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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

AS GRANDES CIDADES ESTÃO MUDANDO O CLIMA DO PLANETA

Os cientistas concluíram que, nas regiões urbanas do hemisfério norte, a temperatura tem aumentado em média 0,1 grau por ano. Os especialistas afirmam que a alteração do microclima pode ser perigoso para os habitantes das cidades. Os cientistas do Scripps Institution of Oceanography estabeleceram que o chamado “efeito das ilhas urbanas de calor” tem influência na ecologia. Nas grandes cidades, o ar é aquecido pelas empresas industriais, pelos carros. Os edifícios de vidro e concreto esfriam lentamente e, como resultado, surgem zonas de concentração de calor provocadas pelo homem. Em um ano, a temperatura média no hemisfério norte aumenta 0,1 grau. Para o sistema ecológico, o perigo não é o calor em si, mas aquilo que, com ele, é levantado para a atmosfera, diz o ecologista Alexei Yablokov. “A questão não reside só no aumento da temperatura. Os grandes edifícios fazem alterar as correntes de ar. Nas cidades, o vento sopra de maneira diferente. Podem surgir fortes redemoinhos, o ar fica contaminado com poeiras. Isto é muito perigoso. Partículas muito pequenas, menores que um mícron, penetram facilmente no organismo, provocando doenças”. O nível de poluição do ar com metais pesados e outras substâncias perigosas depende em muito do planejamento da cidade. Se esta foi construída de forma muito densa e não possui avenidas para a passagem dos ventos, podem surgir zonas muito poluídas. Tal acontece, por exemplo, na capital russa, refere o diretor geral do Instituto de Economia das Cidades, Alexander Puzanov. “Em diversas alturas e em diversos regimes atmosféricos, este calor fica “estagnado” e, então, forma-se não apenas uma “ilha de calor” mas aumenta a concentração de resíduos na atmosfera. O mais perigoso é a alternação de frio e calor nas cidades que se localizam em zonas baixas. Por exemplo, em Moscou, há alguns bairros rodeados por pequenas colinas. Nesses locais, o ar frio pode manter-se parado durante bastante tempo juntamente com todas as partículas nocivas”. As grandes cidades causam, de fato, bastantes danos à ecologia das zonas onde estão localizadas. No entanto, tais danos podem ser minimizados. É suficiente construir instalações de depuração, reduzir as emissões de substâncias nocivas. Muito mais perigoso é o abate indiscriminado de florestas, diz Igor Chkradiuk, do Centro de Proteção da Natureza. Este problema não se verifica só nas cidades. “Nas pequenas aldeias, as pessoas também podem cortar todas as árvores, utilizar os solos até ao seu total esgotamento. Um exemplo é o atual Iraque, onde há 8 mil anos existia uma zona excecionalmente fértil, na qual o homem aprendeu pela primeira vez a trabalhar a terra. Agora é uma região deserta, embora houvesse poucas cidades. O importante não é o tamanho da zona urbana, mas sim fazer com que as pessoas não destruam tudo à volta apenas para o seu próprio conforto”. Tanto os cientistas norte-americanos como os investigadores consultados pela Voz da Rússia afirmam que as cidades estão de fato aquecendo o planeta. Todavia, por enquanto, o valor provocado pelo Homem representa perigo somente para os próprios habitantes das cidades. Agora se as grandes cidades continuarem a crescer e os recursos naturais continuarem a ser utilizados irracionalmente, não conseguiremos evitar uma catástrofe ecológica. Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/

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