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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

VEJA COMO FAZER O AUTOEXAME DO CÂNCER DE PELE

O verão está chegando! Cuidado com o sol. O câncer de pele é o mais frequente no Brasil, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados na população. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – Inca, estima-se que surjam 520 mil novos casos de câncer por ano no Brasil. As estatísticas não devem alarmar, mas fazer com que as instituições de saúde e a população se voltem para a prevenção. A Rede Mater Dei de Saúde implantou, desde 2013, um serviço de check-up voltado ao rastreamento da doença. O serviço consiste em avaliações e testes de rastreamento periódicos, criteriosamente aplicados com o objetivo de detectar o risco de determinadas doenças, antes do aparecimento de sintomas. O rastreamento funciona por meio do check-up oncológico e do check-up máster. No oncológico, o objetivo é rastrear alguns tipos de câncer, como o de mama, pulmão, cavidade oral, próstata, colo do útero, intestino e de pele. A triagem é feita em um período de cerca de seis horas. Após a coleta de dados do histórico de saúde do paciente, são realizados exames físicos, consultas com especialistas e uma sequência de exames individualizada de acordo com idade, sexo, hábitos de vida, histórico familiar de câncer e características pessoais. A prevenção ao câncer de pele, que corresponde a 25% dos tumores registrados no país, começa pela dermatologia e, de acordo com Bernardo Gontijo, dermatologista da Rede Mater Dei de Saúde, os tumores malignos da pele são sempre multifatoriais, ou seja, são várias as condições que envolvem seu surgimento, como a cor da pele, a predisposição genética, dermatoses pré-existentes, o estado de imunossupressão e a intensidade e frequência de exposição à radiação ultravioleta do sol. Segundo o médico, os pacientes devem se submeter a um exame dermatológico anual, pois a avaliação é fundamentalmente clínica, que inclui a inspeção visual de toda a superfície cutânea e mucosa, além do exame dermatoscópico de lesões suspeitas, que passam por biópsias e submetidas a exame anatomopatológico para um diagnóstico definitivo. De acordo com Gontijo, os tumores malignos cutâneos são extremamente polimorfos. Não existe uma aparência clínica que seja comum a todos eles que leva o especialista a diagnosticar a doença de imediato. As suspeitas mais claras recaem sobre as lesões ulceradas que não cicatrizam e as que apresentam sangramento aos mínimos traumas. Entretanto, várias outras características podem estar presentes, o que torna imprescindível a avaliação pelo dermatologista. “Em relação ao melanoma, constituem importantes sinais de alerta as mudanças na forma (assimetria), borda, cor e diâmetro de lesões pigmentadas pré-existentes ou o aparecimento de lesões pigmentadas em áreas anteriormente normais. Como o melanoma é um tumor agressivo, a melhor arma disponível para seu tratamento é o diagnóstico precoce por meio do exame periódico e sistematizado da pele”, garante.
Técnicas já mostram lesões pré-malignas e até malignas sem que a pessoa tivesse notado nada de diferente. Daí, a importância de procurar o dermatologista anualmente.

Autoexame

Por isso, os exames dermatológicos para diagnosticar ou prevenir doenças da pele são primordiais. O médico revela algumas dicas podem ajudar no autoexame, como atenção às pintas pigmentadas que surgem no corpo, às feridinhas que não cicatrizam, às casquinhas que desaparecem e aparecem sem motivo, às lesões muito vermelhas ou de aspecto estranho, a caroços que não existiam antes e tudo que chame a atenção no que se refere à cor, relevo e textura cutâneos (veja arte). Porém, antes mesmo disso, há tecnologias especializadas que ajudam o médico a diagnosticar problemas ainda não descobertos. “Algumas técnicas mostram lesões pré-malignas e até malignas sem que a pessoa tivesse notado nada de diferente. Daí, a importância de procurar o dermatologista anualmente.” O cirurgião geral da Rede Mater Dei de Saúde, Alberto Wainstein, explica que a maioria dos tumores de pele diagnosticada precocemente pode ser curada via cirurgia com margens livres. Apenas no caso do melanoma é que pode ser necessário algum tratamento após a operação para evitar uma recidiva. Assim mesmo, nos casos em que o diagnóstico e cirurgia não ocorram em fase inicial. O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos, os não melanomas e o melanoma. Entre os não melanomas, os principais tipos são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. “Esses dois são passíveis de cirurgia e a quase totalidade dos pacientes é curada assim. O melanoma também é tratado com cirurgia, sendo essa a principal e única chance de cura desde que diagnosticado em fase inicial. A grande gravidade e preocupação quanto ao melanoma é que trata-se de um dos tumores mais agressivos e com maior capacidade de se disseminar e estabelecer metástases em diversos órgãos”, afirma Wainstein. O cirurgião esclarece ainda que a maioria das cirurgias para os tumores diagnosticados em fase inicial são realizadas com anestesia local, sem necessidade de internação. Wainstein explica também que o melanoma é um dos cânceres de mais fácil suspeição. “É preciso enfatizar que a grande maioria das lesões não é melanoma, e que a maior parte das pintas e verrugas é benigna. Entretanto, o paciente deve estar atento para todas as mudanças visando um diagnóstico precoce”.

Calculadora de risco

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) disponibiliza gratuitamente, em seu site, uma calculadora de riscos para câncer da pele. Por meio dessa ferramenta, os usuários, respondendo a um questionário desenvolvido por especialistas da associação, recebem informações sobre as chances de virem a desenvolver a doença no futuro. É importante ressaltar que a ferramenta tem apenas caráter informativo. Os dados obtidos a partir dela não constituem diagnóstico e não substituem, em nenhuma hipótese, a consulta a um dermatologista. Para usar, acesse o link: http://www.sbd.org.br/calculadora-de-risco-de-cancer-da-pele/ Outra ferramenta preventiva contra o câncer de pele é o teste de risco ao Melanoma, oferecido pelo Centro de Genomas – laboratório de estudos genético, que oferece ao médico, ao lado de outros exames, auxílio na avaliação de risco e, sobretudo, atuar na prevenção do problema.

Tratamento complementar

O oncologista Enaldo Lima confirma que a maioria dos casos de câncer de pele demanda procedimentos cirúrgicos, mas que há outros tratamentos complementares. “O melanoma, por exemplo, requer a ressecção do tumor primário e, em casos selecionados, a utilização de técnica cirúrgica específica, chamada de pesquisa de linfonodo sentinela, que utiliza inclusive a medicina nuclear para detecção de células tumorais nos gânglios linfáticos da região do tumor primário”, diz ele, ressaltando que o tratamento por meio de radioterapia pode ser indicado posteriormente à cirurgia e, em casos muito específicos, podem ser realizados tratamentos paliativos de quimioterapia. Segundo Lima, existem novas tecnologias de tratamento sistêmico, tanto para o carcinoma basocelular quanto para o melanoma. “Para o primeiro caso, há como utilizar o bloqueio específico de via celular de crescimento tumoral, chamada via de Hedgehog. Esse tipo de tratamento pode ser feito nos casos de tumores irressecáveis ou que haja grande probabilidade de mutilação do paciente. Também no caso do melanoma, há possibilidades de bloqueios específicos de sítios de mutação e sinalização tumoral, como a via BRAF e a via c-Kit. A classe de medicação de bloqueio dessas vias é oral, o que possibilita o tratamento domiciliar”, explica. O médico acrescenta que a maior inovação recente de tratamento específico de câncer ocorreu no melanoma, com a introdução de uma imunoterapia com estimuladores do sistema imune, que pode alcançar extensa sobrevida e, em até 20% desses pacientes, em longo prazo com sugestão de que parte desses pacientes podem ser curados. Segundo Enaldo Lima, quando operados em fase inicial, os cânceres de pele apresentam altas taxas de cura, com índices acima de 90%, e em alguns casos próximos de 100% de eficácia cirúrgica.

Radioterapia

Caso seja necessária a aplicação de radioterapia, em geral, se faz de forma local para tratamento de pacientes com margens cirúrgicas acometidas e extensão da doença para os gânglios linfáticos. “Para o melanoma existe a possibilidade de se utilizar a radioterapia associada à imunoterapia, combinada e com efeito em sítios a distância da radioterapia aplicada, efeito conhecido como abscopal”, diz o oncologista. Quanto aos tratamentos sistêmicos, segundo Lima, pode ser utilizado em melanoma o uso de medicamentos alvo celular e de imunoterapia, tanto por via oral quanto venoso. “Cuidados devem ser tomados para a administração dessas medicações, assim como o manejo dos efeitos colaterais”, explica.

O que é Câncer de pele?

O câncer da pele é o tipo de tumor mais incidente na população – cerca de 25% dos cânceres do corpo humano são de pele. O câncer de pele é definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Qualquer célula que compõe a pele pode originar um câncer, logo existem diversos tipos de câncer de pele. O dermatologista está na linha de frente na prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento do problema. Os cânceres de pele podem ser divididos em câncer de pele não melanoma e câncer de pele melanoma. Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular (CBC) que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular. Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC. Já o melanoma cutâneo, mais perigoso dos tumores de pele, tem a capacidade invadir qualquer órgão e espalhar pelo corpo. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro.

Tipos

Os cânceres são separados conforme as estruturas do corpo que eles acometem:

1.Carcinoma basocelular

É o tipo de câncer de pele mais comum, constituindo 70% dos casos – mas, felizmente, é o tipo menos agressivo. Ele leva esse nome por ser um tumor constituído de células basais, comuns da pele. Essas células começam a se multiplicar de forma desordenada, dando origem ao tumor. O carcinoma basocelular apresenta crescimento muito lento, que dificilmente invade outros tecidos e causa metástase. Esse câncer é encontrado frequentemente nas partes do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto e pescoço. O nariz é a localização mais frequente (70% dos casos), mas também pode ocorrer na orelha, canto interno do olho e outras partes da face. Quando o tumor é retirado precocemente, as chances de cura são altas. O tipo mais encontrado é o nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade. Certas manifestações do CBC podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada.

