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domingo, 31 de maio de 2015

SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A HÉRNIA DE DISCO

Dores nas costas e lesões na coluna podem ser tratadas com novas técnicas fisioterápicas e cirúrgicas. Mas os maus hábitos podem tornar o problema crônico e roubar sua qualidade de vida. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população teve ou vai ter dor nas costas em algum momento da vida. No Brasil, ela é a maior causa de afastamento do trabalho e a terceira mais frequente de aposentadoria precoce. Entre janeiro e novembro de 2012, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo. Conhecidas de forma genérica como lombalgia, cervicalgia ou dor ciática, as dores nas costas merecem atenção para um diagnóstico médico preciso e indicação correta de tratamento.
Embora as causas mais comuns das dores nas costas sejam as hérnias de disco, os desgastes na coluna e as alterações posturais, o diagnóstico deve descartar outras possibilidades. O cirurgião de coluna Cristiano Magalhães Menezes, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Coluna, explica que elas podem também ser sinal de tumores, artrose nas pequenas articulações (ou facetária), espondilolistese (deslizamento de um corpo vertebral no sentido anterior, posterior ou lateral em relação à vértebra de baixo) e até mesmo alterações em outros órgãos, como os rins. “Uma vez que o paciente foi avaliado adequadamente pelo médico, é possível indicar a melhor conduta”, explica o médico. Nossa coluna é formada por vértebras. Entre elas, estão os discos, constituídos de cartilagem e minerais, que permitem a mobilidade e amortecem os movimentos. Com o tempo, alguns fatores de risco, como a idade e a hereditariedade; além das alterações posturais, sedentarismo, tabagismo e outros hábitos predispõem uma degeneração do disco. Com o achatamento da coluna, o disco se desloca para trás e lateralmente, comprimindo o nervo. Se for na região lombar, atinge principalmente o nervo ciático. A dor é caracterizada por dormência, formigamento e pode irradiar para as pernas. Se for na região cervical, próxima ao pescoço, pode irradiar para os braços. Nossa coluna é formada por vértebras. Entre elas, estão os discos, constituídos de cartilagem e minerais, que permitem a mobilidade e amortecem os movimentos. Com o tempo, alguns fatores de risco, como a idade e a hereditariedade; além das alterações posturais, sedentarismo, tabagismo e outros hábitos predispõem uma degeneração do disco. Com o achatamento da coluna, o disco se desloca para trás e lateralmente, comprimindo o nervo. Se for na região lombar, atinge principalmente o nervo ciático. A dor é caracterizada por dormência, formigamento e pode irradiar para as pernas. Se for na região cervical, próxima ao pescoço, pode irradiar para os braços O fisioterapeuta Rodrigo Moura (foto ao lado), membro da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna, explica que vários fatores podem levar às dores lombares e cervicais. A alteração postural é um deles. “Mais de 70% dos pacientes que recebo têm o hábito – pela rotina de estudos e trabalho – de ficar muito tempo sentados. Quando você se senta de maneira incorreta, o peso que iria para os músculos acaba sendo jogado em cima dos ossos, ligamentos, tendões e discos. O efeito cumulativo e progressivo dessas alterações na postura – seja quando estamos sentados, ou mesmo na hora de dormir, carregar peso, amarrar o tênis – pode levar ao desgaste”, afirma. Rodrigo Moura, fisioterapeuta da Clínica FortaleSer: “o maior desafio é manter-se bem e abandonar os velhos hábitos” O fisioterapeuta defende que o tratamento conservador e não-invasivo sempre deve ser tentado antes de um procedimento cirúrgico. “Apenas uma fração de 5 a 15% dos pacientes vai receber a indicação de cirurgia”, pondera. Cristiano Menezes completa. “Para mais de 80% das pessoas, o tratamento fisioterápico será suficiente. Mas, se o paciente não responde a ele por mais de seis meses – no caso da dor lombar ou cervical sem irradiação para outros membros do corpo – e após três meses de tratamento da dor com irradiação, pode haver indicação de cirurgia, dependendo do diagnóstico”, define o cirurgião. Além da resposta ao tratamento, algumas outras ‘bandeiras vermelhas’ devem ser consideradas na indicação da cirurgia. “Sinais clínicos como febre e emagrecimento podem ser sinais de algo mais sério, que vai além de uma simples dor lombar. Pode haver até perda de função neurológica, com fraqueza, demência, alterações na destreza e equilíbrio, que são indicativos para pular o tratamento conservador e partir para a cirurgia”, explica Menezes.

Evolução

Tanto a fisioterapia quando a cirurgia direcionada à coluna evoluíram muito nos últimos anos. Uma das novidades, é a mesa de Tração Eletrônica e Descompressão Dinâmica, indicada para o tratamento de várias patologias, como a lombalgia, cervicalgia, dor ciática, protrusão discal, espondilose e artrose. Rodrigo explica que as mesas integram o programa de Reconstrução Musculo-Articular (RMA) da coluna vertebral, formado por cinco etapas que promovem a mobilidade, melhoram a sobrecarga e a estabilização vertebral, além do fortalecimento da musculatura e do abdômen. O fisioterapeuta salienta que trabalha de forma associada com pilates, musculação e outras atividades físicas. “A prática esportiva regular é uma grande aliada para prevenir as dores. Fortalecer a musculatura pode prevenir problemas e, caso ele venha por um fator hereditário, por exemplo, pode ajudar na recuperação mais rápida”, explica Rodrigo. A atividade deve contar com orientação profissional sempre, porque alguns esportes, como a corrida, por exemplo, traz impacto. “Caso a pessoa já tenha uma predisposição ao problema na coluna, ele pode ser agravado se não houver acompanhamento e planejamento do ritmo do treino, com periodização de corrida, caminhada e descanso. O progresso deve ser controlado”, alerta o especialista. Outro aspecto que deve ser considerado é a manutenção dos hábitos corretos. “Não existe fórmula mágica. Se, mesmo depois do tratamento conservador ou da cirurgia, a pessoa voltar aos velhos hábitos, o mesmo problema pode voltar dentro de dois ou três anos, em um círculo vicioso e muito dolorido, podendo estar presente de forma crônica na vida do paciente. O maior desafio é manter-se bem”, alerta o fisioterapeuta. Cristiano Menezes (foto ao lado) informa que a cirurgia de coluna também evoluiu muito na última década. “A técnica por via aberta convencional era bastante agressiva, levava a lesões importantes nos músculos e sangramento extenso. A recuperação era lenta e dolorosa. Na última década, o crescimento exponencial das técnicas permitiu resolver os principais problemas de coluna sem a necessidade de uma intervenção tão agressiva”, explica o cirurgião. O cirurgião Cristiano Menezes explica: o tratamento conservador, sem cirurgia, é suficiente em cerca de 80% dos casos. Para os pacientes em que há indicação de cirurgia, as técnicas evoluíram e, por meio de ações minimamente invasivas, a recuperação é muito mais rápida e menos dolorosa. As cirurgias minimamente invasivas são feitas por meio de tubos, que variam de 14 a 20 milímetros de diâmetros e dão acesso à coluna através da pele. “É semelhante à artroscopia de joelho e ombro e à laparoscopia dos órgão abdominais. Os pacientes se recuperam mais rápido, sentem menos dores e estão sujeitos a riscos menores, inclusive em relação a infecções”, explica o médico. Em alguns casos, como o de uma hérnia de disco, o paciente pode voltar ao trabalho dentro de uma ou duas semanas. Em situações de maior complexidade, o retorno é possível dentro de 30 a 40 dias. “Se a cirurgia tem a indicação adequada, o ideal é trabalhar para minimizar o desconforto. A cirurgia e a reabilitação trabalham de forma colaborativa, não oposta. Tanto nas questões relativas à coluna quanto em outras áreas da ortopedia e da medicina esportiva, por exemplo, as duas técnicas evoluíram muito e são aliadas’, resume Cristiano Menezes.

Quando acontece lesão e degeneração do disco

Pode acontecer devido ao colapso por fadiga onde com sobrecargas de torção, o anel torna-se distorcido, mais em região póstero-lateral oposta à direção da rotação. As camadas do anel fibroso externo perdem sua coesão e começam a separar-se umas das outras. Cada camada age então como uma barreira separada para o material nuclear. Por fim, ocorrem lacerações radiais e comunicação do material nuclear entre as camadas. Com flexões de tronco e sobrecargas de levantamento repetidas, as camadas do anel são distendidas; elas tornam-se firmemente agrupadas nas regiões póstero-laterais, desenvolvem-se fissuras radiais e o material nuclear migrar para as fissuras. As camadas externas das fibras anulares podem conter o material nuclear enquanto ainda são uma camada contínua. Após uma lesão, há a tendência de o núcleo edemaciar-se e distorcer o anel. A distorção é mais grave na região onde as fibras anulares são alongadas. Se as camadas externas se romperem, poderá ocorrer extrusão do material nuclear através das fissuras. A regeneração é tentada, mas há má circulação no disco e qualquer reparo fibroso é mais fraco do que o tecido normal e leva um longo tempo devido ao estado relativamente avascular do disco. A lesão e degeneração do disco podem acontecer também por uma ruptura traumática do anel pode ocorrer de uma única vez ou ser sobreposta a um disco onde esteja ocorrendo o colapso gradual dos círculos do anel. Isso é visto mais comumente em lesões traumáticas de hiperflexão.

