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quarta-feira, 13 de março de 2013

COMO ALCANÇAREMOS AS ESTRELAS?

Quando a questão a ser discutida sobre o espaço é a de como ultrapassaremos a fronteira final – como o apelidava o Capitão Kirk na série Jornada nas Estrelas -, a resposta talvez esteja em uma mistura de matemática, astronomia e física moderna. As três, juntas, em uníssono, talvez sejam as responsáveis pelo que no futuro será semelhante ao que a ficção científica tem previsto há muito para as viagens interestelares: O hiperespaço. Mas será que isto é realmente possível? Vamos quebrar as leis da física? A questão, não é se conseguiremos ultrapassar a velocidade da luz para atingir outras regiões da galáxia, muito menos como, mas sim, quando é que vamos dar definitivamente o próximo passo em direção às estrelas. Há décadas que os cientistas de todo o mundo procuram por uma brecha na relatividade geral, mas a existência de modelos alternativos tem sido deixada um pouco de lado, principalmente nos últimos anos, por conta dos grandes saltos da física quântica. Mas ainda assim, existem entusiastas de tais projetos. No entanto, eles literalmente têm custos astronômicos. A opinião que consta é a de que a mecânica subatômica tem muito a progredir, e que ela contribuirá tanto para a superação das leis atuais da física quanto para cosmologia em geral, mas, o que realmente importa, é o fato de que nos próximos anos estaremos cada vez mais próximos de colocar os pés em outro planeta. Em que poderemos nos apoiar, até então? O fato é que o espaço é realmente grande. Na verdade, é bem maior do que esperávamos. Há anos, quando Edwin Hubble ainda não havia proposto o redshift - fenômeno semelhante ao efeito doppler que indica a distância das galáxias através de sua coloração -, grande parte da comunidade científica acreditava que o universo era estático e não se expandia. O modelo que proporcionalmente poderia ser comparado ao do sistema geocêntrico – deposto por Nicolau Copérnico -, era de todos, o mais limitador, e nós acreditávamos estar no centro do universo. Mas a verdade era outra, e nossos horizontes se expandiram. Foi com a descoberta de que estamos em constante aceleração, que o espaço se transformou em algo semelhante a uma bolha de escuridão misteriosa. Um dia, no futuro, nós olharemos para o céu e tudo o que veremos será como uma janela para a solidão – as estrelas terão desaparecido. Será que estamos sós no Universo? Pode ser reconfortante acreditar que sim. Mas a busca pela resposta que tem se expandido tal qual os nossos horizontes só será finalizada quando sairmos daqui, deste planeta. Neste mesmo dia, em que talvez as estrelas já tenham nos abandonado há muito tempo, o nosso Sol também será uma gigante vermelha, uma estrela antiga, cada vez mais próxima da morte – o inevitável fim -, e nós, seres humanos, estaremos caminhando pelos astros. Teremos sanado todas as nossas dúvidas a respeito do que existe além da Terra? “A verdade está lá fora”, é uma frase de Arquivo-X. Colonizar outros planetas é mais do que uma necessidade. É uma realidade, um futuro necessário. Como o físico britânico Stephen Hawking costuma dizer em suas palestras: “A única esperança para a humanidade reside em espalhar-se pela galáxia [...]“. Caso o contrário aconteça, estaremos fadados, sem sombra de dúvida, a uma certeira extinção. Para colonizar o espaço existem diversas possibilidades, e dentre as tantas que foram discutidas no meio científico, houve no final da década de 50 uma tentativa nos EUA de construir uma nave espacial que utilizaria como modelo de propulsão a explosão de milhares de bombas atômicas. O projeto, que era financiado pela NASA e pelos membros do alto escalão da USAF, consistia em uma engenharia de voo desenvolvida pelo físico e matemático inglês Freeman Dyson. Ele teve a ideia de levar grandes expedições a Marte, Júpiter e à Lua, com explosões de 0,1 Kilontons atreladas às de 20, e também concebeu modelos posteriores, com explosões de cerca de dez milhões de bombas atômicas a mais. Estas naves poderiam atingir 12% a mais de velocidade sem precisar quebrar a ultrapassar a da luz, e por isto mesmo eram tão ambicionadas. Dyson afirma que desta forma poderia ter levado homens a destinos ainda maiores com cerca de metade do tempo necessário – décadas, ao invés dos séculos -, mas, foi impedido por uma resolução da ONU que foi assinada pelo presidente dos EUA, na época. Ela proibiu a detonação de armas termonucleares na atmosfera, e desta forma, o projeto foi cancelado e deixado de lado. Apesar de Dyson ter garantido que era seguro, sua ideia inicial foi arruinada pelo exemplo de detonação da bomba Tzar na União Soviética, em 1961, mas o professor continuou. Teve ideias como a da aplicação de biologia ao lado de engenharia neurocomputacional no desenvolvimento de naves autoreplicantes – ver o conceito mais a diante – e desenhou naves que viajariam a galáxia em poucos milhões de anos. Um dos projetos, foi inicialmente chamado de “A Esfera de Dyson”, e ele baseia-se na conjectura de uma megaestrutura espacial, que orbitaria estrelas sem precisar de um lugar estacionário, podendo assim, deslocar-se por meio dos sistemas estelares ao longo dos anos em