2.Carcinoma espinocelular

É o segundo tipo mais comum de câncer de pele, sendo responsável por cerca de 20% dos tumores cutâneos não melanoma. Frequentemente, o carcinoma espinocelular cresce nas áreas mais expostas ao sol, como couro cabeludo, rosto, pescoço e orelha, sendo mais predominante em pacientes a partir da sexta ou sétima década de vida. Mas também pode se desenvolver em todas as partes do corpo. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade O carcinoma espinocelular se forma a partir das células epiteliais (ou células escamosas) e do tegumento (todas as camadas da pele e mucosa), ocorrendo em todas as etnias e com maior frequência no sexo masculino. Sua evolução é mais agressiva e pode atingir outros órgãos, caso não seja retirado com rapidez. Ele apresenta maior capacidade de metástase do que o carcinoma basocelular. O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, os CEC têm coloração avermelhada, e apresentam-se na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem ter aparência similar a das verrugas também. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.

3.Melanoma

É tumor maligno originário dos melanócitos (células que produzem pigmento) e ocorre em partes como pele, olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Um dos tumores mais perigosos, o melanoma tem a capacidade de invadir qualquer órgão, criando metástases, inclusive cérebro e coração. Portanto, é um câncer com grande letalidade. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro. Há diversos tipos clínicos de melanoma, como o melanoma nodular, melanoma lentigioso acral, melanoma maligno disseminado e melanoma maligno lentigo. Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, com 6.130 casos/ano no Brasil segundo o INCA, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há deteção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a “pinta” ou o “sinal” em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. Alias, mesmo sem nenhum sinal suspeito, uma visita ao dermatologista ao menos uma vez por ano deve ser feita. essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente. Além disso, uma lesão considerada “normal” pra você, pode ser suspeita para o médico. Pessoas de pele clara, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de metástase para outros órgãos e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Casos de melanoma metastático, em geral, apresentam pior prognóstico e dispõem de um número reduzido de opções terapêuticas. A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.

Outros

Há ainda outros tipos de câncer de pele mais raros que atingem outras células, como: - Tumor de células de Merkel - Sarcoma de Kaposi - Linfoma de cutâneo de células T (câncer do sistema linfático que pode atacar a pele) - Carcinoma sebáceo (surge nas glândulas sebáceas) - Carcinoma anexial microcístico (tumor das glândulas sudoríparas).

Fatores de risco

O câncer de pele tem como principais fatores de risco: 1.Exposição solar Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco aumentado para câncer de pele. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer. Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele. 2.Idade e sexo O câncer de pele incide preferencialmente na idade adulta, a partir da quinta década de vida, uma vez que quanto mais avançada a idade maior é o tempo de exposição solar daquela pele. Também é um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres. 3.Características da pele Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele, assim como aquelas que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também corre mais risco. Aqueles que têm muitos nevos (pintas) espalhados pelo corpo também devem ficar atentos a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem. Pessoas com pintas ou manchas de tamanhos grandes também devem ficar atentas. 4.Histórico familiar O câncer de pele é mais comum em pessoas que têm antecedentes familiares da doença. Nesses casos, principalmente se associado a outros fatores de risco, o rastreamento com o dermatologista deve ser mais intenso. 5.Histórico pessoal Pessoas que já tiveram um câncer de pele ou uma lesão pré-cancerosa anteriormente têm mais chances de sofrer com o tumor. Caso a pessoa já tenha sido tratada para um determinado tipo de câncer de pele e ele retorna, o processo é chamado de recidiva. 6.Imunidade enfraquecida Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm um risco aumentado de câncer de pele. Isso inclui as pessoas que têm a leucemia ou linfoma, pacientes que tomam medicamentos que suprimem o sistema imunológico, ou então aqueles que foram submetidos a transplantes de órgãos.

Sintomas de Câncer de pele

Carcinoma basocelular: pode apresentar apenas uma aparência levemente diferente da pele normal, sendo mais comum no rosto, pescoço e outras partes que ficam muito expostas ao sol. Ele se parece com uma protuberância (nódulo) que: - Tem aparência perolada, como se fosse recoberto de cera; - Pode ser branca, rosa claro, bege ou marrom; - Sangra com facilidade; - Se parece com uma ferida que não cicatriza; - Pode formar crosta e vazar algum líquido. Carcinoma espinocelular: As localizações mais comuns para o aparecimento do carcinoma espinocelular são as áreas expostas ao sol, sendo que 70% dos casos ocorrem sobre a cabeça (couro cabeludo e orelha), pescoço e dorso das mãos, e 15% desses tumores acometem os membros superiores. É comum na boca e pode ocorrer também nas membranas mucosas e genitais. Ele apresenta como uma mancha ou caroço (nódulo) que: - Mostra sinais de dano solar na pele, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade; - Tem cor avermelhada; - Tem aparência mais endurecida, com descamação e crostas no local, podendo vazar algum líquido; - Tem crescimento rápido (em geral meses); - Se parece com uma ferida que não cicatriza. Melanoma: pode ocorrer na pele, olhos, nas orelhas, no trato gastrointestinal, nas membranas mucosas e genitais. As áreas mais comuns são o dorso para os homens e os braços e pernas para as mulheres. Os primeiros sinais e sintomas de melanoma são frequentemente: - Uma mudança em uma mancha ou pinta existente; - O desenvolvimento de uma nova mancha ou pinta bem pigmentada ou de aparência incomum em sua pele; - Outras mudanças suspeitas podem incluir coceira, comichão, sangramento e a não cicatrização da área.

Fique atento

O câncer de pele varia muito na aparência. Alguns podem mostrar todas as alterações citadas, enquanto outros podem ter apenas uma ou duas características incomuns. Por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou mudança em uma pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para procurar um dermatologista. É importante procurar um médico sempre que notar uma nova lesão, ou quando uma lesão antiga tiver algum tipo de modificação. Existe uma regra didática para os pacientes, chamada ABCD, cujo objetivo é reconhecer um câncer de pele em seu estágio inicial: # Assimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças deve ser investigado # Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme Cor: verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha # Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente. diagnóstico e exames

Na consulta médica

Quando você for ao médico dermatologista, pode dizer a ele quais são as pintas que mais te preocupam. Ele fará uma análise em todos os sinais da sua pele usando um dermatoscópio (aparelho portátil que funciona como uma lente de aumento). Caso ele encontre uma lesão suspeita, poderá coletar um pouco de tecido para pedir uma biópsia ou então encaminhará você para um exame de dermatoscopia digital. Se o dermatologista não encontrar nada suspeito, você deverá continuar fazendo o acompanhamento anualmente, principalmente se tiver algum fator de risco. O dermatologista provavelmente fará uma série de perguntas. Estar pronto para respondê-las pode otimizar a consulta e sobrará tempo para você tirar outras dúvidas. O médico pode perguntar: - Quando você começou a notar este crescimento da pele ou lesão? - Tem crescido significativamente desde que você o encontrou pela primeira vez? - É uma lesão dolorosa? - Você tem outros crescimentos ou lesões parecidas? - Você já teve um câncer de pele anteriormente? - Você foi muito exposto ao sol quando era criança? - Você se expõe muito ao sol agora? - Você está tomando ou já tomou algum medicamento? - Alguma vez você já recebeu radioterapia para outra condição médica? - Você já tomou medicamentos que afetam o sistema imunológico? - Há condições médicas significantes para as quais você foi tratado para, inclusive na sua infância? - Você fuma ou já fumou? Por quanto tempo? - Você toma precauções para se manter seguro do sol, tais como evitar horários de picos e usar protetor solar? - Você examina sua própria pele com que frequência?. Diagnóstico de Câncer de pele É feito pela avaliação clínica e exame anátomo patológico (biópsia) do tecido suspeito. Veja os exames que podem ser pedidos para o diagnóstico de câncer de pele:

Dermatoscopia

É um exame complementar importante para o diagnóstico de câncer de pele. Na dermatoscopia manual, o dermatologista olha as pintas que tem relevância com o próprio dermatoscópio e avalia naquele momento o risco de cada lesão. Já a dermatoscopia digital permite a análise de uma fotografia ampliada das pintas na pele, para que o profissional possa identificar lesões de risco muito antes do olho nu. No mapeamento digital da pele há o registro das fotos do corpo todo e a documentação das lesões, para que os resultados possam ser acompanhados com o passar do tempo. Isso aumenta a sensibilidade de identificação de novas lesões ou mudanças importantes.

Microscopia confocal

É um método de diagnóstico por imagem não invasivo, que permite a avaliação das camadas da pele em um tecido ainda vivo e a observação de lesões alteradas. O exame é feito com um laser de diodo que serve como fonte de luz, tornando possível a visualização de detalhes da estrutura celular da pele, com resolução próxima a de um exame microscópico, sem que seja necessário causar dano ao tecido.

Biópsia

Todo tecido coletado para biópsia é enviado para uma avaliação histológica – é isso que irá dizer se aquele tecido é mesmo canceroso, qual o tipo de câncer de pele, qual seu grau de malignidade e outras informações importantes. O exame histopatológico da pele com tumor e suas classificações são de grande importância para os pacientes, pois é o que faz a confirmação final do câncer. No caso do melanoma a biópsia é o único modo de se obter um diagnóstico definitivo de câncer. Os exames de imagem são utilizados para detectar se o câncer se espalhou para outros órgãos (metástases).

