Postagens populares
-
Desde a adolescência até a meia-idade ou um pouco mais somos capazes de nos reproduzir. O sexo tem um papel importante em nossa cultura; nós...
-
Da adolescência à menopausa, a menstruação faz parte da vida de toda mulher. É sinal de saúde na fase reprodutiva. Sua ocorrência é resultad...
-
Há algum tempo, a revista “Super Interessante” publicou uma matéria a respeito das piores dores do mundo. O método para medir a intensidade ...
-
Os tubarões são, talvez, as criaturas que mais aterrorizam as pessoas em todo o mundo. Sua temível aparência, tamanho grande e seu ambiente ...
-
De acordo com especialistas, cerca de 75% das mulheres terão pelo menos uma vez a infecção ao longo da vida. A doença é causada por um fungo...
-
As tempestades elétricas Numa tempestade elétrica, as nuvens de tempestade estão carregadas como capacitores gigantes no céu. A parte superi...
-
Segundo os médicos, ela não é tão preocupante quanto a bacteriana. Consiste numa inflamação da membrana chamada meninge, que reveste o siste...
-
O que a maioria das pessoas sabe sobre esteróides é que eles fazem os músculos crescerem e que eles fazem mal à saúde. Tanto que as ligas es...
-
Quem nunca sonhou em ser astronauta para um dia poder fazer uma viagem espacial? Até hoje, as imagens do homem chegando à Lua encantam inúme...
-
Nós não somos os primeiros habitantes da Europa. Quase tudo o que nos ensinaram sobre a história antiga está (deliberadamente) errado. Ass...
domingo, 23 de fevereiro de 2014
ADERMATOGLIFIA: CONHEÇA A DESORDEM GENÉTICA DE PESSOAS QUE NASCEM SEM AS IMPRESSÕES DIGITAIS
Em 2007, o dermatologista Peter Itin foi contatado por uma mulher suíça com um dilema incomum: ela estava tendo problemas para entrar os EUA porque não tinha impressões digitais.
Os regulamentos exigem que todos os não residentes registrem suas impressões digitais quando entram no país e as autoridades estavam confusas quando a mulher disse que ela simplesmente tinha nascido sem nenhuma.
Quando Itin foi estudar o caso, ele descobriu que oito outros membros da família da mulher também haviam nascido sem impressões. Em última análise, trabalhando com dermatologista israelense Eli Sprecher e outros colegas, Itin rastreou três outras famílias não relacionadas, que possuíam pessoas com adermatoglifia, a qual eles apelidaram de "doença da demora de imigração". Com sucesso, a mutação responsável é apenas em um gene e foi localizada em 2011.
"É uma condição extremamente rara”, diz Sprecher, que é apenas um dentro da grande quantidade de médicos em todo o mundo que trabalham diretamente com a doença. "Geralmente, a partir dos filmes, só ouvimos sobre criminosos que tentam remover suas impressões digitais, mas ainda não se tinha ouvido falar desta doença. Então, eu acho que é por isso que as autoridades de controle de fronteiras ficaram tão preocupadas".
As pontas dos dedos de pessoas com adermatoglifia são totalmente planas e não possuem os arqueamentos ou linhas circulares que caracterizam as impressões digitais de praticamente todos os seres humanos. Entretanto, as pessoas com a doença são totalmente saudáveis e possuem apenas o número reduzido de glândulas sudoríparas. Existem outras doenças genéticas (incluindo NFJS e dermatopatia pigmentosa reticular) que levam à falta de impressões digitais, mas elas causam muito mais impactos graves sobre a saúde, tais como cabelos finos e dentes quebradiços.
Para Sprecher e Itin, o fato da pessoa ser completamente saudável e ainda sim nascer sem impressões digitais apresentou-se como um quebra-cabeça. Depois de encontrar os outros três grupos de pessoas relacionadas com a mesma condição, eles suspeitaram de que fosse uma causa genética.
Quando eles sequenciaram o DNA de 16 membros da família da mulher (nove com adermatoglifia e sete sem), o palpite se mostrou correto. Aqueles do primeiro grupo tinham uma mutação numa região de DNA que codifica uma proteína chamada SMARCAD1, enquanto que o segundo grupo tinha uma forma normal do gene. Eles descobriram que a versão mais curta, a mutação do gene, interfere na forma alinhada e unida do RNA, e este é um passo fundamental no processo de utilização de um gene para produzir uma proteína. Portanto, esse fator impede que a proteína necessária se forme corretamente.
Ainda não está claro sobre como exatamente esta proteína está envolvida no desenvolvimento de impressão digital, sendo que é um processo que acontece no útero, na fase de gestação. Esse desconhecimento é gerado porque, apesar de ser algo que é visto todos os dias, os cientistas em geral têm realizado pouca pesquisa sobre como as impressões digitais se formam normalmente.
A adermatoglifia, no entanto, proporcionou uma lacuna inesperada no processo de estudos. "Esta condição realmente nos ajudou a obter algumas compreensões repentinas sobre os mecanismos que regulam a formação de impressões digitais. Se não fosse por essa doença, nunca se saberia que este gene não tem nada a ver com esse processo", diz Sprecher. "Às vezes, através do estudo de um transtorno extraordinário, você ganha uma visão sobre os aspectos comuns da nossa biologia".
Fonte: Smithsonianmag
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário