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domingo, 28 de maio de 2017

ATIVIDADE FÍSICA FAVORECE A FERTILIDADE MASCULINA

Abandonar o sedentarismo dá fôlego extra aos espermatozoides. (Ilustração: Marcus Penna/SAÚDE é Vital) Percorrer a nado o canal vaginal, escalar o útero e, nas trompas de Falópio, ainda ter gás para um sprint final antes de penetrar o óvulo… Ufa! É um enorme desafio para a menor das células do homem cumprir sua prova de fogo. Só de preparo para o triatlo intrauterino, o espermatozoide malha por 2 meses no testículo, do seu nascimento à ejaculação – o tiro de largada, por assim dizer. Como você pode ajudá-lo a vencer a corrida e, 9 meses depois, receber um prêmio de valor inestimado? Ora, sirva de modelo e comece a suar a camisa. As evidências a favor desse benefício extra dos exercícios nasceram com os esforços de cientistas da Universidade Justus-Liebig, na Alemanha, e de instituições iranianas. Eles coletaram o sêmen (ou seja, espermatozoides mais o fluido que os transporta; também chamado de esperma) de 261 marmanjos e, então, mandaram 193 fazerem exercícios aeróbicos. Após um semestre, novas amostras foram analisadas. Aí os resultados saltaram aos olhos: nos ativos, a mobilidade e o formato dos espermatozoides haviam melhorado, o que não aconteceu com os 68 sedentários. Em resumo, os gametas masculinos estavam fortes e passaram a nadar mais rapidamente. “Nossas descobertas mostram que a atividade física pode ser uma estratégia simples, barata e eficiente de incrementar a qualidade do esperma”, conclui o fisiologista Behzad Maleki. Mas os pesquisadores foram além. Entre os participantes que saíram do marasmo, 66 treinaram em intensidade moderada, 62 em ritmo vigoroso e 65 de maneira intervalada – alguns minutos de canseira extrema intercalados com outros mais leves. Embora as três modalidades tenham gerado efeitos positivos, a primeira sagrou-se campeã. “Não estamos falando de uma caminhada devagar. Porém, é uma prática condizente com iniciantes dentro do peso adequado e sem doenças associadas”, interpreta o educador físico Tony Meireles, professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Por que o exercício faz bem para a fertilidade?

Para criar um time de espermatozoides de nível olímpico, o testículo precisa trabalhar em condições ideais. É aí que entra a atividade física. “Ela aprimora o fluxo sanguíneo e a chegada de oxigênio à região”, salienta o especialista em reprodução humana Isaac Yadid, diretor da Primordia Medicina Reprodutiva, no Rio de Janeiro. Colocar o corpo pra se mexer constantemente também controla a inflamação e a produção de radicais livres. “Em excesso, esses processos degradam o ambiente testicular”, afirma o urologista Valter Javaroni, chefe do Departamento de Medicina Sexual e Infertilidade da Sociedade Brasileira de Urologia/Seccional Rio de Janeiro. Aliás, no estudo feito por alemães e iranianos, os autores escrevem: “Parece que os exercícios moderados […] acarretam melhorias mais acentuadas em marcadores inflamatórios”. Talvez isso explique por que uma intensidade menos extenuante seja especialmente bem-vinda. Os experts entrevistados por SAÚDE ainda são unânimes em afirmar que corridas e afins afastam problemas por trás da infertilidade, como obesidade e diabete. Se recorrermos de novo à pesquisa de Maleki, notaremos, por exemplo, que a perda de 3,1 quilos de peso foi associada a um acréscimo de 1 milhão de espermatozoides por ejaculação. Não é tanto se imaginarmos que de 200 a 500 milhões desses miniatletas são ejetados em uma única relação sexual, porém pode dar uma mãozinha. A questão que fica é: apesar de todas as benfeitorias, será que as passadas na esteira de fato ajudam o casal a engravidar? “Pelo trabalho em questão, não dá para cravar isso. Contudo, nele foram avaliados os mesmos índices que usamos no dia a dia para inferir a fertilidade masculina”, pondera Javaroni. Em outras palavras, os cientistas recorreram a métodos que, embora ofereçam apenas achados indiretos de sucesso, são comumente empregados e norteiam a conduta médica. De qualquer jeito, na pior das hipóteses sabe-se que a atividade física ao menos aumenta a libido, fator que obviamente contribui para as chances de conceber um filho. Só vale ressaltar que os integrantes da investigação já eram considerados saudáveis. Logo, não dá pra ter certeza se sujeitos com alguma doença capaz de piorar a fecundidade – caso da varicocele, que afrouxa as veias dos testículos – gerarão filhos com mais facilidade ao praticar esporte. Agora, tanto o urologista Jorge Hallak, diretor da clínica Androscience e professor da Universidade de São Paulo, quanto Javaroni alegam que a movimentação regular pode evitar a necessidade da fertilização in vitro ou catapultar as probabilidades de sucesso do procedimento, o que inclusive economizaria dinheiro. Já Yadid, que participou da equipe responsável pelo primeiro bebê de proveta brasileiro, é reticente: “As técnicas de reprodução assistida não dependem de exercício físico para funcionarem. Com uns poucos espermatozoides vivos, consigo oferecer um bom resultado”.

Precisamos falar de limites

Em seu consultório, Hallak receita exercício físico (e alimentação equilibrada) a todos os pacientes. Mesmo sendo um defensor das sessões frequentes de agito, ele pede para não abusar. “O excesso crônico reduz a concentração de testosterona e afeta a fertilidade”, adverte. Essa linha entre o saudável e o exagerado varia entre cada indivíduo. Até por isso, deve ser definida com apoio profissional. Dores prolongadas, palpitações, tontura e insônia após uma visita à academia sugerem que você extrapolou. E um último alerta: não se renda aos anabolizantes. “Eles inibem a fabricação do hormônio masculino no testículo. Isso compromete as chances de engravidar a mulher e até piora o sexo”, esclarece Hallak, que conduziu um estudo sobre o tema. “Não há uma dose segura desses produtos”, arremata. Para vencer a prova de sua vida e deixar um legado à próxima geração, o espermatozoide depende de seu esforço – e seu bom senso.

E nas mulheres?

Existem levantamentos, embora não definitivos, indicando que o sexo feminino também se torna mais fértil ao incorporar a atividade física no cotidiano. Na contramão, esforços pesados demais bagunçam os hormônios – é o caso das atletas que chegam a parar de menstruar. Aí não tem jeito: a probabilidade de virar mãe cai bastante. Assim como eles, elas precisam incluir a palavra “moderação” no treino. fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/atividade-fisica-favorece-a-fertilidade-masculina/

COMER À NOITE MEXE (MUITO! COM O CORPO

(Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital) Depois de um dia exaustivo de trabalho, você finalmente chega em casa e toma um banho relaxante, daqueles em que precisa reunir forças para desligar o chuveiro. Mais tarde, na cama, o sono vem aos poucos, fazendo os olhos pesarem cada vez mais. Aí alguém de repente escancara a porta, acende a luz, arremessa as cobertas e, com berros animados, pede para você trocar o pijama por uma roupa de ginástica e calçar os tênis. É hora de correr alguns quilômetros – e não há como escapar. Soa como enredo de ficção, mas é mais ou menos o que acontece quando, pertinho de deitar, agente se empanturra de comida. É como se chacoalhássemos estômago, intestino e outros órgãos envolvidos na digestão, forçando-os a permanecer na ativa. Só que não dá para esperar um serviço perfeito quando falta tempo para uma folguinha. “Nossos órgãos têm relógios e funcionam melhor em períodos específicos do dia”, afirma Marie-Pierre St-Onge, professora de medicina nutricional da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos. Recentemente, ela e outros pesquisadores chamaram a atenção para a importância do planejamento das refeições em um estudo publicado na Circulation, revista científica da Associação Americana do Coração. De acordo com o documento, não levar em conta o horário das garfadas elevaria o risco de doenças do coração, derrames e outros pesadelos para a saúde. No planejamento do organismo, o período noturno naturalmente ganha destaque. “À medida que a luz solar vai diminuindo, o metabolismo também se adapta para colocar o corpo em repouso”, ensina a nutricionista e doutora em cronobiologia Ana Harb, professora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul. Acontece que, atualmente, a chegada da noite nem sempre é um convite ao sossego. Ao bater o cartão no escritório, muitas pessoas aproveitam para se exercitar ou estudar. Com isso, não raro o jantar ocorre próximo à hora de dormir. Já quem consegue ir direto para casa nem repara, mas o expediente corrido e a sensação de dever cumprido podem favorecer uma certa permissividade alimentar, com beliscos sem fim em frente à televisão. São situações que bagunçam o corpo. “Daí, alguns mecanismos fisiológicos comuns nesse período deixam de acontecer”, avisa Antonio Herbert Lancha Jr., professor de nutrição da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro O Fim das Dietas (Editora Abril). Entre os processos que ficam atrapalhados está a queda esperada da pressão arterial, como sinaliza um estudo apresentado no último Congresso Europeu de Cardiologia, realizado na Itália. Para a investigação, cientistas da Universidade Dokuz Eylül, na Turquia, avaliaram os hábitos de 721 voluntários já diagnosticados com hipertensão. Desse total, 376 tinham aversão da doença conhecida como não-dipper – o termo significa que apressão não cai como deveria no decorrer da noite. Ao compará-los com os outros 345 indivíduos, os pesquisadores identificaram algumas explicações clássicas para os vasos não relaxarem nem um pouquinho nessa etapa do dia, como maior índice de massa corporal e idade mais avançada. Mas um dado novo se sobressaiu: jantar tarde, especificamente duas horas antes de dormir, foi considerado fator de risco para ter a tal hipertensão não-dipper. Sim, é como se o organismo ficasse em estado de alerta. Parece mero preciosismo a definição do quadro. Mas não é bem por aí. De acordo com o médico Marcus Bolívar Malachias, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a maioria da população – inclusive a parcela hipertensa – deveria exibir uma queda de aproximadamente 10% na pressão arterial à noite. É como uma preparação para o corpo descansar. “Hoje, as evidências indicam que não passar por isso deixa o indivíduo mais propenso a encarar futuramente um infarto ou derrame”, diz. Eis o drama: como repousar direito quando a comida continua descendo goela abaixo e sendo digerida? Pois é, uma coisa não combina com a outra e o corpo permanece ligadão. Entre as consequências disso está a produção contínua de substâncias como noradrenalina e cortisol – também chamadas de hormônios do estresse -, que deveria despencar ao anoitecer. “São elas que impedem a queda da pressão”, esclarece o presidente da SBC. Para ele, embora a investigação turca tenha focado apenas em hipertensos, todo mundo deveria ficar esperto com os achados. Até porque há motivos extras para evitar estripulias alimentares quando o sol se põe. “O organismo lida pior com a glicose. Por isso, o exagero alimentar nesse período não é bom em termos de controle do açúcar no sangue”, exemplifica Marie-Pierre, da Universidade Colúmbia. Em um pequeno experimento japonês, ao comparar os efeitos de jantar às 18 horas com os de uma refeição às 23 horas, os estudiosos notaram que a última situação chegava a desajustar os níveis de glicose após o café da manhã do dia seguinte. A conclusão do grupo é que o hábito de comer muito tarde favoreceria o surgimento do diabete. “Durante a noite, já contamos com um mecanismo natural de produção de glicose. Se ainda ofertamos mais dessa substância por meio da alimentação, ocorrerá uma sobrecarga capaz de predispor a problemas”, concorda o endocrinologista Bruno Geloneze, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista. Quem não mede o prato (e os petiscos) antes de deitar também periga ter um descanso insatisfatório. Lembra aquela história de que a comida mantém o sistema digestivo em pleno funcionamento? “De fato, isso torna o sono superficial”, atesta o neurocientista John Fontenele Araújo, professor do Laboratório de Neurobiologia e Ritmicidade Biológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Não quer dizer que você será incapaz de pregar os olhos. “Mas é como se estivesse dormindo em um lugar com muito ruído”, compara. Se isso ocorre com frequência, temos a ativação constante do sistema nervoso simpático – de acordo com o expert, é como submeter o corpo a um estresse crônico. O resultado dessa história é que o intestino não funciona como deveria, a pressão arterial sobe e por aí vai.

