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domingo, 30 de novembro de 2008

Ondulações de terreno podem abrigar geleiras em Marte



A superfície de Marte é um local repleto de irregularidades de relevo, especialmente nas latitudes planetárias médias. Nessa faixa, picos íngremes são muitas vezes cercados por grandes colchões de material que se estendem por até 20 quilômetros em torno da montanha.
The New York Times

O Mars Reconnaisance Orbiter sugere que as ondulações são formadas por gelo puro, oculto por sob uma fina camada de terra e pedras

Os cientistas há muito acreditam que essas grandes ondulações possam conter água em forma de gelo, mas ninguém sabia até recentemente que volume de água estaria presente, ou que forma tomariam esses depósitos.
Novos indícios obtidos em levantamentos conduzidos por radar pelo Mars Reconnaisance Orbiter, um veículo orbital de pesquisa, sugerem fortemente que as ondulações são formadas por gelo puro, em forma de geleiras, ocultas por sob uma fina camada de terra e pedras.
Caso a observação seja confirmada, pode existir uma imensa quantidade de gelo em Marte mesmo nas regiões distantes dos pólos, e isso poderia oferecer um recurso conveniente para missões humanas.
"A sensação é mais ou menos como a de descobrir a Groenlândia", disse John Holt, da Universidade do Texas, o diretor científico de um estudo, cujas conclusões foram publicadas pela revista Science.
O radar da espaçonave tem capacidade de enviar ondas que penetram no solo, e foi direcionado a diversas dessas ondulações na bacia de Hellas, no hemisfério sul marciano. O instrumento obteve dois sinais refletidos ¿ o primeiro da superfície e o segundo de algo localizado sob o solo.
"Isso só pode acontecer, na verdade, em função da presença de um número limitado de materiais", afirmou Holt, e os indícios todos apontam para imensas placas de gelo.
Os pesquisadores sugerem que as geleiras em Hellas podem ter se formado milhões de anos atrás, quando o eixo de giro do planeta era mais inclinado que o atual, resultando em um clima que gerava muita neve na região em questão. Isso pode ter produzido placas de gelo que, ao se moverem em determinado momento, se enterraram sob os detritos superficiais, permitindo que o gelo sobrevivesse.
"O estudo demonstra que é possível preservar muito gelo, por muito tempo, sob uma camada de cobertura relativamente fina", disse Holt.

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