Patologias de disco

As protrusões de disco (desarranjos) são condições que podem ocorrer em decorrência de posturas prolongadas em flexão, microtraumas repetitivos em flexão ou lesões traumáticas em flexão. Inicialmente os sintomas podem ser exacerbados quando se tenta a extensão, porém depois podem diminuir com o uso de movimentos de extensão cuidadosamente controlados. Vários estudos tem documentado que pacientes com núcleo pulposo herniado que tiveram redução de sintomas com uma abordagem extensora de tratamento responderam favoravelmente ao tratamento conservador não-cirúrgico.

Hérnia de disco ou protusão discal

É uma patologia em que parte do núcleo pulposo faz protrusão em uma área enfraquecida ou fissurada do anel. A protrusão do disco exerce pressão sobre o ligamento longitudinal, podendo ocasionar dor intensa na região inferior das costas, provocando quadros de lombalgia, lombociatalgia, ou mais raramente, a síndrome da cauda equina. Se a protrusão for grande, ela faz pressão sobre a raiz do nervo podendo resultar em dormência, formigamento ou fraqueza nos músculos supridos por esta raiz do nervo. É mais frequente em região lombar, porém pode ocorrer em qualquer local da coluna vertebral. Pode ser desses tipos:
Prolapso (protrusão contida): quando a base de implantação sobre o disco de origem é mais larga que qualquer outro diâmetro. É uma protrusão do núcleo que ainda esta contida nas camadas externas do anel fibroso e nas estruturas ligamentares de suporte. Extrusão: Quando a base de implantação sobre o disco de origem é menor que algum dos seus outros diâmetros ou quando houver perda no contato do fragmento com o disco. Uma protrusão na qual o núcleo pulposo se rompe através do anel externo e fica sob o ligamento longitudinal posterior. Sequestro livre: núcleo que sofreu extrusão move-se para longe da área prolapsada.

Qual a incidência?

A lesão ou degeneração do disco afeta a biomecânica da coluna em geral. Inicialmente há aumento da mobilidade do segmento maior do que a normal, com flexão/extensão e translação do corpo vertebral para frente e para trás. A distribuição de força ao longo de todo o segmento é alterada, causando forças anormais nas facetas e nas estruturas de suporte. Entre 20 e 55 anos de idade, mas com mais frequência entre os 30 e 40 anos são mais suscetíveis à lesões sintomáticas de disco. Exceto em casos de trauma, o surgimento sintomático na coluna lombar esta geralmente associado aos simples atos de inclinar-se, inclinar-se e levantar um objeto ou tentar ficar em pé depois de ter estado por muito tempo deitado, sentado ou inclinado para frente. Como o anel se enfraquece devido à fadiga pela carga com o tempo, ele tem menos capacidade de suportar pressões aumentadas quando há sobrecargas desproporcionalmente mais altas, podendo ocorrer o prolapso do material nuclear através das lacerações das fissuras que mais comumente são póstero-laterais e, com o aumento das pressões, pode fazer uma saliência contra as fibras anulares externas, causando uma distorção do anel; ou pode ocorrer extrusão do material nuclear do disco através de fissuras completas do anel. A pessoa pode ou não ter uma sensação de algo rasgando. Muitos pacientes têm uma historia de má postura em flexão.

Causas

A palavra coluna já diz tudo sobre a importância desta estrutura no nosso corpo. Ela é o centro de equilíbrio do sistema musculoesquelético do ser humano. Não é à toa que muitas lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura. Fatores hereditários são os que mais provocam hérnia de disco, no entanto traumas de repetição no trabalho e no esporte, traumas direto, o fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O mecanismo de lesão mais comum é a torção (rotação de tronco) da coluna ou levantar (flexão de tronco) um objeto do solo, sendo essa carga não necessariamente pesada para causar a lesão. Normalmente essa lesão ocorre, pois a coluna não está preparada para suportar o estresse do levantamento da carga naquele momento. A compressão da vértebra também é uma das causas da hérnia de disco. O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas. Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão: - Trabalho físico pesado; - Postura de trabalho estática; - Inclinar e girar o tronco frequentemente; - Levantar, empurrar e puxar; - Trabalho repetitivo; - Vibrações; - Psicológicos e psicossociais (Adersson GBJ,1992); - Diminuição do espaço intervertebral; - Formação osteofitária; - Desequilíbrios biomecânicos: causados por desequilíbrios dos estabilizadores dinâmicos (músculos) e estáticos (estruturas ligamentares, articulações); - Obesidade; - Atividade ocupacional; - Atividade esportiva; - Traumas severos sobre a coluna.

Sinais e sintomas

Os sinais mais comuns são, dormência, formigamento e fraqueza podendo estar presentes mesmo na ausência de qualquer intensidade de dor significativa. Há aumento de dor ao tossir e nos teste da elevação da perna estendida. Exercícios de flexão também aumentam a dor e os de extensão trazem alivio, e isto ocorre, pois na extensão lombar o disco se movimenta anteriormente, para longe da protrusão. Outros sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão discal, podendo estas dores serem irradiadas para outras partes do corpo. Quando a hérnia é na coluna cervical as dores se irradiam para os braços, mãos e dedos. Se a hérnia de disco é lombar, as dores se irradiam para as pernas e pés. O paciente pode também sentir formigamentos e dormência nos membros. Nos casos mais graves, pode haver perda de força nas pernas e incontinência urinária. Comportamento da dor: a dor pode aumentar gradualmente quando a pessoa está inativa, como quando fica sentada ou após uma noite de repouso. O paciente, em geral, descreve um aumento da dor quando tenta sair da cama de manha ou ao se levantar. Os sintomas são geralmente agravados com atividades que aumentam a pressão intradiscal, como ficar sentado e inclinado para frente, tossir ou fazer um esforço isométrico, ou ao tentar ficar em pé após ter estado em uma posição flexionada. Geralmente os sintomas são amenizados durante a caminhada. Dor aguda: quando há uma lesão do disco lombar, inicialmente o desconforto é observado na região lombossacral ou nas nádegas. Alguns pacientes experimentam uma dor que se estende para a coxa.

Etiologia dos sintomas

O disco é basicamente aneural; nem todas as protrusões de disco são sintomáticas. Dor: os sintomas surgem devido à pressão da protrusão contra estruturas sensíveis à dor (ligamentos, dura-máter e vasos sanguíneos em torno das raízes nervosas). Sintomas e sinais neurológicos: eles surgem devido à pressão contra a medula espinal ou raiz\es nervosas, gerando fraqueza motora especifica e aliterações sensoriais em dermátomos específicos. A dor irradiando em um padrão de dermátomo, o aumento da atividade mioelétrica nos posteriores da coxa, a diminuição no teste de levantamento da perna estendida e os reflexos tendinosos profundos deprimidos também podem estar associados a estímulos de dor referida provenientes dos músculos espinhais, dos ligamentos interespinhais, do disco e das facetas articulares, e portanto, não são sinais verdadeiros de pressão na raiz nervosa. Variabilidade dos sintomas: os sintomas variam dependendo do grau e da direção da protrusão. Protrusões posteriores ou póstero-laterais são mais comuns. Com uma pequena lesão posterior ou póstero-lateral, pode haver pressão contra o ligamento longitudinal posterior, contra a dura-máter ou suas extensões em torno das raízes nervosas. O paciente pode descrever uma dor intensa na linha media da região lombar alastrando-se através da coluna para as nádegas e coxas. - Uma protrusão posterior larga pode causar sinais medulares como perda de controle da bexiga e anestesia em sela. - Uma protrusão póstero-lateral larga pode causar sinais parciais de medula espinal ou raiz nervosa. - Uma protrusão anterior pode causar pressão contra o ligamento longitudinal anterior, resultando em dor na coluna. Pode não haver sinais neurológicos. Os níveis mais comuns de protrusão são os segmentos entre a quarta e quinta vértebras lombares e entre a quinta vértebra lombar e o sacro, embora possa ocorrer uma lesão em qualquer nível. Mudança de sintomas: os sintomas podem se alterar se houver integridade da parede anular, porque o mecanismo hidrostático ainda está intacto. Inflamação: os conteúdos do núcleo pulposo no canal neural podem causar uma reação inflamatória e irritar o saco dural, os envoltórios de suas raízes nervosas ou as raízes nervosas. Os sintomas podem persistir por períodos extensos e não responder a alterações puramente biomecânicas. A dor lombar pode ser pior do que a dor na perna durante o teste de levantamento da perna estendida. A resolução ruim desse estimulo inflamatório pode levar a reações fibróticas, comprometimentos na mobilidade dos nervos e dor crônica. Geralmente é necessária a intervenção medica precoce com agentes anti-inflamatórios.

Diagnóstico clínico

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada. O diagnóstico clínico é feito através da: - Identificação (Idade, Profissão, Estado Civil); - Anamnese (uma entrevista, queixa Principal do paciente, HMA/HMP (História da Moléstia Atual/História Médica Pregressa); - Avaliação clínica; - Inspeção: posicionamento da pelve em anteversão ou retroversão, angulação lordose, desvios; - Palpação: crista ilíaca, espaço intervertebral, processo espinhoso, face posterior do cóccix, trocanter maior, tuberosidade isquiática, espinha ilíaca póstero-superior; - ADM: flexão, extensão, inclinação lateral de tronco; - Reflexos: patelar, oriundos da raiz L2, L3, L4, mais predominantemente de L4 e também aquileu; - Sensibilidade: dermátomo de L4 cobre a face medial da perna. Dermátomo de L5 é responsável pela parte lateral do fêmur e o dorso do pé. O dermátomo de S1 cobre o maléolo lateral e a face lateral da superfície plantar do pé; - Força Muscular: testar ações musculares de MMII; - Testes Especiais: Valsalva, Laségue, Elevação de Membros Inferiores.