Uma questão de quantidade

Que fique claro: o preocupante não é se alimentar após o pôr do sol, mas cometer abusos em uma refeição que, por razões fisiológicas, deveria ser mais leve. “Nós fomos feitos para comer de dia e descansar à noite“, acredita o endocrinologista Bruno Halpern, do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Mais uma prova disso tem a ver com a termogênese, o processo que leva à queima de calorias. “Pela manhã ele é mais intenso do que no almoço. No jantar, por sua vez, não é ativado da mesma maneira”, conta aendocrinologista Maria Edna de Melo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). “Se consumida no horário errado, a mesma comida, na mesma quantidade, pode ter impacto diferente no ganho de peso”, assegura a neurologista Phyllis Zee, diretora do Centro de Ritmo Circadiano e Medicina do Sono da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Não à toa muitos estudos associam a fartura no jantar a um maior risco de obesidade – e a várias encrencas que surgem no encalço de uma barriga saliente. “Sempre recomendo aos meus pacientes que parem de comer três horas antes de deitar”, revela Phyllis. Tem outro ponto que joga contra os comedores noturnos. Em geral, encher a pança no fim do dia faz o apetite minguar pela manhã. Se o indivíduo ainda é do tipo que levanta e sai correndo para o trabalho, mais uma razão para o desjejum ser ignorado. Está aí uma combinação traiçoeira. Afinal, pular o café seria o primeiro passo para chegar ao jantar com uma fome danada. “E nessa refeição o ideal é consumir menos de 25% das calorias totais ingeridas ao longo de um dia”, calcula Geloneze. “Mas vejo gente que chega a 50% ou mais”, relata. Em um experimento com 93 mulheres acima do peso e portadoras de síndrome metabólica – quadro que ameaça o coração -, um grupo foi incentivado a comer 200 calorias no café da manhã e 700 calorias no jantar. A outra turma fez exatamente o oposto. Em 12 semanas, os cientistas da Universidade Tel Aviv, em Israel, perceberam que todas as voluntárias perderam peso, viram a cintura diminuir e tiveram melhoras no controle da glicose e da insulina. Porém, todos esses efeitos foram mais expressivos entre quem se esbaldou no café da manhã. Além disso, os níveis de triglicérides caíram 33% nessas mulheres. Já nas que se excederam no final do dia as taxas subiram 14%. Para o endocrinologista da Unicamp, ninguém deve considerar cortar o jantar. O melhor caminho seria incentivar a primeira refeição do dia. “Assim, fica mais fácil e natural a mudança do hábito noturno”, raciocina. Também não vá arrancar os cabelos caso só consiga comer lá pelas 22 horas. “O problema é se o consumo calórico for grande”, analisa Geloneze. Ou seja, nada de jejum. O recado é válido sobretudo aos diabéticos. Isso porque muitos usam remédios capazes de induzir à hipoglicemia se a alimentação não ocorre a cada três horas. “Logo, eles devem jantar e ainda fazer a ceia mais tarde”, recomenda o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto. A verdade é que, com moderação, as duas refeições estão permitidas a todo mundo.

O que comer

Evidentemente há escolhas mais sensatas para essa fase do dia. Os especialistas orientam, por exemplo, pegar leve nos itens de difícil digestão, como os carregados de gorduras. Sabe aquela carne com molho superelaborado que sobrou do almoço? Então… “Quando a gordura é reconhecida pelo corpo, um hormônio chamado colecistocinina lentifica a digestão”, explica Lancha Jr. “Por isso é comum acordar com a sensação de que esse processo não acabou”, diz. É meio caminho andado para pular o café da manhã (e chegar, de novo, faminto à noite). Segundo Halpern, também há evidências de que, na calada da noite, lidamos pior com agordura. “Os depósitos gordurosos também iriam para uma parte do coração que atrapalha os batimentos”, informa. Pode acreditar: no final das contas, o tão difamado carboidrato não é o monstro que pintaram. “Ele ganhou essa fama porque achavam que seu consumo atrapalhava a fabricação do hormônio do crescimento”, explica Lancha Jr. “Mas a liberação dessa substância acontece quando a gente dorme. Não tem nada a ver com o nutriente”, argumenta. Então, dá para comer macarrão tranquilamente. Basta trabalhar com o bom senso na hora de eleger os acompanhamentos. A nutricionista Bianca Chimenti Naves, da clínica Nutrioffice, em São Paulo, afirma que na refeição noturna o ideal é contemplar um alimento do grupo dos carboidratos, como arroz (de preferência integral) e tubérculos; um representante da ala das proteínas, a exemplo de carnes magras, peixe ou ovo; e três redutos de micronutrientes e fibras, tais quais verduras, legumes e frutas. No melhor dos mundos, essa combinação cai bem lá pelas 19 ou 20 horas. Próximo de dormir, tudo bem apostar em iogurte, leite ou fruta. Agora, o lanchinho mais proteico teria suas vantagens. Pelo menos é o que insinuam experiências conduzidas no laboratório de Michael Ormsbee, diretor do Instituto de Medicina e Ciência do Esporte, na Universidade do Estado da Flórida, nos Estados Unidos. “Notamos que bebidas proteicas podem ajudar na formação de músculos durante a noite, na melhora do metabolismo e no controle da saciedade”, descreve. “Além disso, não prejudicariam a queima da gordura”, adianta. Por enquanto, Ormsbee testou um shake com cerca de 150 calorias e 30 a 40 gramas de caseína, proteína achada no leite. Ele está avaliando se o queijo cottage surtiria os mesmos efeitos.

“Mas eu não janto”

Você costuma fazer o famoso lanche, é isso? Pois ele deve seguir o mesmo preceito de parcimônia de um jantar – tarefa não tão fácil assim. “Dependendo da composição do sanduíche, ele pode ter as mesmas calorias de um prato enorme”, avalia Maria Edna de Melo, da Abeso. A nutricionista Bianca dá exemplo de um lanche adequado: duas fatias de pão de fôrma integral, atum e salada de tomate e alface. Nada de camadas e camadas de embutidos, molhos e companhia. E resista ao repeteco. O recado faz sentido porque o lanche tende a acabar mais rápido do que um prato de arroz e feijão. Aí a saciedade demora abater. “Uma dica é utilizar talheres para comer mais devagar”, sugere Lancha Jr. Se estiver fora de casa, o jeito é manter a linha mesmo e mastigar sem pressa. Nesse contexto, o prático sanduba até cai como uma luva, já que facilita a recomendação de jantar umas 19 horas e cear depois. Seja qual for a preferência – comida ou lanche -, o crucial é usufruir bem dessa refeição. Muitas vezes ela é a única oportunidade de juntar a família em volta da mesa. Mas, justamente por esse clima relax, existe o risco de abusarmos inconscientemente. “Para evitar esse comportamento, prepare amesa, mantenha as panelas no fogão e desligue a TV”, aconselha anutricionista Cynthia Antonaccio, da Consultoria Equilibrium, em São Paulo. Não é porque o jantar tem virado a refeição nobre do dia que precisa parecer destinado a um rei. Estudo após estudo, esse posto ainda pertence ao café da manhã. FONTE: http://saude.abril.com.br/alimentacao/comer-a-noite-mexe-muito-com-o-corpo/

SAIBA COMO É FEITA UMA BIÓPSIA

Entenda o exame que consiste na retirada de uma amostra de tecido vivo para avaliar a presença e a gravidade de doenças como o câncer. O exame pode ser realizado em praticamente qualquer região do corpo, e não serve apenas para detectar o câncer, mas para avaliar também condições de órgãos e tecidos diversos. Veja abaixo como ele é feito:
fontes: Aloisio Souza da Silva, patologista do Fleury Medicina e Saúde; Denis Szejnfeld, radiologista da universidade federal de são paulo e do Laboratório Cura (SP); Antonio Correa Alves, Gerusa Tiburzio, Gustavo Campana, Marco Antonio Soufen e Wilhermo Torres, patologistas do Delboni Medicina Diagnóstica.// http://saude.abril.com.br/medicina/como-e-feita-uma-biopsia/

SAIBA O QUE DESGASTA E O QUE CONSERVA O ESMALTE DOS DENTES

Apesar das taxas de cárie no Brasil terem caído aproximadamente 13% ao longo da última década, a ascensão de outra condição, a erosão dentária, tem tirado o sorriso dos especialistas. Caracterizada pelo ataque de substâncias ácidas ao esmalte, essa doença pode desgastar os dentes e desequilibrar a mastigação se não for tratada de maneira adequada. O que está por trás dessa baita encrenca? No topo da lista, o consumo de refrigerantes. Estima-se que o brasileiro consome 70 litros de bebidas gaseificadas por ano. Os sucos de limão, laranja, morango e abacaxi também representam perigo nesse sentido, assim como isotônicos e energéticos. Conheça outros fatores de risco e descubra o que fazer para evitar seus efeitos nocivos:

O que causa erosão dentária

1- Doenças de base No refluxo gastroesofágico e na bulimia, os substratos estomacais que fazem a digestão viajam até a boca e atacam os dentes. 2- Remédios Xaropes infantis, ácido acetilsalicílico, determinados antibióticos líquidos e vitamina C efervescente entram nessa relação. 3- Drogas ilícitas Sujeitos viciados em cocaína geralmente friccionam o pó na gengiva e nos dentes. Há suspeitas de que o ecstasy também afete a região. 4- Natação Atletas precisam se proteger se ficam muito tempo treinando em piscinas tratadas com cloro. Elas têm o pH bem baixo. 5- Poluição Já existem estudos indicando que morar em áreas com a atmosfera cheia de sujeira aumenta o risco de o problema dar as caras.

