratório. Esses grandes laboratórios de contenção têm seus próprios prédios ou funcionam em áreas completamente isoladas do restante do prédio onde estão. Isso quer dizer que “paredes, piso e teto da instalação são construídos para formar uma casca interna selada que facilite a fumigação e seja à prova de animais e insetos.” Quer saber por que o cuidado deve ser extremo? Os vírus produzidos ou manuseados lá vão desde gripe aviária e ebola a febre hemorrágica Crimean-Congo, além de complexos de vírus do momento (incluindo Absettarov, Hanzalova, Hypr, Kumlinge, doença de Kyasanur Forest, febre hemorrágica de Omsk e encefalite russa de primavera-verão). FONTE:blogdasaude.com.br/saude-cultural/2012/06/28/virus-letais-epidemias-biologicas-as-chances-disso-acontecer-sem-querer-sao-minimas/

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