Perguntas frequentes

Fontes artificiais de luz aumentam o risco para câncer de pele? Dificilmente. A exposição solar é a verdadeira preocupação para o câncer de pele. Ainda que existam algumas pesquisas mostrando que as luzes artificiais podem oferecer algum tipo de risco, ele é mínimo se comparado ao dano que os raios UVA e UVB podem causar. O câncer de pele não melanoma pode se tornar um melanoma? Não. Os cânceres são divididos em tipos justamente porque surgem de estruturas diferentes do corpo. O carcinoma espinocelular tem origem nas células epiteliais, o carcinoma basocelular tem origem nas células basais e o melanoma dos melanócitos (células que formam o pigmento). O autoexame, deverá ser feito a sós ou com a ajuda de uma outra pessoa Pode autoexaminar-se a sós com a ajuda de um espelho de mão e um espelho de chão; para as zonas dificilmente acessíveis como as costas e o couro cabeludo pode pedir a ajuda de outra pessoa. É necessário controlar os sinais nas crianças? Os melanomas são muito raros em crianças. No entanto, alguns sinais, presentes desde a nascença (“nevos congênitos”) devem ser examinados por um dermatologista e controlados. A maioria dos sinais começa por aparecer durante a infância. Aumentam em tamanho e tornam-se mais numerosos no momento da puberdade. Os UVA são mais perigosos que os UVB ? Os UVA constituem mais de 90% da radiação solar. Têm um comprimento de onda superior ao dos UVB e penetram mais profundamente na pele. Favorecem o envelhecimento cutâneo e desempenham um papel importante no desenvolvimento dos cânceres da pele. Os UVB penetram menos profundamente: provocam queimaduras solares e desempenham igualmente um papel muito importante no desenvolvimento de câncer da pele. Ambas as radiações ultravioleta são perigosas, embora com níveis diferentes. Podemos expor-nos ao sol sem proteção, quando a pele estiver bronzeada? Não. O bronzeado é um sinal de sofrimento cutâneo. É o resultado dos mecanismos de autodefesa da pele contra o sol. O seu poder protetor é fraco relativamente a um protetor solar. A exposição solar repetida aumenta a espessura da camada córnea da epiderme, o que favorece a fotoproteção. Pode reduzir-se o coeficiente de proteção dos produtos de proteção solar utilizados, sem risco de queimadura. Se aplicar um protetor solar em todo o corpo, posso expor-me ao sol sem hesitar? Não. Aplicar um protetor não deverá, por si só, incentivar a exposição solar. Deverá evitar-se a exposição durante as horas de intensidade solar máxima e utilizar vestuário protetor. Recomenda-se a aplicação de protetor nas zonas expostas, em quantidade suficiente e deverá renovar-se a aplicação a cada duas horas, para garantir uma proteção eficaz. Uma pele rosada ou leitosa pode bronzear-se? Se tiver a pele rosada ou muito clara, não obterá um efeito bronzeado, mas sim “queimado”. Recomenda-se uma proteção solar com um índice elevado (FPS 50+) e evitar exposições solares não justificadas. O suplemento alimentar substitui o produto de proteção solar? Não. O suplemento alimentar não substitui em caso algum a proteção solar cutânea. No entanto, não é nocivo e pode reforçar os mecanismos de defesa celular perante o sol. O autobronzeador substitui um produto de proteção solar. Não. Atua na cor da pele, mas não a protege. As sessões de UV artificiais permitem um bronzeado seguro? Não. O bronzeado é um mecanismo de autodefesa da pele contra os UVB. As cabines de UV difundem os UVA, em doses mais intensas que o sol: insidiosos e indolores, desencadeiam apenas um bronzeado superficial e favorecem a produção de radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e a alteração do sistema celular. As cabines de UV aceleram o envelhecimento prematuro da pele e aumentam os riscos de desenvolvimento de um câncer da pele. O risco de desenvolver um câncer da pele aumenta com a idade? A resposta varia de acordo com o tipo de câncer: O carcinoma espinocelular é mais frequente em indivíduos idosos. O carcinoma basocelular é mais frequente que o carcinoma espinocelular e a sua frequência aumenta com a idade. O melanoma pode surgir em qualquer idade. No entanto, é muito raro em crianças. Um estudo americano prova que 80% dos danos cutâneos provocados pelo sol ocorrem até aos 18 anos, o que prova a inconsciência dos jovens face ao risco solar. Os pais, cada vez mais atentos, devem iniciar os filhos durante o seu crescimento, à auto-responsabilização.

Tratamento de Câncer de pele

Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. O tratamento mais indicado para o câncer de pele é a cirurgia para retirada do tumor. Entretanto, algumas pessoas podem não ter indicação para cirurgia – no geral idosos com alguma comorbidade ou pessoas acamadas, que tem dificuldade de locomoção. Há outras situações em que a cirurgia somente pode não ser suficiente para a retirada total do tumor, ou que o comportamento deste possa pedir outras medidas. Nesses casos, o médico pode indicar outros tratamentos para erradicação do câncer de pele, que variam conforme o tipo. Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Conheça os mais comuns: Cirurgia excisional: Remoção do tumor com um bisturi, e também de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança. Os tecidos removidos são examinados ao microscópio, para aferir se foram removidas todas as células cancerosas. A técnica possui altos índices de cura,e pode ser empregada no caso de tumores recorrentes. Curetagem e eletrodissecção: Usadas em tumores menores, promovem a raspagem da lesão com uma cureta, enquanto um bisturi eletrônico destrói as células cancerígenas. Para não deixar vestígios de células tumorais, repete-se o procedimento algumas vezes. Não recomendáveis para tumores mais invasivos. Criocirurgia: Promove a destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido, a -50 graus. A técnica tem taxa de cura menor do que a cirurgia excisional, mas pode ser uma boa opção em casos de tumores pequenos ou recorrentes. Não há cortes ou sangramentos. Também não é recomendável para tumores mais invasivos. Cirurgia a laser: Remove as células tumorais usando o laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser. Por não causar sangramentos, é uma opção eficiente para aqueles que têm desordens sanguíneas. Cirurgia Micrográfica de Mohs: O cirurgião retira o tumor e um fragmento de pele ao redor com uma cureta. Em seguida, esse material é analisado ao microscópio. Tal procedimento é repetido sucessivamente, até não restarem vestígios de células tumorais. A técnica preserva boa parte dos tecidos sadios, e é indicada para casos de tumores mal delimitados ou em áreas críticas. Terapia Fotodinâmica (PDT): O médico aplica um agente fotossensibilizante, como o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) nas células anormais. No dia seguinte,as áreas tratadas são expostas a uma luz intensa que ativa o 5-ALA e destrói as células tumorais, com mínimos danos aos tecidos sadios. Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamento para os carcinomas. Somente um médico especializado em câncer da pele pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia. Já no caso do melanoma, o tratamento varia conforme a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As modalidades mais utilizadas são a cirurgia excisional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs. Na maioria dos casos, o melanoma metastático não tem cura, por isso é importante detectar e tratar a doença o quanto antes. A partir de 2010, após décadas sem novidades nesse segmento, surgiram novos medicamentos orais que aumentaram significativamente a sobrevida de pacientes com doença disseminada, e vêm sendo apontada com uma alternativa promissora para os casos de melanoma avançado.

Prevenção: Cuidado com a exposição solar

É extremamente importante evitar a exposição solar sem proteção adequada para prevenir o câncer de pele. Para isso, é necessário adotar uma série de hábitos: - Usar filtro solar FPS no mínimo 30, diariamente. Reapliqueo pelo menos mais duas vezes no dia e espere pelo menos 30 minutos após a aplicação para se expor ao sol; - Procure evitar os momentos de maior insolação do dia (entre 10h e 16h) e fique na sombra o máximo que você puder. O sol emite vários tipos de radiação, sendo os tipos UVA e UVB os mais conhecidos. Os raios UVB são os mais prejudiciais, responsáveis por aquela pele avermelhada, que fica ardendo, e sua concentração é maior nos horários centrais do dia, quando o sol está mais forte. Já os raios UVA são aqueles que deixam a pele bronzeada e oferecem menos risco - Além do protetor solar, use protetores físicos, como chapéus e camisetas.

Conheça sua pele

Examinar sua pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Com a ajuda de um espelho, o paciente pode enxergar áreas que raramente consegue visualizar. É importante observar se há manchas que coçam, descamam ou sangram e que não conseguem cicatrizar, além de perceber se há pintas que mudaram de tamanho, forma ou cor. O diagnóstico precoce é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta bons índices de cura.

Vá ao dermatologista

É importante que as pessoas com fatores de risco sejam acompanhadas por um dermatologista. Em casos mais arriscados, a recomendação do médico pode ser a prevenção absoluta contra exposição solar. Nessas situações, pode ser que o especialista receite suplementação de vitamina D, para evitar a deficiência e conseguir manter o paciente o mais longe possível do sol. Para pacientes que já sofreram como câncer de pele e foram tratados, é ainda mais importante o acompanhamento. Uma vez tratado, o paciente com câncer de pele não deve ser abandonado nunca. O dermatologista irá acompanhar o local de onde o câncer foi retirado, principalmente a pele no entorno, e cuidar para que o tumor tenha sido completamente removido e tratado.

Saiba identificar pintas que podem indicar câncer de pele

Aprenda a diferenciar manchinhas comuns das que surgem pela doença. O mais frequente tipo de câncer entre brasileiros é o que surge na pele. Ele se manifesta principalmente por pintas e manchas que podem ser encontradas pelo corpo. Contudo, podem ser confundidas com as que são naturais à pele e acabar passando despercebidas. Diferenciá-las é possível: algumas características próprias podem indicar quando uma pinta é mais do que uma simples marca. A avaliação deve levar em conta alguns aspectos como assimetria, bordas irregulares, cores múltiplas, diâmetro maior que 6 mm e tempo de evolução. Pintas que coçam, doem e sangram regularmente, por exemplo, exigem maior atenção, assim como aquelas que surgem e crescem rapidamente. Notando qualquer uma dessas alterações, é importantíssimo procurar um médico. Isso porque, quanto mais cedo o problema for descoberto, maiores são as chances de cura. Atualmente, com a tecnologia dando passos largos, é possível ter um diagnóstico muito mais preciso e certeiro que garanta o tratamento certo, graças às imagens em alta definição fornecidas por aparelhos de última geração. Segundo a dermatologista Tatiana Steiner, essas máquinas computadorizadas têm capacidade de ampliar a visualização de lesões cutâneas de 20 a 70 vezes, possibilitando análise, diagnóstico e laudos detalhados sobre cada problema. “A análise de pintas é determinante no diagnóstico de lesões atípicas e do câncer de pele. Com o equipamento, o médico consegue obter detalhes e informações que, unidos ao seu conhecimento técnico, contribuem para uma avaliação ainda mais precisa e precoce”, explica a médica, diretora técnica da DSkin Laser e Novas Tecnologias.

