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domingo, 21 de agosto de 2011

COGUMELO QUE EMITE LUZ É ENCONTRADO NO BRASIL APÓS 170 ANOS



A pesquisa do grupo de cientistas da USP e das universidades americanas de San Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista científica Mycologia.
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O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo.

"Já tinha encontrado alguns cogumelos que emitem luz no Brasil, mas menores, alguns do tamanho de um fio de cabelo", disse à BBC Brasil o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP.

"Este foi o maior, um grupo deles emite quantidade considerável de luz", afirmou.

'Flor de coco'

Crédito: Cassius V.Stevani_IQ_USP
Os cogumelos têm uma aparência amarelada

Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins.

Chamado pelos locais de "flor de coco", o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.

"Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz", diz Stevani.

"Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí", afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo.

"As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas", explica.

Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como "flor de coco".

Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil .

A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.

Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.

FONTE:BBCNEWS

PESQUISADORES ENCONTRAM VARIANTE DE GONORREIA RESISTENTE A ANTIBIÓTICOS


Pesquisadores suecos descobriram uma nova variante da bactéria causadora da gonorreia que é resistente a antibióticos.

Os cientistas do Laboratório de Referência Sueco afirmaram que análises descobriram uma variante da bactéria muito bem sucedida em suas mutações e que pode, segundo os especialistas, transformar-se em uma ameaça à saúde pública global.

A primeira infecção com a nova variante da Neisseria gonohhoeae, chamada H041, foi registrada no Japão.

Ao analisar a bactéria, os pesquisadores identificaram as mutações genéticas responsáveis por sua resistência a todos os antibióticos especializados para o tratamento da gonorreia .

Apesar de ser uma descoberta alarmante, esta nova variante foi uma descoberta previsível, segundo Magnus Unemo, do Laboratório Sueco de Pesquisa para a Neisseria Patogênica.

"Desde que os antibióticos se transformaram no tratamento padrão para a gonorreia nos anos 1940, esta bactéria mostrou uma marcante capacidade para desenvolver mecanismos de resistência a todos os medicamentos introduzidos para seu controle", afirmou.

"Enquanto ainda é muito cedo para avaliar se esta nova variante se espalhou, a história de nova resistência na bactéria sugere que poderá se espalhar rapidamente, a não ser que novos medicamentos e tratamentos eficazes sejam desenvolvidos", disse.

A pesquisa será apresentada na conferência da Sociedade Internacional para Pesquisa de Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Canadá.

Prevenção

A gonorreia é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo e, se não for tratada, pode levar a problemas graves de saúde entre homens e mulheres.

Rebecca Findlay, da associação britânica Family Planning Association, afirmou que a descoberta desta nova variante é preocupante.

"A prevenção fica ainda mais importante, pois sabemos que os antibióticos nem sempre vão funcionar. A gonorreia pode afetar pessoas de todas as idades e todos agora devem se concentrar em cuidar da própria saúde sexual", disse.

David Livermore, diretor do laboratório que monitora a resistência a antibióticos para a Agência de Proteção à Saúde do governo britânico, disse que os antibióticos usados usados na Grã-Bretanha, as cefalosporinas, são eficazes, mas, ainda assim, é preciso tomar cuidado.

"Nossos testes de laboratório mostram que a bactéria está ficando menos sensível a estas cefalosporinas, com relatos de alguns fracassos em tratamentos. Isto significa que temos que mudar o tipo de cefalosporinas usada e aumentar a dosagem."

"A prevenção é melhor que a cura, especialmente quando a cura fica mais difícil. E a forma mais confiável de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a forma resistente da gonorreia, é usar preservativos", afirmou.

Fonte: BBCNEWS

MULHERES FUMANTES TENDEM A TER MAIS DOENÇAS CARDÍACAS QUE HOMENS


MILITARES DOS EUA DESENVOLVEM SUPEREXPLOSIVO


O Escritório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos anunciou ter testado com sucesso um nova nova substância que pode aumentar significativamente o poder dos armamentos.

Mísseis produzidos com o novo material podem explodir com uma energia cinco vezes maior do que a de armamentos tradicionais.O material combina metais e polímeros e é descrito como sendo mais denso que o aço, com a mesma força do alumínio.

Por serem mais precisos, cientistas da Marinha americana dizem que os projéteis feitos com o novo composto têm menor probabilidade de causar a morte de pessoas inocentes que estejam próximas de um ataque.

Mísseis, cápsulas de artilharia e outras munições militares são constituídas, normalmente, de uma cobertura de aço que contêm explosivos potentes em seu interior.

A variação desenvolvida pelos pesquisadores americanos substitui a cobertura inerte de aço por uma de Materiais Reativos de Alta Densidade (HDRM, na sigla em inglês), que se combinam e explodem somente quando o projétil atinge o alvo.Segundo os pesquisadores, testes recentes mostraram que os materiais HDRM são duráveis e aumentam o efeito do explosivo. Eles também aumentam as chances do que os cientistas militares chamam de "destruição total".

Escudo anti-mísseis

O novo material está sendo desenvolvido há mais de cinco anos e é feito de diferentes metais combinados com oxidantes para criar uma reação química explosiva no momento do impacto.

Um dos pesquisadores envolvidos na criação do HDRM, Clifford Bedford, diz que o material deve ser inicialmente usado em sistemas anti-mísseis."No cenário atual, nós basicamente atiramos duas vezes, olhamos e atiramos de novo, porque não temos muito tempo para atingir um míssil - e isso acontece porque, com os fragmentos de aço nos mísseis atuais, não dá para dizer se você atingiu o alvo ou não", explica.

"Se tudo der certo, com o míssil reativo nós poderemos atirar uma vez, olhar e ter a capacidade de determinar se houve destruição total. Ainda temos a opção de atirar pela segunda vez. Vamos economizar muito dinheiro se pudermos derrubar o alvo com um míssil ao invés de três."

Bedford acredita que o novo míssil também pode causar menos mortes, porque o novo material reage e explode no momento do impacto."Os efeitos colaterais são, de certa forma, minimizados, porque ele (o material) é consumido quando atinge o alvo. Se isso (o lançamento do míssil) puder ser focado, podemos reduzir o efeito colateral desses sistemas", sugeriu.

O pesquisador diz que o material poderá, também, ser aplicado em granadas e balas, assim como em outros armamentos. Novos testes estão planejados para setembro.Por enquanto, o único inconveniente são os custos, entre três e quatro vezes maiores que o da tecnologia atual, o que pode restringir seu uso no futuro em caso de cortes orçamentárias.

Fonte:BBCNEWS

UNHAS DOS PÉS PODEM REVELAR RISCO DE CÂNCER NO PULMÃO

Cientistas americanos afirmam que a análise das unhas dos pés de uma pessoa pode indicar o risco de desenvolvimento futuro de câncer no pulmão.

Os especialistas da Universidade de San Diego, na Califórnia, descobriram que é possível analisar os níveis de nicotina em pedaços de unhas cortadas.

A pesquisa, publicada na revista especializada American Journal of Epidemiology, afirma que unhas dos pés que crescem lentamente podem funcionar como um medidor da exposição crônica ao fumo.

Segundo o estudo, as unhas dos pés não servem apenas para avaliar o risco de câncer no pulmão entre fumantes, mas também entre os não fumantes.A pesquisa concluiu que homens com os níveis mais altos de nicotina nas unhas dos pés tinham risco três vezes maiores de desenvolver a doença do que aqueles com níveis mais baixos.

Fumo passivo

Os pesquisadores americanos analisaram 840 homens, alguns com câncer no pulmão e outros sem a doença. Alguns dos homens com os níveis mais altos de nicotina nas unhas eram não fumantes que, possivelmente, foram expostos à nicotina através do fumo passivo.

O câncer de pulmão é o tipo de câncer mais comum no mundo, com 1,61 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano.A grande maioria dos casos desta doença são causados pelo fumo.

RISCO DE CÂNCER AUMENTA COM A ALTURA


Pessoas mais altas têm maior risco de desenvolver câncer ao longo da vida, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford.

De acordo com os resultados, a cada dez centímetros a mais de altura, o risco de ter um dos dez tipos mais comuns de câncer aumenta em 16%. O estudo, publicado na revista científica Lancet Oncology, acompanhou 1,3 milhão de mulheres de meia-idade na Grã-Bretanha, entre 1996 e 2001.

Entre as mulheres mais baixas (com menos de 1,52 m), foram registrados 750 casos de câncer por grupo de 100 mil por ano, enquanto entre as de altura mediana (1,62 m) o número subiu para 850 casos de câncer , e no grupo mais alto (1,75 m), houve 1 mil casos.

Mulheres e homens

Os tipos de câncer que seriam afetados pela altura são de cólon, retal, melanoma maligno, mama, útero, ovário, rim, linfoma, linfoma não-hodgkin e leucemia.

Apesar de o estudo ter analisado apenas dados de mulheres, os pesquisadores dizem que a relação com a altura também está presente nos homens. Eles reuniram outras dez pesquisas que mostravam resultados similares com homens.

"Claro que a altura em si não pode afetar o câncer, mas pode ser um indicador para outra coisa", diz a responsável pela pesquisa, Jane Green, da Universidade de Oxford.

Especialistas acreditam que a explicação pode estar na quantidade de hormônios de crescimento presentes na infância, que poderiam influenciar dois fatores.

O primeiro é o número de células. Pessoas mais altas têm mais células no corpo, logo há mais células que podem sofrer mutações, o que levaria ao câncer.

Outra possibilidade é que os hormônios aumentem a taxa de divisão celular, o que aumentaria o risco de câncer.Mas os pesquisadores admitiram não saber ao certo a razão por trás dos resultados.

Estilo de vida

A diretora de informação da ONG Cancer Research UK, Sara Hiom, acredita que não há razão para alarde.

"Pessoas altas não precisam se alarmar com estes resultados. A maior parte das pessoas não é muito mais alta ou baixa que a média, e a altura delas vai ter apenas um pequeno efeito no seu risco individual de câncer", diz ela.

"Não podemos controlar nossa altura, mas há várias escolhas de estilo de vida que as pessoas podem fazer que, como sabemos, podem ter um grande impacto na redução do risco de câncer, como parar de fumar, beber moderadamente, manter um peso saudável e ter uma vida ativa."

Fonte: BBCNEWS

ECSTASY MODIFICADO 'ATACA CÉLULAS CANCERÍGENAS', INDICA PESQUISA


Uma fórmula modificada da droga ecstasy pode desempenhar um papel importante no combate às células de alguns tipos de câncer, segundo cientistas britânicos e australianos.

O ecstasy, composto geralmente de anfetaminas, já era conhecido por matar algumas células cancerígenas, mas uma equipe de pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, e da Universidade da Austrália, diz que conseguiu aumentar a eficiência da droga em cem vezes.