busca de combustíveis e recursos naturais escassos – tal como astronautas nômades. A construção do maquinário, que era de deixar qualquer fã de Star Wars boquiaberto, não deixou dúvidas de que seria algo que atualmente levaria centenas de anos para ser concluído, e suas proporções que lembram vagamente à da Estrela da Morte, foram deixadas para um futuro distante. Dyson também firma que o modelo é um dos mais lógicos e prováveis para um provável futuro da humanidade, onde, considerando os ideais de Thomas Malthus, diz que corpo seria moldável em paralelo ao crescimento da população – mesmo já sendo grande o suficiente para tal. A nave abrigaria estufas e estruturas de transformadores de energia, com captores de radiação e comunicação, além de garantir uma estação espacial e científica extremamente mais eficiente do que qualquer outra já construída. O conceito – que facilmente nos lembra da obra de Arthur C. Clarke -, ainda contaria com supostas “naves borboletas”, organismos que copiariam o DNA de seres vivos extraindo-os de um banco de dados digital, um acervo que se adaptaria às condições e às perspectivas do voo por meio de uma IA que controlaria o cockpit. O nome “borboleta”, evidentemente, trata-se das asas que gerariam a energia mecânica necessária para a propulsão. Estas naves também cavariam os asteroides para extrair elementos químicos, e desta forma, poderiam se automultiplicar como seres vivos conscientes e inteligentes. Quanto aos asteroides, eles também tem parte no ideário de Freeman Dyson. Seriam cultivados como hipotéticas “segundas casas”. O ideal do professor é o da “Árvore de Dyson”, uma planta geneticamente modificada que cresce em solo extraterrestre, como um cometa, ou qualquer tipo de corpo celeste. Esta transformaria seu interior em um ambiente oco repleto de uma atmosfera respirável, aumentando assim, as possibilidades de cultivo e colonização da espécie humana. Tais modelos podem parecer fantásticos, mas são baseados em cálculos e estimativas de probabilidade do avanço da atual tecnologia. Tomemos, como exemplo, o matemático John von Neumann – famoso húngaro naturalizado americano que já esteve ao lado de personalidades como Albert Einstein, Oppenheimer e Alan Turing. Além de ter designado um papel imprescindível na construção da primeira bomba atômica, em Los Alamos, foi ele um dos primeiros a propor uma resposta ao Paradoxo de Fermi, que questionava a existência de vida extraterrestre baseado no momento em que vivíamos. Argumentando aos pés da Guerra Fria, Fermi, o físico italiano, fez a inevitável questão sobre a autodestruição das espécies avançadas, como a nossa. Neumann edificou o modelo das naves autoreplicantes – semelhantes às já citadas anteriormente, “naves borboletas”-, que desconsideram a necessidade de um operador ou organismo vivo para realizar a exploração espacial. O sustentáculo da astronáutica atual, no entanto, foi predecessor do miraculoso futuro predito por Freeman. Em tese, ele finca raízes na periodicidade reprodutiva e na longevidade dos seres humanos, que sem dúvida alguma são alguns dos obstáculos mais levados em conta na hora de repensar a exploração interplanetária. Sem desgastar as leis da física, a IA de tais modelos se autorreproduziria com os escassos recursos que encontraria no espaço. Sem objetivo, ou estimativa final de progresso, elas poderiam viajar pelo espaço todo sem a necessidade de recarga ou o risco da destruição, pois deixando cópias de si por onde quer que passassem elas se integrariam ao ambiente sideral sem segundos pormenores. É assim que a exploração espacial poderia concluir o distante sonho de visitar as 200 bilhões de estrelas da Via Láctea. Em meio milhão de anos, já teríamos passado por todas elas. É claro, isto também possibilitaria o encontro de replicantes alienígenas no curso de viagem, o que provocaria a inevitável questão da existência de vida extraterrestre. Em um cenário provável, como o defendido pelo professor Michio Kaku, a Equação de Drake formula maiores probabilidades, fazendo com que exista uma pequena mas distinta alternativa onde alguns destes objetos talvez tenham se chocado há muito tempo e ficado encravados em planetas – como a Lua– , deixando provas e evidências inegáveis da vida alienígena para qualquer civilização. Como a nossa, por exemplo. O futuro é nebuloso, e as possibilidades são diversas. Mas é somente nas fantasias da ficção que a ciência encontra algum lugar para respirar. Tal qual os nossos horizontes que se expandiram através da descoberta ridicularizada de Edwin Hubble, em seu tempo, hoje, o desdobramento da existência tem aumentado com uma velocidade impressionante. Conforme a Ciência como um todo for crescendo, as possibilidades irão se entrelaçar em uma rede de provocações à humanidade – Será que estamos prontos? Quando é que iremos finalmente dar o próximo grande passo para a humanidade? Talvez, seja nas minúcias de uma verdade inconcebível deixada pelos fantasmas da relatividade que encontraremos uma resposta para tudo, mas por enquanto, é na tecnologia e na criatividade que reside o futuro de toda a humanidade. E você? Já comprou a sua passagem para Marte? FONTE: Mistérios do mundo

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