Diagnóstico por imagem

Os exames mais solicitados são: - Raios-X: De uma forma geral é o primeiro exame a ser solicitado, com objetivo de avaliar estrutura óssea da coluna, seus espaços, corpos vertebrais isoladamente e em conjunto, podendo ser observado sinais de fraturas, desgastes e lesões tumorais. No caso de hérnia discal, um sinal importante ao Raio X é a redução do espaço discal, chamado de pinçamento entre as vértebras, ocorrendo a aproximação dos corpos vertebrais de forma anormal. - Mielografia: É o RX, com injeção de contraste no canal vertebral peridural. Por se tratar de exame mais agressivo, pela injeção de contraste com agulha e por mostrar uma imagem indireta do disco tem sido pouco usado. - Tomografia Computadorizada: É um exame mais moderno que o Raio X e a Mielografia, sendo indicada para avaliação da estrutura óssea e, também, da hérnia discal que é um tecido gelatinoso e fibroso. - Ressonância Nuclear Magnética: Atualmente é o melhor exame que se dispõem para o diagnóstico da hérnia de disco e para investigação se há compressão e lesão da medula. É um exame que mostra com grande clareza e detalhes os tecidos menos densos que o osso, baseando-se na quantidade de água que há na estrutura estudada. Podem ser avaliadas várias estruturas como ligamentos, músculos, cartilagem e medula. Por exemplo, a presença de lesão intramedular “mielopatia“, onde ocorre acúmulo de líquido na medula (inflamação e edema).

Tipos de tratamento

A hérnia de disco lombar extrusa é uma condição ortopédica muito frequente e importante, que afeta os discos intervertebrais da coluna vertebral, que funcionam como verdadeiros amortecedores. A patologia se dá quando há o rompimento desse ânulo fibroso e o conteúdo gelatinoso interno, chamado de núcleo pulposo, sai através de uma fissura na membrana. Com isso, as raízes nervosas que passam pelo espaço intervertebral comprimem-se, causando os sintomas clínicos característicos da hérnia discal: dor lombar normalmente associada à irradiação para os membros inferiores, diminuição de força muscular destes membros e formigamento nas pernas. O paciente deve continuar com sua rotina de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular para a região lombar e cadeia muscular posterior, além de tomar os devidos cuidados com o posicionamento do corpo para levantar qualquer peso a partir do solo. A dica é manter os pés ligeiramente abertos e próximos ao peso, joelhos flexionados, costas retas e não levantar um peso maior do que esta posição permite. Uma boa solução é entrar num programa de fortificação muscular, com ênfase para as regiões lombar e abdominal, além de sessões de fisioterapia para a melhora da dor e do condicionamento muscular. Outra recomendação é alternar a corrida com atividades aeróbicas alternativas, como a natação, que não tem impacto sobre a coluna e mantém o condicionamento cardiovascular. Isso permite um descanso para as estruturas músculo-esqueléticas da coluna, que recebem uma carga de peso significativa com a prática da corrida.

RMA da Coluna Vertebral

É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica. Estabilização Vertebral e Exercícios de Musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro. Musculação Após o término das sessões previstas é fundamental buscar alternativas para manter os benefícios decorrentes do tratamento. Serão necessários estímulos frequentes e graduais que garantam a integridade das estruturas músculo-esqueléticas envolvidas e previnam contra novas crises. A opção eficiente e segura é um programa de exercícios de musculação que incluem os principais componentes da aptidão física relacionados à saúde (potência aeróbica, força e flexibilidade) ajustados de acordo com a especificidade da situação e supervisionados por profissionais de Educação Física. Pilates É um método que preconiza alcançar um desenvolvimento do corpo de forma uniforme, objetivando uma melhora no condicionamento físico e mental com exercícios globais, isto é, que exigem um trabalho do corpo todo, utilizando diferentes aparelhos e equipamentos. Através dos seus princípios, concentração, fluidez, controle, respiração, centro de força, postura o praticante do método irá melhora sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.

Tratamento cirúrgico:

- Artrodese Lombar: Uma artrodese é uma cirurgia que fixa vértebras vizinhas com uma ponte de osso, mantendo-as alinhadas, estáveis e fortes. Na maioria das artrodeses é feita colocação de materiais de fixação, como parafusos de titânio ou espaçadores, para aumentar os índices de sucesso da fusão óssea. Embora a artrodese limite a mobilidade de da coluna, a maioria dos pacientes consegue realizar todos os movimentos necessários no dia a dia. - Discectomia clássica: emprego de lupa e foco frontal, realizando o deslocamento de apenas um dos lados, com retirada de uma pequena porção da lâmina e com cobertura do ligamento amarelo, expondo-se o saco dural. - Nucleotomia percutânea: Idealizado por Hijikata (1975), consiste na extração manual do núcleo pulposo, através de instrumentais especiais, com o intuito de reduzir a pressão intra-discal e aliviar a pressão na raiz nervosa e nos nociceptores localizados ao redor do disco intervertebral. Não remove a porção herniada do disco intervertebral. - Microdiscectomia endoscópica: A microdiscectomia endoscópica é um procedimento semelhante à discectomia aberta tradicional, que retira a hérnia de disco, mas utiliza-se de uma incisão menor. Ao invés de realmente olhar para o fragmento de hérnia de disco e removê-lo, o cirurgião utiliza uma pequena câmera para encontrar o fragmento e instrumentos especiais para removê-lo. O procedimento não requer anestesia geral, é feito através de uma pequena incisão, com menos dissecção dos tecidos. O cirurgião utiliza o raio-x, a câmera e instrumentos especiais para remover o fragmento do disco. A microdiscectomia endoscópica é apropriada em algumas situações específicas, mas não em todos os casos. Muitos pacientes são mais beneficiados com uma discectomia aberta tradicional. Embora a ideia de uma recuperação mais rápida seja boa, é mais importante que a cirurgia seja corretamente indicada e realizada. Portanto, se a discectomia aberta é mais apropriada, o procedimento endoscópico não deve ser feito.

Tratamento medicamentoso:

- Analgésicos; - Anti-inflamatórios não esteroides – AINEs; - Anti-inflamatórios esteroides – AIE; - Relaxantes Musculares; - Antidepressivos; - Corticoides.

No inverno as coisas pioram

Segundo estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública, que ouviu mais de 12 mil brasileiros, 36% afirmaram sentir dores nas costas, incômodo que costuma se intensificar no inverno. “É comum as pessoas acharem que a dor é resultante apenas do clima frio, mas, nesse período, há um aumento significativo do diagnóstico de doenças que podem parecer assintomáticas nos dias quentes, como a artrose e as artrites em geral”, detalha Julian Machado, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia da regional do Distrito Federal. A resposta por trás do aumento da dor no frio está na musculatura. Segundo a fisioterapeuta Íris Oliveira Dutra, o tecido se contrai involuntariamente, principalmente pelo fato de o indivíduo ficar mais tempo parado. Existe ainda o fato de as pessoas andarem mais encurvadas para tentar se proteger da baixa temperatura. Com isso, surge a vasoconstrição — processo de constrição dos vasos sanguíneos que reduz a irrigação muscular e faz com que o músculo leve mais tempo para exercer suas funções, ocasionando a rigidez muscular. De acordo com o especialista em dor Carlos Gropen, por causar contratura muscular, o frio pode piorar uma dor preexistente, mas o desconforto causado unicamente pelo frio pode ser devido a algum problema clínico ainda não diagnosticado, chamado alodínia. “São sensações de dor provocadas por mecanismos não dolorosos, como tato, pressão e variações bruscas de temperatura”, explica. Wesley Martins, de 50 anos faz parte da lista dos que necessitam de cuidados ainda mais especiais com a coluna durante as baixas temperaturas. “Tem que tratar e se cuidar. É nesse período de frio que os sintomas são mais presentes. Se eu não tivesse descoberto a tempo, hoje poderia estar em uma cadeira de rodas”, diz. O técnico em redes de telefonia demorou até descobrir que as crises eram sintomas de três hérnias de disco. “Foi difícil o diagnóstico. Eram atestados médicos um atrás do outro. Tomava injeções e voltava para casa”, lembra. “Um exame de ressonância magnética constatou que eu estava no início de uma quarta hérnia de disco.” Wesley acabou fazer uma cirurgia para reverter o quadro e se dedica às aulas de hidroterapia.
Postura inadequada, ganho de peso, sedentarismo, uso de sapatos inapropriados, controle inadequado de problemas clínicos, como o diabetes mellitus, e sobrecarga são alguns fatores que podem desencadear a dor nas costas. Mas o problema também pode estar associado ao fator genético. Segundo Gropen, existe um predisposição familiar a algumas patologias na coluna, como a artrose e a hérnia de disco. “Já foram identificados genes específicos, como o GDF5, o MCF2L e o FRZB, na predisposição à artrose mais grave e precoce”, afirma. A Organização Mundial da Saúde estima que 80% da população mundial teve, tem ou terá dor nas costas ao longo da vida. Rotina equilibrada Entre os cuidados com a coluna, o ortopedista Julian Machado enfatiza a importância da prática de atividade física, além do uso de agasalhos para evitar a exposição prolongada ao frio. O alinhamento postural previne alterações na musculatura da coluna, mas é necessária uma adequação nos hábitos diários. “Alguns métodos podem ajudar na reabilitação, como o pilates, a reeducação postural global (PRG) e a hidroterapia”. Especializada em terapias manuais, Iris Oliveira Dutra também atesta a eficácia de outros métodos, como a mobilização neural, que consiste em avaliar os problemas neurais da irradiação da dor para determinadas partes do corpo; o método Mckenzie para tratamento na dor lombar; o Iso Stretching, que corrige as alterações musculoesqueléticas, disfunções de coluna e na postura; e a crochetagem, que usa um instrumento que lembra um gancho e é indicado para estimular a circulação sanguínea. “Vale frisar que essas técnicas não devem ser isoladas, elas atuam no complemento uma da outra para alívio da dor e tratamento”, diz. Como a indicação é não ficar parado, a pintora Helena Vieira, de 43 anos, recorre ao balé para amenizar as dores nas colunas que ficam mais fortes durante o clima frio. “Descobri com um especialista que não tenho patologias, mas percebo que os alongamentos e os inúmeros exercícios ajudam a trabalhar a coluna”, diz ela, que frequenta a aulas duas vezes por semana. A professora de Helena, Flávia Tavares, confirma os benefícios. “Por se tratar de um exercício aeróbico, trabalha em conjunto a musculatura da coluna. Possibilita mais elasticidade, força muscular e o equilíbrio do quadril”. A alimentação também é coadjuvante nesse processo. Para conter os estímulos dolorosos, a nutricionista Joana Lucyk sugere equilíbrio no consumo de ômega 6, presente em alimentos como óleos vegetais, milho, linhaça e gergelim. “O indicado é que seja uma dieta que contenha ômega 3, encontrado na linhaça, na canola, na semente de abóbora, no atum, na sardinha, no brócolis, na gema de ovo e no cassis”, pontua. Sobre o aumento da fome durante o tempo frio, Lucyk explica que, para driblar os excessos e aquecer o corpo, vale apostar em sopas que contenham substâncias bioativas presentes na cebola, no alho, no aipo, na soja, no pimentão vermelho e no tomate. “Uvas roxas e cupuaçu também atuam no controle da dor”, completa.