O estudo foi divulgado na publicação científica internacional Investigational New Drugs.Experimentos preliminares mostraram que a substância pode matar células de leucemia, linfoma e melanoma em um tubo de ensaio.

No entanto, os cientistas dizem que qualquer tratamento pode levar pelo menos uma década para ser desenvolvido.A organização britânica de Pesquisa sobre Leucemia e Linfoma disse que as conclusões do estudo são "um significativo passo à frente".

Modificações

Em 2006, uma equipe da Universidade de Birmingham mostrou que ecstasy e antidepressivos como Prozac tinham potencial para impedir o crescimento de cânceres.
O problema é que, para isso, os pacientes teriam que consumir doses muito altas - e possivelmente fatais - das drogas.

Em colaboração com a Universidade da Austrália, os pesquisadores modificaram quimicamente o ecstasy, retirando alguns átomos da substância e substituindo-os por outros.

Uma das variações testadas aumentou a eficiência no enfrentamento das células cancerígenas em 100 vezes. Isso significa que se 100 gramas de ecstasy não modificado fossem necessárias para conseguir o efeito desejado, somente 1 grama da substância será necessário para atingir o mesmo efeito.

Segundo os cientistas, a modificação também reduz o efeito tóxico no cérebro.

O chefe da pesquisa, professor John Gordon, da Universidade de Birmingham, disse à BBC que, em alguns casos, foi possível eliminar 100% das células cancerígenas com os novos compostos.

"Nós precisamos identificar com precisão quais são os casos mais sensíveis, mas (a substância) tem o potencial de eliminar todas as células nesses exemplos."

"Isso aconteceu no tubo de ensaio, poderia ser diferente no paciente, mas por enquanto é excitante", disse Gordon.

Células 'ensaboadas'

Os cientistas acreditam que a nova droga é atraída pela gordura nas membranas das células cancerígenas.
Molécula de ecstasy.

Cientistas modificaram a molécula do ecstasy para aumentar sua eficiência contra o câncer. De acordo com eles, a ligação com a substância faz com que as células se comportem como se estivessem "um pouco ensaboadas", o que pode romper a membrana e matar o núcleo celular.Durante o experimento, as células cancerígenas se mostraram mais suscetíveis a este efeito do que as saudáveis.No entanto, os médicos não devem começar a prescrever ecstasy modificado para os pacientes com câncer no futuro próximo. Ainda seria preciso fazer estudos com animais e testes clínicos antes de considerar a alternativa.

Antes do próximo passo, químicos na Grã-Bretanha e na Austrália tentarão refinar a droga, já que acreditam que ela pode ser ainda mais potente.Mas mesmo que tudo dê certo, a droga só poderia ser comercializada dentro de pelo menos dez anos.

Fonte: BBCNEWS

sábado, 20 de agosto de 2011

O QUE ACONTECERIA SE A TERRA TIVESSE MAIS LUAS?

Seria uma revolução natural. Pelo menos quatro fenômenos sofreriam grandes alterações: o ciclo das marés, a duração dos dias, a iluminação noturna e a quantidade de eclipses lunares. Isso porque nosso satélite exerce grande influência no sobe-e-desce dos oceanos, na velocidade de rotação da Terra (que determina a duração dos dias) e na quantidade de luz refletida do Sol para cá. No infográfico ao lado, a gente explica com detalhes todas essas mudanças, supondo que nosso planeta azul tivesse mais duas luas, do mesmo tamanho que a "original" e em distâncias equivalentes, a 384 mil quilômetros daqui. A gente está viajando nessa suposição, mas a idéia não é tão absurda assim: alguns pesquisadores juram que a Terra já tem mais de uma lua! Essa tese é superpolêmica, mas uma coisa é certa: nunca chegaremos nem perto do número de luas dos planetas mais distantes do Sol. Astros como Júpiter, Saturno, Netuno, Urano e Plutão estão localizados numa região do sistema solar de baixa temperatura, mais propícia à formação de luas. "O frio impediu que os blocos de gelo resultantes do Big Bang - a megaexplosão que teria criado o universo - se descongelassem. Ao longo de milhões de anos, eles se juntaram a pedaços de pedra e metal, formando satélites atraídos pela gravidade de planetas maiores", afirma a astrônoma Amelie Saintonge, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Entre os planetas distantes do Sol, Júpiter tem 16 luas conhecidas, Saturno tem 18, Netuno tem oito e Urano bate o recorde, com 21. A única exceção é último planeta do sistema solar, Plutão, que tem apenas uma lua solitária - o planeta é pequeno e não conseguiu atrair outros astros. A comparação com os planetas próximos ao Sol, onde havia menos matéria-prima para formar luas, revela uma diferença astronômica no número de satélites. Mercúrio e Vênus não têm luas, a Terra só tem uma e Marte, duas.

Mudança astronômica Com três satélites, dias durariam 72 horas

DIA SEM FIM
A Lua também influi na duração dos dias. Com três luas do mesmo tamanho que a atual, a atração gravitacional do trio triplicaria o tempo que a Terra demora para dar a volta em torno de seu eixo. Os dias durariam 72 horas. Daria para curtir um fim de tarde na praia às 45h30!

NEM CALOR NEM FRIO
Mesmo com manhãs e noites de 36 horas, a alteração na velocidade de rotação não seria suficiente para mexer nos termômetros do planeta. Isso porque a temperatura da Terra é mais afetada pela órbita da Terra em torno do Sol, que permaneceria inalterada

VIDA NOVA
Para alguns animais, a vida com três luas sofreria grandes mudanças. As borboletas, que têm o metabolismo ativado com o nascer do Sol, poderiam demorar mais para deixarem de ser larvas por causa dos dias mais longos. E os camarões, que usam as marés para se deslocar pelos oceanos, poderiam se movimentar mais rapidamente

PRAIA GRANDE
Por influência da Lua, os oceanos alternam marés altas e baixas a cada seis horas. Se tivéssemos três luas, é provável que esse intervalo fosse mais curto. E a amplitude da maré (o ponto mais distante que ela pode atingir) seria bem maior. Com isso, teríamos praias maiores — e espaço de sobra para o futebol de areia

REFLETOR NATURAL
Quando cheia, a Lua reflete 9% da luminosidade do Sol. Com três luas, a reflexão noturna poderia chegar a 27%. As noites de tripla lua cheia teriam céu arroxeado, parecido com o do fim de tarde. Pior para os astrônomos, já que a luminosidade dificulta a visualização das estrelas

SUMIÇO COMUM
Uma constatação óbvia: com mais luas, a quantidade de eclipses lunares seria maior — seria comum que uma entrasse atrás da sombra da Terra e desaparecesse. O grande fenômeno seria o "eclipse triplo", quando os três astros ficassem na zona de sombra projetada pelo planeta.

FONTE:MundoEstranho

OS GASES VENENOSOS QUE PODEM MATAR EM 5 MINUTOS

Se levarmos em conta a rapidez dos efeitos tóxicos no organismo, os mais venenosos são os gases usados como armas químicas. No quadro abaixo, reunimos quatro substâncias supernocivas que demoram no máximo cinco minutos para detonar funções vitais do corpo. Tem remédio para esse tipo de gás? Sim: a atropina, uma substância química tida como antídoto universal para envenenamentos, que mantém a oxigenação do organismo. As máscaras antigás também ajudam, mas a substância ainda pode causar estragos ao ser absorvida pela pele.

1-FENTANIL

COMPOSIÇÃO: Substâncias à base de ópio
EFEITOS: Provoca paradas cardíaca e respiratória
TEMPO PARA AGIR: 2 minutos
USO FAMOSO: Em 2002, para acabar com uma ação terrorista que fez 700 reféns na Rússia; 129 pessoas morreram

2-SARIN

COMPOSIÇÃO: Carbono, hidrogênio, fósforo, flúor e oxigênio
TEMPO PARA AGIR: de 1 a 5 minutos
EFEITO: Paralisa o sistema nervoso central
USO FAMOSO: No metrô de Tóquio, em 1995, em um ataque terrorista da seita japonesa Ensino da Verdade Suprema. Doze pessoas morreram e mais de 5 mil foram intoxicadas

3-VX

COMPOSIÇÃO: Organofosforado usado como pesticida
TEMPO PARA AGIR: Ação imediata
EFEITOS: Parada muscular e respiratória, náusea, espasmos e ofuscamento da visão
USO FAMOSO: Durante os anos 80, pelo Exército iraquiano na guerra contra o Irã (1980-1988)

4-MOSTARDA

COMPOSIÇÃO: Carbono, hidrogênio, cloro e enxofre
TEMPO PARA AGIR: Ação imediata
O QUE CAUSA: Lesões na pele, nos olhos e na medula óssea. Não há antídoto.
USO FAMOSO: Nas duas Guerras Mundiais e na guerra da Etiópia, em 1936, pelo ditador italiano Benito Mussolini

Fonte:MundoEstranho

QUANTOS LITROS DE ÁGUA TEM NUM TEMPORAL

Um temporal forte, desses que caem durante o verão em São Paulo, chega a descarregar 92 litros de água por metro quadrado. Se essa chuvona caísse sobre toda a cidade, Sampa seria inundada por 138 bilhões de litros de água, o suficiente para encher 55 531 piscinas olímpicas, com 25 metros de largura, 50 de comprimento e 2 de profundidade. Esse megatoró hipotético sobre todo o município pode até acontecer, mas é bem raro. Afinal, a cidade paulistana é enorme, com uma área de 1 509 km². Na prática, o que acontece é que alguns bairros acabam sendo mais castigados do que os outros. Mas a quantidade de água que cai do céu não é o único fato a ser analisado para determinar a intensidade de uma chuva. O tempo de duração e o tamanho da área também contam. Por exemplo, uma chuva de 20 litros de água por m², distribuída em um dia por toda a cidade, pode passar como uma fina garoa. Já a mesma quantidade de chuva caindo em apenas uma hora pode detonar a região atingida, ainda mais se for sobre uma área pequena. Nas grandes metrópoles, o problema das enchentes é mais grave porque falta um bom sistema de drenagem da água - afinal, o solo foi impermeabilizado pelo asfalto. Situação bem diferente ocorre na Amazônia, onde chega a chover 4 mil litros por m² por ano! Na floresta, o aguaçeiro é absorvido pelas plantas, pelo solo e pelos rios, reduzindo o impacto da água que cai do céu.

FONTE: Mundoestranho

O QUE É ANTIMATÉRIA?

É o inverso do que é a matéria. Ela é composta de antipartículas, que possuem a mesma característica das partículas (massa e rotação), mas com carga elétrica contrária. É o caso do pósitron, também conhecido como antielétron, que tem carga positiva. Ou do antipróton, que, diferente do próton, é negativo. O conceito de antimatéria foi proposto pelo físico inglês Paulo Dirac em 1928. Ele revisou a equação de Einstein, considerando que a massa também poderia ser negativa. Sendo assim, a fórmula ficaria: E=+ou-mc2. Com base na teoria, a comunidade científica passou a estudar o tema mais a fundo e descobriu uma potente fonte de energia, com 100% de aproveitamento. Hoje, o grande desafio é conseguir produzi-la em grande quantidade - já que ela não é encontrada na Terra.