Exames para diagnosticar câncer de pele

Esses equipamentos ultramodernos realizam dois tipos de exames: a Dermatoscopia Digital e o Mapeamento Corporal Total. O primeiro facilita ao médico observar detalhadamente as características das pintas que podem indicar a doença e é imprescindível para quem tem histórico familiar e pessoal de câncer de pele. Identificando o problema, o médico indica uma biópsia de pele. Já o Mapeamento uso as imagens em alta definição para apresentar um levantamento completo de pintas e manchas no corpo do paciente, podendo armazenar as informações a atualizá-las periodicamente. “O mapeamento é a documentação fotográfica em alta resolução de toda superfície corporal. Repetindo o exame, conseguimos identificar com bastante segurança a evolução de uma mancha específica, o surgimento de outras pintas ou qualquer outra lesão preocupante”, relata a Dra. Tatiana. De acordo com a especialista, esses exames podem evitar intervenções desnecessárias. “Tendo certeza de que uma pinta é benigna, por exemplo, não há necessidade de retirá-la”. A frequência com que uma pessoa deve fazer o acompanhamento de pintas e manchas na pele vai depender sempre da avaliação de um médico. FONTE:Silas Scalione / Saúde / Correio Braziliense /Flavia Ravelli, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia / Tatiana Steiner, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia / Minha Vida – Saúde / Bolsa de Saúde //lersaude.com.br/a-doenca-que-o-corpo-mostra-veja-como-fazer-o-autoexame-do-cancer-de-pele/

CIENTISTAS DESENVOLVEM POTENTE ANESTÉSICO CONTRA A DOR CRÔNICA

Substância que alivia o desconforto, não causa efeitos colaterais e é aplicada diretamente na região lombar. Em algumas pessoas, os sentidos se confundem e a dor, essencial para a proteção do corpo, se torna patologia. Como o tratamento costuma ser longo e difícil, cientistas conduzem uma busca incansável por uma droga ou uma intervenção que resolva a dor crônica ou neuropática definitivamente. Uma das iniciativas promissoras nesse sentido foi publicada na edição desta semana da revista Science Translational Medicine por pesquisadores da Universidade da Califórnia e dos Institutos Nacionais de Saúde, ambos nos Estados Unidos. Juntas, as instituições desenvolveram um tratamento que ataca a dor em sua origem, impedindo que ela chegue ao cérebro. E o melhor: sem efeitos colaterais. Muitos tratamentos bloqueiam a dor em sua origem ou durante o percurso até o cérebro. Para isso, são usados medicamentos que neutralizam diretamente neurônios de dor e terminais nervosos. Um dos alvos é o TRPV1, receptor de calor e de capsaicina — substância picante da pimenta — expresso por neurônios responsáveis pela sensação incômoda. Ele tem uma vantagem em relação a outros alvos: pode ser bloqueado individualmente, sem prejuízo para as demais estruturas sensoriais. Para fazer essa supressão com sucesso, entretanto, é necessário utilizar uma substância parente da capsaicina, a resiniferatoxina (RTX) — mais potente do que sua correlata picante. Ela foi testada como analgésico em porcos, que receberam injeções precisas do medicamento nos gânglios da raiz dorsal (GRD), localizados na região lombar. “Essa região é uma estrutura importante na dor crônica porque modula o impulso que chega à medula. O gânglio processa a sensação”, explica Thiago Freitas, neurocirurgião especialista em dor crônica do Hospital Santa Lúcia. O neurocirurgião, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Neuromodulação, explica que o GRD funciona adequadamente na maioria das pessoas, respondendo a estímulos de dor apenas como resposta a uma agressão. Nos pacientes com dor crônica, porém, há uma desregulagem. Seus neurotransmissores e receptores não funcionam como deveriam. “A pessoa começa a ter a sensação de queimação ou choque na perna, por exemplo, sem que exista algo por trás disso”, completa Freitas.

Aplicação focada

Os pesquisadores das instituições norte-americanas se guiaram com tomografia computadorizada (TC) para aplicar a RTX exatamente no GRD. “Nós usamos rotineiramente a TC para guiar injeções de anestesias epidurais, por exemplo. Era, portanto, lógico que estendêssemos esse uso para nosso trabalho experimental com RTX. Assim, imitaríamos processos já utilizados em humanos e poderíamos administrar mais seletivamente a RTX em uma área de dor potencial”, conta William Dillon, pesquisador sênior do estudo. Após quatro semanas de observação, a equipe liderada por Dillon notou que os porcos que receberam o anestésico potente tiveram a expressão de TRPV1 reduzida, sentindo menos dor. A condição foi comprovada pela exposição a estímulos de calor com laser infravermelho (veja infografia). Além disso, não foram constatados efeitos colaterais, como prejuízos nas funções motoras. Dillon acredita que ensaios clínicos com humanos começarão em breve. “Assim, poderemos mostrar que o uso desses agentes é seguro. Mas, de forma otimista, esperamos que isso forneça um alívio mais permanente ou mais duradouro para pacientes de dor crônica, como pessoas com câncer ou outras condições que não são cirurgicamente tratáveis”, diz o cientista. O neurocirurgião brasileiro Thiago Freitas considera os achados promissores. Um dos motivos, ele diz, é a ausência de efeito grave colateral. “Você dá ao paciente uma coisa que bloqueia o receptor de dor e que não fornece nenhum efeito colateral sistêmico. Então, essa é a droga perfeita. Mas não podemos nos antecipar, porque estudos com humanos são realmente necessários”, pondera.

Alta incidência

A Associação Internacional para o Estudo da Dor estima que a condição crônica afete o bem-estar fisiológico e psicológico de 15% a 30% dos adultos nos países ocidentais. Nos Estados Unidos, o número de adultos com dor crônica é estimado em 100 milhões. Um levantamento divulgado em 2013 pela Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor mostrou que, no Brasil, a doença alcança até 40% da população, variando conforme a unidade da Federação.

Dor crônica pode ter origem natural

Pesquisadores do Departamento de Fisiologia da Universidade de Kentucky (EUA) mostram que a dependência corporal a opioides naturais do organismo pode contribuir para o surgimento das dores crônica No momento de uma lesão, o corpo humano põe um freio na dor aguda promovendo a liberação de opioides. Sem eles, a experiência dolorosa após uma cirurgia ou qualquer outro tipo de trauma seria muito pior. Essas substâncias podem ser derivadas do ópio ou produzidas naturalmente pelo corpo, como a endorfina e a dinorfina. Algumas vezes, porém, mesmo com a ação delas, a dor aguda pode progredir para crônica, para a qual não há tratamento. De acordo com estudo publicado na Science, o alívio nesse caso pode estar intrinsecamente ligado à permanência da dor. Pesquisadores do Departamento de Fisiologia da Universidade de Kentucky (EUA) mostram que a dependência corporal a opioides naturais do organismo pode contribuir para o surgimento das dores crônicas. O grupo liderado por Gregory Corder acredita que o bloqueio do uso excessivo de opioides naturais pelo organismo poderia impedir a transição para condições mais graves. Para explorar o papel dos opioides na dor crônica, os pesquisadores produziram uma inflamação nas patas de camundongos. A estratégia provocou dor, que foi diminuindo ao longo dos dias com a ajuda de opioides naturais. Em seguida, foram administrados bloqueadores dos receptores de opioides. As drogas ressuscitaram os comportamentos associados à dor e à ativação neuronal de dor nas espinha dos animais mesmo quando lesão foi causada há mais de seis meses. Dessa forma, os cientistas identificaram um receptor específico para o opioide que medeia a inibição da dor de longo prazo. Em camundongos com dor crônica, esse receptor parecia estar preso em um estado “ligado” ininterruptamente. Quando foi fornecido um bloqueador a opioide, as cobaias exibiram sinais clássicos de abstinência aos opiáceos, como agitação e tremores. Os pesquisadores descobriram que o bloqueio do receptor não apenas inicia a dor e a transmissão dela, como também a produção de uma proteína-chave encontrada na medula espinhal e conhecida por contribuir para a dor e sua dependência crônica. Eles sugerem que, embora a dor aguda seja mantida sob controle com a presença desses receptores, é possível que também possa fazer com que o corpo se torne dependente dos próprios analgésicos, contribuindo para o desenvolvimento da dor crônica.

Dor crônica é doença. Você sabia?

“É só uma dorzinha nas costas”. Quantas vezes você já ignorou a sua dor, encarando como algo natural e corriqueiro? Sentir dor é inevitável, mas ao contrário do que pensamos, ela pode e deve ser tratada. A Associação Internacional dos Estudos da Dor define a sensação como uma experiência física e emocional desagradável, associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Existem dois tipos de dor: aguda e crônica. A aguda, que dura segundos, dias ou semanas, ocorre como um sinal de alerta após cirurgias, traumatismo, queimaduras, inflamação ou infecção. Já a dor crônica ou persistente pode durar meses ou anos. Dores de coluna, fibromialgia, neuropatias, lesões por esforços repetitivos (LER) e câncer também podem gerar esse tipo de dor. A dor aguda não tratada adequadamente leva à dor crônica e se torna a própria doença do paciente. Conviver com essa sensação não leva apenas ao desconforto – compromete o bem-estar social e emocional do indivíduo, que pode sentir-se isolado, ansioso ou deprimido, além de afetar a produtividade no trabalho, o apetite e o sono. A expressão da dor e a forma de encará-la variam de acordo com a cultura, as experiências anteriores de cada indivíduo e também com o sexo: as mulheres têm mais tendência a sentir diferentes tipos de dores. Segundo a Dra. Fabíola Peixoto Minson, coordenadora do grupo de Tratamento da Dor do Einstein, as dores são mais prevalentes em mulheres em razão de fatores hormonais, genéticos e sociais. “A dupla ou tripla jornada de trabalho deixa as mulheres com mais chance de desenvolverem dores musculoesqueléticas crônicas”, explica. A fibromialgia, por exemplo, acomete 7 mulheres para cada homem com esta queixa. “Por isso a dor nunca deve ser encarada como normal, algo que seja obrigado a se conviver. Muitas vezes a causa não é encontrada, mas mesmo assim a dor deve ser tratada”, explica a médica.