Como evitar a erosão dentária

1-Não escove os dentes logo após comer ou beber algo ácido. Espere uns 30 minutos. Só não se esqueça da higiene bucal depois desse intervalo. 2-Em vez da escovação imediata, realize bochechos com água. Isso reequilibra o pH e eleva a secreção de saliva, que tem ação protetora. 3-Fique o menor tempo possível com a bebida nadando na boca. Oriente as crianças a não brincar com o refrigerante ou o suco no meio dos dentes. 4-Mascar um chiclete sem açúcar faz as glândulas salivares trabalharem com mais rapidez para neutralizar os ácidos. 5-Vai tomar uma laranjada? Que tal compor o lanche com queijos ou castanhas? Alimentos com pH básico anulam o atentado ao esmalte. 6-Evite ingerir os itens listados por aqui isoladamente. Prefira experimentá-los junto com as refeições. Assim você atenua seus efeitos. 7-Aposte no gelo: além de tornar o líquido menos ácido, a temperatura baixa desacelera um pouco processos químicos, como é o caso da erosão. 8-Invista nos canudinhos. O tubo de plástico entrega o conteúdo do copo direto para a garganta, sem que ele trave contato com a dentição. FONTE:http://saude.abril.com.br/medicina/o-que-desgasta-e-o-que-conserva-o-esmalte-dos-dentes/

CONHEÇA 6 CAUSAS DE PERDA DE MASSA MUSCULAR

Comer bem, malhar e corrigir deficiências nutricionais são os três pilares do vigor muscular (Foto: Tomás Arthuzzi. Ilustração: Mayla Tanferri/SAÚDE é Vital) Conheça os fatores que abrem caminho à sarcopenia, uma degeneração dos músculos, e monte seu plano de prevenção ou contenção. Como todo processo associado ao envelhecimento, a perda de massa muscular está relacionada a alterações fisiológicas que ocorrem naturalmente ao longo dos anos. A queda dos níveis de testosterona, por exemplo, impacta na síntese de proteína, fundamental para a formação dos músculos. No entanto, alguns hábitos são determinantes para prevenir ou acelerar esse problema, que tanto interfere na qualidade de vida. Atenção aos principais:

1. Sedentarismo

O músculo precisa de estímulo para manter seu vigor. Ficar parado, portanto, é um dos principais motivos que levam o corpo a se tornar cada vez mais mirrado.

2. Alimentação desequilibrada Proteína é fundamental, mas não podemos esquecer os carboidratos. Se eles faltarem, a proteína é desviada para gerar energia e os músculos ficam desabastecidos.

3. Vício em cigarro

Já se sabia que o tabagismo arruína as células dos ossos, favorecendo a osteoporose. Mas pintam indícios de que ainda soma prejuízos às fibras musculares.

4. Abuso de bebidas alcoólicas

O consumo excessivo de álcool, embora não seja causa direta da sarcopenia, pode ter efeitos nocivos sobre o tecido muscular esquelético e diminuir a massa magra.

5. Uso crônico de remédios

Lançar mão indiscriminadamente de corticoides e medicamentos à base de hormônio pode conspirar em favor do enfraquecimento da musculatura.

6. Noites maldormidas

A redução na quantidade e na qualidade das horas de sono corrompem a renovação do tecido muscular, colaborando para a sarcopenia. FONTE: http://saude.abril.com.br/medicina/6-causas-da-perda-de-massa-muscular/

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS PODEM FAVORECER UM INFARTO

Problemas respiratórios impactam nos vasos e no fluxo sanguíneo (Ilustração: GI/Getty Images). Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Sidney, na Austrália, esquenta a discussão sobre o aumento do número de ataques cardíacos no inverno. Ao entrevistarem 578 pessoas que sobreviveram a um infarto, os experts notaram que, sete dias antes da pane no peito, 17% dos voluntários apresentaram sintomas de problemas respiratórios – garganta inflamada, tosse, febre e dor facial. Outros 21% foram, de fato, diagnosticados com doenças como bronquite e pneumonia no mês que antecedeu o evento cardiovascular. Para os pesquisadores, a relação em questão pode ser explicada pelo fato de que esse tipo de quadro abre caminho para a formação de coágulos e alterações no fluxo sanguíneo, além de incitar a maior liberação de toxinas que lesionam os vasos. Resultado? O risco de infarto aumentaria 17 vezes na semana em que uma infecção respiratória dá as caras, caindo aos poucos ao longo de 30 dias. Quando a encrenca envolve especificamente o trato respiratório superior (nariz, faringe e regiões relacionadas), como ocorre na rinite, na sinusite, na faringite e em resfriados, a ameaça ao coração seria um pouco menor, mas ainda assim elevada (13 vezes maior, para sermos mais exatos). No entanto, por serem bem mais comuns, os experts recomendam atenção às medidas de prevenção e tratamento nesses casos. FONTE: http://saude.abril.com.br/medicina/doencas-respiratorias-podem-favorecer-um-infarto/

CONHEÇA 5 MODOS ATESTADOS DE EVITAR ENXAQUECA

Entre os mais de 150 tipos de cefaleia, há a temida enxaqueca. Caracterizada por dores latejantes em um lado da cabeça — que duram de quatro até 72 horas — e eventualmente náuseas e sensibilidade à luz, ela atinge cerca de 5% da população brasileira. E olha que estamos falando da versão crônica, quando os incômodos dão as caras durante pelo menos três meses, 15 dias ao mês. É por isso que hoje (19 de maio), Dia Nacional de Combate à Cefaleia, a neurologista Thais Villa, da Universidade Federal de São Paulo, traz dicas valiosas para o controle desse problema. Embora não acabem completamente com as dores e muito menos dispensem eventuais tratamentos, essas medidas dão conforto ao portador. Veja:

1. Não fique em jejum

Permanecer muito tempo sem comer é um grande erro para quem sofre com a enxaqueca. É importante estabelecer uma rotina alimentar de 3 em 3 horas e sempre carregar frutas ou lanchinhos na mochila. Além disso, devem consumir bastante água ao longo do dia.

2. Não exagere nos medicamentos

Basta só uma dorzinha de cabeça aparecer que as pessoas correm para tomar um analgésico, certo? Ao tomar remédios em diversos dias da semana, eles perdem efeito. Aliás, o abuso chega a cronificar a dor — além de trazer diversos prejuízos à saúde. O uso das medicações deve sempre ser conversado com um neurologista especialista no tratamento de dores de cabeça. Até porque as opções não se resumem a analgésicos tradicionais — tampouco a comprimidos.

3. Faça exercício

Não é que durante as crises você deve sair correndo (nesse caso, o recomendado é ficar mais quietinho mesmo). Mas uma série de trabalhos mostra que a prática regular de atividade física diminui consideravelmente o número de episódios dolorosos. As modalidades mais recomendadas são aquelas que não exigem tanto esforço do corpo — o exagero pode desencadear a enxaqueca. Opte por caminhadas, aulas de dança, natação, alongamento, pilates… Antes disso, faça apenas uma avaliação médica.

4. Controle o estresse e as emoções

Estresse, ansiedade, irritabilidade, preocupação excessiva, medo e solidão servem de gatilho para as crises de cefaleia. Através de exercícios de respiração, relaxamento e meditação, é possível ganhar controle sobre esses sentimentos. Buscar ajuda psicológica para entender melhor seus sentimentos e emoções também é uma boa opção.

5. Durma bem

Dormir pouco ou muito vai repercutir negativamente no cérebro. É importante priorizar o sono e estabelecer uma rotina que o valorize — a maioria das pessoas precisa relaxar profundamente de seis a oito horas por dia. Para alguns enxaquecosos, uma noite maldormida já é o suficiente para disparar uma crise. fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/dia-de-combate-a-cefaleia-5-jeitos-atestados-de-evitar-enxaqueca/

OVÁRIO CRIADO EM IMPRESSORA 3D FAZ ANIMAIS INFÉRTEIS ENGRAVIDAREM

Essa prótese, feita de gelatina, foi bem aceita pelo organismo de ratas tratadas. Será que, no futuro, isso resolverá problemas de fertilidade feminino?
O método pode ajudar, entre outras mulheres, as que que foram esterilizadas durante o tratamento contra o câncer (Ilustração: Lucas Kazakevicius/SAÚDE é Vital) Três ratinhas de laboratório com problemas de fertilidade deram à luz a filhotes saudáveis após terem seus ovários substituídos por um versão sintética do órgão, feita em uma impressora 3D. O corpo das fêmeas assumiu o comando da estrutura artificial em uma semana, e passou a usá-la para abrigar e liberar os óvulos no ritmo certo – restabelecendo, assim, a saúde reprodutiva e hormonal dos animais. “Nossa esperança é de que essa bioprótese seja o ovário do futuro”, afirmou ao jornal britânico The Guardian Teresa Woodruff, pesquisadora da Universidade Northwestern, em Chicago, nos EUA. “O objetivo do projeto é restaurar a fertilidade e saúde hormonal de pacientes de câncer jovens que foram esterilizadas pelo tratamento.” Atualmente, mulheres que se tornam inférteis antes da primeira menstruação por problemas de saúde precisam tomar doses elevadas de hormônio para manterem o ritmo de desenvolvimento do corpo durante a puberdade.

Como funciona

Um ovário real pode ser comparado, em alguns aspectos, a uma caixa de ovos de galinha – sim, a de papelão, vendida no supermercado. Ele tem reentrâncias arredondadas: uma superfície forrada em que os óvulos que ainda não estão maduros se desenvolvem e aguardam sua hora de descer para uma possível fecundação. O ovário sabe a hora certa de soltar um óvulo maduro ao receber um comando hormonal específico – se há um problema no mecanismo de liberação, o resultado será a infertilidade. O implante de ovário artificial, que você pode ver na foto abaixo, é feito de gelatina com alto teor de água, e lembra um plástico bolha na aparência. A amostra que está na ponta da pinça tem só 4 ou 5 milímetros, e embora isso não seja visível a olho nu, está repleta de reentrâncias que funcionam da mesma maneira que as do ovário real. No artigo científico, publicado na Nature, há uma descrição detalhada da estrutura. Quando o corpo da fêmea, até então infértil, percebe que agora há um implante capaz de fazer o que o ovário não fazia, ele assume o comando da gelatina e passa a usá-la. Esse processo de apropriação da prótese envolve inclusive sua vascularização – ou seja, vasos sanguíneos passam a irrigar a superfície artificial e nutrir os óvulos.