Pense antes de operar

Apenas de 1% a 5% das pessoas que sofrem de dores na região lombar da coluna são diagnosticadas com hérnia discal. A maior parte dessas pessoas não tem hérnia de disco, mas sim discartrose ou o famoso bico de papagaio, ou seja, a falência estrutural ou funcional dos discos intervertebrais. Essas pessoas não precisam de maneira nenhuma fazer cirurgia. O diagnóstico da hérnia de disco está sendo feito de maneira exagerada devido ao advento da ressonância magnética e a sua indicação cirúrgica muito recorrente e desnecessária. Isso porque, frequentemente, é dito aos pacientes que ao adiarem a cirurgia, eles correrão o risco de sofrer danos permanentes nos nervos e, possivelmente, o enfraquecimento dos membros inferiores ou a perda do controle sobre intestinos ou bexiga. Um estudo observacional chamado de Spine Patient Outcomes Research Trial (SPORT) foi realizado na Faculdade de Medicina de Dartmouth, na cidade de Hanover, nos Estados Unidos. A pesquisa analisou 13 clínicas, em 11 Estados americanos, afim de verificar o que acontece com essa pequena parcela de sofredores de dores na coluna vertebral que tem, de fato, hérnia de disco, mas que não querem operar imediatamente e preferem optar por um tratamento de reestruturação da coluna vertebral que não seja invasivo. Todos os 2.000 participantes desse estudo sofriam dores resultantes de hérnias de disco e dores ciáticas nas pernas e não de bico de papagaio. O grupo A, os que não fizeram a cirurgia, receberam fisioterapia, aconselhamento e drogas anti-inflamatórias. O grupo B optou pela cirurgia feita de maneira tradicional por um médico ortopedista. O estudo constatou que a cirurgia aparenta promover o alívio da dor em um prazo mais curto, porém, a maioria dos pacientes acaba se recuperando de qualquer maneira com o tempo. Ao final, nem a espera nem a cirurgia saíram vencendo claramente. A conclusão foi que a maioria dos pacientes pode decidir com calma e segurança o que deve fazer, baseada em suas preferências pessoais e seu nível de dor. Embora muitos pacientes não tivessem mantido o tratamento designado, a maioria se saiu bem em ambos os comportamentos. Em muitos casos, os pacientes submetidos à cirurgia relataram alívio imediato à dor. Ao mesmo tempo em que, após um período de três a seis meses, os pacientes dos dois grupos relataram melhoras significativas. Dois anos depois, o estudo constatou que cerca de 70% dos pesquisados disseram ter sentido “uma melhora importante” de seus sintomas. Nenhum dos pacientes que esperou sofreu consequências sérias e teve resultados desastrosos. Muitos cirurgiões temiam que a espera pudesse acarretar danos importantes, mas o estudo comprovou que esses temores eram infundados. Houve um considerável número de mudanças de opção nos dois sentidos: pacientes que escolheram primeiramente pela cirurgia e decidiram esperar e vice-versa. O mais importante é que esse estudo comprovou que não há urgência em operar a hérnia de disco lombar quando ela realmente existe. Em grande parte dos pacientes, ela desaparece com tratamentos clínicos e, em muitos casos de cirurgia da hérnia, a dor é reincidente depois de 2 a 3 anos.

Prognóstico

O prognóstico para hérnia de disco será bom se feito um diagnóstico rápido e preciso e um bom tratamento. Também irá depender de cada paciente e de como estará sua Hérnia de Disco e de como irá reagir a terapia. É importante saber que em caso de tratamento convencional, medicamentoso não resolverem o problema o mais indicado será o tratamento cirúrgico.

Conclusão

A hérnia de disco é na verdade uma combinação de fatores biomecânicos, alterações degenerativas do disco e situações que levam a aumento de pressão sobre o disco. FONTES: por Letícia Orlandi / Saúde / EM Digital / Paula Lima Saúde / Correio Braziliense / Fisioterapêutico / Hérnia de disco// lersaude.com.br/hernia-de-disco-tudo-o-que-voce-sempre-quis-saber/

O USO DE DESCONGESTIONANTE NASAL LEVA AO VÍCIO E PODE CAUSAR A PERDA DO OLFATO

Além de todos os efeitos danosos, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentosa: quanto mais se usa o remédio, mais a obstrução nasal piora, uma vez que ele perde o efeito. Todo ano, quando o frio começa, é quase instintivo recorrer aos descongestionantes nasais. Somado ao frio, há a seca, que vem acompanhada de poeira, bactérias, ácaros e outros visitantes indesejados que pioram consideravelmente a vida dos alérgicos. O medicamento, embora traga alívio imediato ao nariz entupido, não é tão benéfico quanto parece. Diderot Parreira, otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), explica que o uso indiscriminado do remédio pode ocasionar problemas sérios de saúde. “Os componentes dos descongestionantes nasais causam vasoconstrição, ou seja, fecham os vasos do nariz”, explica. O problema é que isso não ocorre só no nariz. Como eles contraem os vasos sanguíneos, têm um efeito sistêmico no corpo e contraem outros vasos também. “Isso pode causar arritmia, taquicardia, aumento da pressão arterial e outros problemas.” Para pessoas que sofrem com pressão alta ou que têm algum tipo de problema cardíaco, portanto, os remédios são um perigo. Segundo Parreira, os descongestionantes nasais estão em terceiro lugar no ranking dos medicamentos com mais efeitos colaterais e uso incorreto, de acordo com dados do Centro de Atendimento Toxicológico de São Paulo. Além de todos os efeitos danosos, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentosa: quanto mais se usa o remédio, mais a obstrução nasal piora, uma vez que ele perde o efeito. Ao contrário da rinite alérgica, na medicamentosa não há secreções. “Vira um vício que pode fazer com que o paciente perca o olfato”, alerta o médico. No entanto, o hábito de pingar continuamente o remédio no nariz, além de viciar, mascara um enorme perigo para a saúde do coração. A longo prazo, os efeitos dos descongestionantes elevam o risco de trombose e formação de coágulos. Na mucosa nasal, o uso abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso quantidades cada vez maiores do remédio para se obter bem-estar. “O alívio da congestão nasal é imediato. Por isso, a pessoa acha que está fazendo um grande negócio. Mas é só um paliativo – diz o otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro, do Hospital Samaritano do Rio. Segundo o médico, o correto é buscar ajuda para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras. Lavar as narinas com soro fisiológico ou solução de água com sal e bicarbonato é uma boa alternativa para aliviar a congestão sem remédios, ensina Jair de Carvalho e Castro. Para quem já se viciou nos descongestionantes, o tratamento é feito com medicamentos orais e injetáveis que visam à recuperação da mucosa do nariz.