Antirrecorde
Recentemente, cientistas americanos divulgaram a maior e mais complexa antimatéria já criada. São 18 núcleos de anti-hélio - cada um com dois antiprótons e dois antinêutrons

O inverso do universo
Saiba como a antimatéria é criada e quais são as suas potencialidades

Opostos se destroem
Matéria e antimatéria não coexistem. Quando se encontram, geram uma explosão que transforma massa em energia. A ciência acredita que ambas existiam em quantidades iguais quando ocorreu o Big Bang, mas se destruíram. Por alguma razão, sobrou mais matéria - que se moldou e formou planetas, galáxias e estrelas

Ultrapower
A explosão causada pelo encontro da matéria e da antimatéria gera energia em forma de raio gama - que possui 10 mil vezes mais energia que o raio solar e o raio X. Só para ter uma ideia, 1 g de antimatéria seria capaz de abastecer a cidade de São Paulo durante 24 horas ou mover um carro por 10 mil km

Batendo de frente
Cientistas já criaram antimatéria no acelerador de partículas LHC (sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons). Num túnel circular de 27 km de comprimento, entre França e Suíça, átomos são manipulados para atingir a velocidade da luz. Ao se chocar, eles se dividem em partículas e antipartículas. Nesse processo, foi produzido um trilionésimo de grama de antimatéria - que daria para acender uma lâmpada por três segundos

Utilização
A antimatéria já é utilizada em exames médicos. Um exemplo é o PET Scan - Pósitron Emission Tomography -, que utiliza antielétrons para detectar tumores cancerígenos. No futuro, acredita-se que será possível desenvolver motores movidos por antimatéria - uma promissora fonte de energia ilimitada

• A antimatéria criada no LHC durou cerca de 16 centésimos de segundo antes de se aniquilar com a matéria

FONTE:Adilson José da Silva, chefe do departamento de Física Matemática do Instituto de Física da USP

QUANDO UM RAIO CAI NO MAR,ATÉ ONDE VAI A ELETRICIDADE

Depende do raio. Estima-se que uma descarga de 50 mil ampères, por exemplo, já seja inofensiva a um banhista a 125 m do ponto de incidência. A intensidade da corrente diminui segundo o inverso do quadrado da distância. Logo, com o dobro da distância, cai para 1/4. Com o triplo, baixa para 1/9. E assim por diante. Por isso que, quando um raio cai em Copacabana, alguém em Ipanema não morre eletrocutado. O raio se comporta da mesma maneira no mar ou na terra. A diferença é que, como a corrente sempre procura se concentrar no meio mais condutor, no mar aberto ela se divide igualmente entre o nosso corpo e a água. Já em terra firme, ela sempre se concentra no nosso corpo - e aí os danos são maiores.

Mergulho eletrizante

Confira as consequências de um raio de 50 mil ampères a diferentes distâncias

Morte certa
Uma pessoa nadando a até 50 m do ponto de incidência da descarga elétrica sofreria um choque de mais de 300 mA (miliampère). Resultado: um ataque cardíaco fulminante

Chance de sobrevivência

Entre 50 m e 85 m, a descarga elétrica diminui, podendo variar entre 300 e 100 mA. O nadador sofreria queimaduras, asfixia e, em alguns casos, uma parada cardíaca, mas poderia se salvar

Risco reduzido
Entre 85 m e 125 m, a intensidade fica entre 100 e 50 mA. Não é suficiente para matar ninguém, mas apenas porque a descarga elétrica de um raio dura pouco - cerca de um milésimo de segundo. Uma descarga mais duradoura nessa mesma intensidade, como no choque de um chuveiro, poderia, sim, matar

São e salvo
Acima dos 125 m de onde o raio caiu, uma pessoa no mar receberia uma descarga elétrica de menos de 50 mA. Ela sentiria o formigamento típico, mas sem riscos

ATENÇÃO!
Esses valores são só representativos. Mas, aconselha: durante uma chuva com raios, sempre saia da água e procure um local seguro

• Raio é a descarga elétrica atmosférica. Relâmpago é a luz e trovão é o som causados pela ionização do ar e o choque com as cargas elétricas das nuvens
Fonte: Dulcidio Braz Jr, professor de física do Anglo e autor do blog "Física na Veia!", e Silverio Visacro Filho, professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

AS 10 MAIORES DESCOBERTAS DA MEDICINA

Hoje, a prática da medicina está tão segmentada que cada médico poderia citar bem mais de dez descobertas que revolucionaram apenas a sua especialidade. Por isso, para montar essa lista da saúde, resolvemos nos basear no livro As Dez Maiores Descobertas da Medicina, de 1999. A obra foi escrita por dois experientes médicos e professores americanos, Meyer Friedman e Gerald W. Friedland. De uma lista inicial de cem grandes feitos, os autores selecionaram os dez finais, que você conhece no quadro ao lado. Para garantir uma eleição democrática, escolhemos dois representantes brasileiros para confirmar o diagnóstico do livro: Ulysses Garzella Meneghelli, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e presidente da Sociedade Brasileira de História da Medicina, e Jair Xavier Guimarães, professor aposentado e médico infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Eles concordaram plenamente com a lista. Claro que ficaram de fora várias descobertas importantes - inclusive dois hormônios ganhadores do Prêmio Nobel: a insulina, que tem um papel essencial no metabolismo do açúcar, e a cortisona, importante antiinflamatório presente em vários remédios. O que torna as descobertas eleitas tão especiais é que elas revolucionaram o conhecimento do corpo humano, das doenças e seus tratamentos. Além de salvar milhões de pessoas, essas descobertas aumentaram a qualidade e a expectativa de vida em todo o mundo. Não bastasse, ainda abriram horizontes para novos estudos. O incrível é que nenhum dos dez cientistas campeões era um gênio, como Einstein. Todos tinham "apenas" muito talento e uma enorme capacidade para investigar aquilo que lhes aguçava a curiosidade.

ANATOMIA MODERNA

DATA - 1543
QUEM - Andreas Vesalius (1514-1564)
COMO - Antes do belga Vesalius, médicos não dissecavam cadáveres. Disputando ossos humanos com cães em cemitérios, ele abria cadáveres à faca e se empapava de sangue em nome da ciência. Arriscava a vida ao mexer em órgãos infectados e podres. O resultado dessas aventuras está em De Humani Corporis Fabrica, Libri Septem, um livro de anatomia com desenhos hiper-realistas considerado uma das obras-primas da medicina.
CONSEQÜÊNCIA - Avanços no estudo de doenças e tratamentos

BACTÉRIAS

DATA - 1675
QUEM - Antony van Leeuwenhoek (1632-1723)
COMO - Ele não era professor nem médico, apenas um comerciante letrado com um "hobby" curioso: fabricar e usar microscópios. O holandês Leeuwenhoek saiu do anonimato quando descobriu, com suas poderosas lentes, criaturas minúsculas agitando-se em uma pequena amostra da água de chuva que havia se acumulado em uma tina. Por acaso, ele acabara de descobrir as bactérias. Daí em diante, passou a examinar ao microscópio tudo o que via, de cocô de pombo ao próprio esperma.
CONSEQÜÊNCIA - Descoberta de uma das maiores causas de doenças e mortes

CIRCULAÇÃO DO SANGUE

DATA - 1628
QUEM - William Harvey (1578-1647)
COMO - Para mostrar o caminho do sangue aos incrédulos, Harvey abria um porco vivo durante suas palestras. Esse médico britânico dedicou a vida a estudar o funcionamento e a anatomia do coração, veias e artérias. O resultado está em Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus, obra fundamental sobre a circulação sanguínea, que pôs por terra conceitos errados que sobreviviam havia 14 séculos.
CONSEQÜÊNCIA - Avanços no estudo de doenças e técnicas cirúrgicas

VACINA

DATA - 1796
QUEM - Edward Jenner (1749-1823)
COMO - Durante muito tempo se lutou contra a varíola. A doença matava até 40% dos doentes e, entre aqueles que sobreviviam, muitos ficavam cegos e desfigurados. O mal também atacava o gado, cavalos e porcos. O britânico Jenner descobriu que, se uma pessoa fosse contaminada pela ferida da varíola bovina, uma forma muito mais branda da doença, ficaria livre de pegar a varíola humana. Estava descoberto o princípio da vacina.
CONSEQÜÊNCIA - Prevenção contra varíola e outras doenças graves

ANESTESIA

DATA - 1842
QUEM - Crawford Long (1815-1878)
COMO - Até o século 19, os pacientes costumavam desmaiar de dor e desespero durante as operações. Foi quando se descobriu o poder anestésico do éter. O primeiro a testar a teoria na mesa de cirurgia foi o americano Long, que convenceu um paciente a cheirar uma toalha embebida em éter até ficar inconsciente. Quando acordou, o sujeito estava sem um cisto no pescoço, sem memória das últimas horas e, melhor, não precisou sentir as dores atrozes da cirurgia.
CONSEQÜÊNCIA - Cirurgias indolores e mais bem-sucedidas

RAIOS X

DATA - 1895
QUEM - Wilhelm Röntgen (1845-1923)
COMO - O alemão Röntgen investigava uma estranha luz amarelo-esverdeada emitida por um aparelho em seu laboratório. Fez vários testes e, desconfiado, chamou a esposa, Bertha, para comprovar seu palpite. Pediu a ela que colocasse a mão esquerda sobre uma chapa fotográfica e ligou o tal aparelho por seis minutos. Quando revelou a chapa, encontrou o desenho dos ossos dos dedos de Bertha e a silhueta de sua aliança. Eram os raios X.
CONSEQÜÊNCIA - Método para diagnósticos mais rápidos e precisos

CULTURA DE TECIDOS

DATA - 1906
QUEM - Ross Harrison (1870-1959)
COMO - O zoologista americano Harrison descobriu como cultivar células vivas em laboratório, independentemente das plantas ou animais de onde vieram. A descoberta permitiu estudar moléculas e células de organismos vivos, desenvolver vacinas contra poliomielite, sarampo, caxumba e raiva, auxiliar na busca de indícios que ajudem a descobrir a causa do câncer e da aids.
CONSEQÜÊNCIA - Revolução no estudo das doenças

COLESTEROL

DATA - 1912
QUEM - Nikolai Anichkov (1885-1964)
COMO - O russo Anichkov alimentou coelhos com gemas de ovos e descobriu que o animal que mais mata seres humanos no mundo é... a galinha. Durante a autópsia, Anichkov notou a presença de placas nas artérias dos coelhinhos, iguais às encontradas nas aortas de corações humanos. Com essa observação, apontou para a medicina o perigo do consumo de colesterol e as doenças provocadas por esse tipo de gordura, como a arteriosclerose.
CONSEQÜÊNCIA - Novos rumos para o estudo das doenças cardíacas