Fabricação

A impressão 3D dessa superfície porosa, tão pequena, é um processo muito delicado. Se você pudesse olhar a amostra acima no microscópio, veria longos fios de uma proteína chamada colágeno – o ingrediente responsável pela consistência curiosa da gelatina. Esses fios ficam entrelaçados como uma cesta de vime artesanal. E é nos vãos e reentrâncias dessa superfície trançada minúscula que os óvulos se encaixam. Aqui vale uma nota de rodapé: o colágeno também é essencial para te manter vivo. Graças a ele, seus músculos podem se contrair e se esticar, e sua pele mantém a elasticidade necessária para aguentar um beliscão. Sem ele, você teria problemas de formação nos ossos e tendões e articulações rígidos. Cerca 30% da proteína presente no corpo humano é colágeno – em outras palavras, todo mundo é 30% gelatina. Por isso, substituir o ovário real por uma versão de laboratório biodegradável feita de colágeno e água é um bom jeito de evitar que o organismo rejeite o implante – inflamações são comuns quando peças de metal ou plástico são inseridas em partes delicadas do corpo. Nos últimos anos, próteses de ovário com o mesmo princípio já haviam sido testadas com sucesso. Mas elas eram fabricadas manualmente, e portanto, menos precisas. Com a impressora, foi possível controlar o ângulo entre os filetes de gelatina que compõe a trama – o que muda a aderência dos óvulos e, por consequência, a eficácia do tratamento. Um princípio parecido foi usado na semana passada por uma pesquisadora colombiana, que criou uma prótese de retina não-invasiva usando água e proteínas presentes nos tecidos fotossensíveis do olho humano. O material é muito mais bem recebido pelo organismo que as câmeras de metal usadas anteriormente. fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/ovario-criado-em-impressora-3d-faz-animais-inferteis-engravidarem/

INFARTO EM MULHERES: OS SINTOMAS SÃO DIFERENTES

O ataque cardíaco mata mais do que o câncer de mama e, no sexo feminino, suas manifestações nem sempre dão pistas de que o problema está no coração.

Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos homens

Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as - costas; - Náusea; - Vômito; - Suor frio; - Desmaio.

Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino

- Enjoos; - Falta de ar; - Cansaço inexplicável; - Desconforto no peito; - Arritmia.

Como surgem os sintomas

Não existe uma regra para a forma como os sinais do infarto dão as caras. Eles podem tanto se manifestar todos juntos como surgir separadamente. Isso quer dizer que a dor no peito, por exemplo, pode tanto vir acompanhada de suor frio ou vômito como aparecer sozinha.

Quando me preocupar

O fato de você sentir uma dor no peito, um enjoo ou um cansaço não significa, é claro, que se trata de um piripaque no coração. De qualquer forma, é bom ficar atenta, principalmente se você se encaixa no grupo de risco para sofrer um ataque cardíaco. “Somente por meio de exames clínicos é possível saber se a pessoa está tendo um infarto. Por isso, o ideal é que, na dúvida, o paciente vá a um hospital”, orienta o cardiologista Cesar Jardim, coordenador do Clinic Check-Up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Como sei se estou no grupo de risco?

Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher sofrer um ataque cardíaco estão: hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. No caso desse último item, vale alertar para os casos em que o hábito de fumar é associado ao uso de pílulas anticoncepcionais. “Essa combinação é trombogênica, ou seja, propicia a formação de coágulos que podem entupir os vasos”, explica Jardim. Outro ponto de atenção deve ser a menopausa, período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos, como o estrógeno. “Ele facilita a circulação do sangue pelas artérias e protege o endotélio, tecido que reveste o interior dos vasos”, esclarece o cardiologista Carlos Costa Magalhães, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Uma vida saudável é a melhor prevenção

Além de tratar os fatores de risco – isto é, controlar a pressão, o diabetes e o colesterol, parar de fumar, perder peso… –, é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Por isso, pratique atividade física regularmente, procure relaxar e adote uma alimentação balanceada – com muitas frutas, verduras e legumes e baixo consumo de itens ricos em sódio, nutriente que contribui para o aparecimento da hipertensão. FONTE: http://saude.abril.com.br/medicina/infarto-em-mulheres-saiba-como-os-sintomas-sao-diferentes-dos-que-os-homens-apresentam/

CONHEÇA 6 CAUSA INUSITADAS DA INFECÇÃO URINÁRIA

Intestino travado, pedras nos rins e obesidade são alguns dos fatores que podem responder por episódios recorrentes da doença. Fique atenta! As diferenças entre o corpo da mulher e o do homem vão além daquelas que nos saltam aos olhos. O canal da uretra, por onde sai o xixi, é uma das diversidades que ficam escondidinhas. Enquanto na mulher essa via de saída mede cerca de 5 centímetros, no homem chega à incrível marca de 22 centímetros. A consequência da discrepância não é nada vantajosa para as mulheres. Isso porque, nelas, bactérias que se metem a intrusas têm um caminho muito mais curto a percorrer até alcançar a bexiga. Quando chegam ao órgão, costumam fazer estragos. Daí a vontade de urinar fica intensa, há dor e a urina às vezes vem acompanhada de sangue. É a cistite, nome formal da infecção urinária, que acomete de 20 a 30% da população feminina em certa fase da vida.

1. Obesidade

O vínculo é indireto, mas existe. Acompanhe o raciocínio: quem está muito acima do peso costuma exibir dobrinhas em várias partes do corpo. A característica muitas vezes dificulta a perfeita higiene da região genital após urinar e cria o cenário perfeito para as bactérias fazerem a festa. Mas atenção: a limpeza em excesso também não é boa. “Isso altera a flora vaginal, resultando em uma expulsão de bactérias protetoras dali”, esclarece Wladimir Alfer Júnior, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. A recomendação é evitar duchas íntimas, sprays com aromas e outros itens capazes de desequilibrar a flora.

2. Segurar o xixi

“Não use banheiros públicos”… Está aí um conselho de mãe que se pode ignorar, tomando os devidos cuidado com superfícies sujas, é claro. É que xixi parado na bexiga por muito tempo cria o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias do mal. “Urinar funciona como uma lavagem contínua”, informa o ginecologista José Geraldo Lopes Ramos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Apesar de nada romântico, o ato também é indicado logo depois da atividade sexual, quando podem ocorrer microfissuras na região da uretra, facilitando a aderência de micro-organismos. Com uma escapadinha ao banheiro, você expulsa os pequenos invasores.

3. Diabete

Qualquer moléstia que comprometa as defesas do organismo, deixando-as bem capengas, predispõe à infecção urinária. É o caso do diabete e da aids. “Aí, nosso corpo não consegue se defender direito das bactérias”, justifica Rodolfo Borges dos Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), regional São Paulo. Certos medicamentos, como aqueles indicados para quem convive com o lúpus, e a prática excessiva de exercícios físicos também contribuem para a queda da imunidade.

4. Constipação

Na famosa prisão de ventre, os problemas vão além do desconforto abdominal. Pela anatomia feminina, as bactérias do trato gastrointestinal, empacadas, têm facilidade em migrar para a uretra, contaminando-a. “A culpada pela maioria dos episódios de cistite atende pelo nome de Escherichia coli. Essa é uma bactéria que vive no intestino, onde não cria problemas. Mas, quando passa para a área da vagina, compete com micro-organismos que vivem naturalmente ali”, descreve Milton Skaff, da Beneficência Portuguesa. Daí, se a intrusa domina o terreno, cresce o risco de infecção. “De fato, nas pacientes constipadas detectamos uma maior colonização de micro-organismos do intestino na região vaginal”, confirma o especialista.

5. Camisinha

Calma! Não vá achando que nesse tópico você vai encontrar um sinal verde para dispensar o preservativo durante o sexo. Jamais. O único contratempo é que os espermicidas – substâncias responsáveis por matar os espermatozoides – modificam a flora vaginal, deixando as mulheres mais suscetíveis à ação maléfica das bactérias. A saída, então, é procurar camisinhas sem o tal espermicida ou que tenham a substância na parte interna, para o gel ficar em contato apenas com o pênis.

6. Cálculo renal

“Em certos casos, as pedras que se formam nos rins são ocasionadas por uma bactéria que interfere na acidez da urina, facilitando o depósito de sais”, explica Fernando Almeida, chefe do Setor de Urologia Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O problema? O risco de esse micróbio também financiar a temida cistite. “Há a possibilidade, inclusive, de o cálculo renal culminar direto no tipo mais grave da doença infecciosa, que é a pielonefrite”, alerta Skaff. “Mas essa relação entre pedra no rim e infecção urinária é exceção, não a regra”, afirma o médico da Unifesp. De qualquer forma, o recado é sempre investigar. Assim, evita-se o uso constante de antibióticos e o surgimento de um exército perigoso de bactérias resistentes.

As duas faces do problema

A cistite é o tipo mais frequente de infecção urinária. Ela atinge a bexiga, e os sintomas incluem vontade de fazer xixi a todo momento, além de ardência e sangramento ao urinar. Antibiótico, analgésico e hidratação costumam dar conta do recado. A pielonefrite, por sua vez, é a forma mais nefasta do quadro, pois a bactéria chega até os rins, causando febre e mal-estar. O tratamento é mais prolongado e pode exigir internação.

Vacina

Quem convive com a infecção urinária várias vezes ao ano pode recorrer a uma vacina para melhorar as defesas do corpo. Ela é um pouco diferente, para começar pela forma – ora, trata-se de um comprimido. Tem outro detalhe: esse tratamento é indicado só para as mulheres atormentadas pela bactéria Escherichia coli, responsável por 85% dos episódios de cistite.

