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domingo, 21 de junho de 2015

NAVE ESPACIAL MESSENGER DETECTA CAMPO MAGNÉTICO DE 4 BILHÕES DE ANO EM MERCÚRIO

Usando dados obtidos a partir da já extinta nave espacial Messenger, da NASA, os cientistas mostraram que o campo magnético de Mercúrio poderia ter de 4 bilhões de anos, ultrapassando o da Terra em 400 milhões de anos.
Lançada em 2004, a sonda Messenger chegou à órbita de Mercúrio em 2011 e circulou o planeta por quatro anos, geralmente em altitudes variáveis entre 500 e 200 km. Depois de ficar sem combustível, a nave espacial terminou sua missão de 11 anos ao colidir com a superfície do planeta, em 30 de abril. Porém, durante vários meses antes do trágico final, a sonda foi capaz de orbitar cada vez mais perto da superfície, registrando o solo rochoso de Mercúrio em detalhes sem precedentes, fornecendo uma nova visão sobre a história e evolução do planeta mais próximo de nosso Sol. Agora, após a análise dos dados de uma série destas averiguações em baixa altitude - algumas a apenas 15 km do solo - os pesquisadores foram capazes de detectar vestígios de magnetização em antigas rochas na crosta, que eles dizem ser um sinal revelador de um campo magnético planetário, com cerca de 4 bilhões de anos. Evidências de um campo magnético e de um grande núcleo rico em ferro em Mercúrio, foram descobertas pela primeira vez, pela sonda Mariner 10, da NASA, em seus três voos rasantes no planeta, realizados em 1974. Messenger confirmou a presença deste campo magnético e estimou sua data. "Até esta observação, tudo o que nós sabíamos sobre a longevidade do campo magnético, ficou por conta da observação da missão Mariner 10", disse Catherine Johnson, geofísica planetária e principal autora do estudo, da Universidade de British Columbia, no Canadá. "Então, agora sabemos que havia um campo a cerca de quatro bilhões de anos, sobrepondo a interpretação mais simples, que seria a de que Mercúrio realmente teve um campo magnético”. Gerado pelo movimento do líquido derretido dentro do profundo núcleo do planeta - processo conhecido como geodínamo - o campo magnético é semelhante ao da Terra, só que muito mais fraco. Agora, os cientistas acreditam que ele poderia ser alguns bilhões de anos mais velho, embora os dois planetas tenham se formado ao mesmo tempo, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. Para identificar os campos magnéticos fracos presentes na crosta de Mercúrio, Messenger teve que ignorar a interferência magnética a partir de uma gama de outras fontes, incluindo o próprio campo magnético global, e as interações entre este campo e ventos solares, que geram correntes eletromagnéticas. As assinaturas magnéticas remanescentes foram detectadas em duas regiões ricas em crateras: a Suisei Planitia, e outra área marcada por grandes elevações, conhecida como Carnegie Rupes. Segundo Stuart Gary, assim que os pesquisadores determinaram as datas das rochas magnetizadas. Uma área que está mais cheia de crateras tem sofrido mais impactos de asteroides e meteoros do que outras áreas, e por isso, é mais velha. A missão Messenger já revelou muito sobre um dos nossos vizinhos mais próximos e, provavelmente, continuará revelando. "A missão foi planejada, originalmente, para durar um ano, ninguém esperava que ele fosse adiante. A ciência oriunda destas observações recentes é realmente interessante, e o que nós aprendemos sobre o campo magnético é apenas a primeira parte dela”, concluiu Johnson. FONTE: sciencealert.com/messenger-spacecraft-detects-4-billion-year-old-magnetic-field-on-mercury

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