ANTIBIÓTICOS

DATA - 1929
QUEM - Alexander Fleming (1881-1955)
COMO - O médico e bacteriologista escocês Fleming descobriu, em 1929, a fórmula da penicilina, o primeiro antibiótico do mundo. Mas foram necessários mais de 12 anos para que se chegasse à etapa de ministrar a nova fórmula em humanos, o que ocorreu somente durante a Segunda Guerra Mundial. Base dos antibióticos, a penicilina revolucionou a medicina e deu impulso decisivo à moderna indústria farmacêutica.
CONSEQÜÊNCIA - A melhor arma contra bactérias

DNA

DATA - 1953
QUEM - Maurice Wilkins (1916-2004)
COMO - A maior parte dos méritos pela descoberta do DNA coube a James Watson e Francis Crick. A dupla de cientistas publicou, em 1953, um artigo em que desvendavam o mistério da estrutura de espiral dupla que caracteriza a "chave da vida". No entanto, a façanha não seria possível sem os estudos do físico neozelandês Wilkins, o primeiro a isolar uma molécula de DNA e fotografá-la com raios X, revelando a forma helicoidal.
CONSEQÜÊNCIA - Revolução na biologia molecular

FONTE:As Dez Maiores Descobertas da Medicina - Meyer Friedman e Gerald W. Friediand, Cia. das Letras, 1999

Vida selvagem responde rapidamente às mudanças climáticas

WASHINGTON - Plantas e animais estão respondendo até três vezes mais rápido às mudanças climáticas que o estimado anteriormente, como a vida selvagem se desloca para altitudes mais frias e latitudes, disseram pesquisadores na quinta-feira.

Os cientistas relataram nesta década sobre as espécies individuais que se movia em direção aos pólos ou subidas como seus habitats tradicionais mudou devido ao aquecimento global, mas este estudo analisou dados de mais de 2.000 espécies para obter uma imagem mais abrangente.

Nesta análise, os pesquisadores descobriram que, em média, os animais selvagens mudou-se para altitudes mais elevadas, à taxa de cerca de 40 metros por década. Eles estão se movendo em direção aos pólos a uma taxa média de 10,31 milhas de uma década, disseram cientistas na revista Science.

A mudança de altitude é o dobro do que cientistas haviam calculado tão recentemente quanto 2003, segundo Chris Thomas, professor de biologia da conservação na Universidade de York na Grã-Bretanha, eo líder do projeto.

A mudança de latitude média é de triplicar as estimativas anteriores, Thomas disse em uma entrevista por telefone. Mas ele observou que não se move todas as espécies em direção aos pólos, o mais rapidamente que, alguns não se movem muito em tudo e outros realmente mover-se ligeiramente em direção ao Equador, dependendo do que eles mais precisam para sobreviver.

O que ficou claro neste estudo, Thomas e os outros autores disseram, foi que as espécies se mudou mais distante em lugares onde o clima mais aquecido, uma relação inequívoca para a mudança climática nos últimos 40 anos.

Borboletas e Mariposas

A principal conclusão, Thomas disse, foi o "enorme diversidade de respostas", observou em plantas diferentes e locais diferentes."Porque cada espécie é afetada por coisas diferentes ... quando as mudanças climáticas, que terão as disponibilidades diferentes de habitat novo que pode ser capaz de mover-se em", disse ele.

Não todos os animais ou plantas se desloca para um lugar mais frio quando seu habitat se aquece, devido à pressão de outros fatores como chuvas, o desenvolvimento humano ea perda de habitat.

Por exemplo, uma borboleta britânico, a alta marrom fritillary borboleta, poderia ter sido esperado para mover para o norte, se o único fator que afeta era o aquecimento do clima. Em vez disso, as espécies diminuiu porque os seus habitats foram perdidas, disseram os pesquisadores. Mas a borboleta vírgula foi capaz de fazer o salto da região central da Inglaterra para Edimburgo, a uma distância de cerca de 137 quilômetros,em duas décadas.

Em Bornéu, traças deslocou 220 pés para cima no monte Kinabalu, constatou o estudo. Esta área foi protegida por mais de 40 anos, então a destruição do habitat não foi um fator na mudança, disse Thomas.

Por causa de diferentes espécies diversas reações, disse ele, "é muito difícil prever o que uma espécie individual vai fazer ... e isso significa que se você deseja gerenciar o mundo de alguma forma, salvar espécies ou o que, infelizmente, parece como se um monte de informações detalhadas vai ser necessário ... a fim de tomar medidas concretas. "

Fonte:Reuters

Mistério Goo no Alasca é feita de esporos de fungos


ANCORAGEM, Alaska (Reuters) - Uma misteriosa gosma laranja que recolheu sobre linhas costeiras em um vilarejo no Alasca é constituído por esporos de fungos, de acordo com os cientistas com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

A nova análise corrigido um anúncio feito na semana passada por cientistas no Alasca baseado NOAA que inicialmente concluiu o material era um conglomerado de ovos microscópicos ou embriões depositados por algum tipo de crustáceo.

Cientistas do Centro de NOAA para a Saúde Ambiental Costeira e Pesquisa Biomolecular, com sede em Charleston, South Carolina, fez um exame de acompanhamento em uma amostra enviada do Alasca e determinado o material foi fúngicas, não o produto de crustáceos, disse a agência.

O material é compatível com esporos de fungos que causam "ferrugem", uma doença que infecta plantas, fazendo com que uma cor de ferrugem, como sobre eles, a NOAA disse.
"Os esporos são ao contrário de outros nós e nossa rede de especialistas examinaram, no entanto, muitos fungos de ferrugem da tundra ártica ainda não foram identificados", Steve Morton, um cientista com o Charleston NOAA laboratório, disse em um comunicado.

O material gooey apareceu pela primeira vez no início deste mês na água e no litoral de Kivalina, uma vila esquimó Inupiat.Residentes inicialmente temia que o material poderá ser a poluição da Mina Dog próximos Red, produtor o maior do mundo de zinco. Mas os testes iniciais mostraram que era um material biológico, e não resíduos de exploração mineira ou de produtos petrolíferos.

O material pegajoso laranja, que seca em um pó, lavou a partir de Kivalina, disse Julie Speegle, um porta-voz do National Fisheries Service da NOAA no Alasca.Speegle disse que o material foi provavelmente inofensivo."A ferrugem é uma doença que afeta apenas as plantas, por isso não há motivo para alarme", disse ela, acrescentando que os detalhes sobre suas origens permaneceu um mistério."Não só não tem havido muita pesquisa feita sobre fungos de ferrugem no Ártico. Este é um que nós nunca encontrado antes que nós sabemos", disse ela.

Fonte:Reuters

domingo, 14 de agosto de 2011

Estudos mostram o que passa pela cabeça dos animais

Golfinhos são sádicos, vacas têm inimigas, gatos e cachorros são experts em dissimulação e galinhas fazem planos para o futuro. A ciência revela o universo oculto no cérebro dos animais

"Numa manhã, enquanto Gregor Samsa acordava de sonhos inquietantes, descobriu que tinha se transformado num inseto monstruoso. As várias pernas, miseravelmente finas em comparação com o resto do corpo, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos. ´O que aconteceu comigo?´, pensou." Sim: este é o começo de A Metamorfose, do Franz Kafka: Gregor Samsa acorda transformado numa barata. É tudo uma alegoria sobre a solidão, a timidez... Mas se acontecesse essa desgraça com você na vida real, não precisaria se preocupar: uma barata é só uma máquina programada para encontrar comida e fugir de chineladas. É burra como um glóbulo branco. Uma barata não sabe que é uma barata. Você não teria nojo de você mesmo se acordasse como uma - só iria pensar em comer uma lata de Nescau na cozinha. Mas um golfinho sabe que é um golfinho. Um elefante sabe que é um elefante. Um cachorro sabe que é... gente. O incrível é que, até há pouco tempo, a ciência não aceitava isso. Dividia tolamente a vida entre "humanos" e "animais" - como se uma baleia tivesse mais a ver com uma ameba do que com você. A noção geral dos cientistas hoje é bem mais complexa: a diferença entre as nossas faculdades mentais e as dos gatos, chimpanzés e periquitos seria de grau, não de tipo. É como comparar um Porsche com um Fusca: há uma clara diferença de nível entre eles, mas ambos são carros. E saíram da prancheta do mesmo projetista.

O próprio Charles Darwin é um precursor da noção moderna de como a ciência vê os animais. Para o homem que descobriu a identidade do projetista de homens e animais (a seleção natural), a mente parecia seguir uma certa continuidade ao longo da evolução das espécies. Os bichos mais abaixo na escala evolutiva também teriam inteligência e sentimentos, só que em níveis distintos. E Darwin estava certo. "As evidências de hoje indicam que muitos animais sentem alegria, tristeza, pena...", diz o biólogo Marc Bekoff, da Universidade do Colorado.

Claro que as pesquisas têm limitações: não existe uma máquina capaz de entrar na cabeça de um gorila, de um cachorro ou de uma galinha e mostrar o que é ver o mundo com os olhos de um gorila, de um cachorro ou de uma galinha. Mas dá para chegar mais perto do que você imagina.

CONSCIÊNCIA

Um camaleão não sabe que está mudando de cor quando se camufla. Cobras não têm consciência de que enganam predadores quando se fingem de mortas. E pelicanos voam numa formação em V sem compreender que assim poupam energia e facilitam a comunicação entre o bando e o líder. Tudo isso é obra da seleção natural. Tem tanto a ver com inteligência quanto não conseguir tirar os olhos de uma outra pessoa porque ela é bonita. É instinto cego, obra da natureza.

Por outro lado, um corvo que entorta um arame com o bico para utilizá-lo como vara de pesca não está agindo de forma programada. Corvos fazem isso para fisgar peixes. E tiveram de ser criativos para isso, tanto quanto nós, humanos, quando inventamos nossas varas e anzóis num dia qualquer há 80 mil anos. Os corvos agregaram uma nova ferramenta ao seu kit de instintos. Mas chamar isso de inteligência pode, Arnaldo? Pode, Galvão. Não só pode como deve.

Mas para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí, sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

"Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho", diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

Assim, o universo dos cachorros é um estrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja...

Bom, para sentir inveja, um animal precisaria ter autoconsciência - uma noção ampla sobre quem ele é no mundo. Chimpanzés, por exemplo, têm sentimentos complexos como inveja e vergonha (escondem o rosto quando fazem alguma besteira). E quem tem vergonha não é menos consciente que nós.