Antibiótico preventivo

Outro recurso capaz de reduzir as recorrências infecciosas é o uso profilático de antibióticos. Na prática, a paciente recebe doses baixas do medicamento – geralmente um quarto da quantidade utilizada normalmente – por cerca de seis meses. Nesse meio-tempo, é possível que as bactérias provoquem novas infecções, porém o risco é menor. Para definir o melhor caminho e afastar a complicação, conte com acompanhamento médico. FONTE: http://saude.abril.com.br/medicina/conheca-6-causas-inusitadas-da-infeccao-urinaria/

CONHEÇA E APRENDA USAR 37 TIPOS DE PLANTAS MEDICINAIS

Um guia para esclarecer, de vez, como recorrer às propriedades da nossa flora sem correr riscos. O uso de plantas para tratar doenças é tão antigo quanto a história da humanidade, mas saber conservar e usar cada tipo é fundamental para garantir que o remédio funcione. Antes de tudo, apague a crença de que tudo que é natural não faz mal. “As plantas necessitam de recursos químicos para se defender, como alguns alcaloides, que, por serem amargos e tóxicos, afastam predadores, ou óleos essenciais, que atraem aves para a polinização”, exemplifica a farmacêutica Ivana Suffredini, da Universidade Paulista, na capital. “Assim como algumas dessas substâncias podem atuar positivamente no organismo humano, outras provocam sérios danos”, alerta. Outra confusão que precisa ser desfeita é usar os termos plantas medicinais e fitoterápicos como sinônimos. “Fitoterápicos são remédios, que passam por uma rigorosa avaliação de segurança e eficácia em seres humanos, com uma concentração de ativos padronizada, o que nem sempre ocorre com as folhas para o preparo de chás”, diferencia a geriatra especializada em fitomedicina Rita Ferrari, de São Paulo. Não quer dizer que a população tenha de abandonar as infusões, respeitando-se algumas medidas de cautela. Confira a seleção que fizemos com base no livro “Guia de plantas medicinais de A a Z: 76 espécies aprovadas pela ciência”.

1. Agrião

(Nasturtium officinalis)
Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa brasileira. O agrião é um excelente anti-inflamatório das vias respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas. Ele também age contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma planta apague de vez os seus estragos. Nomes populares: Agrião d´água, agrião-aquático, agrião-do-rio. Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para tratar aftas, gengivites, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e tratar a tosse. Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias expectorantes que ajudam a limpar as vias respiratórias. Pode ser consumido em saladas, batido em sucos ou tomado em chás (1 colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água fervente, 3 vezes ao dia). Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser consumida por grávidas. Além disso, o excesso costuma irritar a mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser ingerido por quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias.

2. Alfazema

(Lavandula spp)
Desde a Antiguidade, a planta era usada em banhos de imersão de gregos e romanos. Isso provavelmente porque suas flores têm um delicado aroma calmante. Seu óleo essencial carrega mais de 150 compostos que respondem por seus bons efeitos, que vão desde o combate à insônia até falta de apetite. Hoje sabe-se que a alfazema também é eficaz contra cistite, inflamação na bexiga comum em mulheres. Nomes populares: Lavanda, lavândula. Fins medicinais: Suas folhas são usadas em remédios contra conjuntivite e as flores funcionam contra tosse, bronquite, queimaduras e enxaqueca. Como usar: Misture 100 mililitros de óleo de amêndoa com 40 gotas de essência de alfazema. Use esse óleo para massagear o corpo - uma boa ideia é aplicá-lo antes de dormir. Atenção! Em excesso, o chá de alfazema irrita bastante o estômago. E há pessoas com alergia ao seu óleo essencial. Mais: a planta não deve ser confundida com a alfazema-do-brasil ou erva-santa.

3. Alcaçuz

(Glycyrrhiza glabra)
Planta fortemente adocicada conhecida há mais de 3 mil anos na Europa e na Ásia. Com seu sabor cerca de 15 vezes mais doce do que a cana, ela é usada há milênios tanto para combater aquela coceirinha na garganta que acompanha uma crise de tosse quanto pelos efeitos contra úlceras gástricas. Nomes populares: Alcaçuz-da-Europa, madeira-doce, licorice, raiz-doce. Fins medicinais: É usado contra problemas pulmonares, como tosses, por ser anti-séptico e anti-inflamatório. Para completar, pesquisas sugerem sua aplicação nos casos de reações alérgicas, bronquite e artrite. Como usar: Use 3 gramas (1 ½ colher de sopa) da raiz seca do alcaçuz, cortada em pedaços pequenos. Esquente água para 1 xícara de chá. Desligue o fogo antes de atingir a fervura. Deixe a raiz na água durante 15 minutos. Faça essa decocção 2 vezes ao dia e beba antes das refeições. Atenção! A dose máxima de alcaçuz é de 6 g ao dia - ou corre-se o risco de a pressão sanguínea subir. A espécie é proibida para quem tem problemas cardíacos, é hipertenso ou gestante.

4. Alecrim

(Rosmarinus officinalis)
Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra - de cosméticos a incensos, passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores provocadas por doenças reumáticas e articulares. Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça, libanotis Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares. Como usar:Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves. Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no difusor.

5. Alho

(Allium sativum)
O alho é tiro-e-queda contra o colesterol alto, atua como expectorante e antisséptico e, de quebra, é capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulatórios. Está lotado de vitaminas como A, B1, B2 e C, além de minerais como enxofre e iodo. Quando o bulbo é triturado, um de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba resultando na produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que, acredita-se, seja uma das maiores responsáveis pelos seus propagados poderes. Nomes populares: Alho-comum, alho-da-horta, alho-manso. Fins medicinais: Pesquisas recentes sugerem um potencial anticancerígeno, desde que consumido sempre cru. Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições. Atenção! Há pessoas que podem ser alérgicas ao alho. Ele também não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo mesmo motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes.

6. Arnica

(Arnica Montana)
É raro encontrar quem nunca ouviu falar da famosa pomadinha de arnica para tratar um machucado, principalmente aqueles que deixam belas manchas roxas. A fama remonta os tempos das nossas avós e já ganhou comprovação científica: a arnica funciona mesmo como um santo remédio nesses casos. Quem responde por seus benefícios é uma substância chamada quercetina, responsável por aumentar a resistência dos vasos e a irrigação sanguínea. Por isso o coágulo vai sendo removido, apagando a mancha roxa. Já inolina, componente que faz dupla com a quercetina, alivia a dor. Nomes populares: Arnica. Fins medicinais: Também é usada em para tratar problemas de pele como acne e furunculose. E ajuda a aliviar dores reumáticas, gota e tendinites. Como usar: Para tratar contusões, faça a seguinte tintura, que pode durar até um ano, se for armazenada corretamente: respeite a proporção de 1 parte de arnica fresca, 5 partes de álcool de cereais (encontrado em farmácias) e 5 partes de água. Pique a planta e misture-a com os outros ingredientes. Deixe descansar por pelo menos 15 dias antes de usar. Deve ser diluída a 10% para uso em compressas. Atenção! A planta tem compostos tóxicos e, por isso, sua tintura não deve ser ingerida de jeito nenhum, nem se fazem chás com suas folhas e flores. Também não pode ser aplicada sobre feridas abertas. Seus efeitos colaterais incluem vômitos, aumento da pressão arterial e aborto. Grávidas e mulheres que amamentam não podem usá-la.Além disso, a arnica potencializa sangramentos, especialmente se a pessoa toma remédios anticoagulantes. Nunca a use com outras ervas: a mistura pode alterar a função das plaquetas.

7. Babosa

(Aloe vera)
A famosa Aloe vera entra na composição de vários xampus e cremes feitos com a polpa branca de suas folhas. Tudo graças a uma dupla de princípios ativos, aloeferon e antraquinona. Enquanto o primeiro age na multiplicação celular e acelera a cicatrização, o outro funciona como antisséptico. Em alguns casos, é justamente essa propriedade que evita a queda de cabelos. Ela também ajuda na cicatrização de feridas. Nomes populares: Babosa. Fins medicinais: A babosa também tem sido usada no combate à caspa, aos piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos no tratamento de inflamações e queimaduras. Como usar: Esfregue folhas de babosa cozidas no couro cabeludo. Deixe agir durante 15 minutos e enxágue. Outra opção é cortar as folhas pela base deixando escoar o sumo gosmento. Passe-o então nos fios. E saiba: ele dura apenas 2 dias na geladeira. Atenção! A babosa nunca deve ser ingerida. Ela tem resinas que irritam o estômago e o intestino, podendo causar cólicas, hemorragias e nefrites. Além disso, parece ser tóxica ao fígado.

8. Boldo-do-Chile

(Peumus boldus)
A boldina, principal componente da planta, estimula a secreção de bile, substância produzida pelo fígado que age na quebra das gorduras. Por isso a erva melhora a digestão e, indiretamente, as funções hepáticas. No entanto, suas folhas não podem ser aquecidas por muito tempo. Se a ideia é dar uma força à digestão, prefira batê-las com um copo de água e beber na mesma hora. Curiosidade: no Chile, o fruto dessa espécie também é consumido como alimento. E, por aqui, tome cuidado: não confunda a espécie com uma versão bem brasileira e facilmente encontrada em hortas e jardins, o chamado falso-boldo (Plectranthus barbatus). Nomes populares: Boldo-do-chile, Boldo-verdadeiro. Fins medicinais: O boldo-do-chile também age como anti-inflamatório inibindo a síntese de prostaglandinas, substâncias envolvidas no processo de uma inflamação. Como usar:Para prevenir pedras na vesícula coloque em 1 xícara de água fervente, ponha 1 colher de sobremesa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e beba sem perder tempo. Atenção! Nada de usar o boldo-do-chile a torto e a direito. Tome somente em casos isolados de mal-estar porque o excesso, em vez de fazer bem, causa intoxicação hepática. A planta também está vetada a grávidas e pessoas com asma, distúrbios renais e problemas do fígado.

9. Calêndula

(Calendula officinalis)
De sabor amargo e perfume suave, a famosa mal-me-quer é um bom cicatrizante. Soldados da guerra civil americana, no século 19, usavam a planta para tratar feridas nos combatentes. Hoje seus benefícios à pele são bem conhecidos e ela é largamente empregada na indústria cosmética. A tintura alivia sintomas de traumatismos e pomadas e compressas à base de calêndula ajudam a tratar furúnculos e varizes. Seus efeitos não param por aí: ela também serve para regular a menstruação e amenizar cólicas. Nomes populares: Mal-me-quer, margarida-dourada, maravilha-dos-jardins. Fins medicinais: É usada para tratar fungos, acne e escaras, ajuda a prevenir assaduras em crianças e pode aliviar queimaduras leves, inclusive as de sol. Como usar: Para cólicas menstruais, coloque em 1 xícara de chá de água fervente, coloque 1 colher de sobremesa das flores de calêndula. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 2 xícaras do preparado diariamente nos 8 dias anteriores à menstruação.