Alívio para o nariz, risco para o coração

Se para a maioria da população o que conta é o alívio rápido, é bom começar a pensar nas consequências do uso desses medicamentos, optando por soluções menos paliativas e tratamentos mais duradouros. Isto porque os descongestionantes têm substâncias que contraem os muitos vasos sanguíneos do nariz, que dificultam a respiração quando estão dilatados em decorrência de alergias e gripes. Quando são usadas sem orientação médica e durante períodos longos, as substâncias vasoconstritoras vão sendo absorvidas pela mucosa nasal e caem na corrente sanguínea, provocando pressão alta e taquicardia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já alertou a população sobre os perigos da automedicação de congestionantes nasais com vasoconstritores, e até publicou uma lista daqueles que deveriam ser comercializados com tarja vermelha, ou seja, vendidos apenas mediante a prescrição de um médico. Alguns medicamentos que contém substâncias vasoconstritoras: - Neosoro; - Sinustrate; - Sorine; - Adnax; - Rinoklin. O uso contínuo do medicamento faz com que a mucosa nasal absorva a substância vasoconstritora (fenilefrina, difenidramina, cloridrato de oximetazolina, nafazolina ou cloridrato de nafazolina), levando-os até a corrente sanguínea, aumentando os riscos de Pressão alta e taquicardia. Nos Estados Unidos, muitos dos descongestionantes favoritos da população não estão mais facilmente disponíveis nas prateleiras, foram para trás do balcão forçando o cliente a fazer o pedido ao farmacêutico, muitas vezes assinando um termo ou mostrando a identidade. Outras marcas estão tendo suas fórmulas modificadas para minimizar riscos como doenças da tireoide, diabetes ou dificuldade de urinar, além de problemas cardíacos citados acima. Essas mudanças fizeram parte de um esforço nacional para evitar o consumo de metanfetamina, droga altamente viciante feita a partir da pseudoefedrina, ingrediente ativo de vários descongestionantes. Alguns laboratórios norte-americanos estão substituindo a pseudoefedrina por fenilefrina, mas como esta não pode ser feita sem a maléfica metanfetamina…Ou seja, como há poucos estudos sobre o assunto até agora, o melhor mesmo a se fazer é procurar orientação médica sempre, até porque a verdadeira causa da obstrução nasal pode ser outra, ainda desconhecida. Além disso, a solução mais rápida nem sempre é a melhor. Quem sabe mudar seus hábitos alimentares, dormir bem e fazer exercícios pelo menos três vezes por semana podem protegê-lo muito mais das alergias e gripes? Fica a dica! fontes: lersaude.com.br/alivio-perigoso-descongestionante-nasal-leva-ao-vicio-e-pessoa-pode-ate-perder-o-olfato/

CONHEÇA OS 7 EMPREGOS MAIS RADICAIS DO MUNDO CIENTÍFICO

Os cientistas têm rotineiramente se aventurado em situações-limite em nome da descoberta. Enquanto os médicos de antigamente roubavam cadáveres do necrotério ou testavam medicamentos experimentais em si mesmos ou em suas famílias, a maioria dos cientistas deixou essas medidas extremas para trás. No entanto, como você perceberá nesta lista, nem todos os pesquisadores contemporâneos decidiram se focar inteiramente no trabalho em laboratórios e relegar à aventura apenas para o final de semana. Do mergulho em cavernas ao trabalho em laboratórios debaixo d’água, aqui estão os sete trabalhos mais radicais que alguns cientistas de hoje em dia enfrentam em nome da ciência.

1. Mergulhador de cavernas

Aqueles que se arriscam na arte de mergulhar em cavernas realmente encontram diversas dificuldades na hora de desempenhar a atividade. Alguns movimentos corporais errados podem liberar enormes quantidades de sedimentos, criando uma espécie de blecaute completo que deixa os mergulhadores irremediavelmente perdidos nas profundezas dos mares com um suprimento de oxigênio que se esgota rapidamente. Entre 1969 e 2007, 368 cidadãos estadunidenses morreram enquanto mergulhavam em cavernas, de acordo com um estudo de 2009 detalhado no Jornal Internacional de Pesquisa Aquática e Educação. Mas essas cavernas traiçoeiras também pode revelar novas informações sobre o clima da Terra primitiva e a ecologia de ilhas. Em 2010, uma equipe de mergulhadores do Bahamas, incluindo o antropólogo Kenny Broad, da Universidade de Miami, Estados Unidos, se aventurou em buracos gigantes cheios d’água, que se formam em cavernas submarinas, para descobrir a história climática da região. Em um documentário, a equipe relatou a descoberta de que jacarés e tartarugas uma vez habitaram a área, mas desapareceram bem na época em que os humanos chegaram pela primeira vez nas ilhas. Apenas alguns meses depois que o filme foi lançado, o fotógrafo do projeto, explorador e cineasta Wesley Skiles, morreu ao mergulhar em um recife de corais na costa da Flórida.

2. Mergulhador que vive no fundo do mar

Nem todos os esforços científicos são mortais – alguns são simplesmente muito esquisitos e desconfortáveis. A maioria dos mergulhos só podem durar algumas horas, como explica o oceanógrafo da Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, Dale Stokes. “Você só pode gastar tanto tempo a uma certa profundidade, porque o seu corpo absorve nitrogênio, que é um gás inerte”. Se os mergulhadores ficarem submersos por muito tempo ou subirem muito rapidamente à superfície, o nitrogênio dissolvido forma bolhas que se expandem, fazendo com que o sangue do mergulhador se transforme no conteúdo de uma garrafa de refrigerante quente e sacudida. Para evitar que esse fenômeno aconteça, os cientistas podem realmente escolher viver no fundo do mar – há um laboratório submarino chamado Aquarius próximo à costa da Flórida. O local recebe bombeamentos de ar lá da terra firme e é mantido o mais seco possível. “Nós estamos vivendo dentro de uma bolha de ar no fundo do mar”, conta Stokes. Os mergulhadores podem viver lá por até duas semanas. Eles se aventuram pelas redondezas com trajes de mergulho e tanques de oxigênio para passar horas explorar os recifes próximos. Embora a estrutura no fundo do mar ajude na prevenção de problemas para a saúde dos mergulhadores, não se trata exatamente de um “lar doce lar”. “Não é romântico. É muito fácil pegar infecções de pele e infecções de ouvido. Seu corpo fica sempre úmido e nunca seca”, queixa-se Stokes.

3. “Ordenhador de veneno”

Os cientistas que estudam animais peçonhentos muitas vezes precisam enfrentar situações-limite para obter o veneno. Os “ordenhadores de veneno” são obrigados a lidar com as cobras mais letais do mundo, juntamente com lagartos venenosos e tubarões. Ordenhar uma cobra venenosa não é um negócio fácil. Não só a pessoa tem que encontrar muitas e muitas cobras até conseguir obter uma quantidade razoável de veneno, como também o ordenhador precisa tirar as cobras de suas caixas e pressionar suas presas em uma placa de plástico ou tubo, enquanto massageia suavemente o veneno das glândulas. A maioria destes cientistas intrépidos já foram mordidos, às vezes mais de 20 vezes.

4. Astronauta

Resposta de nove entre dez moleques para a clássica pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, os astronautas na realidade enfrentam um dos locais de trabalho mais adversos no mundo científico. Desde o árduo processo de formação, passando pelo bombardeio de raios UV e pelo risco de morrer durante um voo (cerca de 1%), entrar para o time do espaço não é moleza. Mesmo depois de os astronautas voltarem com segurança à Terra, os perigos não cessam: eles podem sofrer de atrofia muscular e enfraquecimento dos ossos, devido ao tempo prolongado em que estiveram expostos à baixa gravidade. Isso ninguém conta aos garotinhos sonhadores na terceira série.

5. Técnico de laboratório

Um dos trabalhos mais perigosos na ciência é também um dos mais monótonos: o técnico de laboratório. Jamile Jackson, um administrador de sistemas da empresa Lumosity, sabe que isso é verdade mais do que ninguém. Iniciante na área, calouro na faculdade e técnico de laboratório na Universidade de Jacksonville, na Flórida, em 2003, Jackson estava preparando uma demonstração científica para estudantes do ensino médio. O experimento envolvia a bobina de tesla, um circuito elétrico que pode levitar objetos. Mas Jackson cometeu dois erros críticos: o circuito não estava bem fixado no chão e ele não estava usando luvas de borracha. Quando Jackson chegou perto da bobina, seu corpo passou a fazer parte do circuito, que descarregou um raio de eletricidade através de seu corpo. “Eu percebi o que eu estava fazendo de errado bem na hora em que entrei em contato com o campo elétrico”, conta Jackson. A eletricidade saiu através de seus braços e da parte de trás de sua cabeça, ao invés de passar através de seu corpo inteiro, o que teria eletrocutado seu coração. Embora ele tenha eventualmente se recuperado do susto, ele tem notado que algumas mudanças sutis em seu pensamento que ainda persistem em decorrência do choque. A história de Jackson pode ser uma experiências de laboratório de arrepiar os cabelos, mas não é a pior. Em 2008, Sheharbano Sangji, um estudante de pós-graduação na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, morreu devido a queimaduras sofridas enquanto ela estava trabalhando com uma substância altamente inflamável chamada t-butil-lítio. Alunos de graduação frequentemente sofrem ferimentos de produtos químicos inflamáveis ou tóxicos. Além disso, os poderosos ímãs utilizados em exames de ressonância magnética para medir a atividade cerebral têm o poder de arrancar do chão objetos de metal, que vão desde pistolas a cadeiras de rodas, e acabar ferindo quem estiver por perto.

6. Caçador de tempestades

Quando todo mundo está fugindo de uma tempestade ou de um tornado, os caçadores de tempestades estão fazendo o caminho inverso e correndo justamente na direção da fúria da natureza, a fim de colocar os sensores de vento e de pressão o mais próximo possível das tempestades, conforme explica o caçador de tempestades e meteorologista Tony Laubach. Perseguir furacões é, de fato, um negócio perigoso. Em maio de 2013, um caçador de tempestades veterano chamado Tim Samaras, junto com seu filho e um outro caçador de tempestades, morreu perseguindo um tornado em El Reno, Oklahoma, EUA. “Foi o primeiro furacão do qual eu realmente tive que fugir”, diz Laubach. “Eu já tinha visto centenas de furacões em minha carreira. Mas esse era mesmo um monstro”. Aquela tempestade estava se movendo muito mais rápido e era muito maior do que inicialmente parecia. Entretanto, os tornados não são o maior medo de Laubach: “Os raios são muito mais perigosos”, conta. Os relâmpagos são mortais e aleatórios. E você nem precisa ser atingido diretamente para ser afetado – um amigo de Laubach estava parado perto de uma cerca que foi atingida, e o seu braço ficou formigando durante várias horas.