O teste mais clássico para auferir consciência é o do espelho. Seu cachorro ou gato não passa por essa prova. Mas chimpanzés, elefantes e golfinhos fazem isso sem problema. Eles não só sabem quem e o que são como têm o poder de analisar o que os outros estão pensando. A primatologista Jane Goodall observou que um chimpanzé evita até olhar para uma fruta enquanto outros chimpanzés estão presentes - só para abocanhá-la inteira quando está sozinho. Alguns tampam a cara para impedir que os outros saibam que estão com medo. Tudo bem que falar de chimpanzés é covardia: geneticamente, eles estão mais próximos de nós que dos gorilas - se um ET chegasse à Terra, provavelmente não saberia distinguir a Scarlet Johanson de uma chimpanzé mais ajeitada. Ele pensaria: "Essa macacada é tudo igual"... Você não acha que ovelha, por exemplo, é tudo igual? Claro. Mas as ovelhas não. Uma pesquisa da Universidade de Cambridge mostrou que elas identificam o rosto de pelo menos outras 50 ovelhas. É isso aí: até os animais menos brilhantes podem surpreender. Mas nenhum é tão malandro quanto os que a gente tem dentro casa.

ESPERTEZA

Poucas coisas incomodam tanto quanto choro de gato com fome. Parece que ele vai morrer se você não der comida na hora. Mas não se desespere: pode ser um truque do bichinho. A cientista Karen McComb, da Universidade de Sussex, na Inglaterra, descobriu que alguns gatos emitem uma súplica de alta frequência, similar ao choro de um bebê, que dispara um senso de urgência no cérebro humano. Resultado: os donos se sentem compelidos a alimentá-los. Isso é um instinto que animais domésticos desenvolvem. Eles nascem sabendo isso. Então não é indício de inteligência para valer, certo? Errado: "Dos gatos que analisamos, só choravam assim os que viviam em casas habitadas por uma só pessoa. Ou seja: gatos aprendem a enfatizar dramaticamente o choro quando vivem com humanos numa relação de um para um", diz McComb.

Com esse miau histérico, Garfield e sua turma dão um show de inteligência emocional: eles sacam a fraqueza do dono para manipulá-lo. Cachorros não são menos malandros. Eles também fazem suas demandas de acordo com o público da casa. "Cães aprendem rápido quem são as pessoas que podem colaborar e as que não lhes dão bola", diz Horowitz.

Eles fazem isso melhor que qualquer outro animal. Num ranking de inteligência emocional, os cães seriam os campeões, de longe. O segredo deles é o contato visual. Eles são os únicos bichos que sabem o que você está pensando: olhando nos olhos eles podem detectar o nível de atenção dos donos e atuar de acordo com ele. Essa habilidade é um atributo evolutivo: cães são descendentes de lobos que trocaram a matilha pelas aglomerações humanas há 13 mil anos. Os que melhor emulavam o comportamento humano (incluindo aí a habilidade de ler a mente do outro olhando nos olhos) cresceram e se multiplicaram porque viraram os preferidos dos humanos. Os que não tinham esse dom ficaram pelo caminho. E hoje todo cão é um expert em contato visual. Como eles sabem aplicar essa habilidade inata para resolver desafios (identificar seus potencias colaboradores entre os humanos da casa), não há como negar sua inteligência.

Mas o brilho da mente dos cachorros e gatos não chega perto da de um concorrente quase descerebrado: o papagaio. Um exemplar da espécie, Alex, contava até 6 e manejava um vocabulário equivalente ao de uma criança de 2 anos. O papagaio, morto em 2007, aos 31 anos, também distinguia objetos pelo formato, cor e composição. Sua treinadora, Irene Pepperberg, lhe mostrava 5 objetos de plástico (3 amarelos, 1 roxo e 1 vermelho) e um pedaço de madeira verde. Depois perguntava: "Qual é o material verde, Alex?". Ele respondia: "Madeira". E quando ela indagava "Quantos amarelos tem aqui?", ele tirava de letra: "Três".

Essa capacidade de entender o mundo somada à habilidade que os papagaios têm de imitar nossa voz fazia com que Alex fosse visto como uma pessoa com asas, um desenho animado ao vivo. Era a noção humana de inteligência encarnada numa ave com o cérebro do tamanho de 3 castanhas-do-pará.

Por essas Alex jogou uma pá de cal numa antiga noção da ciência: a de que sempre há uma relação direta entre o tamanho do cérebro e a capacidade cognitiva. Com seu cérebro de 9 g (o nosso tem 1 500 g), o papagaio era mais perspicaz que um cachalote - dono do maior cérebro do planeta, com quase 8 quilos. A proporção entre o tamanho do cérebro e o tamanho do corpo também não diz tudo, pois favorece bichinhos nada brilhantes. No esquilo, por exemplo, a relação entre o tamanho do cérebro e o do corpo é de 3%, contra 2% no homem.

Outra explicação clássica é o tamanho do neocórtex. É a parte mais externa do cérebro, justamente a que evoluiu por último no reino animal. Só os mamíferos têm (e o nosso é enorme). Mas hoje sabbe-se que ele não é indispensável para o pensamento. Alex, que não era mamífero, não tinha neocórtex. Mas raciocinava. E outros pássaros também dão show de inteligência. Principalmente os corvos. O zoólogo de Cambridge Christopher Bird (piada pronta: bird, hehe) viu corvos jogando pedras dentro de um reservatório para fazer subir o nível da água e, assim, poder tomá-la. Eles selecionavam as pedras maiores para que a água subisse mais rápido. Nas praias do norte da Europa, corvos pegam conchas com o bico na areia. Levam até o alto e jogam em cima das pedras. Depois de alguns arremessos as conchas quebram e eles comem o recheio. Seus parentes de áreas urbanas fazem a mesma coisa. Só que jogam as conchas na faixa de pedestre das avenidas à beira-mar, esperam os carros passar por cima e catam o recheio quando o sinal fica vermelho. É fato: os corvos entendem causalidade ("se eu fizer X, acontecerá Y"). Em outras palavras, eles pensam muito bem. E melhor do que qualquer outro animal, fora os primatas e cetáceos.

LINGUAGEM

O Homo sapiens é o único animal capaz de dominar sintaxe, formar frases complexas e registrar o que pensa. Fato. Mas alguns bichos podem compreender a nossa linguagem quase como se fossem uma pessoa - embora não consigam reproduzi-la com a desevoltura de um papagaio .

Que o diga Kanzi, um bonobo (parente do chimpanzé) criado pela pesquisadora americana Sue Savage-Rumbaugh. Ele cresceu exposto ao nosso vocabulário e domina 400 palavras. Como não pode falar, Kanzi forma frases apontando para um glossário com símbolos. Eles representam de substantivos e verbos simples, como "banana" e "pular", a conceitos complexos, como "antes" e "depois". Kanzi pode até conjugar verbos - inclusive no passado e no gerúndio. É mais ou menos como você tentando se virar numa viagem para o Camboja. Você pode até voltar entendendo algumas palavras do cambojano, mas dificilmente vai ter aprendido a conjugar algum verbo. É bem mais difícil. E olha que cambojanos e brasileiros são todos animais da mesma espécie. Ponto para Kanzi, então.

Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam "ESQUERDO BOLA BATER", por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido "PRANCHA PESSOA ÁGUA" era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já "PESSOA PRANCHA ÁGUA" era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e apremder um idioma. Ponto para os golfos.

Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática.

Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. Mas o que isso importa para os outros animais de sua espécie? Kanzi não vai usar seu glossário com bonobos que vivem na floresta. E Chaser pode até aprender versos de Shakespeare, mas será inútil tentar esbanjar seu intelecto com outros cães. Mas a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer "tchau", "pare" ou "custa R$ 5".

O mistério sobre a língua dos golfinhos - e a das baleias, que se comunicam de um jeito parecido com o de seus primos - continua. Mas a tecnologia pode dar uma força. Merlin, um golfinho nariz-de-tesoura que vive em Puerto Aventuras, no Caribe mexicano, é o primeiro de sua espécie a usar iPad. Seu treinador, Jack Kassewitz, espera que a tela sensível ao toque do focinho comece a facilitar a comunicação entre humanos e cetáceos. Bom, tomara que eles não fiquem só jogando Angry Birds, como fazem os humanos quanto colocados diante do tablet.

EMOÇÕES

Falando em Angry Birds, passarinhos não só ficam nervosos como amam também. Mais de 90% das aves são monogâmicas. Gansos e corvos passam a vida fiéis a um único parceiro - já os casais de pombos não são tão pombinhos assim: eles traem; mas não tiram a aliança da pata. "Desconfio que aves se apaixonam mesmo, porque alguma recompensa interna [a sensação boa de amar alguém] é necessária para manter um relacionamento de longo prazo", diz o biólogo Bernd Heinrich, da Universidade de Vermont, EUA.

É realmente improvável que o amor tenha aparecido entre os Homo sapiens sem nenhum precursor na escala evolutiva. E, como imaginou Darwin, o mesmo vale para o prazer, a dor... e a saudade.

Veja o caso dos cachorros. A espécie evoluiu para se tornar mais que uma subespécie de lobo. Emocionalmente ele está mais para um humano de quatro patas. Na alegria e na tristeza. Alguns se recusam a comer quando o dono vai viajar e voltam a aceitar o prato depois de ouvir a voz de seus pais humanos no telefone. É uma forma primitiva de saudade.

Mas poucos animais mostram suas emoções com tanta clareza quanto os elefantes. Eles ficam de luto, por exemplo. Quando reconhecem a ossada de um membro do grupo, eles gentilmente se reúnem em volta dele. Joyce Poole, que estuda elefantes há mais de 30 anos, acredita que órfãos dessa espécie sofrem de depressão, até: filhotes que presenciaram a mãe ser morta acordam gritando. Chimpanzés órfãos também são emotivos: passam horas se despedindo do corpo da mãe. Vacas também têm seus momentos down. Mas a maior característica delas é outra: são fofoqueiras. Formam pequenos grupos de amigas, têm rixas com outras vacas e guardam rancor por anos. Elas também sentem prazer ao vencer desafios. Um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que, quando elas aprendiam a abrir uma porta para obter comida, por exemplo, suas ondas cerebrais e seus batimentos cardíacos mostravam um alto nível de excitação. Acontecia a mesma coisa quando elas estavam prestes a transar - mesmo quando quem vinha por trás era outra vaca, brincando de montar em cima dela.

O prazer com o sexo também parece universal. E entre os mamíferos é parecido com o nosso. Às vezes, melhor. As fêmeas de bonobo têm órgãos sexuais enormes, do tamanho de bolas de futebol. E clitóris comparável a um dedo. Elas passam o dia se masturbando e chamando para a cama qualquer macho que passe pela frente - até por isso os bonobos são os mais pacíficos entre os grandes macacos: os homens não brigam por mulher. E mulher não briga por homem: na falta de macho, elas se viram entre si.