Tratamento multidisciplinar

A principal ferramenta para o médico avaliar algo subjetivo como a dor de um paciente é conseguir que este descreva detalhadamente qual a sua característica, intensidade, localização, fatores de melhora e piora, além dos tratamentos anteriores. Uma escala numérica que varia de 0 a 10 pode ser utilizada para analisar o nível da dor, sendo que zero indica nenhuma dor e 10 a pior dor imaginável. Quanto melhor o paciente explicar sua dor, mais facilmente o médico poderá indicar o tratamento adequado. Já se foi a época de resolver as doenças e as dores somente com medicamentos. A abordagem é multidisciplinar, ou seja, profissionais de diversas áreas atuam conjuntamente com um único objetivo: eliminar ou controlar a dor, promovendo o bem-estar do paciente. “O tratamento multidisciplinar é a chave do sucesso, pois combina analgésicos e medicamentos com atividades físicas, fisioterapia, psicologia e acupuntura”, enfatiza a coordenadora do grupo do Einstein. Já existe também um tratamento pela medicina intervencionista, que atua bloqueando os nervos que levam a dor ao cérebro, aliviando a sensação de incômodo. O núcleo tem o suporte de psicólogos, neurologistas, fisiatras e fisioterapeutas, e acompanha desde pacientes que passaram por um transplante ou tratamento de câncer até aqueles que apresentam dores nas costas ou dores de cabeça. FONTES: Isabela de Oliveira / Bruna Sensêve / Saúde / Correio Braziliense / Albert Einstein //lersaude.com.br/cientistas-desenvolvem-potente-anestesico-contra-a-dor-cronica/

TESTE DE SANGUE PARA DETECTAR ALZHEIMER ESTÁ PRÓXIMO DA REALIDADE

Exame poderá detectar a doença na fase inicial. Pesquisadores da Faculdade de Medicina Osteopática da Universidade de Rowan, nos Estados Unidos, afirmam que estão perto de desenvolver um exame de sangue para detectar Alzheimer com precisão, o que daria aos médicos uma oportunidade de intervir na fase inicial da doença, o estágio em que é mais fácil tratá-la. Robert Nagele (foto abaixo), pesquisador da instituição, apresentou recentemente, durante encontro da Associação Americana de Osteopatia, um trabalho que foca a utilização de anticorpos produzidos pelo organismo como biomarcadores para a enfermidade.A esperança é que as pessoas testadas positivamente para o Alzheimer possam promover mudanças no estilo de vida que ajudem a frear o desenvolvimento do problema neurodegenerativo. “Há benefícios significativos na detecção precoce. Sabemos que muitas condições que levam à doença vascular também são fatores de risco para o Alzheimer. As pessoas que têm a doença pré-clínica podem tomar medidas para melhorar a saúde vascular, incluindo o cuidado com a dieta, a prática de exercícios físicos e o controle de peso e da pressão arterial, o que ajuda a retardar a progressão do mal”, observa. Embora a causa da doença continue um mistério, sabe-se que manter uma barreira sangue-cérebro saudável é uma medida preventiva crítica. Diabetes, colesterol alto, pressão arterial alta, derrames e sobrepeso/obesidade colocam em risco a saúde vascular. À medida que os vasos sanguíneos no cérebro se enfraquecem e se tornam quebradiços com a idade, eles começam a se romper, o que permite a entrada, no órgão, de componentes do plasma, incluindo autoanticorpos cérebro-reativos. Dentro do cérebro, esses anticorpos podem se ligar a neurônios e acelerar o acúmulo de depósitos beta amiloides, uma forte marca da patologia de Alzheimer. Nessa enfermidade neurodegenerativa, o cérebro começa a mudar muitos anos antes de os sintomas emergirem. Detectar os anticorpos nesse estágio poderia dar aos pacientes a oportunidade de adotar intervenções precoces. “Um estilo de vida saudável é o melhor remédio para prevenir doenças. Sabemos que muitas pessoas ignoram mensagens sobre nutrição e atividades físicas até que uma crise de saúde chame a atenção delas. Não consigo imaginar um paciente que não tomaria as medidas para prevenir a progressão do Alzheimer se soubesse que isso afetaria diretamente o prognóstico”, observa Jennifer Caudle, professora de medicina de família da Universidade de Rowan. Especialistas alertam para importância do diagnóstico precoce do Alzheimer Segundo o geriatra e diretor científico da Abraz-DF, Otávio Castello, a doença, que na maioria das vezes se manifesta a partir dos 60 anos, não tem cura conhecida. É progressiva e faz com que a pessoa perca gradualmente a memória, a capacidade de orientar-se no tempo e no espaço, além de trazer dificuldades de comunicação, raciocínio lógico e alterações comportamentais. Atualmente, estima-se que no Brasil cerca de 1.2 milhão de pessoas sofram de Alzheimer, mas só a metade está diagnosticada. “Quanto mais cedo se diagnosticar, mais cedo se consegue tratar e mais cedo se posterga os problemas que a doença acarreta para as pessoas”, alerta o especialista. Para combater a desinformação e o preconceito, considerados os maiores desafios para o tratamento da doença, a roda de conversa deste domingo envolveu, além dos idosos, cuidadores e familiares. Segundo Castello, a baixa escolaridade e a falta de estimulação cognitiva na meia idade estão entre os fatores de risco para a doença. “Tudo o que faz bem para o coração, faz bem para o cérebro. Controlar pressão alta, diabetes, colesterol, não ter obesidade, praticar regularmente atividade física, ter alimentação balanceada e saudável podem ser fatores de proteção ou de risco, no caso de quem não faz nada disso”, observa o médico.

Sintomas

Os especialistas recomendam prestar atenção a sinais da doença. A pessoa com Alzheimer passa a ter comprometimento de atividades recentes. O paciente fica repetitivo, não sabe onde guardou objetos, esquece compromissos e atrapalha-se em trajetos que antes lhe eram familiares. “Se comprometer a função cotidiana de uma pessoa que sempre foi organizada para pagar suas contas e, de repente, começa a se desorganizar frequentemente ou começa a esquecer compromissos, repete histórias como não tivesse contado antes, isso merece atenção”, diz. “O mais importante é comparar o individuo com ele mesmo. Se isso for um padrão frequente, merece uma avaliação por um neurologista ou geriatra”, orienta Otávio Castello. Doença cara Segundo o médico, de 1950 a 2050, o número de idosos na população vai quadruplicar. “Estatísticas claras dão conta que hoje a doença custa US$ 800 bilhões por ano em todo o mundo. Em 2018, o prejuízo passará de US$ 1 trilhão por ano. Se o Alzheimer fosse uma empresa, valeria mais que Google e Apple, atualmente as companhias mais valiosas do mundo”, compara o geriatra, ressaltando a importância do diagnóstico precoce. Fontes: Agência Brasil / Saúde / Correio Braziliense // lersaude.com.br/teste-de-sangue-para-detectar-alzheimer-esta-proximo-da-realidade/

O CÉREBRO SE ESQUECE PARA ECONOMIZAR ENERGIA

Nosso cérebro é um órgão absolutamente fascinante. Da mesma maneira que ele guarda muitos mecanismos de aprendizagem, apagam outras informações consideradas “desnecessárias”. Mas por que raios ele faz isso?

Buscando respostas

Um grupo de pesquisa da Universidade de Lund, na Suécia, fez uma série de pesquisas e agora eles finalmente são capazes o mecanismo de esquecimento a nível celular. Os resultados explicam um fenômeno de aprendizagem teórica que até agora tem sido difícil de entender. A premissa é que os humanos ou animais podem aprender a associar um determinado tom ou sinal luminoso com um sopro de ar no olho. O sopro de ar faz piscar o assunto, e, eventualmente, eles piscam assim que ouvem o tom ou veem o sinal de luz. O estranho, porém, é que, se o tom e a luz são apresentados juntos (com o sopro de ar), a aprendizagem não melhora, mas sim fica pior. Isso significa que dois estímulos enviados ao mesmo tempo alcançam resultados piores do que apenas um de cada vez. Parece ao contrário do senso comum, mas eles acreditam que a razão para isso é que o cérebro quer economizar energia. É o que explica o pesquisador do cérebro e professor Germund Hesslow. Seu colega, Anders Rasmussen, que realizou o estudo, já havia mostrado que, quando o cérebro tem aprendido uma associação particular suficientemente, certos neurônios que atuam como um freio sobre o mecanismo de aprendizagem são ativados. Com isso, poderíamos dizer que a parte do cérebro que aprendeu a tal associação (uma parte do cérebro chamada cerebelo) está dizendo “eu sei isso agora, por favor, fique quieto”. Quando o cérebro aprende duas associações, contudo, o freio torna-se muito mais poderoso. E é por isso que resulta em esquecimento, geralmente apenas temporariamente, explica Germund Hesslow.