10. Camomila

(i>Matricaria chamomilla)
Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença garantida na grande maioria das chaleiras. Tanto que é um dos chás considerados mais seguros. A erva é muito usada para acalmar cólicas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo essencial com propriedades anti-inflamatórias. Suas flores são lotadas de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele. Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos em sabonetes, colônias e xampus. Nomes populares: Camomila-vulgar, camomila-comum. Fins medicinais: É usada com tônico digestivo, facilita a eliminação de gases e estimula o apetite. A infusão concentrada pode ser usada em bochechos para tratar inflamação das gengivas. Também alivia dores musculares, na coluna e ciáticas. Como usar: Para aliviar irritações de pele use 6 colheres de sopa de flores frescas de camomila para preparar uma infusão com 1 litro de água. Aplique o líquido em compressas sobre a área afetada. Atenção! Algumas pessoas têm alergia à erva. E o excesso sempre pode causar mal-estar, enjoo e vômitos. Deve ser evitada por grávidas e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes.

11. Canela

(Cinnamomum verum)
A casca marrom do tronco da canela que chegou a ser a especiaria mais procurada na Europa no século 16. Muito empregada na culinária e até na indústria cosmética - em perfumes e sabonetes --_, ela também é usada como remédio. Há 4 mil anos, na China, já era empregada para tratar problemas gastrointestinais e cólicas menstruais. O óleo essencial, rico em cinamaldeído, age também contra vários micro-organismos e fungos. E, de quebra, inibe moléculas envolvidas no processo inflamatório. Nomes populares: Aneleira, caneleira-da-índia, caneleira-de-ceilão, cinamomo, pau-canela Fins medicinais: Contra gases e má digestão. Como usar: Faça uma decocção com a casca desidratada usando 1 colher de café para cada xícara de água. Atenção! Em indivíduos sensíveis, a canela pode despertar reações alérgicas.

12. Capim-limão

(Cymbopogon citratus)
Na culinária tailandesa, essa erva de origem asiática aparece como condimento. Mas na América do Sul é uma das plantas mais usadas na medicina popular, tanto como analgésico quanto para tratar problemas gastrointestinais. Ela ainda é ingerida como um sedativo bem leve. O capim-limão também é conhecido como falsa erva-cidreira: apesar de serem duas plantas de aparência bem diferente, acabam sendo confundidas, talvez por causa do forte cheiro cítrico de ambas. Nomes populares: Capim-catinga, capim-cheiroso, capim-cidreira, campim-de-cheiro, sidró, vervena Fins medicinais: O chá de capim-limão também é indicado para ajudar no trabalho estomacal, para expulsar gases, além de ser ligeiramente analgésico e anti-reumático. Como usar: Para diminuir a ansiedade, coloque em 1 xícara de chá de água fervente, coloque 1 colher de sopa de folhas frescas picadas. Se quiser, acrescente gotas de limão e adoce com mel. Atenção! Em geral é seguro, mas não deve ser usado na gravidez nem para dores abdominais de causa desconhecida.

13. Carqueja

(Baccharis genistelloides)
Extremamente popular no Brasil, ao que parece ela teria sido introduzida aqui pelos escravos africanos. A planta é uma boa pedida quando aquela refeição pesada cai mal e o estômago parece de chumbo: sabe-se que seus óleos essenciais, como o carquejol, atuam nas células hepáticas aumentando a produção da bile. A carqueja também está lotada de componentes amargos, o que também favorece o trabalho do fígado e a digestão. Ela tem ainda um efeito diurético, ajudando a eliminar toxinas. Nomes populares: Carqueja-amargosa, amargosa, vassoura, bacanta, carque. Fins medicinais: A carqueja reduz as taxas de açúcar no sangue e tem propriedades anti-úlcera e anti-inflamatórias, o que ajuda no tratamento de artrites. Como usar: Para auxiliar na digestão, prepare um chá com 1 colher de sopa da erva para cada xícara de água e tome até 3 vezes ao dia. Atenção! Estudos não apontam toxicidade renal ou hepática, mas há risco de queda na pressão arterial. Por isso não deve ser usada por quem tem problemas de pressão baixa ou toma remédios contra a hipertensão. Também é contraindicada em casos de diarreia crônica. Por falta de estudos conclusivos, grávidas devem evitá-la, principalmente no primeiro trimestre.

14. Cáscara-sagrada

(Rhamnus purshiana)
Nativa do oeste dos Estados Unidos, essa planta era muito utilizada pelos indígenas americanos. Mas foram os colonizadores espanhóis que a batizaram com esse nome. Bem conhecida e bastante indicada nos casos de prisão de ventre, hoje ela está presente em muitas das perigosas formulações para emagrecer - dessas, você deve fugir. No Brasil, é mais fácil encontrá-la na forma de extrato, em casas de produtos naturais. Nomes populares: Não há registros. Fins medicinais: A planta também serve como tônico digestivo. Mas não pode ser usada imediatamente após a colheita. É preciso um processo de envelhecimento de pelo menos um ano, ou ficar na estufa a 100 graus Celsius por, no mínimo, uma hora. Daí a importância de só comprá-la em lojas especializadas. Como usar: Para regular o intestino, coloque em 1 garrafa de vinho branco ponha 5 colheres de sopa do pó da cascas da cáscara-sagrada. Deixe macerar por 10 dias e coe. Tome 1 cálice antes de deitar, até o intestino voltar a funcionar direito. Aí interrompa imediatamente o uso. Atenção!A cáscara não pode ser tomada por mais do que alguns pouquíssimos dias. O uso contínuo prejudica terminações nervosas do intestino, que deixa de funcionar sozinho. Grávidas, mulheres que amamentam, portadores de doenças inflamatórias intestinais ou dores abdominais de origem desconhecida não devem usá-la. O uso prolongado também pode levar à perda de potássio, que potencializa arritmias cardíacas. Aliás, não deve ser ingerida por quem toma medicamentos para o coração e anti-inflamatórios como a indometacina.

15. Coentro

(Coriandum sativum)
Esse tempero que empresta seu sabor forte a comidas tipicamente nordestinas, como o vatapá, foi trazido da África pelos escravos. Depois se tornou popular em todo o país, principalmente na Bahia. Mas, ao mesmo tempo que serve para condimentar pratos da nossa culinária, alguns nem tão leves, ele facilita a digestão e alivia cólicas estomacais. Tudo graças às suas mucilagens, substâncias capazes de proteger a mucosa do estômago e do intestino. Nomes populares: Não Há registros. Fins medicinais: O coentro é apontado como um remédio contra a ansiedade. Como usar: Para combater gases e cólicas faça uma tintura com 1 colher de sopa de sementes de coentro secas em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 60%, que pode ser encontrado em farmácias. Deixe macerar por 5 dias e coe a mistura. Dilua 20 gotas em 1 copo de água e beba. Atenção!As folhas usadas como tempero são tóxicas se consumidas em grandes quantidades - o que seria necessário para obter um efeito medicinal. Por isso, para aliviar problemas digestivos, recomenda-se as sementes.

16. Confrei

(Symphytum officinale)
Na década de 1980 seu chá era muito usado para combater úlceras e até mesmo ajudar no controle do diabete. Mas a planta caiu em desgraça após vários relatos de sérios efeitos colaterais. Isso porque ele é riquíssimo em alcaloides, que podem ser extremamente tóxicos ao fígado e até causar cirrose. O que ofuscou seus efeitos benéficos: rico em alantoína, composto que estimula a regeneração dos tecidos, o confrei é um excelente cicatrizante. Mas vale frisar que ele não deve ser ingerido de jeito nenhum - o que, aliás, é proibido por lei. Só pode ser usado topicamente, em compressas. Nomes populares: Consólida, erva-do-cardeal, orelha-de-asno. Fins medicinais: Estimula a regeneração dos tecidos e é um ótimo cicatrizante. Como usar: Para tratar hematomas, acrescente 1 colher de sopa das folhas picadas a 1 xícara de chá com água fervente. Tampe. Espere 10 minutos e coe. Embeba uma gaze com o líquido ainda morno e aplique na mancha roxa durante 30 minutos. Atenção! As folhas do confrei devem estar bem verdes e frescas, mantidas em vidros devidamente fechados e longe da umidade. A espécie é contra-indicada para gestantes e crianças. Além disso, não é aconselhável usá-la por mais de 10 dias consecutivos.

17. Cravo-da-Índia

(Syzygium aromaticum)
Foram os chineses os primeiros a usar a famosa especiaria, tanto como condimento quanto na medicina, séculos antes de Cristo. Por seu aroma, ela também entrava na composição de perfumes e incensos. No século 16 o cravo se tornou uma mercadoria extremamente valiosa e virou alvo de disputa entre portugueses e holandeses. Desembarcou no Brasil pelas mãos dos colonizadores. Até hoje seu óleo é usado na odontologia como analgésico e anti-séptico. Rico em eugenol, ele consegue deter a inflamação nas mucosas e combater inchaços. Nomes populares: Rosa-da-índia, craveiro-da-índia, cravoária. Fins medicinais: Parece ter uma ação anticoagulante pois inibe a agregação das plaquetas. Como usar: Para prevenir gengivites, faça um antisséptico bucal: adicione 1 xícara de chá de água fervente sobre 1 colher de sopa de cravos e deixe amornar por 10 minutos. Coe e faça bochechos enquanto ainda estiver morno, de duas a quatro vezes ao dia. Atenção! Grávidas só devem consumir o cravo-da-índia em porções comumente usadas na alimentação, porque qualquer excesso é capaz de provocar contrações no útero. O óleo da planta nunca deve ser ingerido. Ele também pode irritar a pele.

18. Dente-de-leão

(Taraxacum officinale)
Suas folhas são amargas e suas flores amarelas podem ser utilizadas em saladas. Na China antiga, a planta era considerada um poderoso remédio para doenças nas mamas. Hoje ninguém discute que o chá da planta alivia distúrbios digestivos. Princípios ativos do dente-de-leão estimulam a produção da bile, que ajuda digerir gorduras. Além disso, a planta também está lotada de betacaroteno, fibras e sais minerais. Nomes populares: Alface-de-cão, Soprão, Amargosa, Amor-dos-homens, Coroa-de-monge, Taraxaco. Fins medicinais: A espécie age como diurético e laxante suave, além de abrir o apetite. Como usar: Para distúrbios digestivos faça uma decocção usando 3 a 4 colheres de chá da erva para cada xícara de água Atenção! Grávidas, mores de 2 anos e quem sofre de cálculos na vesícula devem ficar longe dela. Pelo efeito diurético, cardíacos e quem sobre de hipertensão devem ter cautela. Podem ocorrer queda de pressão, náuseas, vômitos e reações alérgicas.