7. Fisiologista de crocodilos

Na década de 1980, Roger Seymour, fisiologista de plantas e animais da Universidade de Adelaide, na Austrália, estava procurando por crocodilos no norte da Austrália. Na calada da noite, a equipe se aventurou em águas infestadas de crocodilos, lançou um feixe de luz nos olhos dos répteis, e, em seguida, enlaçou uma corda em torno deles. Seymour e sua equipe deixaram os crocodilos lutar até a exaustão antes de rebocar os animais para terra. “Isso não é para os fracos”, relata Seymour. Quando os pesquisadores terminam seus trabalhos, eles geralmente apontam os crocodilos em direção à água e os répteis se dirigem ao seu habitat natural novamente. Porém, de vez em quando, um crocodilo decide almoçar em terra firme. Em um caso particular, um crocodilo deu a meia volta e decidiu caminhar rumo ao acampamento dos cientistas, conta Seymour. “Um dos meus colegas me empurrou para dentro da lama ao tentar descer da nossa van”, lembra Seymour. Apenas mais um dia de trabalho com os crocodilos australianos. fonte:livescience.com/38948-the-7-most-extreme-jobs-in-science.html

CONHEÇA AS 11 COBRAS MAIS VENENOSAS E PERIGOSAS DO MUNDO

Cobras venenosas são o tipo de coisa que a gente considera sinônimo de “corra, meu amigo, corra”. Mas, saber exatamente quando esse é o caso, elaboramos essa lista para você. É verdade que não é uma lista agradável do mundo, mas na pior das hipóteses, é muito útil. Não desejo que você encontre uma cobra peçonhenta por aí, mas pelo menos agora você vai saber reconhecer as 10 piores delas, e tentar (o máximo que puder) ficar longe. Cobras venenosas: corra antes de ver!

1. Cascavel

Quando o assunto são “cobras venenosas”, ela não pode ficar de fora. A cascavel é facilmente identificável pelo chocalho na ponta de sua cauda. Elas fazem parte da família da jararaca. Única serpente das Américas dessa lista, a cascavel representa bem seu continente. Surpreendentemente, os filhotes são considerados mais perigosos do que os adultos, devido à sua incapacidade de controlar a quantidade de veneno injetado. A maioria das espécies de cascavel tem veneno hemotóxico, que destrói tecidos, órgãos e causa coagulopatia (interrompe a coagulação do sangue). Cicatrizes permanentes são muito prováveis no caso de uma picada venenosa. Mesmo com tratamento imediato, sua mordida pode levar à perda de um membro ou à morte. Dificuldade em respirar, paralisia, salivação e hemorragias também são sintomas comuns. Mordidas de cascavel, especialmente de espécies maiores, são muitas vezes fatais. No entanto, antiveneno, quando aplicado a tempo, reduz a taxa de mortalidade para menos de 4%.

2. Cobra-da-morte

Apropriadamente chamada cobra-da-morte, essa é uma das cobras venenosas mais perigosas do mundo. A espécie é encontrada na Austrália e Nova Guiné e faz valer seu nome. Ela caça e mata outras serpentes, inclusive algumas dessa lista, geralmente através de emboscada. Parece bastante com as víboras, já que tem cabeça em formato triangular e corpos pequenos e achatados. Normalmente, injeta em torno de 40 a 100mg de veneno nas vítimas. Uma mordida não tratada da cobra-da-morte é uma das mais perigosas do mundo. O veneno é uma neurotoxina; uma picada provoca paralisia e pode causar a morte dentro de 6 horas, devido à insuficiência respiratória. Os sintomas geralmente alcançam seu auge em 24 a 48 horas depois do ataque. Antiveneno é muito bem sucedido no tratamento de sua mordida, particularmente devido à progressão relativamente lenta dos sintomas. Antes de desenvolvimento do antiveneno, uma mordida da cobra-da-morte tinha uma taxa de letalidade de 50%. Com o ataque mais rápido no mundo, a cobra-da-morte pode ir do chão à posição de ataque (e voltar) dentro de 0,13 segundos.

3. Víboras

Elas são encontradas em quase todo o mundo, mas sem dúvida a mais venenosa é a víbora serrilhada e a víbora de Russel, encontradas principalmente no Oriente Médio e na Ásia Central (especialmente Índia, China e Sudeste Asiático). Víboras são cobras venenosas rápidas e geralmente noturnas, muitas vezes ativas após chuvas. A maioria das espécies tem veneno que causa dor no local da picada, seguido imediatamente de inchaço do membro afetado. A hemorragia é um sintoma comum, especialmente a partir da gengiva. Há uma queda da pressão arterial e da frequência cardíaca. Bolhas ocorrem no local da picada. A necrose é geralmente superficial e limitada aos músculos perto da mordida, mas pode ser severa em casos extremos. Vômito e inchaço facial ocorrem em aproximadamente um terço dos casos. A dor severa pode durar de 2 a 4 semanas. Descoloração pode ocorrer em toda a área inchada, além de extravasamento de plasma para o tecido muscular. A morte por septicemia, insuficiência respiratória ou cardíaca pode ocorrer entre 1 e 14 dias após a mordida, ou mesmo mais tarde.

4. Naja

A maioria das espécies de naja não entraria nessa lista, mas a cobra cuspideira das Filipinas do Norte é a exceção. Seu veneno é o mais mortal de todas as espécies de naja, e elas são capazes de cuspi-lo até 3 metros longe. O veneno é uma neurotoxina que afeta a função cardíaca e respiratória, e pode causar neurotoxicidade, paralisia respiratória e morte em 30 minutos. Sua picada provoca apenas danos mínimos no tecido. Os sintomas podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, tontura, desmaio e convulsões.

5. Serpente-tigre

Encontrada na Austrália, essa cobra tem um veneno neurotóxico muito potente. A morte por mordida de serpente-tigre pode ocorrer dentro de 30 minutos, mas normalmente leva 6 a 24 horas. Antes do desenvolvimento de um antídoto, a taxa de mortalidade de serpentes-tigre era de 60 a 70%. Os sintomas podem incluir dor localizada na região do pé e pescoço, formigamento, dormência e sudorese seguida por dificuldades respiratórias e paralisia. Essa cobra geralmente foge se encontrada, mas pode se tornar agressiva quando encurralada. Ataca com precisão infalível.

6. Mamba-negra

A mamba-negra é encontrada em muitas partes do continente africano. Elas são conhecidas por sua agressividade e ataque de precisão mortal. Elas também são as cobras venenosas terrestres mais rápidas do mundo, capazes de atingir velocidades de até 20 km/h. Podem atacar 12 vezes seguidas. Uma única mordida é capaz de matar entre 10 e 25 adultos. Seu veneno é uma neurotoxina de ação rápida. A mordida fornece cerca de 100 a 120 mg de veneno, em média, no entanto pode fornecer até 400 mg. Se o veneno atingir uma veia, 0,25 mg/kg é suficiente para matar um ser humano em 50% dos casos. O sintoma inicial da picada é dor local na área da mordida, embora não tão grave quanto de cobras venenosas com venenos hemotóxicos. A vítima experimenta uma sensação de formigamento na boca e extremidades, visão dupla, confusão, febre, salivação excessiva (incluindo espuma na boca e no nariz) e ataxia acentuada (falta de controle muscular). Se a vítima não receber atenção médica, os sintomas progridem rapidamente para graves dores abdominais, náuseas e vômitos, palidez, choque, nefrotoxicidade, cardiotoxicidade e paralisia. Eventualmente, a vítima experimenta convulsões, parada respiratória, coma e morte. Sem antiveneno, a taxa de mortalidade da cobra é de quase 100%, entre os mais altos de todas as serpentes venenosas. Dependendo da natureza da picada, a morte pode vir entre 15 minutos e 3 horas.

7. Taipan

Essa cobra da Austrália tem um veneno forte o suficiente para matar até 12.000 porquinhos-da-índia. Já foi comparada a mamba-preta africana na morfologia, ecologia e comportamento. Seu veneno coagula o sangue da vítima, bloqueando as artérias ou veias. Também é altamente neurotóxico. Antes do desenvolvimento de antídotos, não havia sobreviventes conhecidos de uma picada de Taipan. A morte ocorre tipicamente dentro de uma hora. Mesmo com o sucesso na administração de um antiveneno, a maioria das vítimas tem uma estadia extensa em cuidados intensivos.

8. Krait malasiana

Encontrada em todo o sudeste da Ásia e da Indonésia, mesmo com antiveneno, 50% das mordidas dessa cobra são fatais. Antes do desenvolvimento de um antídoto, sua letalidade era de 85%. Kraits caçam e matam outras serpentes, mesmo canibalizando outras Kraits. Elas são uma raça noturna, e são mais agressivas sob a escuridão. No entanto, em geral são muito tímidas e preferem se esconder a lutar. Seu veneno é uma neurotoxina, 16 vezes mais potente que o de uma naja. Rapidamente induz a paralisia muscular, seguida por um período de enorme excesso de excitação (câimbras, tremores, espasmos), que finalmente termina em total paralisia. Felizmente, picadas de Kraits são raras devido à sua natureza noturna. Mesmo que o antiveneno for administrado a tempo, a pessoa está longe da sobrevivência garantida. A morte geralmente ocorre dentro de 6 a 12 horas. Mesmo se o paciente chegar ao hospital, levando em consideração o tempo desse transporte, coma permanente e até mesmo morte cerebral por hipóxia podem ocorrer.