O cérebro é inteligente até na hora de gastar energia

A manutenção de vias de associação desnecessárias requer energia do cérebro, claro. Os pesquisadores acreditam que esta é a razão para o mecanismo de freio – embora, neste caso, ele passe a ser um pouco poderoso demais. Os pesquisadores foram capazes de descrevem como as células nervosas esquecem e aprendem através de estudos com animais, mas acreditam que os mecanismos são susceptíveis de serem exatamente os mesmos no cérebro humano. Portanto, estas descobertas são de fundamental interesse para pesquisadores e psicólogos cerebrais. Elas também poderiam ser de interesse prático para educadores. Afinal, é obviamente importante que os professores conheçam os mecanismos pelos quais o cérebro apaga as coisas que considera desnecessárias. fonte:sciencedaily.com/releases/2015/10/151027082317.htm

terça-feira, 27 de outubro de 2015

CONHEÇA 10 TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS DE ALTO IMPACTO PARA 2016

O Gartner ligou sua bola de cristal e liberou previsões tecnológicas para 2016. A consultoria listou dez tendências que possuem potencial de influenciar significativamente as organizações em um horizonte de doze meses. Fatores que denotam o impacto desses conceitos incluem a elevada possibilidade de interferência nos negócios, nos usuários finais ou na TI; a necessidade de grande investimento; ou o risco de ser tarde demais para adotá-lo. Na visão de analistas, essas tecnologias afetam os planos, os programas e as iniciativas das empresas em longo prazo. As três primeiras apostas do Gartner abordam a fusão dos mundos físico e virtual e o surgimento da malha digital. “Enquanto as organizações se concentram nos mercados digitais, o negócio algorítmico está surgindo – e logo essas relações e interligações definirão o futuro dos negócios”, afirma. De acordo com a consultoria, no mundo algorítmico, muitas coisas acontecem em um plano em que as pessoas não estão diretamente envolvidas. Isso é possibilitado por máquinas inteligentes, abordadas pelas três tendências seguintes. As quatro últimas tendências apresentadas se referem à nova realidade de TI, com a arquitetura e a plataforma de tendências necessárias para apoiar os negócios digitais e algorítmico.

1. Malha de dispositivos

O termo ‘malha de dispositivos’ refere-se a um extenso conjunto de pontos utilizados para acessar aplicativos e informações ou para interagir com pessoas, redes sociais, governos e empresas. Ele inclui dispositivos móveis, wearables (tecnologias para vestir), aparelhos eletrônicos de consumo e domésticos, dispositivos automotivos e ambientais – tais como os sensores da Internet das Coisas (IoT). "O foco está no usuário móvel, que é cercado por uma malha de dispositivos que se estende muito além dos meios tradicionais", diz David Cearley, vice-presidente do Gartner. Segundo ele, embora os dispositivos estejam cada vez mais ligados a sistemas back-end por meio de diversas redes, eles muitas vezes operam isoladamente. Como a malha evolui, esperamos que surjam modelos de conexão para expandir e aprimorar a interação cooperativa entre os dispositivos.

2. Experiência ambiente-usuário

A malha de dispositivos estabelece a base para uma nova experiência de usuário contínua e de ambiente. Locais imersivos, que fornecem realidade virtual e aumentada, possuem potencial significativo, mas são apenas um aspecto da experiência. A vivência ambiente-usuário preserva a continuidade por meio das fronteiras da malha de dispositivos, tempo e espaço. A experiência flui regularmente em um conjunto de dispositivos de deslocamento e canais de interação, misturando ambiente físico, virtual e eletrônico, ao passo que o usuário se move de um lugar para outro. "Projetar aplicativos móveis continua sendo um importante foco estratégico para a empresa. No entanto, o projeto objetiva fornecer uma experiência que flui e explora diferentes dispositivos, incluindo sensores da Internet das Coisas e objetos comuns, como automóveis, ou mesmo fábricas. Projetar essas experiências avançadas será um grande diferencial para fabricantes independentes de software (ISVs) e empresas similares até 2018", afirma Cearley.

3. Impressão 3D

Os investimentos em impressão 3D (3 dimensões) já possibilitaram o uso de uma ampla gama de materiais, incluindo ligas avançadas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, materiais farmacêuticos e biológicos. Essas inovações estão impulsionando a demanda do usuário, e as aplicações práticas estão se expandindo para mais setores, incluindo o aeroespacial, médico, automotivo, de energia e militar. A crescente oferta de materiais conduzirá a uma taxa de crescimento anual de 64,1% em carregamentos de impressoras 3D empresariais até 2019. Esses avanços exigirão uma reformulação nos processos de linha de montagem e na cadeia de suprimentos. "Ao longo dos próximos 20 anos, a impressão 3D terá uma expansão constante dos materiais que podem ser impressos, além do aprimoramento da velocidade com que os itens podem ser copiados e do surgimento de novos modelos para imprimir e montar peças", estima o analista.

4. Informação de tudo

Tudo na malha digital produz, utiliza e transmite informação. Esses dados vão além da informação textual, de áudio e de vídeo, incluindo informações sensoriais e contextuais. O termo ‘informação de tudo’ aborda essa afluência com estratégias e tecnologias para conectar dados de todas essas diferentes fontes. A informação sempre existiu em toda parte, mas muitas vezes isolada, incompleta, indisponível ou ininteligível. Os avanços nas ferramentas semânticas, como bancos de dados de gráfico e outras técnicas de análise de classificação e de informação emergente, trarão significado para o dilúvio, muitas vezes caótico, de informações.

5. Aprendizagem avançada de máquina

No aprendizado avançado de máquina, as Redes Neurais Profundas (DNN) movem-se além da computação clássica e da gestão da informação, criando sistemas que podem aprender a perceber o mundo de forma autônoma. As múltiplas fontes de dados e a complexidade da informação tornam inviáveis e não rentáveis a classificação e a análise manual. As DNNs automatizam essas tarefas e possibilitam a abordagem de desafios-chave relacionados a tendências. As DNNs são uma forma avançada de aprendizado de máquina particularmente aplicável a conjuntos de dados grandes e complexos, e fazem equipamentos inteligentes aparentarem ser ‘inteligentes’. Elas permitem que sistemas de hardware ou baseados em software aprendam por si mesmos todos os recursos em seu ambiente, desde os menores detalhes até grandes classes abstratas de conteúdo de varredura. Essa área está evoluindo rapidamente, e as organizações devem avaliar como aplicar essas tecnologias para obter vantagem competitiva.

6. Agentes e equipamentos autônomos

O aprendizado de máquina dá origem a um espectro de implementações de equipamentos inteligentes – incluindo robôs, veículos, Assistentes Pessoais Virtuais (APV) e assessores inteligentes –, que atuam de forma autônoma ou, pelo menos, semiautônoma. Embora os avanços em máquinas inteligentes físicas, como robôs, chamem a atenção, elas, quando baseadas em software apresentam um retorno mais rápido e impacto mais amplo. Assistentes Pessoais Virtuais como o Google Now, o Cortana da Microsoft e o Siri da Apple estão se tornando mais inteligentes e são precursores de agentes autônomos. O surgimento da noção de assistência alimenta a experiência usuário-ambiente, no qual um agente autônomo se torna a interface com o usuário principal. Em vez de interagir com menus, formulários e botões em um smartphone, o indivíduo fala com um aplicativo, que é realmente um agente inteligente. "Ao longo dos próximos cinco anos evoluiremos para um mundo pós-aplicativos, com agentes inteligentes fornecendo ações e interfaces dinâmicas e contextuais. Os líderes de TI devem explorar como usar equipamentos e agentes autônomos para aumentar a atividade, permitindo que as pessoas façam apenas os trabalhos que humanos podem fazer. No entanto, eles devem reconhecer que agentes e equipamentos inteligentes são um fenômeno de longo prazo, que evoluirá continuamente e expandirá seus usos nos próximos 20 anos", projeta o vice-presidente do Gartner.

7. Arquitetura de segurança adaptativa

As complexidades dos negócios digitais e a economia algorítmica, combinadas com uma ‘indústria hacker’ emergente, aumentam significativamente a superfície de ameaça às organizações. Basear-se no perímetro de defesa fundamentado em regras é pouco, especialmente pelo fato de que as empresas exploram muitos serviços baseados em nuvem e Interfaces de Programação de Aplicação (API) abertas para clientes e parceiros de integração com seus sistemas. Os líderes de TI devem concentrar-se em detectar e responder às ameaças, assim como no bloqueio mais tradicional e em outras medidas para prevenir ataques. A autoproteção de aplicativos e a análise de comportamento de usuários e entidades ajudarão a cumprir a arquitetura de segurança adaptativa.

8. Arquitetura de sistema avançado

A malha digital e as máquinas inteligentes requerem demandas intensas de arquitetura de computação para torná-las viáveis para as organizações. Isso aciona um impulso em arquitetura neuromórfica ultraeficiente e de alta potência. Alimentada por matrizes de Portas Programáveis em Campo (FPGA) como tecnologia subjacente, ela possibilita ganhos significativos, como a execução em velocidades de mais de um teraflop com alta eficiência energética. "Sistemas construídos em Unidades de Processamento Gráfico (GPU) e FPGAs funcionarão como cérebros humanos, particularmente adequados para serem aplicados à aprendizagem profunda e a outros algoritmos de correspondência de padrão usados pelas máquinas inteligentes. A arquitetura baseada em FPGA possibilitará uma maior distribuição de algoritmos em formatos menores, usando consideravelmente menos energia elétrica na malha de dispositivo e permitindo que as capacidades avançadas de aprendizado da máquina sejam proliferadas nos mais ínfimos pontos finais da Internet das Coisas, tais como residências, carros, relógios de pulso e até mesmo seres humanos", afirma Cearley.