Nada é tão comum entre nós e as outras coisas vivas do mundo quanto a busca pelo prazer. Hipopótamos estiram as pernas para deixar que os peixes mordisquem seus dedos, numa verdadeira sessão de massagem. Os batimentos cardíacos dos cavalos caem quando têm o cabelo da nuca escovado. Eles relaxam. O perfume Obsession for Men, da Calvin Klein, é atrativo para fêmeas de guepardos. E existe o prazer em fazer o mal também. Golfinhos, por exemplo, têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: "Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros". Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

GALINHAS FAZEM PLANOS

Galinhas se preocupam com o futuro. Cientistas ensinaram galinhas a bicar 2 botões para obter 2 recompensas distintas. Com o botão 1 elas esperavam pouco (2 segundos) para obter pouca recompensa (3 segundos de acesso a comida). Com o 2, elas esperavam muito (6 segundos) para obter muito (22 segundos de comilança). A conclusão? A pesquisadora britânica Christine Nicol resume: "Com incentivo, as galinhas foram capazes de exercer auto-controle".

LÍNGUA PRIMATA

O vervet aqui em cima, um miquinho africano, tem um idioma próprio. É um sistema de alarmes sonoros, em que cada grunhido corresponde a um predador. Grandes macacos, como chimpanzés, também usam gestos e expressões faciais. E tentam levar vantagem em tudo. Um macaco que tem uma lesão na pata e descobre que, enquanto estiver ferido, não é atacado pelo macho dominante, continua mancando na frente dele depois de a ferida ter sarado completamente.

QI canino
Os mais inteligentes:
• Border collie
• Poodle
• Pastor alemão
• Golden retriever
•Doberman

Os mais ou menos:
• Dálmata
• Husky siberiano
• Greyhound
• Boxer
• Dinamarquês

Os menos:
• Shih-tzu
• Chow chow
• Buldogue
• Basenji
• Afghan hound

Os mais espertos:
1º Grandes macacos e cetáceos
Chimpanzés, gorilas, golfinhos e baleias se comunicam bem entre si e se entendem com os humanos.

2º Corvídeos
São aves superdotadas. Vivem em sociedades complexas, se reconhecem no espelho (coisa rara no mundo animal). E confeccionam ferramentas.

3º Carnívoros sociais (leões, hienas, lobos)
Não são grandes crânios, mas na hora da caça cooperam com mais eficiência que um time de futebol. Os cachorros, parte desse grupo, são os que melhor entendem nossa mente.

4º Animais de rebanho (vacas, cabras)
Têm cara de burros. São burros. Mas mantêm alguns vínculos sociais. E sentem prazer, excitação e ansiedade.

Fonte:Superinteressante

Em situações de risco, nosso corpo ganha superpoderes

Força e resistência
Mesmo que por um curto período, nossos músculos são capazes de se contrair todos de uma vez, gerando uma força incomum. Com endorfina, é possível não sentir dor, e os ossos modificam sua estrutura para suportar grandes pressões.

MÚSCULOS
1. OXIGENADO
Com a adrenalina no corpo, o sangue circula com mais facilidade e intensidade, levando mais oxigênio aos músculos, que passam a trabalhar mais contraídos.

2. PODER DA MENTE
Por isso, quando o sistema nervoso envia os impulsos elétricos para estimular os músculos, as fibras de contração rápida são ativadas todas simultaneamente.

3. RICOS EM FIBRAS
Tudo ocorre a um nível microscópico: cada músculo tem milhares de fibras, que contêm centenas de miofibras.

4. CONTRAIR E COÇAR
Compostas de proteínas, as miofibras são formadas por filamentos menores ainda. Esse conjunto provoca a contração muscular depois de receber o impulso elétrico.

5. ENCAIXE PODEROSO
Os filamentos são dispostos em fileiras. Na contração muscular, um desliza sobre o outro e eles se encaixam - é dessa sincronia que vem a explosão de força.

OSSOS
1. DURO DE ROER
O tecido compacto que reveste o osso funciona como uma capa rígida, composta de cálcio e fósforo. Nervos e vasos saguíneos passam por orifícios em sua superfície.

2. FESTA DO INTERIOR
Por dentro, os ossos têm uma parte mole e viva, composta de fibras de colágeno.

3. MANIA MOLE
Graças ao interior maleável, o osso é capaz de mudar e se rearranjar para aliviar grandes tensões.

DOR
1. O CAMINHO DA DOR
No segundo em que nos ferimos, o estímulo da dor chega até o cérebro.

2. ALÍVIO IMEDIATO
Quando o cérebro entende que a dor é muito grande, ele nos poupa da notícia ruim: envia sinais para a hipófise, que libera no sangue a endorfina. Esse analgésico natural obstrui a comunicação entre os nervos, impedindo que os estímulos de dor passem.

ENERGIA
De homem a super-homem: com adrenalina, os sentidos ficam mais aguçados.

1. O PERIGO
Ao sentir medo ou se deparar com uma situação de risco, o corpo sofre uma mudança radical. O hipotálamo (responsável por manter o equilíbrio entre o estresse e o relaxamento) é acionado e envia uma mensagem para que o organismo fique alerta.

2. ROLA UMA QUÍMICA
A glândula hipófise recebe a mensagem do hipotálamo e envia, pelo sangue, sinais que ativam as glândulas suprarrenais (acima dos rins), que produzem adrenalina

3. HORMÔNIO DO "FICA ESPERTO"
A adrenalina é responsável por criar um estado de prontidão. Ajuda a pessoa a enfrentar o perigo e o organismo a lidar com o estresse.

4. NO SANGUE
Ao cair no sangue, a adrenalina contrai os vasos sanguíneos. Assim, o sangue corre mais rápido, o que aumenta os batimentos cardíacos e o fluxo de oxigênio no corpo. O cérebro fica mais apto a tomar decisões rápidas e os músculos, mais flexíveis. As pupilas dilatam-se para melhorar a eficiência visual e o fígado chega a produzir mais glicose, gerando mais energia.

Num caso de vida ou morte um sedentário pode correr até 5 km queimando glicose e segurar mais 7 km com gordura.

TANQUE RESERVA
Graças à adrenalina despertada pelo perigo, uma pessoa é capaz de correr mais do que o normal. Assim que acaba nosso combustível comum, a glicose, a adrenalina libera o uso de uma fonte alternativa de energia.

VEÍCULO FLEX
Esse combustível extra é a gordura. Geralmente abundante, quando ela entra em ação, você ganha mais um pique para fugir do perigo - e ainda sai um pouco mais magro do processo.

AMORTECEDOR
O joelho, nossa maior articulação, é capaz de suportar 20 vezes o peso do corpo.

1. DIVISÃO DE TAREFAS
Para aliviar as tensões, os joelhos contam com dois meniscos (o medial e o lateral). São cartilagens responsáveis por controlar o peso, estabilizando a articulação.

2. LIGAÇÕES DESEJOSAS
Os tendões e ligamentos conectam o joelho com músculos e ossos, trazendo a força da perna inteira para aquele ponto.

3. REVESTE E LUBRIFICA
Movimentos intensos no joelho? É um trabalho para a membrana sinovial. Além de revestir o joelho, ela produz um lubrificante que reduz atritos.

4. EMBORRACHADO
O amortecedor fica completo com a cartilagem, cuja principal função é absorver impactos. Sua espessura pode chegar até 0,6 cm.

Fontes: Camila Luisa Sato, fisioterapeuta formada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp); Arnaldo José Hernandez, chefe do Grupo de Medicina do Esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo; Ivan Okamoto, vice-coordenador do departamento de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.

Como seria o mundo se não precisássemos dormir?

Hoje uma noite em claro é suficiente para causar um estrago no corpo. Dependemos do sono para guardar energia, curar o cansaço, manter a capacidade de atenção e compreensão. Mas não é assim com todas as espécies. Embora não se conheça uma que fique 100% acordada o tempo todo, algumas nunca apagam completamente. Lagartos não têm sono profundo, só dão uma relaxada. Golfinhos mantêm um hemisfério do cérebro ligado para perceber a presença de predadores e subir à superfície para respirar. Outros mamíferos de grande porte dormem sempre com um olho aberto. Se tivéssemos evoluído para não depender do sono, não gastaríamos um terço da vida reabastecendo o corpo. Isso significa aproximadamente 214 mil horas a mais para gastar por aí, considerando a expectativa de vida do brasileiro.

Só que o mundo sofreria alguns ajustes. Precisaríamos de mais luz para aproveitar as noites. No Brasil, o aumento do consumo de energia nas casas poderia chegar a 22% - ou 75 mil megawatts -, se considerarmos que as madrugadas seriam como nossas noites de domingo. Precisaríamos de mais quase 7 usinas de Itaipu pra dar conta do recado. Ah, uma notícia ruim: trabalharíamos mais. Ou você pensou que as noites seriam só de curtição? Mas não faltariam compensações: poderíamos comer mais sem culpa e viajar por aí com menos dinheiro e burocracia.

Acordados para a vida
Tempo de mais, comida de mais, privacidade de menos

Jornada de 12 horas
Metade do tempo em que estamos acordados é dedicada à labuta, e isso também aconteceria se não dormíssemos. Você trabalharia 50% mais. Já tivemos jornadas de 12 horas no passado, como durante a Revolução Industrial. Naquela época, o trabalho longo aumentou a produtividade e acelerou o desenvolvimento. Seria o mesmo se não dormíssemos.

Check-in no boteco
Viajar ficaria muito mais fácil. Não precisaríamos reservar quartos, bastaria achar um estabelecimento para deixar as malas e tomar um banho. Qualquer lugar poderia ter um espaço assim: cafés, botecos, museus. Os mais espertos contariam até com mimos como uma piscininha para os clientes.

Amor público
Ninguém mais teria quarto para dormir, muito menos cama. Isso não significa apenas que as casas seriam menores. O conceito de privacidade como conhecemos hoje acabaria. Sem a alcova, nudez e sexo não seriam tabu, o que já acontece entre índios e esquimós. Nosso modo de vida seria mais aberto e amigável.

Vivos de sono
O acidente da usina nuclear de Chernobyl e o vazamento de óleo da Exxon Valdez poderiam nunca ter ocorrido: ambos aconteceram no turno da noite, e alguns estudos ligam as catástrofes ao cansaço de funcionários. E o número de mortos nas estradas cairia. No Brasil há 3 mil acidentes por ano por causa de motoristas que dormem ao volante.

A conta e um chazinho
Ninguém precisaria espantar o sono no expediente ou numa madrugada de trabalho. O consumo de café cairia pelo menos 10% (equivalente ao número de pessoas que hoje bebem café pra ficar acordadas, segundo pesquisa feita nos EUA). O chá seria popular, para ajudar a relaxar.

Come e (não) dorme
Enquanto dormimos, o corpo funciona em um "modo econômico": exige 50% menos calorias. Sem o sono, gastaríamos mais energia - e precisaríamos de mais comida para repor o estoque. Seriam cerca de 530 calorias a mais por dia (um pouco mais do que um Big Mac) para um adulto de 70 quilos.