19. Erva-cidreira

(Melissa officinalis)
Também chamada de melissa, esta é uma daquelas ervas que merecem atenção redobrada na hora da compra. Além de ser muito confundida o capim-limão ou com a melissa-bastarda, ela é conhecida popularmente por nomes muito diferentes. Seu chá é ótimo para combater cólicas e gases. Ele também ajuda a relaxar naqueles dias mais tensos, graças ao efeito calmante de seus óleos essenciais. Nomes populares: Melissa, chá-da-frança, cidrilha, citronela, erva-cidreira-europeia, cidreira-verdadeira, salva-do-brasil Fins medicinais: Também é analgésico e antiespasmódico, além de funcionar topicamente (em extrato) contra herpes labial. Como usar: Para tratar dores de cabeça e cólicas intestinais, coloque m 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa de folhas e ramos frescos. Adicione água fervente. Abafe, espere amornar e coe. Tome uma xícara de manhã e outra à noite.

20. Erva-doce

(Pimpinella anisum)
Conhecida desde os tempos dos antigos egípcios, seu sabor está presente em alimentos, licores, balas, sabonetes e cremes. Mas além de emprestar seu perfume a guloseimas e cosméticos, ela é um bom remédio contra gases e evita contrações dolorosas do estômago e intestino, as populares cólicas. Isso porque é rica em óleos essenciais que agem na musculatura abdominal. Suas sementes são facilmente encontradas nos supermercados. Nomes populares: Anis, semente-de-anis, cuminho doce. Fins medicinais: Age contra cólicas infantis, gastrite nervosa, enxaquecas (especialmente as provocadas por problemas digestivos). Também é indicada como purificador do hálito. Como usar: Para aliviar enjoos coloque 3 colheres de sopa da semente em 1 garrafa de vinho branco. Deixe descansar por dez dias e coe. Tome um cálice antes das principais refeições. Atenção! O uso não tem contra-indicações desde que seja nas doses indicadas. Em altas dosagens, o óleo essencial pode provocar efeitos tóxicos. Grávidas não devem usá-lo.

21. Eucalipto

(Eucalyptus globulus)
Ninguém discute que ele dá um verdadeiro respiro aos pulmões. O eucalipto tem componentes como o eucaliptol e o citronelol que deixam as secreções mais fluidas e fáceis de ser eliminadas. Seus taninos, por sua vez, reduzem a quantidade de muco. O eucaliptol também dilata os brônquios, facilitando a saída do catarro. Por tudo isso, as folhas dessa árvore perfumada servem de alívio para quem sofre de problemas respiratórios, como asma e bronquite. A inalação dos vapores da planta interfere nos vasos das mucosas do nariz, melhorando a respiração. E o óleo essencial parece barrar a reprodução da bactéria causadora de tuberculose. Nomes populares: Gomeiro-azul, mogno-branco, árvore-da-febre. Fins medicinais: O chá é usado para abaixar a febre e combater dores de ciática e gota. Também alivia dores do reumatismo e estimula as defesas. A planta serve como antisséptico e repelente de insetos. Como usar: Para sinusite (inalação), jogue 1 litro de água fervente sobre 6 ou 8 folhas de eucalipto. Aspire o vapor 2 vezes ao dia. Atenção! Nos casos de asma seca, pode ter efeito contrário, irritando mais e piorando o quadro alérgico. Em excesso, pode causar sonolência, vômitos, transtornos respiratórios e até perda de consciência. Grávidas, quem tem doenças inflamatórias ou hepáticas graves não podem usar. Crianças não devem fazer inalação nem usar o óleo essencial. A planta também interage com vários remédios, como antidiabéticos e drogas metabolizadas pelo fígado.

22. Guaco

(Mikania glomerata)
Originária do Sul do Brasil, a planta era muito usada pelos índios para tratar picadas de cobra. Mas ficou famosa mesmo pelos efeitos contra males respiratórios, cada vez mais confirmados pela ciência. Aclamadas por aliviar sintomas de bronquite, asma e tosse, as folhas de guaco têm ação paliativa nos casos agudos de doenças respiratórias. Elas diminuem o processo inflamatório e têm ação antimicrobiana. Além disso, os compostos da planta entre eles, a cumarina relaxam a musculatura do aparelho respiratório e dilatam os canais por onde passa o ar. Nomes populares: Erva-de-cobra, erva-das-serpentes, cipó-catinga, erva-de-cobra, coração-de-jesus e uaco. Fins medicinais: É usada como cicatrizante de úlceras, feridas e para tratar varizes, além de funcionar como emoliente em eczemas e coceiras Como usar: Para acalmar o peito: despeje 1 xícara de chá de água fervente sobre 1 colher de sopa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Tome duas vezes por dia. Atenção! Não deve ser utilizado por mulheres com menstruação abundante porque aumenta o fluxo. Doses elevadas podem causar diarreias, mal-estar e vômitos. Não é indicado para grávidas, crianças menores de um ano, pessoas com distúrbios de coagulação ou doenças crônicas do fígado.

23. Guaraná

(Paulinia cupana)
Os índios da Amazônia já conheciam as propriedades do guaraná. Hoje sabe-se que a ele é um poderoso tônico que age contra o estresse, capaz de melhorar as condições gerais do organismo. É rico em cafeína e teobromina, substâncias estimulantes que atuam no sistema nervoso central. As sementes também estão cheias de taninos, que, além de controlar a oleosidade da pele, conseguem neutralizar a ação nociva dos radicais livres. Nomes populares: Uaraná, cupana, naranazeiro, guaranaúva. Fins medicinais: Atenua perturbações gastrointestinais e cólicas e é ainda usado contra perda de memória e como analgésico. Como usar: Para aumentar a disposição coloque 1 colher de chá de pó de guaraná em 1 copo de água filtrada e acrescente 1 colher de sopa de mel. Misture bem. Tome logo de manhã, em jejum. Atenção! Deve ser evitado por crianças, portadores de distúrbios cardíacos e psíquicos como síndrome do pânico ou hiperatividade. Nunca consuma junto com outras bebidas ricas em cafeína.

24. Hortelã-pimenta

(Mentha piperita)
Conta um mito grego que a ninfa Minthe foi transformada em planta quando seu romance com o deus Plutão foi descoberto pela esposa traída. O amante não pode desfazer o encanto e, desconsolado, lhe deixou o aroma de presente. Picante e perfumada, essa erva muito usada como tempero tem duas virtudes principais: alivia cólicas digestivas e reduz inflamações nos brônquios. O mentol, um de seus componentes, destrói bolhas de gases e é capaz de dilatar brônquios - o que explica o alívio nas congestões nasais. Essa hortelã tem ainda flavonoides, substâncias estimulantes da vesícula biliar, e princípios amargos que melhoram o trabalho do estômago. Nomes populares: Hortelã, hortelã-de-bala, hortelã-da-folha-miúda, menta-inglesa, hortelã-pimenta, hortelã-das-cozinhas Fins medicinais: Também é usada para combater fadiga, problemas no fígado, gases e auxilia a digestão. Como usar: Para ajudar na digestão faça um suco misturando 1 colher de chá rasa da erva em 1 copo de suco de laranja ou de abacaxi. Bata tudo no liquidificador ou faça um chá despejando 1 xícara de água fervente sobre 1 colher de sopa de folhas de hortelã-pimenta. Daí, abafe por 10 minutos e coe. Atenção: nunca ferva a água junto com a planta, pois isso faz seu óleo essencial evaporar. Atenção! Exagerar na dose aumenta a acidez estomacal. A hortelã-pimenta é considerada totalmente contra-indicada para bebês, grávidas e mulheres que amamentam.

25. Jaborandi

(Pilocarpus jaborandi)
O nome desta planta em tupi-guarani, yaboran-di, significa "planta que faz babar". Isso porque os índios já conheciam sua capacidade de estimular a sudorese e a salivação. O segredo do jaborandi está nas suas folhas e atende pelo nome de pilocarpina. Trata-se de uma substância que estimula a produção de secreções, entre elas as pulmonares daí sua eliminação pelo organismo fica mais fácil. Por isso costuma ser usada como expectorante e até para combater inchaços. Nomes populares: Pilocarpo, jaborandi-de-pernambuco. Fins medicinais: É usado como tônico capilar e hidratante para a pele. Como usar: Para aliviar a tosse faça uma infusão com 1 colher de sopa da erva seca em uma xícara de água. Atenção! Não pode ser usado na gravidez, nem por quem sofre de broncoespasmos. Doses elevadas causam diarreia e vômitos.

26. Laranja-da-terra

(Citrus aurantium)
Nomes populares: laranja-azeda, laranja-amarga, laranja-cavalo, laranja-da-china. Fins medicinais: Efeito antimicrobiano e fungicida, ajuda a baixar colesterol, estimulante vascular. Como usar: Contra a insônia e a ansiedade coloque 2 colheres de sopa das flores em 1 xícara de chá de água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Junte 1 colher de chá de mel e tome, de preferência, antes de dormir. Atenção! Não manipule ou aplique na pele perto do sol. Ou a laranja-da-terra provocar manchas e queimaduras. Há relatos de efeitos colaterais com uso de suplementos contendo o extrato.

27. Louro

(Laurus nobilis)
Na Grécia antiga, as folhas de louro eram símbolo de glória e imortalidade e coroavam os heróis olímpicos e poetas. Tanto que originaram a expressão "colher os louros da vitória". O símbolo também foi adotado pelos imperadores romanos. Árvore consagrada ao deus Apolo, acreditava-se que o hábito de mascar suas folhas abria a percepção a outras realidades. Atualmente é muito usada para garantir boa digestão, graças aos seus taninos e substâncias amargas. Também tem ação anti-séptica e calmante. Nomes populares: louro-comum, loureiro-dos-poetas, loureiro-de-apolo, loureiro-de-presunto. Fins medicinais: Age como relaxante muscular e alivia dores e contusões. Como usar: Para acabar com gases e peso no estômago coloque em 1 xícara de chá 1 colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por dez minutos e coe. Tome antes das refeições. Atenção! Não confundir com outros louros, nativos da América, como o louro-preto (Nectandra amara), o louro sassafrás-americano (Sassafras albidum) e o sassafrás-do-Brasil (Ocotea pretios).

28. Malva

(Malva silvestris)
Na Itália renascentista era considerada um antídoto contra todos os males. Ela possui propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas que são muito eficazes no tratamento de problemas da região bucal. Suas folhas combatem inflamações graças às mucilagens e à antocianina, compostos com propriedades antissépticas. Também são ricas em camazuleno, um anti-inflamatório, e por isso seu chá é indicado para úlceras gástricas. Há muitos cremes dentais vendidos em farmácias e supermercados que têm a planta em sua composição. Nomes populares: Malva-grande, malva-azul, malva-de-botica, malva-silvestre Fins medicinais: É usada em compressas para problemas de pele, sendo um bom hidratante, além de compostos com propriedades antissépticas. Como usar: Para tratar lesões na boca prepare uma infusão com 1 colher de sopa da erva fresca para 1 xícara de chá de água. Faça um gargarejo com o líquido. O mesmo chá pode ser ingerido para tratar infecções intestinais. Atenção! Por falta de estudos, é prudente evitar seu uso durante a gravidez e por períodos prolongados.