9. Aplicativo de rede e arquitetura de serviço

Designs monolíticos de aplicação linear, como arquitetura de três camadas, estão dando lugar a uma abordagem integrativa de acoplamento mais informal: aplicativos e serviços de arquitetura. Ativada por serviços de aplicativos definidos por software, essa nova abordagem permite desempenho, flexibilidade e agilidade como as da web. A arquitetura de microsserviços é um padrão emergente para a criação de aplicações distribuídas, que suportam o fornecimento ágil e a implantação escalável tanto no local quanto na cloud. Contêineres estão emergindo como uma tecnologia essencial para permitir o desenvolvimento e a arquitetura de microsserviços ágeis. Levar elementos móveis e de IoT para a arquitetura de aplicativos cria um modelo abrangente para lidar com a escalabilidade em nuvem de back-end e a experiência de malha de dispositivos de front-end. Equipes de aplicativos devem criar arquiteturas modernas para fornecer utilitários baseados em nuvem que sejam ágeis, flexíveis e dinâmicos, com experiências de usuário também ágeis, flexíveis e dinâmicas abrangendo a malha digital.

10. Plataformas de Internet das Coisas (IoT)

As plataformas de IoT complementam o aplicativo de rede e a arquitetura de serviço. Gerenciamento, segurança, integração e outras tecnologias e padrões da plataforma são um conjunto básico de competências para elementos de criação, gestão e fixação na Internet das Coisas. Essas plataformas constituem o trabalho que a equipe de TI faz nos bastidores, de um ponto de vista arquitetônico e tecnológico, para tornar a IoT uma realidade. A Internet das Coisas é parte da malha digital, que inclui a experiência do usuário, e o ambiente do mundo emergente e dinâmico das plataformas é o que a torna possível. "Qualquer empresa que adote a IoT precisará desenvolver uma estratégia de plataforma, porém abordagens incompletas de provedores concorrentes dificultarão sua implementação até 2018", projeta Cearley. fonte:idgnow.com.br/ti-corporativa/2015/10/26/10-tendencias-tecnologicas-de-alto-impacto-para-2016-segundo-a-gartner/

CIENTISTAS AFIRMAM QUE CERTOS ALIMENTOS SÃO VICIANTES

Pizza, batatas fritas e sorvetes podem ser alguns dos alimentos a que recorremos depois da balada. Porém, uma pesquisa do início deste ano sugere que, ao invés de curar a ressaca, eles podem ter “embriagantes” por si mesmos e este hábito pode até ser sinal de um vício. Há mais de um século os pesquisadores têm se perguntado se podemos nos viciar em comida. Existem relatos de pessoas que perdem o controle de quanto comem e ficam em abstinência, assim como com drogas e alcoolismo. Até agora, muitos concordam que o vício em comida pode ser um problema real para pelo menos alguns tipos de alimentos. Pela primeira vez, uma equipe de pesquisadores analisou exatamente quais tipos de alimentos poderiam ser os mais viciantes. Eles pediram a um grupo de 120 alunos de graduação da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e um outro grupo de cerca de 400 adultos, sobre 35 diferentes tipos de alimentos – de pizza a brócolis – e se eles acham que poderiam ter problemas para controlar o quanto eles comem de cada um. Dezoito dos itens eram ​​alimentos processados, o que significa que contém adição de açúcares e gorduras. No topo da lista estavam pizza, chocolate, salgadinhos, biscoitos, sorvetes, batatas fritas, bolo e refrigerante, todos ​​considerados alimentos processados. Eles foram seguidos por queijo e bacon – ambos não processados, mas ricos em gordura e sal. Frutas e vegetais (morangos, cenouras e brócolis, por exemplo) estavam no final da lista.

Processados para dar mais prazer

“De um modo semelhante ao que as drogas são processadas para aumentar o seu potencial viciante, este estudo proporciona uma visão de que os alimentos altamente processados ​​podem ser fabricados intencionalmente para serem particularmente gratificantes através da adição de gordura e carboidratos refinados, como farinha branca e açúcar”, explica à CNN Erica Schulte, estudante de graduação de psicologia na Universidade de Michigan e principal autora do estudo, que foi publicado em fevereiro na revista “PLOS One”. Os pesquisadores descobriram que os alimentos mais problemáticos tendem a ser aqueles com uma alta carga glicêmica, o que significa contêm uma grande quantidade de açúcar e causam aumento do açúcar no sangue. Segundo o artigo, estas características poderiam tornar os alimentos mais difícil de parar de comer de uma maneira semelhante como drogas que são altamente concentradas e rapidamente absorvidas pelo organismo são mais viciantes. Os pesquisadores também descobriram que, entre os adultos em seu estudo, aqueles com um IMC elevado e aqueles que estavam sob risco de ter qualquer tipo de vício em comida eram mais propensos a ter dificuldade de se controlar em torno de um determinado alimento.

Risco alimentar

Os pesquisadores avaliaram o risco alimentar o vício usando a Yale Food Addiction Scale (Escala de Compulsão Alimentar de Yale, em tradução livre), que foi desenvolvida por Ashley N. Gearhardt. Embora nem todos os alimentos tenham o potencial de ser viciante, “é fundamental entender quais são eles”, afimou Mike Robinson, professor assistente de psicologia, neurociência e comportamento da Universidade de Wesleyan, também nos EUA, que não esteve envolvido no estudo atual. “Estamos todos pressionados pela [falta de] tempo e os alimentos estão se tornando mais e mais disponíveis, mas nós precisamos pensar sobre o que estamos pegando para comer no caminho”, disse Robinson à CNN. Ele acrescenta que ainda que um punhado de amêndoas e um milk-shake, por exemplo, possam ter o mesmo número de calorias, eles terão efeitos diferentes em seu cérebro e seu sistema de recompensa e será muito mais provável que você volte para pegar mais do milk-shake.

Insaciável

Muitos dos sintomas de vício em comida parecem com a toxicodependência, incluindo o fato de que as pessoas precisam de mais e mais do alimento para obter o mesmo efeito. Eles também aceitam consequências negativas para obtê-lo e sentem a ansiedade ou a agitação da abstinência quando não podem comê-lo. Embora a abstinência da comida não seja tão intensa quanto a da abstinência de heroína ou da cocaína. “Isso varia de acordo com a droga”, conta Robinson. Assim como qualquer vício, o primeiro passo para a recuperação é reconhecer que há um problema, afirma o cientista. “Eu acho que na maioria dos casos, quando temos um problema com [o abuso de] uma substância, seja um alimento ou droga… nós o ignoramos”, aponta. Robinson sugere evitar alimentos se você tem problemas para controlar o quanto deles você come. “Nós não estamos em uma situação em que vamos ter deficiências nutricionais e, sempre que possível, devemos cozinhar os alimentos para nós mesmos”, aconselha. FONTE:edition.cnn.com/2015/10/23/health/pizza-and-other-foods-addicting/index.html?eref=rss_health //iflscience.com/health-and-medicine/study-finds-pizza-highly-addictive

46 BILHÕES DE PIXELS: A MAIOR IMAGEM ASTRONÔMICA DA VIA LÁCTEA

Astrônomos da Ruhr-Universität Bochum, na Alemanha, compilaram a maior imagem astronômica já feita. A imagem da Via Láctea contém 46 bilhões de pixels e, para que seja possível visualizá-la, os pesquisadores liderados pelo professor Rolf Chini, do diretor do departamento de Astrofísica da instituição, criou uma ferramenta online. A imagem contém dados coletados em observações astronômicas durante um período de cinco anos. “Se você quisesse mostrá-la em resolução total em telas de TV Full HD, você precisaria de mais de 22 mil telas”, conta Moritz Hackstein, doutorando que conduziu a pesquisa como parte de sua tese, em entrevista à rede de televisão CBS News. Durante estes cinco anos, os astrônomos do Bochum têm monitorado a nossa galáxia em busca de objetos com brilho variável. Esses objetos podem, por exemplo, incluir estrelas em frente da qual um planeta está passando, ou múltiplos sistemas onde as estrelas orbitam umas às outras e que acabam se obscurecendo de vez em quando. Em sua tese de doutorado, Hackstein está compilando um catálogo de tais objetos variáveis ​​de brilho médio. Por isso, a equipe de Chini tira fotos do céu do sul da noite após noite. Eles utilizam os telescópios no observatório da Universidade de Bochum no deserto de Atacama, no Chile. Mais de 50 mil novos objetos variáveis, que não tinham até então sido registrados em bancos de dados, foram descobertos pelos pesquisadores até agora. A área que os astrônomos observam é tão grande que eles têm de dividi-la em 268 seções. Eles fotografam cada seção em intervalos de vários dias. Comparando as imagens, eles são capazes de identificar os objectos variáveis. A equipe reuniu as imagens individuais das 268 seções em uma fotografia abrangente. Após um período de cálculo de várias semanas, eles criaram um arquivo de 194 GB ao qual imagens tiradas com filtros diferentes foram inseridas. Usando a ferramenta on-line, qualquer pessoa interessada pode ver a faixa completa da Via Láctea de relance, ou dar um zoom e analisar áreas específicas. Uma janela de busca de texto, o qual fornece a posição da seção de imagem visualizada, pode ser usada para procurar objetos específicos. Se o usuário digita “Eta Carinae”, por exemplo, a ferramenta se desloca à estrela respectiva; e o termo de pesquisa “M8” leva à Nebulosa da Lagoa. FONTES: phys.org/news/2015-10-milky-photo-billion-pixels-largest.html//engadget.com/2015/10/23/46-gigapixel-image-is-the-biggest-map-of-space/

QUANTOS SENTIDOS OS HUMANOS REALMENTE TÊM?

Pergunte a qualquer criança em idade escolar quantos sentidos nós temos e ela vai responder prontamente “Cinco!” – visão, audição, olfato, paladar e tato. Porém, o neurocientista Don Katz acha que isso pode estar errado. A resposta correta, diz ele, é mais provável que seja um. Por quase uma década, Katz, que é professor de psicologia, vem pesquisando em ratos a interligação entre cheiro e gosto. Em 2009, ele mostrou que quando os ratos perdem a capacidade de sentir gosto, eles também têm o sentido do olfato alterado. Dois anos depois, ele publicou um artigo sugerindo que ratos dependem tanto do cheiro quanto do gosto para determinar de quais alimentos eles gostam. Em um artigo publicado recentemente na revista “Current Biology”, o pesquisador mostrou o que acontece quando você desliga o sentido de gosto de um rato. Usando uma sonda óptica, ele apagou as células cerebrais no córtex olfativo principal do animal que processam os sinais de gosto da boca. Houve um impacto imediato sobre os padrões de disparo dos neurônios que lidam com o cheiro. Na verdade, os neurônios do cheiro foram transformados de tão forma radical que o rato já não podia reconhecer odores familiares.