Fontes: Ioná Zalcman Zimberg, pesquisadora do departamento de psicobiologia da Unifesp; Monica Andersen, pesquisadora do Instituto do Sono; Murilo Dáttilo, nutricionista da Unifesp; National Coffee Association - EUA; Operador Nacional do Sistema Elétrico; Polícia Rodoviária Federal; História do Pensamendo Econômico, E.K. Hunt.

É possível criar matéria a partir do nada!

Nada se cria, tudo se transforma. Essa lei da física pode estar sendo ultrapassada por um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan, que diz ter descoberto um meio de gerar matéria a partir do vácuo - popularmente conhecido como "nada". Isso seria possível porque, na verdade, o que nós chamamos de nada não é um vazio absoluto. Está cheio de partículas de matéria e antimatéria, que se anulam mutuamente. A novidade é que os pesquisadores descobriram um jeito de separá-las, usando equipamentos cuja tecnologia já é dominada pelo homem - no caso, um canhão de elétrons e um laser de altíssima potência, que seriam disparados contra o vácuo para separar a matéria da antimatéria, provocando uma reação em cadeia que resultaria na geração de novas partículas. "É possível gerar centenas de partículas usando apenas um elétron", diz o físico Igor Sokolov. "O problema era calcular essas reações. Agora podemos fazer isso", explica o físico Gastão Krein, da Unesp. Os cientistas dos EUA pretendem fazer uma experiência em escala reduzida usando o Hercules, um laser da Universidade de Michigan.

As partículas oriundas do nada são apenas elétrons e pósitrons (equivalentes dos elétrons no mundo da antimatéria). Não são átomos completos, com os quais seria possível fabricar coisas. Mas os cientistas acreditam que a descoberta poderá ser extremamente útil, e ajudar nas pesquisas sobre fusão nuclear - técnica que há décadas é estudada pelos físicos, e um dia poderá gerar energia limpa e quase infinita para a humanidade.

Fonte:superinteressante

Planta detecta a presença de explosivos

Quando recebem excesso de luz solar, as plantas liberam substâncias chamadas terpenoides, que engrossam as folhas e alteram sua cor. A pedido do Pentágono, cientistas americanos criaram uma técnica para manipular esse mecanismo e fazer com que a planta mude de cor na presença de explosivos. É uma versão transgênica do tabaco (Nicotiana tabacum), que poderá ser usada em aeroportos e locais visados por terroristas. O problema é que a planta leva 12 horas para mudar de cor. Mas os cientistas estão tentando acelerar o processo.
Fonte:Superinteressante

Sol reduz o efeito de remédios

Um estudo feito com 6 000 pessoas na Suécia constatou que a absorção de certas drogas, como imunossupressores e anticoagulantes, é até 17% menor durante o verão. Isso acontece porque tomar sol estimula a produção de vitamina D, o que por sua vez aumenta os níveis da enzima CYP3A4 - que quebra as moléculas dos remédios e faz com que eles sejam processados mais depressa pelo organismo.

Fonte:Hypescience

Câncer surgiu há 1 bilhão de anos

Cada vez mais gente tem câncer - segundo a Organização Mundial da Saúde, o número de casos vai crescer 50% até o final da década. Consequência do estilo de vida moderno. Mas um novo estudo sugere que o câncer, na verdade, pode ter origens remotas - em criaturas muito antigas, os metazoários, que existiram há aproximadamente 1 bilhão de anos.

Naquela época, as formas de vida mais sofisticadas eram meros agrupamentos de células, praticamente iguais e com o único objetivo de se reproduzir a qualquer custo. Esse comportamento é extremamente parecido com o dos tumores - cujas células apresentam pouca diferenciação de funções e se multiplicam de forma descontrolada. Os cientistas acreditam que, como o ser humano evoluiu a partir dos metazoários, o câncer é provocado por resíduos do DNA deles: fragmentos genéticos de 1 bilhão de anos atrás, que estão dentro das nossas células - e voltam à vida na forma de tumor. "O aparecimento de tumores no corpo é uma manifestação do metazoário que existe dentro de nós", diz o estudo, assinado por Paul Davis e Charles Lineweaver, da Universidade do Arizona e da Universidade Nacional da Austrália. A má notícia é que, se existe há 1 bilhão de anos, o câncer teve tempo para desenvolver táticas de sobrevivência. "Ele tem muitas habilidades, que não podem ser explicadas somente por sua eventual evolução dentro do corpo [do paciente]", diz Lineweaver. A boa notícia é que, desvendando a origem dos tumores, será possível enfrentá-los melhor. "Conhecendo as armas do inimigo, a batalha fica muito mais fácil."

Fonte:hypescience

Clube dos 110: conheça os segredos de quem passa dos 110 anos

Os supercentenários estão sendo cada vez mais estudados por chegarem onde poucos chegam: 110 anos. O que a ciência descobriu sobre eles pode ajudar você a viver muito mais!

"Deus deve ter se esquecido de mim", brincava sempre a francesa Jeanne Calment, que morreu aos 122 anos em 1997. Jeanne foi a pessoa que mais viveu no mundo até hoje e, se Deus deu uma força, agora a ciência está descobrindo motivos menos divinos para longevidades como a dela. Ela faz parte dos supercentenários, o grupo seleto e cada vez mais estudado daqueles que passam de 110 anos.

Os fiscais extraoficiais desse clube são os médicos do Gerontology Research Group, que mantêm uma lista atualizada dos supercentenários vivos. Em março deste ano, eram contabilizados 83 senhoras e 5 senhores - ou 1 a cada 80 milhões de seres humanos (ver quadro na página seguinte). Todos estão no hemisfério norte, mas isso tem mais a ver com a precariedade dos cartórios de 1900 na América do Sul, África e Oceania, o que dificulta a confirmação de idade. A pergunta que fica é: o que os faz especiais? E o que podemos fazer para ao menos nos aproximarmos deles?

Alguma coisa em comum

Segundo um estudo da Boston University School of Medicine, os supercentenários variam muito educação, renda, religião, etnia e até nos padrões de dieta - há desde vegetarianos longevos até anciões do churrasco. Mas eles também têm muita coisa em comum: poucos são obesos, nenhum é ou foi fumante, a maioria lida bem com situações estressantes.

Os bons hábitos são tão determinantes que, quando são adotados por todos, criam-se bolsões de longevidade. Talvez o melhor exemplo seja Loma Linda, na Califórnia, onde um grupo de adventistas vegetarianos não fuma, faz exercícios regularmente, dedica muito tempo à família - basicamente a receita da longevidade. Como consequência, eles têm uma expectativa de vida de 85 anos, 10 anos a mais que a média americana.

Além disso, o que é notável em se tratando de 11 décadas queimando neurônios, só 20% tiveram perdas neurológicas - 80% estão totalmente lúcidos.

Baseados em testes de personalidade, os médicos de Boston apontam ainda que poucos são neuróticos e a maior parte é extrovertida. Taí a Jeanne Calment para provar. Eu seu 110º aniversário, a francesa declarou: "Eu só tenho uma ruga, e estou sentada em cima dela".

Brincadeiras à parte, Jeanne tinha outro fator em seu favor: era mulher. Segundo o geriatra Eduardo Ferrioli, da Faculdade de Medicina da USP, as fêmeas humanas "vivem mais desde o útero", já que entre os nascidos vivos a maioria é mulher. Além disso, a proteção hormonal até a menopausa dificulta as doenças cardiovasculares em mulheres.

Outro fator que pode explicar essa sobrevida maior das mulheres é a época em que essas supercentenárias viveram. Elas são de uma geração em que a mulher quase não saía de casa e não era exposta à violência urbana e aos riscos da rua. Segundo Anderson Della Torre, o geriatra da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, outra possível causa para termos uma longevidade maior em mulheres é que elas fazem um maior acompanhamento periódico de saúde, enquanto os homens acabam abusando mais do álcool, tabaco e estresse e quase nunca vão ao médico fazer exames de prevenção.

Para Della Torre, isso deve mudar no médio e longo prazo, uma vez que hoje as mulheres estão tão expostas aos inimigos da longevidade quanto os homens.

Fórmula do envelhecimento

Sim, longevidade também vem de berço: mais da metade dos centenários têm parentes que atingiram os 100 anos ou mais. Mas bons hábitos como nutrição de qualidade, atividade física regular e uma boa quantidade de sono podem até mudar a estrutura genética. Sério: a forma como se vive pode atrapalhar ou ajudar na replicação de células e até encurtar ou alongar telômeros - estruturas que formam as extremidades dos cromossomos e são essenciais na replicação de células.

Estudos em camundongos mostraram que uma dieta equilibrada, com redução de calorias em 30%, faz eles viverem o dobro do tempo e os torna quase imunes a diabetes e câncer. A máxima "quanto mais velho você está, mais doente você é" deveria ser adaptada para "quanto mais velho você está, mais saudável você foi".

Se é para apontar uma regra para se viver mais, os geriatras fazem coro: o importante mesmo é se manter ativo física e mentalmente. Os mais velhos devem evitar o sedentarismo e, mesmo que a pessoa pare de trabalhar, nunca pode deixar de exercitar o raciocínio, a mente, seja participando de projetos, seja lendo livros ou fazendo quebra-cabeças. Até o acompanhamento psicológico é importante para evitar doenças como depressão, que também pode ser uma porta de entrada para outras patologias.

No best-seller Living to 100 ("Vivendo até os 100"), o médico americano Thomas Perls chama atenção para outros fatores que podem acrescentar anos de vida. Fio dental, inclusive. Perls diz: "Há relação direta entre inflamação da gengiva e doença do coração: passe fio dental todos os dias e adicione um ano à sua vida".

Mesmo com todo o fio dental do mundo, o fim sempre chega. Mas há boas notícias: segundo o Gerontology Research Group, a superlongevidade vai crescer. Esses cientistas acreditam que somos testemunhas de uma expansão do limite biológico, uma vez que a qualidade de vida melhorou muito. Bom, então é isso: nos vemos no nosso 110º aniversário.

Fonte:Hypescience

Como funciona: Sala de cirurgia

Do posicionamento da equipe à localização dos equipamentos, tudo é planejado para que os médicos façam o trabalho com a maior agilidade possível. Ainda assim, cirurgiões, enfermeiros e paciente chegam a ficar até 12 horas lá dentro no caso das operações mais complicadas.

1. Cirurgião principal
Comanda a operação e fica ao lado da mesa, próximo ao órgão operado. Pode realizar os procedimentos ou só definir como a equipe deve fazê-los.

2. Cirurgião assistente
Tem o melhor acesso ao órgão que será operado, de frente para o cirurgião principal. Faz incisões e suturas, corta fios e afasta órgãos para facilitar à intervenção.