29. Macela-do-campo

(Achyrocline satureoides)
Nativa da América do Sul, ela é usada há centenas de anos pelos caboclos como digestiva e para aumentar a imunidade, entre outros fins. Muitos de seus usos já foram validados pela ciência. Testes em cobaias comprovaram seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Ela também parece agir contra bactérias causadoras de disenteria. Sabe-se que seus óleos essenciais atuam como calmantes e ajudam a digestão. Os ácidos polifenólicos, por sua vez, dão uma força ao aparelho digestivo. Já o efeito contra inflamações é garantido pelos flavonoides. Nomes populares: Losna-do-mato, camomila-nacional, alecrim-de-parede, macela-amarela, macelinha, marcela. Fins medicinais: Tem efeito relaxante muscular, sedativo suave e aumenta a imunidade. Como usar: Para aliviar dores, coloque uma peneira sobre um recipiente com água fervente e estenda um pano sobre ela. Despeje ali cinco colheres de sopa da planta picada. Tampe e espere dez minutos. Aplique o pano recheado da erva no local dolorido e cubra-o com uma flanela. Deixe agir por duas horas, no mínimo. Atenção! Cuidado, porque ela pode interagir com barbitúricos. Deve ser evitada por gestantes, pessoas com hipoglicemia e diabéticos. Não confundir com a losna (absinto).

30. Pata-de-vaca

(Bauhinia forficata)
Ela ajuda a controlar as taxas de glicose graças a compostos como os heterosídeos e os alcaloides. Já na década de 1940 estudos brasileiros mostravam que um simples chá da planta é capaz de ajudar a equilibrar os níveis do açúcar no sangue. Mas a erva é mais bem aproveitada pelos diabéticos que não dependem de insulina. Quem tem a doença do tipo 1 e, portanto, precisa do hormônio sintético, pode usá-la como um complemento ao tratamento medicamentoso. No entanto, para estabelecer corretamente a dosagem, é preciso estrito acompanhamento médico em qualquer caso. Nomes populares: Casco-de-vaca, mororó, unha de boi, unha de vaca, unha-de-anta. Fins medicinais: Tem ação diurética e alivia inchaços de origem circulatória. Suas cumarinas agem como anti-inflamatórios e protegem as paredes dos vasos. Como usar: Para ajudar no controle do diabete, coloque 1 colher de folhas picadas em 1 xícara de chá com água fervente. Deixe ferver por 3 minutos e coe. Tome 1 xícara três vezes ao dia, antes das principais refeições. Atenção! As partes da planta, cápsulas e tinturas devem ser usadas conforme dose indicada pelo médico, dependendo da taxa de glicose do paciente. Grávidas e quem tem hipoglicemia não podem tomá-la. Interage com remédios antidiabéticos e insulina. Pode haver aumento das evacuações e até diarreia.

31. Pimenta

(Capsicum spp)
A pimenta-do-reino (Piper nigrum), originária da Índia, foi uma das especiarias que os europeus buscavam quando, em vez de chegar ao Oriente, desembarcaram na América. Por aqui, em lugar dela, se depararam com outras espécies ardidas do gênero Capsicum, que também ganharam o nome de pimenta. No Brasil, uma das mais comuns é a dedo-de-moça. Quem responde pelo ardor é uma substância chamada de capsaicina. E esse sabor picante tem várias virtudes: facilita a digestão, alivia dores e alguns estudos sugerem até que acelera o metabolismo, dando uma mãozinha a quem quer perder peso. Nomes populares: Pimenta, piripiri, malagueta, dedo-de-moça, cumari. Fins medicinais: É usada para acelerar o metabolismo e ajuda emagrecer. Como usar: Para melhorar a digestão consuma com freqüência e em doses bem moderadas (até 5 gramas diárias), ela estimula as funções do estômago. Atenção! Vale o bom senso: tem gente que é muito sensível ao ardido da pimenta. Quem sofre de úlcera e gastrite, portanto, precisa evitá-la. Há quem diga que o uso excessivo provocaria hemorroidas.

32. Pitanga

(Eugenia uniflora)
Seu nome em tupi-guarani - pyrang - significa vermelho. Usada pelos índios e depois pelos colonizadores, a espécie se espalhou chegando ao sul dos Estados Unidos e até mesmo a alguns países asiáticos. A frutinha está lotada de vitamina C. As folhas, por sua vez, têm vários efeitos terapêuticos, inclusive ação bactericida contra micro-organismos como o Staphylococcus aureous. Estudos sugerem ainda uma ação na prevenção do câncer. Fins medicinais: É usada como calmante, anti-inflamatória e para aliviar bronquites. Como usar: Para problemas estomacais coloque 1 colher de sopa de folhas em uma xícara de água. Ferva durante 5 minutos e coe. Beba até 3 vezes ao dia.

33. Rosa-mosqueta

(Rosa canina)
Não se sabe ao certo a origem desta flor, mas suas propriedades cosméticas são bem conhecidas desde a Roma antiga. Na América, chegou primeiro no Chile pelas mãos dos colonizadores espanhóis e até hoje cresce nas encostas dos Andes. Fonte de vitamina C e carotenoides, e com óleo rico em ácidos graxos insaturados, é um excelente regenerador dos tecidos, melhorando a textura da pele. Já o ácido transretinoico é responsável pelos seus maiores méritos: diminuir cicatrizes e apagar alguns tipos de manchas. A substância acelera a recuperação dos tecidos ativando os fibroblastos, células que fabricam as fibras de sustentação da pele, como o colágeno. Nomes populares: Rosa canina, rosa-selvagem, rosa-de-cão, rosa-primitiva Fins medicinais: A flor ajuda no tratamento de queimaduras e alterações na pele causadas pela radioterapia. No dia a dia, o óleo ajuda a prevenir a formação de estrias. Como usar: Para atenuar manchas e cicatrizes, pingue gotas do óleo na região a ser tratada, massageando com movimentos circulares por 2 a 3 minutos, para garantir a absorção dos componentes. Cremes e loções funcionam, desde que tenham, no mínimo, 3% de óleo em sua fórmula. Atenção!O óleo é contraindicado para peles com acne, pois pode agravar o quadro. Deve ser usado à noite, pois pode causar fotossensibilidade. Pessoas sensíveis podem desenvolver alergia.

34. Tamarindo

(Tamarindus indica)
Cultivada em países como China, Paquistão e Vietnã, ele é um ingrediente relativamente frequente em certas cozinhas orientais. Mas também é famoso por regular o intestino preguiçoso. Embora a atividade laxativa ainda não tenha seu mecanismo totalmente desvendado, sabe-se que o tamarindo é rico em ácidos frutais, pectinas e gomas. Suspeita-se que, para complementar a ação desses componentes, seus açúcares e sais orgânicos acelerem ainda mais a evacuação. Nomes populares: Tamarindeiro, tamarino, jabão, cedro-mimoso, jataí. Fins medicinais: Age como vermífugo. Como usar: Para resolver a prisão de ventre (esta receita só serve para adultos): peneire 50 gramas da polpa do fruto e dissolva em um copo de água. Coe em tecido grosso e beba um copo ao dia. Atenção! Não há informações sobre efeitos de tratamentos à base de tamarindo na gravidez. Por segurança, melhor que as gestantes os evitem.

35. Tomilho

(Thymus vulgaris)
Seu nome deriva do grego "thymus", que significa coragem. Na Grécia, acreditava que ele aumentava a força e a sabedoria. Hoje, porém, o tomilho é bem conhecido por seus dotes culinários. Ele acentua o saber de carnes e peixes e entra até em algumas receitas doces. Mas, além de saboroso, é antisséptico. Essa ação se deve aos óleos essenciais, principalmente o timol. Esse composto tem ainda um efeito expectorante e ajuda a aliviar sintomas de tosse e bronquites. Nomes populares: Timo. Como usar: Para tosse e resfriado, coloque 1 colher de sopa de flores e folhas de tomilho em 1 xícara de água fervente. Abafe por cinco minutos e coe. Se quiser, adoce com mel ou açúcar. Beba duas ou 3 vezes ao dia. Atenção! Remédios caseiros com tomilho não deveriam ser usados por quem sofre de úlceras e hipertireoidismo, crianças menores de 2 anos, grávidas e mulheres que estão amamentando.

36. Unha-de-gato

(Uncaria tomentosa)
Tem forte ação anti-inflamatória e analgésica, graças aos alcaloides, entre eles a mitrafilina e a pteropodina. Seus compostos também estimulam a produção de células brancas, fortalecendo o sistema imunológico. Por isso é muito indicada por quem vive resfriado ou sofre de infecções recorrentes. Nomes populares: Cipó-de-gato. Fins medicinais: Atua em inflamações da pele, artrite, amigdalite. Como usar: Para aumentar a resistência, faça uma decocção usando 1 colher de sopa de raízes ou entrecasca do cipó seca para cada xícara de água. Tome uma única vez, pela manhã. Atenção! Deve ser evitada por grávidas, mulheres que amamentam, crianças, transplantados, portadores de doenças autoimunes e de esclerose múltipla. A planta interage com remédios como anti-hipertensivos e certos antidepressivos Quem sofre de úlcera deve ter cautela, já que aumenta a acidez estomacal.

37. Valeriana

(Valeriana officinalis)
Ela é conhecida como sedativo desde Roma Antiga - era a saída dos soldados romanos para se acalmar após batalhas sangrentas. Do outro lado do Atlântico, os astecas, que habitavam a região do atual México, encontravam na erva alívio para a fadiga. Hoje, vários estudos atestam seus poderes anti-estresse. Mas talvez sua principal indicação seja contra a dificuldade em pegar no sono. Sua ação ansiolítica é atribuída a um grupo de ativos chamados valepotriatos, que agem no sistema nervoso central. No cérebro, eles aumentariam a disponibilidade de certos neurotransmissores, aplacando a ansiedade Alguns trabalhos afirmam que a espécie tem a vantagem de não provocar dependência, mas ainda não existe consenso nesse sentido. Nomes populares: Erva-dos-gatos, erva-de-são-jorge, valeriana-selvagem. Como usar: Para diminuir a ansiedade, coloque 1 colher de chá da raiz fatiada em 1 xícara e adicione água quente. Abafe por cinco minutos e coe. Atenção! Não use a infusão por mais de dez dias seguidos. Grávidas não devem tomá-la de jeito nenhum. Se preferir cápsulas, mais do que nunca procure orientação médica. fonte:http://saude.abril.com.br/bem-estar/conheca-e-saiba-usar-37-plantas-medicinais/