9. Cobra marrom

Como muitas outras, a cobra marrom também prefere morar na Austrália (pensando duas vezes antes de ir pra lá, não?). Não deixe seu nome inócuo lhe enganar: cerca 1/500 gramas de seu veneno é suficiente para matar um ser humano adulto. De sua espécie, é a mais venenosa. Mesmo filhotes podem matar um ser humano. Ela se move rapidamente, podendo ser agressiva em certas circunstâncias. Houve casos em que perseguiu seus agressores e os atacou repetidamente. Seu veneno contém neurotoxinas e coagulantes de sangue. Felizmente para os seres humanos, menos da metade de suas picadas contém veneno, e elas preferem não morder se possível. Apenas reagem ao movimento, então fique muito parado se encontrá-la alguma vez na vida.

10. Cobra-de-barriga-amarela ou taipan-do-interior

Essa espécie tem o veneno de cobras venenosas terrestres mais tóxico do mundo. A produção máxima registrada por uma mordida é de 110mg, o suficiente para matar cerca de 100 seres humanos, ou 250.000 ratos. Ela é 10 vezes mais venenosa que a cascavel, e 50 vezes mais venenosa do que a naja comum. Felizmente, a taipan-do-interior não é particularmente agressiva e é raramente encontrada pelo homem na natureza. Nenhuma fatalidade já foi registrada, embora ela pudesse matar um ser humano adulto em 45 minutos.

11. Serpente marinha de bico

Essa cobra marinha é encontrada nas águas do sudeste asiático e na Austrália setentrional. É a serpente mais venenosa conhecida do mundo: alguns miligramas de seu veneno são fortes o suficiente para matar 1.000 pessoas. Porém, menos de um quarto de suas mordidas contém veneno; elas são relativamente dóceis. Pescadores são geralmente as vítimas dessas picadas, quando encontram as espécies em redes lançadas ao mar. FONTE: listverse.com/2011/03/30/top-10-most-venomous-snakes

CONHEÇA A MÃE DE TODAS AS COBRAS

Cerca de 110 milhões de anos atrás, muito antes dos dinossauros morrerem, o mais recente ancestral comum de todas as cobras que vivem hoje deslizou através das selvas densas de Gondwana, perseguindo pequenos mamíferos e besouros. Essa é a conclusão de uma análise recente de pesquisadores da Universidade de Yale (EUA), que conduziu o primeiro estudo em profundidade genética e anatômica de dezenas de espécies de serpentes, vivas e extintas, para chegar ao melhor palpite para os traços de comportamento e físicos da primeira cobra. Com três metros de comprimento e dois membros insignificantes se arrastando perto de sua cauda, ​​ela provavelmente daria os mesmos calafrios que uma parente mais recente. Os resultados sublinham o grande sucesso evolutivo da estrutura do corpo das cobras. Existem mais de 3.000 espécies em todos os continentes, exceto na Antártida, mas as cobras não mudaram muito em mais de 100 milhões de anos. “Apesar de não ter pernas, as cobras são hábeis em sobreviver em uma variedade de habitats como desertos, florestas, ambientes aquáticos, árvores, subterrâneos. Elas são incrivelmente adaptáveis”, diz Daniel J. Field, biólogo evolucionista de Yale.

De onde vêm as cobras?

Várias questões inquietantes sobre a evolução das cobras persistem há décadas: elas se originaram na terra ou nos oceanos? Por que elas não possuem membros? O que as primeiras cobras comiam? “Historicamente, tem havido uma falta de fósseis de cobras que possam ser informativos, e esse tem sido um fator limitante para a compreensão de como e quando as cobras modernas surgiram”, diz Field. Trabalhando com 73 espécies de serpentes vivas e extintas, ele e seus colegas compararam o DNA através de 18.000 pares de bases, bem como 766 características anatômicas. Descobertas recentes de fósseis – incluindo três espécimes bem preservados recuperados na última década, dois na Argentina e um nos EUA – ofereceram um olhar mais abrangente do início da existência das cobras. Os resultados apontam para uma criatura que era noturna, não tinha as mandíbulas flexíveis das cobras atuais, provavelmente viveu e caçou acima do solo (em vez de ter construído galerias subterrâneas, como alguns cientistas já haviam sugerido), e se originou no que é a América do Sul hoje. A serpente, como era esperado, parece ter tido pernas traseiras vestigiais. As pernas são uma das principais características que os cientistas se basearam na construção das relações possíveis. As jiboias, que se pensava estarem fora da linhagem moderna de serpentes porque seus antecessores tinham membros posteriores, são, de acordo com esta análise, mais intimamente relacionadas com as primeiras cobras do que se acreditava. Por que as cobras perderam completamente as pernas ao longo do tempo, bem como por que elas permaneceram praticamente as mesmas por tanto tempo, ainda são questões em aberto. Alguns especialistas pensam que a falta de pernas deu às cobras uma vantagem na hora da caça ou para se esconderem embaixo da terra. Outra pesquisa recente sugere algo totalmente diferente: a de que o corpo da cobra é o projeto original, e outros répteis de quatro patas, como os lagartos, evoluíram suas pernas a partir delas. Os debates, sem dúvida, evoluirão à medida que novos fósseis forem descobertos.

Projeções

Mas e as cobras que existiam mesmo antes desta? A análise oferece algumas novas pistas: sugere uma nova data para quando as cobras se diferenciaram do resto dos répteis, 130 milhões de anos atrás. Isso difere da maioria das estimativas aceitas para esta divisão, que imaginava-se ter acontecido em torno de 100 milhões de anos atrás. A pesquisa também sugere que as cobras evoluíram inteiramente em terra, apesar das semelhanças anatômicas chaves com répteis que habitavam o oceano extintos chamados mosassauros. “Este é o estudo mais abrangente e rigoroso da origem das cobras até agora”, afirma Michael Lee, especialista em genética da Universidade de Adelaide, na Austrália, que estuda a origem dos répteis. Mas isso está longe de terminar. A nova pesquisa observou apenas algumas dezenas de cobras entre as milhares de espécies que existem no mundo. “A reconstrução é plausível, mas outras interpretações também são”, diz Lee. “O ancestral comum mais recente das cobras vivas vai ser algo difícil de reconstruir”, prevê. FONTE: smithsonianmag.com/science-nature/mother-all-snakes-was-surprisingly-modern-180955349

CONHEÇA 6 EVENTOS CLIMÁTICOS QUE PODERIAM LEVAR A GRANDES MUDANÇAS NO MUNDO

Um dos maiores temores sobre a mudança climática é que ela pode gerar eventos que vão alterar drasticamente a Terra como a conhecemos. Esses eventos podem contribuir para a extinção em massa de espécies, dramática elevação do nível do mar, secas extensas e a transformação de florestas em vastas pastagens, por exemplo. Sabemos que a Terra já passou anteriormente por eventos relacionados com o clima. Mas a situação de hoje é diferente, porque desta vez são os seres humanos que estão conduzindo estas mudanças e o aquecimento está ocorrendo em um ritmo muito mais rápido. Confira os 6 maiores eventos climáticos com os quais cientistas se preocupam atualmente:

1. Derretimento no Ártico

O derretimento do gelo no verão do Ártico é considerada a maior ameaça climática do momento. Alguns cientistas pensam que esse evento já passou do ponto no qual podíamos fazer alguma coisa a respeito. Conforme o gelo do mar do Ártico derrete e se aquece, a água do oceano exposta absorve mais luz solar, o que reforça o aquecimento. A transição para um verão ártico sem gelo pode ocorrer rapidamente – dentro de algumas décadas -, o que tem implicações geopolíticas conforme as nações competem por recursos como espaço e petróleo. Adicionado a isso vem o dano que resultaria da interrupção de todo um ecossistema.

2. Groelândia sem gelo

O aquecimento do Ártico também deve deixar grande parte da Groelândia sem gelo. Embora essa perda de gelo provavelmente chegue ao ponto de não retorno este século, a transição completa levará pelo menos algumas centenas de anos. O derretimento na região deve elevar os níveis dos mares em até 6 metros. Metade das 10 maiores cidades do mundo, incluindo Nova York, e um terço das 30 maiores cidades do mundo já estão ameaçadas por este aumento do nível do mar. Hoje, essas cidades são o lar de cerca de 1,8 bilhões de pessoas.

3. Desintegramento do gelo na Antártica Ocidental

Do outro lado da Terra, a camada de gelo da Antártida Ocidental também está se desintegrando. Como a parte inferior desta geleira fica abaixo do nível do mar, é vulnerável a dissolução rápida conforme a água quente do oceano corrói seu gelo. Novamente, chegaremos a um ponto de não retorno ainda este século. O colapso total da geleira, que elevaria o nível do mar em quase 5 metros, pode levar algumas centenas de anos.

4. El Niño como um evento climático permanente

Os oceanos absorvem cerca de 90% do calor extra preso na Terra por gases do efeito estufa. Isso pode afetar sua dinâmica, que controla eventos como o El Niño. Embora existam várias teorias sobre o que poderia acontecer no futuro, a consequência mais provável dessa absorção de calor pelo oceano é que o El Niño, fenômeno climático natural, torne-se uma parte mais permanente de nosso sistema climático. Isso causaria secas extensas no sudeste da Ásia e em outros lugares, enquanto algumas áreas propensas a secas hoje, como a Califórnia, iriam ter algum alívio. A transição para um mundo com mais El Niños deverá ser gradual e demorar cerca de cem anos, mas tal mudança já deve ser iniciada este século.

