Localizada a 1.500 anos-luz de distância e medindo quatro anos-luz de diâmetro, a nebulosa Medusa, além de linda, oferece uma antevisão do que o nosso sol vai ser um dia, quando ele chegar nos finalmente e morrer.
Esta imagem, capturada pelo “Very Large Telescope”, é o mais detalhado da nebulosa Medusa. Apesar de relativamente grande, é bastante fraca e difícil de observar.
É importante notar que o núcleo estelar da nebulosa Medusa não é tão brilhante quanto você vê no centro da imagem. Este ponto de luz em primeiro plano é uma estrela chamada TYC 776-1339-1. Essa estrela central da Medusa é azulada e encontra-se fora do centro em forma de lua crescente e na parte direita desta imagem.
Um comunicado da Agência Espacial Europeia explica as características da nebulosa. Seu nome foi dado em referência à Medusa da mitologia, que era uma criatura hedionda com serpentes no lugar dos cabelos. Na nebulosa, estas serpentes são representadas pelos filamentos de gás brilhantes.
O brilho vermelho de hidrogênio e a emissão verde tênue de gás oxigênio se estendem bem além deste quadro, criando uma forma crescente no céu. A ejeção de massa de estrelas nesta fase de sua evolução é muitas vezes intermitente, o que pode resultar em estruturas fascinantes dentro de nebulosas planetárias.
O nosso sol vai ficar assim?
Eventualmente. Pena que nenhum de nós vai estar aqui para admirar a vista.
De acordo com os especialistas da agência espacial, nosso sol vai passar por um processo semelhante daqui a cerca de 5 bilhões de anos. Nesta ocasião, suas camadas exteriores vão lentamente se desfazer no espaço, produzindo fluxos coloridos semelhantes aos da nebulosa Medusa.
O processo de formação de uma nebulosa planetária não leva muito tempo. Tipicamente, é algo em torno de milhares de anos – um mero piscar de olhos na expectativa de vida total de uma estrela. Após esta fase, as estrelas perto de morrer queimam lentamente e se transformam em anãs brancas.
fonte: io9.com/our-best-glimpse-yet-of-the-stunning-medusa-nebula-1705780675
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