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domingo, 21 de junho de 2015

CONHEÇA AS CONSEGUÊNCIAS DA INTERAÇÃO DO ÁLCOOL COM REMÉDIOS E ENERGÉTICOS

O uso de remédios junto com álcool é reconhecidamente danoso, mas por incrível que pareça, essa associação ainda é extremamente comum por parte da população. Saiba quais os remédios não podem ser misturados com álcool e o que é o efeito antabuse. A associação de bebidas alcoólicas com medicamentos pode levar a efeitos colaterais graves, inclusive com risco de morte. O álcool pode tanto potencializar os efeitos de um medicamento quanto neutralizá-lo. Pode também ativar enzimas que metabolizam o medicamento em substâncias tóxicas para o organismo.

1) Álcool potencializando o efeito de um medicamento

Quando as enzimas que metabolizam o medicamento são as mesmas do álcool, estas ficam “ocupadas” processando o etanol, fazendo com que o remédio permaneça mais tempo e em maior concentração na corrente sanguínea. Em alguns casos esta pode ser a diferença entre a intoxicação ou não.

2) Álcool inibindo a ação de um medicamento

Este processo ocorre em bebedores crônicos. O estimulo alcoólico constante no fígado faz com que haja um aumento no número de enzimas hepáticas. Quando um medicamento chega no fígado há um excesso destas para metabolizá-lo, inativando a droga muito mais rapidamente do que de costume. Este excesso de enzimas podem permanecer por semanas após cessar-se o consumo de álcool. O estimulo constante do etanol e seus metabólitos também podem gerar enzimas que transformam substancias não tóxicas em metabólitos tóxicos.

3) Álcool agindo no mesmo sítio dos medicamentos

Outra maneira de potencialização de remédios é quando estes, assim como o etanol, também atuam sobre o sistema nervoso central, como no caso de narcóticos e sedativos. Este sinergismo pode causar uma intensa e perigosa sedação.

4) Remédios aumentando o efeito do álcool

Alguns medicamento inibem as enzimas que metabolizam o álcool, aumentando seus efeitos e seu tempo de permanência no organismo, potencializando as lesões do álcool no organismo. Alguns exemplos de interação álcool-medicamentos: – ANESTÉSICOS : O uso de álcool dificulta a ação dos anestésicos, sendo necessária doses maiores para a indução anestésica em atos operatórios. Também potencializa os efeitos tóxicos destes medicamentos para o fígado. – ANSIOLÍTICOS ( BENZODIAZEPINAS): Aumentam o efeito sedativo, o risco de coma e insuficiência respiratória. – ANTABUSE (dissulfiram) : Antabuse ou Antabus é o principal nome comercial de uma droga chamada Dissulfiram, que inibe a enzima acetaldeído desidrogenase, impedindo a transformação do metabólito tóxico acetaldeído em ácido acético, que é menos tóxico para entender melhor este mecanismo). O acúmulo desta substância tóxica causa efeitos como vômitos, calor, sudorese, palpitação, cefaleia (dor de cabeça), hipotensão, dificuldade respiratória e até morte. O Dissulfiram é uma substância usada no tratamento do alcoolismo, pois o mesmo faz com que pequenas doses de álcool provoquem efeitos muito desconfortáveis. O doente toma o primeiro copo e começa a se sentir mal, parando imediatamente de beber. Isso acontece porque com o bloqueio da metabolização do acetaldeído, que é uma substância muito tóxica, sua concentração sanguínea chega a ficar 10x maior do que acontece normalmente. Com isso, pequenas doses de álcool levam a níveis de acetaldeídos maiores do que ocorrem em muitos “porres”. Em 15 minutos o paciente já começa a sentir os efeitos desagradáveis. Até pequenas quantidades de álcool como em doces e molhos podem causar os sintomas. Elevadas doses de álcool em quem faz uso de antabuse podem ser fatais. – ANTIBIÓTICOS: Existe um conceito de que misturar antibióticos e álcool é perigoso e pode inativar o primeiro. Isto é uma verdade parcial. Realmente a associação de álcool com alguns antibióticos pode levar a efeitos graves do tipo antabuse, descrito acima. São eles: – Metronidazol (Flagyl®). – Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim®). – Tinidazole (Tindamax®). – Griseofulvin (Grisactin®). – Cefotetan. Outros antibióticos como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida também não devem ser tomados com álcool pelo perigo de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática. Em ralação aos outros antibióticos não há relatos de interação. Porém, deve-se lembrar que o álcool inibe o sistema imune e dificulta o combate contra agentes infecciosos. Portanto, não é inteligente beber enquanto se está com uma infecção. – ANTICOAGULANTES: O álcool aumenta o efeito anticoagulante da Varfarina (Marevan®, Varfine®, Coumadin ®) podendo causar hemorragias. – ANTICONVULSIVANTES: Aumentam os efeitos colaterais e o risco de intoxicação enquanto que diminui a eficácia contra as crises de epilepsia (leia: EPILEPSIA | CRISE CONVULSIVA | Sintomas, tipos e como proceder). – ANTIDEPRESSIVOS: Aumentam as reações adversas, o efeito sedativo e diminui a eficácia dos antidepressivos. Pode também causar picos hipertensivos. – ANTI-INFLAMATÓRIOS: Aumentam o risco de úlcera gástrica e sangramentos. Aspirina (AAS) aumenta os efeitos do álcool. – ANTI-HIPERTENSORES: Reduzem a eficácia, causam tonturas e arritmias cardíacas. – ANTI-HISTAMÍNICOS (ANTIALÉRGICOS): Aumenta o efeito sedativo e causa tonturas e desequilíbrio. – HIPOGLICEMIANTES (ANTIDIABÉTICOS): Também pode causar efeito antabuse. Uso agudo de etanol prolonga os efeitos enquanto que o uso crônico inibe os antidiabéticos. – PARACETAMOL: Aumenta o risco de hepatite medicamentosa. – PROTETORES GÁSTRICOS: Aumenta o efeito do álcool e os efeitos colaterais do medicamento.