Sentidos: sistema conectado

Estas conclusões sobre a interdependência do paladar e do olfato levaram Katz a especular que eles são um único sentido – o que ele chama de “chemosensory system”. “O gosto das coisas depende de uma série de outros fatores além do que o que está na língua”, explica Katz. “Nós acreditamos que o gosto e o cheiro são parte de um sistema grande, com duas portas, a boca e o nariz”. Outros pesquisadores têm mostram que o som, tato e visão também são inextricavelmente ligados. Isto leva à grande hipótese de Katz: todos os nossos sentidos pertencem a um único sistema. Ou seja, ele acredita que temos apenas um sentido. Seria sem sentido, por exemplo, falar do sabor dos alimentos, porque “gosto” seria tanto uma função do que você sente em sua língua, quanto do que você vê, sente, cheira e ouve. De acordo com ele, nós não saboreamos a comida, e sim, temos uma experiência com os alimentos. Katz compara o cérebro a um computador alimentado com uma imensa quantidade de dados para que ele possa gerar uma única descoberta, simplificada. Para a execução do programa, a informação deve ser recolhida através de todos os sentidos. Mas nós não percebemos isso. Estamos apenas cientes do resultado final do programa, que é a ilusão de que apenas um sentido é responsável pelo que nós experimentamos. Tudo isso ainda não foi provado. Katz planeja continuar trabalhando com o paladar e o olfato em ratos, e planeja que a sua pesquisa continue avançando gradual e metodicamente. Porém, em algum lugar em um futuro não tão distante, podemos finalmente ter uma grande teoria unificada dos sentidos. fonte: medicalxpress.com/news/2015-10-humans.html

CONHEÇA 10 IMAGENS INCRÍVEIS DO MINÚSCULO MUNDO AO NOSSO REDOR

Há uma abundância de grandes coisas incríveis neste mundo, de cânions a oceanos e grandes fósseis deixados por dinossauros. Mas, a maioria das coisas que compõem o nosso mundo inteiro são pequenas – minúsculas mesmo. Muitas vezes, estas coisas passam despercebidas, porque elas são pequenas demais para que o olho humano as enxerguem. E é aí que a competição anual Small World, da Nikon, entra. Todos os anos, um grupo de juízes seleciona as imagens mais impressionantes de coisas muito pequenas. Muitas vezes, as pessoas que tiram essas fotos são cientistas, que se deparam com estas imagens impressionantes no decorrer do seu trabalho diário. A Nikon recebeu mais de 2.000 inscrições de 83 países para a competição deste ano.

1°lugar: Olho de abelha

O vencedor Ralph Claus Grimm é um professor de ciências do ensino médio e apicultor na Austrália. Ele capturou esta imagem do olho de uma abelha salpicada com pólen amarelo.

2°lugar: Cólon de rato

Micróbios do intestino são de crescente interesse para os cientistas, que estão descobrindo que aqueles que vivem dentro de nós desempenham um papel descomunal na nossa saúde. Esta é uma imagem de um cólon de rato colonizado com micróbios do intestino humano.

3°lugar: Utriculária

Escancarada! Esta é a entrada para o interior de uma utriculária, uma planta de água doce carnívora. A planta suga a presa para dentro da sua armadilha, onde se torna uma refeição saborosa. Este pequeno indivíduo é inferior a 2 milímetros de comprimento.

4°lugar: Glândula mamária

O borrão rosa nesta imagem é uma organela de uma glândula mamária humana cultivada em laboratório. Pesquisadores têm cultivado tecido mamário em laboratório para entender melhor como o câncer se forma, e também como as glândulas mamárias se originaram.

5°lugar: Tumor cerebral

Pesquisadores fotografaram esta imagem de um glioblastoma (tumor cerebral) que cresce em um rato. A ‘rede’ vermelha em torno do tumor é parte do sistema vascular do rato (fornecimento de sangue).

6°lugar: Musgo

A cápsula de esporos em um pequeno pedaço de musgo.

7°lugar: Estrela-do-mar

Esta imagem de uma estrela-do-mar foi aumentada 10 vezes sob um microscópio.

8°lugar: Orelha de rato

A orelha de um rato é uma coisa incrivelmente macia e delicada. Nesta imagem ampliada você pode ver os vasos sanguíneos e nervos passando pela orelha.

9°lugar: Botões de flores

Estes não são os botões que você gostaria de colocar em um vaso, mas eles são o começo de vida para uma planta chamada Arabidopsis, que está relacionada com a couve e a mostarda. Esta imagem foi tirada com ampliação de 40x.

10°lugar: Camarão

Um camarão vivo fotografado lindamente quando preparado para o seu close-up. FONTE: curioso.blog.br/post/incriveis-minusculo-redor/

VÍRUS PODEM SER GENETICAMENTE MODIFICADOS PARA CONDUZIR ELETRICIDADE

As plantas absorvem a luz solar e a convertm em energia com uma eficiência quase perfeita – nada da energia vai para o lixo. Os engenheiros eletrotécnicos estão sempre se esforçando por esse tipo de eficiência, mas nada é mais proeminente do que painéis solares. Mas, mesmo o melhor deles só pode converter cerca de 44% da luz que absorve em energia utilizável, e isso é parte da razão pela qual a energia solar não satisfaz ainda mais as necessidades de energia do mundo. Como as plantas são tão eficientes? Elas são capazes de tirar proveito de algumas peculiaridades da mecânica quântica, muitas vezes chamada esquisitice quântica. Quando um fóton atinge um especial cromatóforo com sensor de luz de uma planta, ele libera uma partícula quântica de energia chamada éxciton. Eventualmente, o éxciton faz o seu caminho para uma parte da célula, onde ele é absorvido e será colocado em uso no corpo. Graças à física quântica, nenhuma energia é perdida no processo. Gfycat GIF Devido ao DNA dos vírus mudar, pesquisadores do MIT têm sido capazes de tirar proveito da esquisitice quântica. O resultado poderia ser painéis solares que conduzem eletricidade com uma eficiência sem precedentes, de acordo com um estudo de prova de conceito publicado esta semana na revista Nature Materials. No estudo, os pesquisadores mudaram o DNA de vírus para que eles pudessem se ligar com grupos de cromóforos sintéticos, e acender quando o fizeram, para que os pesquisadores pudessem monitorá-los usando espectroscopia a laser. Eles testaram diferentes tipos de vírus e de moléculas cromóforas, em concentrações variáveis ​​em solução e eles foram capazes de demonstrar que os vírus e os cromóforos tinham uma transferência significativa de energia. E, embora eles ainda não tenham encontrado a combinação ideal, os pesquisadores foram capazes de fazer os éxcitons viajarem com o dobro da velocidade daqueles em células solares existentes, e fazê-lo em distâncias muito maiores. Até agora, estes vírus não podem produzir sua própria eletricidade como as plantas o fazem; eles só podem transmiti-la, conforme o comunicado de imprensa aponta. Mas, os pesquisadores afirmam que uma transferência de energia mais eficiente que os cientistas são capazes de controlar poderia ter um número de aplicações em várias disciplinas científicas. Eles poderiam criar catalisadores para reações químicas impulsionados pela luz, ou criar produtos eletrônicos mais eficientes, incluindo painéis solares. FONTE: curioso.blog.br/post/virus-geneticamente-modificados-conduzir-eletricidade/

VOCÊ PROVAVELMENTE TEM NANOTUBOS DE CARBONO NO SEU PULMÃO

s nanotubos de carbono são ótimos para fazer materiais super expansíveis ou para detectar substâncias químicas potencialmente nocivas. Mas, estudos anteriores mostraram que eles provavelmente não são tão bons de ter em seus pulmões – ao longo do tempo, eles poderiam causar um colapso nos pulmões, com efeitos semelhantes ao amianto. Pela primeira vez, os pesquisadores os descobriram em seres humanos – especificamente, nos pulmões de 64 crianças com asma, de acordo com um estudo publicado este mês na EBioMedicine e relatado pelo The New Scientist. No estudo, os pesquisadores usaram várias técnicas diferentes para analisar os fluidos pulmonares de 64 crianças asmáticas que vivem em Paris (escolhidos porque eles já haviam sido submetidos a um processo invasivo de remoção de fluidos pulmonares, o que seria árduo para pacientes saudáveis). Nanotubos de carbono feitos pelo homem foram encontrados em cada amostra, o que fez com que os pesquisadores concluíssem que os seres humanos estão constantemente respirando-os. Usando várias técnicas analíticas diferentes em cinco amostras, os pesquisadores também descobriram nanotubos de carbono dentro de macrófagos, células de imunidade que funcionam dentro dos tecidos para combater patógenos. Os pesquisadores suspeitam que os nanotubos de carbono sejam originários do escape de veículos, e eles descobriram estruturas similares na poeira e no escape que eles testaram. Mas, não está claro se essa é a única fonte. E, embora haja evidências de que a exposição prolongada aos nanotubos de carbono possa ter efeitos iguais ao amianto sobre os pulmões, causando inflamação e lesões que podem se transformar em câncer, os pesquisadores não têm certeza de que a forma e o comprimento dos nanotubos de carbono encontrados no escapamento dos veículos possa causar esse tipo de dano. Mais importante, os pesquisadores já descobriram e documentaram uma forma eficaz de observar de perto os nanotubos de carbono em amostras de tecido. Sua esperança, eles escrevem, é que essa metodologia leve a novas descobertas sobre os seus efeitos na saúde dos pulmões. FONTE: curioso.blog.br/post/nanotubos-carbono-pulmao/