3. Anestesista
Aplica a anestesia e monitora o nível de consciência do paciente, administrando o tubo que lhe fornece oxigênio. Por isso, deve ficar na cabeceira da mesa.

Auxiliares:

4. Instrumentador
Entrega os instrumentos aos médicos.

5. Enfermeiro-chefe
Prepara a sala e auxilia em eventualidades - opera o desfibrilador, por exemplo.

6. Circulante
Cuida dos artigos descartáveis, como gaze e algodão.

Fontes:Cláudia Araújo, enfermeira responsável pelo centro cirúrgico do Hospital Pró-Cardíaco/RJ; Marcelo Dibo, diretor executivo do Hospital Badim/RJ, Pedro Portari Filho, secretário-geral do Colégio Brasileiro de Cirurgiões/CBC; Ricardo Lima, coordenador do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Samaritano/RJ; e Tomaz Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O que as marcas nas suas unhas dizem sobre sua saúde?

Doenças se manifestam da raiz do cabelo à ponta dos pés, mas as unhas são particularmente boas para delatar alterações na saúde. Isso acontece porque produzir unhas saudáveis é uma tarefa complexa e delicada. Se faltar algum zinco, ferro, cobre, água, entre outros, a matriz ungueal, responsável pelo seu cres­cimento, entrega um trabalho malfeito. Isso sem falar em agentes externos: unhas amareladas, por exemplo, podem ser sinal de fungos que aproveitaram uma imunidade baixa. Por isso, dermatologistas recomendam o autoexame das unhas. Se não estiver rosa e com a lúnula (a popular "meia-lua") bem branquinha, não precisa roê-las, mas marque uma consulta.

Na ponta dos dedos
Saiba como as unhas são alteradas por algumas doenças:

1. Amareladas
No caso de fumantes, o amarelo vem da impregnação da nicotina - liberada principalmente sobre a unha dos dedos médio e indicador. Além disso, baixa imunidade atrai fungos, como a cândida, que também pode deixar as unhas amareladas.

2. Azuladas
Enfisema, bronquite, asma e outras doenças pulmonares dificultam a tarefa de distribuir oxigênio para o corpo. Quando isso acontece, o sangue chega a alguns órgãos e tecidos já desoxigenado - ou seja, mais azulado, o que se reflete nos vasos sanguíneos das unhas.

3. Vermelhas
Causadas por problemas de circulação ou endocardite bacteriana. Neste caso, o endocárdio (membrana que reveste o coração) é invadido por bactérias que se multiplicam e migram para outras partes do corpo, como as unhas.

4. Manchas brancas
É um sinal de deficiência alimentar, que além disso provoca unhas secas, deformadas e quebradiças.

5. Esbranquiçadas
Típicas de quem sofre de doenças do fígado, como cirrose. Com a queda da taxa de albumina, substância proteica fabricada no fígado e liberada no sangue, a lúnula cresce, dando à unha um aspecto opaco.

Fontes: Evandro Tinoco Mesquita, cardiologista do Hospital Pró-Cardíaco; Omar Lupi, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia; Solange Maciel, dermatologista da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro.

Quais os níveis de radiação a que estamos expostos no dia a dia?

O cotidiano é radioativo: da luz solar ao ato de comer uma banana. Saiba onde começam os riscos da radiação

Há dois tipos, ionizante e não ionizante. A segunda é mais comum, presente em celulares, por exemplo. Seu único efeito conhecido é o aumento de temperatura (micro-ondas funcionam assim). Há estudos questionando sua segurança, mas a radiação que comprovadamente faz mal é a ionizante, que pode matar em poucas horas. Tudo questão de dose e tempo: o corpo humano é capaz de eliminar pequenas quantidades.

AFINAL, E O CELULAR?

Em maio a OMS o reclassificou como "possivelmente cancerígeno". Mas a própria organização disse que faltam estudos que comprovem o risco. O problema da radiação não ionizante é a emissão de ondas eletromagnéticas. "Neurônios podem absorver frequências baixíssimas do aparelho, o que poderia causar tumores", explica Álvaro Almeida Salles, da UFRGS. Mas você teria que usar muito o celular para levar isso em conta. Segundo Renato Sabbatini, da Unicamp, só quem fala no aparelho pelo menos 30 minutos ao dia, por 20 anos, precisa se preocupar. Na dúvida, use mais o viva-voz e evite deixar o telefone o tempo todo no bolso.

Por que às vezes o tempo voa e outras vezes se arrasta?

Você está assistindo à final do campeaonato num estádio de futebol e seu time está ganhando. Falta pouco para o jogo acabar, mas um gol do adversário pode estragar tudo. Você está à beira de um ataque de nervos porque aqueles minutos finais não terminam nunca. Enquanto isso, a torcida do outro time alimenta a esperança de um empate, mas o tempo está passando depressa demais e nada desse gol acontecer.

O lugar e a quantidade de minutos decorridos são os mesmos, mas os sentimentos das torcidas são bem diferentes e a forma como elas sentem o tempo passar também. Segundo o professor William Gomes, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), esta situação ilustra bem como a percepção do tempo pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com a situação.

Ele explica que, para a psicologia, o tempo “é a medida dos nossos julgamentos. O seu tempo psicológico não corresponde ao cronológico. Ele corresponde ao estado momentâneo de sua consciência”, completa. Então sim, é totalmente possível que o tempo voe ou se arraste em alguns momentos. Mas por que?

Quando o tempo voa

Segundo o professor William, nosso tempo vai depender de como estamos nos sentindo, bem como da nossa atitude em relação ao passado e ao futuro. Por exemplo: quando está em jogo alguma coisa que te desafie e direciona sua atenção para o futuro, as horas podem passar voando. Tipo uma entrevista de emprego ou uma prova importante como o vestibular. Tudo por causa da ansiedade.

O professor José Lino Oliveira Bueno, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP em Ribeirão Preto, é referência nos estudos sobre o tempo, tanto no Brasil quanto lá fora. Ele descobriu que estímulos vindos da arte – principalmente música e artes plásticas – podem influenciar nossa percepção temporal e revelar outros motivos para essas distorções.

Um estudo orientado por ele expôs voluntários a trechos musicais curtos e pediu que informassem qual havia sido a sua duração. O resultado revelou que, quando a música terminava em uma tônica (como a dos Pôneis Malditos), a estimativa era próxima do real. Mas eles tinham a impressão de que o tempo havia passado mais depressa quando a música terminava distante da tônica. “O participante tem uma experiência de algo inacabado e subestima a duração do tempo do estímulo apresentado”, explicou José Lino.

Quando o tempo se arrasta

Quanto mais uma coisa te incomoda, mais o tempo demora a passar, certo? O professor William explica que um momento em que a pessoa precise lidar com algo que a tenha perturbado gravemente no passado provavelmente será mais longo, porque fará com que ela fique remoendo lembranças dolorosas e reavaliando suas atitudes.

Pesquisas têm relacionado a duração de um evento com a quantidade de energia gasta pelo cérebro naquele momento. Em outras palavras, o seu cérebro está trabalhando mais nessas horas, o que dá a impressão de que o tempo está passando mais devagar. Para ilustrar: quando você olha uma foto da casa em que passou sua infância, há muito mais coisa acontecendo em sua mente do que quando você vê uma foto que não lhe diz nada, mesmo que seja exposto a elas pelo mesmo período de tempo. A mesma coisa quando você está assistindo a um filme ruim que não acaba nunca – sua mente começa a trabalhar mais para encontrar meios de se distrair.
Excitação e perigo também podem fazer com que o tempo pareça passar mais devagar. Em um experimento conduzido no ano passado, pesquisadores da Universidade da Califórnia pediram a voluntários que estimassem por quanto tempo um ponto aparecia numa tela, ao mesmo tempo em que analisavam sua atividade cerebral por meio de ressonância magnética. Algumas vezes, o ponto aumentava de tamanho, dando a impressão de que estava se aproximando, e outras vezes diminuía, parecendo se afastar. No primeiro caso aconteceu algo curioso: os participantes superestimavam o tempo em que o ponto aparecia, o que não acontecia quando o ponto dava a impressão de estar se afastando. Nesse momento em que o tempo parecia passar mais devagar, estavam mais ativas as áreas cerebrais relacionadas a autojulgamentos e reflexões – o cérebro estava ocupado pensando sobre si mesmo, seus planos e atividades. Mas ativaram-se também áreas relacionadas à excitação, perigo e sentimentos negativos. Faz sentido: algo se aproximando de você pode ser ameaçador; assim, seu cérebro precisará se preparar de alguma forma e buscar recursos para reagir, o que o fará com que trabalhe mais – e, assim, o tempo parece passar mais devagar. Nada aconteceu quando o ponto se afastava, pois nesse caso foi ativada no cérebro a região associada à sensação de segurança – um objeto se afastando não é ameaçador, o que dá a permissão para que você relaxe.

Os fatores emocionais na percepção do tempo

Tempo também tem a ver com emoção. Em um estudo do professor José Lino, voluntários ouviram trechos da obra musical “Quadros de uma Exposição”, de Modest Mussorgsky, mas apenas metades deles receberam informações de alto teor emocional sobre a composição dessa obra (ela foi feita homenagem a um grande amigo de Mussorgsky que havia falecido). Quem sabia sobre o drama sentiu o tempo passar mais devagar.

Segundo outro estudo, o andamento das músicas também influencia a percepção temporal. Foram compostas músicas nos sete modos eclesiásticos musicais (escalas com diferente distribuição de intervalo de notas). Trechos com mesma duração, mas diferente modo musical foram percebidos como tendo duração diferente. “Cada modo pode ser associado a estados emocionais diferentes (uma música lenta é associada à tristeza; se aumentamos o andamento, ela passa a ser percebida como alegre), o que indica uma relação possível entre estado emocional e tempo subjetivo”, afirmou José Lino. “Essas alterações de tempo têm sido explicadas em função da complexidade dos estímulos a que a pessoa se expõe, das expectativas geradas por esses estímulos ou do grau de atenção produzido pela experiência da audição musical”, explica.

Dá para controlar a forma como sentimos o tempo passar?

Dá, mas você vai precisar de uma boa dose de concentração. “Controlar o tempo depende da sua capacidade de dirigir a consciência para os objetos e colocar as suas preocupações em suspenso”, disse o professor William. “A filosofia oriental, com a prática da meditação, também ajuda, pois possibilita à pessoa ausentar-se ou afastar-se do tempo”, completa. Mas esses recursos são difíceis e limitados – e a correria do dia a dia não ajuda. Se você tem uma tarefa complexa e pouco tempo para executá-la, por exemplo, não vai encontrar soluções milagrosas. Ainda mais porque o estresse e a ansiedade que essa situação pode causar podem acabar agindo para que você “trave” e fazem o tempo passar ainda mais depressa. A concentração vai ajudar, mas não te dá superpoderes.

Fonte: Superinteressante