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domingo, 7 de junho de 2015

ENTENDE UM POUCO MAIS SOBRE A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Doença se caracteriza pela incapacidade de bombear o sangue corretamente. Falta de orientação aos pacientes é um dos fatores responsáveis pelo alto índice. Ela pode ser um mal silencioso. Começa com uma falta de ar esporádica, em atividades pouco rotineiras, como uma corrida para alcançar o ônibus ou algum exercício mais extenuante. Aos poucos, lavar roupa, tomar banho ou subir um lance de escadas passam a ser tarefas dificílimas. No estágio final, o desconforto respiratório e o inchaço nos membros, devido à má circulação, incomodam mesmo quando o paciente está deitado no sofá. Segundo o primeiro Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (Breathe — Brazilian Registry of Acute Heart Failure, na sigla em inglês), publicado no ano passado, 50 mil pessoas morrem todos os anos por complicações da doença no país. Além disso, 100 mil novos diagnósticos são feitos anualmente. “O nome, de uma certa forma, já revela. O problema ocorre quando o coração fica insuficiente para as necessidades do organismo”, explica o cardiologista Antônio Carlos Barretto, diretor do Serviço de Proteção e Reabilitação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, da Faculdade de Medicina da USP. Ainda de acordo com o especialista, o coração mais fraco perde a capacidade de bombear o sangue corretamente, daí a falta de ar e o inchaço. No entanto, embora a doença seja uma importante causa de morte, seu surgimento é sempre consequência de uma condição preexistente. “Ela é a fase final comum das cardiopatias. Toda doença do coração vai progredindo e termina com o órgão cansado. No infarto, por exemplo, morre uma parte do tecido e o que restou precisa trabalhar mais para compensar, daí fica cansado. Na pressão alta, ocorre a mesma coisa”, continua Barretto. O próprio envelhecimento, segundo ele, pode ser uma causa para o problema. Com diagnóstico precoce, no entanto, os médicos dizem que é possível retardar a evolução da doença e proporcionar uma vida normal ao paciente, com rotina de exercícios e dieta controlada, além do auxílio de medicamentos. Mas, sem esses cuidados, a enfermidade representa um importante risco. “A mortalidade é mais alta do que alguns tipos de câncer. Estatisticamente, sem tratamento, o mal tem uma taxa de 50% em um período de três a cinco anos. Mas, se cuidar, a pessoa melhora e vive bem. Claro que depende de cada paciente, mas tem gente que leva vida normal”, pondera o cardiologista.

Tipos

A insuficiência cardíaca pode ser dividida principalmente em dois tipos: Insuficiência cardíaca sistólica: ocorre quando o músculo cardíaco não consegue bombear ou ejetar o sangue para fora do coração adequadamente. Insuficiência cardíaca diastólica: os músculos do coração ficam rígidos e não se enchem de sangue facilmente. Ambos problemas têm uma coisa em comum: o coração não consegue mais bombear sangue suficiente rico em oxigênio para o resto do corpo. Causas A insuficiência cardíaca é uma doença crônica de longo prazo, embora possa, às vezes, se desenvolver repentinamente. Ela pode afetar apenas um dos lados do coração, sendo chamada, dependendo do caso, de insuficiência cardíaca direita ou insuficiência cardíaca esquerda. Mesmo que ela se desenvolva em somente um lado do coração, ambos os lados acabam sendo afetados conforme o tempo vai passando. Como a função de bombeamento do coração está comprometida, o sangue pode retornar a outras áreas do corpo, acumulando-se, por exemplo, nos pulmões, fígado, trato gastrointestinal, braços e pernas. Daí o outro nome dado à doença: insuficiência cardíaca congestiva. Com isso, faltam oxigênio e nutrientes para os órgãos onde houve acúmulo de sangue, prejudicando e reduzindo a capacidade destes de trabalhar adequadamente. No Brasil a causa mais comum da insuficiência cardíaca é a doença arterial coronariana (DAC), na qual teremos um estreitamento dos vasos coronarianos, que são responsáveis por levar oxigênio ao músculo cardíaco, pela presença de placas de gordura podendo levar a isquemia e infarto. Também podem levar a esta condição clínica alterações nas válvulas cardíacas, níveis pressóricos não controlados, inflamações do músculo cardíaco , doença de chagas e outras causas.

Fatores de risco

Um fator de risco único pode ser suficiente para causar insuficiência cardíaca, mas uma combinação de fatores, de acordo com médicos, também pode aumentar o risco da doença: - Pressão arterial elevada; - Doença arterial coronariana; - Ataque cardíaco; - Diabetes e alguns medicamentos para tratar a doença; - Apneia do sono; - Cardiopatias congênitas; - Infecção por vírus; - Consumo de álcool; - Batimentos cardíacos irregulares, a exemplo de arritmia.