5. Morte da floresta amazônica

O desmatamento, uma estação seca mais longa e o aumento das temperaturas no verão estão ameaçando a quantidade de chuvas na Amazônia. Pelo menos metade da floresta poderia se transformar em savana e pastagens. Uma vez que a mudança for acionada, pode se completar durante apenas algumas décadas. Isso tornaria muito difícil para a floresta tropical restabelecer-se e levaria a uma perda considerável da biodiversidade. No entanto, a redução da Amazônia em última análise depende do que acontece com o El Niño, juntamente com futuras mudanças de uso da terra pelos humanos.

6. Fim de metade das florestas boreais

O aumento do estresse hídrico e térmico pode ter consequências nas grandes florestas do Canadá, Rússia e outras partes do Hemisfério Norte. Elas podem se tornar mais vulneráveis a doenças e incêndios, o que por sua vez pode levar a uma redução de 50% de suas terras – um evento a partir do qual elas nunca devem se recuperar. Em vez disso, haverá uma transição gradual para florestas abertas ou pastagens ao longo de várias décadas. Isso teria um enorme impacto sobre o balanço de carbono no mundo, uma vez que as florestas podem absorver muito mais gás do que pastagens. Se elas diminuírem, o clima será afetado – assim como o balanço energético da Terra. No entanto, a complexa interação entre fisiologia das plantas, o permafrost e incêndios torna a situação difícil de ser bem compreendida ou prevista pelos cientistas. fonte:livescience.com/51018-these-six-triggers-will-transform-earth-climate.html

DESCOBERTOS AGLOMERADOS ESTELARES ESCUROS

Os aglomerados normais estão assinalados em azul e os aglomerados globulares que apresentam propriedades semelhantes às das galáxias anãs estão em verde. Os aglomerados escuros são muito parecidos aos outros aglomerados da galáxia, no entanto contêm muito mais massa.

Aglomerados estelares globulares

Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO, no Chile, revelaram uma nova classe de aglomerados estelares globulares "escuros" situados em torno da galáxia gigante Centaurus A. Para a maioria dos aglomerados agora observados, os mais brilhantes apresentam maior massa da maneira esperada - se um aglomerado contém mais estrelas tem um brilho total maior e mais massa total. Mas, em alguns deles, observou-se algo inesperado: eles são muitas vezes mais massivos do que pareciam. E, mais estranho ainda, quanto mais massivos são estes aglomerados incomuns, maior a fração de material que era escuro. Algo nestes aglomerados é escuro, escondido e massivo. Mas o quê? Existem várias possibilidades. Talvez os aglomerados escuros contenham buracos negros ou outro tipo de restos estelares escuros nos seus núcleos. Este é um fenômeno que pode explicar alguma da massa escondida, mas a equipe concluiu que tem que haver algo mais. E matéria escura? Os aglomerados globulares são normalmente considerados praticamente desprovidos desta substância misteriosa mas, talvez devido a alguma razão desconhecida, alguns aglomerados tenham retido uma quantidade significativa de aglomerações de matéria escura no seu interior. Este aspecto poderá explicar as observações, no entanto não se enquadra nas teorias convencionais.

Mistério

"A nossa descoberta de aglomerados estelares com massas inesperadamente elevadas para o número de estrelas que contêm sugere a existência de várias famílias de aglomerados globulares, com diferentes histórias de formação. Aparentemente alguns aglomerados estelares parecem ser bastante comuns, mas na realidade podem ter muito mais, literalmente, do que o que efetivamente observamos," comentou Thomas Puzia, coautor do trabalho. Os aglomerados estelares globulares são enormes bolas de milhões de estrelas que orbitam a maioria das galáxias. Tratam-se dos sistemas estelares mais velhos do Universo, tendo sobrevivido durante a maior parte do tempo do crescimento e evolução das galáxias. O resumo é que esses objetos permanecem um mistério. A equipe está agora trabalhando em um rastreio maior de outros aglomerados globulares noutras galáxias. O trabalho feito agora analisou uma amostra de 125 aglomerados globulares que se situam em torno de Centaurus A, com o auxílio do instrumento FLAMES montado no Very Large Telescope do ESO, no Observatório do Paranal, no norte do Chile. Bibliografia: Observational evidence for a dark side to NGC 5128's globular cluster system Matthew A. Taylor, Thomas H. Puzia, Matias Gomez, Kristin A. Woodley The Astrophysical Journal FONTE: inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=aglomerados-estelares-escuros&id=010175150518

NOVO ESTADO DA MATÉRIA PODE LEVAR A NOVOS SUPERCONDUTORES

Ilustração da rede de césio e fulerenos, mostrando as grandes moléculas C60 (buckyballs) e os átomos de césio (esferas azuis sólidas).

Efeito Jahn-Telle

Um novo tipo de estado metálico da matéria foi descoberto por uma equipe internacional de pesquisadores que estavam estudando um supercondutor feito com moléculas de carbono 60, fulerenos mais conhecidos como buckyballs. A equipe descobriu o novo estado depois de alterar a distância entre as moléculas de C60 adjacentes enfiando átomos de rubídio entre elas. A análise do material revelou uma rica combinação de fases isolante, magnética, metálica e, mais interessante ainda, supercondutora - incluindo o estado até então desconhecido, que foi batizado de "metal de Jahn-Teller". O efeito Jahn-Teller (descrito por Hermann Arthur Jahn e Edward Teller) é caracterizado pela deformação da geometria da rede cristalina de um material quando estados orbitais das moléculas se subdividem para reduzir a energia do sistema.

Metal de Jahn-Teller

A baixa pressão, o material estudado pela equipe é um isolante, quando então o estado eletrônico das moléculas é distorcido pelo efeito Jahn-Teller. Conforme a pressão é aplicada através da adição de rubídio, os estados eletrônicos das moléculas começam a se sobrepor, e o material sofre uma "transição de Mott" para se tornar um metal simples. É no meio dessa transição isolante-metal que apareceu o estado intermediário nunca antes visto, que é marcado por uma alteração no formato das moléculas de C60, que se tornam alongadas. E este é um ponto fundamental para a compreensão da supercondutividade, porque é a fase metálica que se torna supercondutora quando o material é levado abaixo de uma temperatura crítica.

Entendendo a supercondutividade

O estudo fornece pistas importantes sobre como a interação entre a estrutura eletrônica das moléculas e seu espaçamento dentro da rede cristalina do material pode fortalecer as interações entre os elétrons que causam a supercondutividade. Os supercondutores são um grupo grande e diversificado de materiais que oferecem resistência zero à passagem das correntes elétricas quando resfriados abaixo de uma temperatura crítica. Embora a supercondutividade envolva elétrons que formam pares, chamados pares de Cooper, o mecanismo pelo qual isto ocorre não é totalmente compreendido em todos os tipos de supercondutores - especialmente nos supercondutores considerados de "alta temperatura". A expectativa é que o conhecimento dessa nova fase possa resultar no desenvolvimento de novos materiais moleculares que se tornem supercondutores a temperaturas mais elevadas. Bibliografia: Optimized unconventional superconductivity in a molecular Jahn-Teller metal. Ruth H. Zadik, Yasuhiro Takabayashi, Gyöngyi Klupp, Ross H. Colman, Alexey Y. Ganin, Anton Potocnik, Peter Jeglic, Denis Arcon, Péter Matus, Katalin Kamarás, Yuichi Kasahara, Yoshihiro Iwasa, Andrew N. Fitch, Yasuo Ohishi, Gaston Garbarino, Kenichi Kato, Matthew J. Rosseinsky, Kosmas Prassides. Science Advances. Vol.: 1 no. 3 e1500059. DOI: 10.1126/sciadv.1500059. FONTE:inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=novo-estado-materia-levar-novos-supercondutores&id=010160150518

CÉLULA SOLAR "BURACO NEGRO" ATINGE 22,1% DE EFICIÊNCIA

Silício negro

Não, isto não é um buraco negro e nem uma imagem construída digitalmente. É uma célula solar real, feita de silício negro, uma forma do semicondutor descoberta há pouco mais de dez anos. O preto profundo ajuda a capturar mais luz, o que colaborou para que esta célula solar batesse de longe o recorde de eficiência de sua categoria - benefícios adicionais foram obtidos levando todos os contatos metálicos para a parte de trás da célula. O protótipo construído por pesquisadores da Universidade Aalto, na Finlândia, atingiu 22,1% de eficiência de conversão energética, mais de quatro pontos percentuais acima do recorde anterior. E a professora Hele Savin, responsável pela criação da célula solar recordista, explica que a eficiência energética não é o único parâmetro que torna a célula solar de silício negro um rival difícil de bater. A capacidade de capturar a radiação solar incidente de ângulos muito pequenos faz com que a quantidade de eletricidade gerada ao longo de um dia também seja maior.

Do laboratório para o mercado

E, apesar do recorde, parece haver espaço para melhorias, já que a célula solar foi fabricada usando silício do tipo positivo, que apresenta uma degradação maior devido a impurezas. "Não há razões para que não alcancemos eficiências ainda maiores usando silício tipo 'n' ou estruturas de células mais avançadas," disse Savin. O protótipo da célula solar de silício negro tem 9 cm2, o que é enorme para escala laboratorial, indicando uma maior facilidade para transposição da tecnologia para o ambiente industrial. A equipe pretende agora testar o silício negro em outras estruturas de células solares, em particular as de filme fino e as multicristalinas. Bibliografia: Black silicon solar cells with interdigitated back-contacts achieve 22.1% efficiency. Hele Savin, Paivikki Repo, Guillaume von Gastrow, Pablo Ortega, Eric Calle, Moises Garín, Ramon Alcubilla. Nature Nanotechnology. Vol.: Published online. DOI: 10.1038/nnano.2015.89. FONTE:inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=celula-solar-silicio-negro&id=010115150519