E quanto a misturar álcool com bebidas energéticas?

A associação de álcool com energéticos tipo Red Bull tem sido cada vez mais comum entre jovens, principalmente em festas e casas noturnas. As bebidas energéticas são ricas em substâncias estimulantes, nomeadamente cafeína, guaraná, taurina e efedrina. Existe a falsa crença de que esses estimulantes retardariam os efeitos depressores do álcool, sendo possível beber em grandes quantidades e não ficar bêbado. Algumas pessoas inclusive acreditam que as bebidas energéticas permitem que se conduza veículos mesmo após ingestão de grandes quantidades de bebidas alcoólicas. Na verdade, a associação de álcool com energéticos realmente leva a percepção de uma menor embriaguez, porém, o fato é que, após testes de habilidades motoras, acuidade visual e reflexos, fica-se claro que a intoxicação pelo álcool é exatamente igual. Isso é extremamente perigoso pois o consumidor tem maior dificuldade em reconhecer que não está apto a conduzir ou efetuar outras tarefas motoras. O consumidor fica tão bêbado quanto se não tivesse tomando energéticos, o problema é que ele não consegue se dar conta do fato. A inibição da percepção de embriaguez também faz com que as pessoas acabem ingerindo mais álcool do que conseguiriam se não estivessem tomando concomitantemente tantos estimulantes, facilitando a ocorrência de complicações como o coma alcoólico. Assim como o álcool, todos essas substâncias estimulantes, quando em excesso, podem causar arritmias cardíacas. Como essa associação é normalmente feita em pessoas jovens e sadias, os risco de complicações são menores, porém, existem vários relatos de convulsões e morte súbita de origem cardíaca em pessoas que exageram nesta associação. A cafeína também é um diurético e o seu abuso em conjunto com o álcool pode levar a desidratação e piorar os sintomas da ressaca no dia seguinte. Como se pode comprovar, o álcool interage com as principais classes de drogas. Na dúvida opte pelo mais seguro, não consuma álcool se estiver usando medicamentos. FONTE: mdsaude.com/2008/12/lcool-x-remdios.html

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