Sintomas

Os sintomas da insuficiência cardíaca normalmente começam devagar. No início, podem aparecer apenas quando se está mais ativo. Com o passar do tempo, problemas respiratórios e outros sintomas podem começar a serem percebidos mesmo ao descansar. No entanto, os sintomas de insuficiência cardíaca podem também aparecer de repente, logo após um ataque cardíaco ou outro problema cardíaco. Os sintomas mais comuns da insuficiência cardíaca são: - Falta de ar na atividade física ou logo após estar deitado por um tempo; - Tosse; - Inchaço dos pés e tornozelos; - Inchaço do abdômen; - Ganho de peso; - Pulso irregular ou rápido; - Sensação de sentir o batimento cardíaco (palpitações); - Dificuldade para dormir; - Fadiga, fraqueza, desmaios; - Perda de apetite, indigestão; - Diminuição da atenção ou concentração; - Redução do volume de urina; - Náuseas e vômitos; - Necessidade de urinar durante a noite; - Bebês podem apresentar suor durante a alimentação (ou outra atividade). Alguns pacientes com insuficiência cardíaca não apresentam sintomas. Nessas pessoas, os sintomas podem aparecer somente sob as seguintes condições: - Ritmo cardíaco anormal (arritmias); - Anemia; - Hipertireoidismo; - Infecções com febre alta; - Doença renal.

Diagnóstico e exames

Na consulta médica: O médico deverá colher uma história clínica do paciente observando a presença de sintomas como falta de ar e cansaço, história de doenças prévias e familiares, e fazer um exame físico detalhado procurando identificar possíveis sinais da doença. Diagnóstico de Insuficiência cardíaca: O diagnóstico na maioria das vezes poderá ser feito baseado na história clínica do paciente, na sintomatologia e no exame físico. Os exames laboratoriais e de imagem serão complementares no diagnóstico e ajudarão no tratamento e seguimento deste pacientes.

Exames:

- Ecocardiograma de 12 derivações: possibilita a identificação de alterações de sobrecarga ou dilatação do músculo cardíaco e a presença de arritmias - Raio-X de tórax: avalia o tamanho do coração, presença de líquido nos pulmões e presença de infecções associadas - Ecocardiograma bidimensional: avalia o músculo cardíaco, a função do coração e as válvulas cardíacas - Angiotomografia coronariana: identifica a presença de placas de gordura e variações anatômicas - Ressonância cardíaca: calcula a função do coração, o tamanho das câmaras cardíacas, a presença de infartos e fibrose no músculo e ajuda no diagnóstico das causas da patologia - Cineangiocoronariografia: identifica a presença de placas de gordura, e possibilita o tratamento seja de valvulopatias ou obstruções coronarianas.

Tratamento

O tipo de tratamento a ser indicado deverá ser individualizado para cada paciente e dependerá de alguns fatores como: A causa da insuficiência cardíaca, os sintomas e complicações clínicas apresentados pelo paciente e o estágio da doença. O tratamento. Em geral o paciente deverá restringir o uso de sal, a ingesta de líquidos e perder peso. Não poderá ingerir gorduras e frituras. O tratamento medicamentoso avançou muito nos últimos anos, e têm possibilitado diminuição dos sintomas, aumento da sobrevida e da qualidade de vida dos pacientes. Serão utilizados antihipertensivos para controle da pressão arterial, diuréticos para diminuir o inchaço das pernas e liquido no pulmão, medicações que diminuam a descarga de adrenalina encontrada nestes pacientes, remédios que melhorem a contratilidade do coração e vasodilatadores. Em alguns casos, a doença subjacente que levou a disfunção do coração, necessitará de tratamento percutâneo com stents ou cirúrgico. Um exemplo muito comum são as valvulopatias, em que se pode fazer a correção da válvula do paciente, ou a sua troca, por uma nova que poderá ser de material biológico ou metálico. Outra abordagem cirúrgica poderá ser através de cirurgias de implante de enxertos de veia safena ou artérias mamárias, nas situações em que o fluxo de sangue nos vasos coronarianos estão comprometidos. Nos estágios mais avançados da doença , o transplante cardíaco poderá ser a única terapia efetiva.

Prognóstico

O prognóstico será melhor quanto mais precocemente a doença for identificada e quanto maior for a adesão ao tratamento e as recomendações propostas.

Complicações possíveis

O paciente poderá ter algumas complicações agudas que necessitem de tratamento de urgência para alívio dos sintomas. Poderá evoluir também para insuficiência renal, necessidade de diálise, uso de marcapassos e implante de dispositivos para tratar arritmias.

Prevenção

Na maioria dos casos, a insuficiência cardíaca é causada por doenças preveníveis. Deve-se procurar manter um estilo de vida saudável, com alimentação adequada, atividade física regular, não fumar e evitar o stress. Deve-se procurar um cardiologista com regularidade para que se possa avaliar a pressão arterial e identificar a presença de condições que poderão no futuro levar ao desenvolvimento da doença. fontes: lersaude.com.br/insuficiencia-cardiaca-mata-50-mil-pessoas-todo-ano-no-brasil-entenda-sintomas-e-diagnostico// Fontes: por Gláucia Chaves / Revista da TV / Vilhena Soares / Saúde / Correio Braziliense / Augusto Pio / Estado de Minas / Minha Vida / Saúde / Drº Roberto Cândia, do Laboratório Pasteur em Brasília

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