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sábado, 15 de novembro de 2014

COMO A PNEUMONIA BACTERIANA AFETA O CORAÇÃO?

A pneumonia bacteriana é causada principalmente pela bactéria Streptococcos pneumoniae, mas também pode ser provocada pelas bactérias Klebsiella pneumoniae, Staphyloccus aureus, Haemophilius influenzae e Legionella pneumophila, responsáveis por um número menor de casos. Seus sintomas são bastante parecidos com os da pneumonia viral, e incluem tosse e aumento da secreção no sistema respiratório, dificuldades de respirar, falta de ar, dor no peito e febre alta. Apesar de grave, a doença geralmente é tratada em casa, com a ajuda de antibióticos, após o diagnóstico feito pelo médico, que pode incluir análise clínica, raio X e exames de sangue e de escarro. A pneumonia bacteriana não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de uma pessoa infectada a outra, por isso, os pacientes não precisam ser mantidos isolados. As bactérias causadoras da pneumonia bacteriana estão presentes no ar, e atingem o pulmão vindas de uma infecção em outra parte do corpo, trazidas pela circulação sanguínea ou através da aspiração de secreções da orofaringe do próprio paciente. Um sistema imunológico forte graças a hábitos de vida saudáveis é a melhor arma para prevenir a contaminação.

Riscos para o coração

Pesquisas recentes revelaram o que os médicos já sabiam há tempo – que a pneumonia bacteriana pode aumentar os riscos de problemas cardíacos, pois as bactérias causadoras da doença podem invadir e matar as células cardíacas, aumentando as chances do paciente apresentar ataques ou insuficiência cardíaca, além de taquicardia ou anormalidades no ritmo dos batimentos. Segundo o site americano WebMD, pesquisas de laboratório realizadas em tecido cardíaco de roedores, macacos e humanos revelaram não só que as bactérias causadoras da pneumonia danificaram as células, como também que um antibiótico usado no tratamento da doença pode facilitar o ataque das bactérias ao tecido cardíaco. Um dos líderes da pesquisa, o professor da Universidade do Texas, Carlos Orihuela, explicou ao site que, dentre os pacientes hospitalizados por causa de pneumonia, cerca de 20% apresentaram algum problema cardíaco, aumentando os riscos de morte. Agora, os médicos e pesquisadores estão trabalhando na criação de uma vacina para prevenir essa grave complicação da pneumonia bacteriana. A equipe de pesquisadores encontrou altos níveis de troponina, um sinal de lesões cardíacas, no sangue de ratos com pneumonia bacteriana. Ao investigar o tecido cardíaco dos ratos de teste, eles encontraram bactérias Streptococcus pneumoniae, as principais causadoras de pneumonia, em microlesões, ao redor das quais o tecido cardíaco estava morrendo. As células cardíacas morrem por causa dos efeitos da toxina pneumolisina, produzida pelas bactérias.

Danos causados pelos antibióticos

O tratamento da pneumonia bacteriana requer o uso de antibióticos, como a amoxicilina, a levofloxacina ou ceftriaxona, por um período que vai de uma a duas semanas. Em laboratório, verificou-se que a ampicilina usada para tratar ratos infectados com a bactéria cuasadora da pneumonia fazia com que as bactérias morressem e explodissem, liberando a toxina pneumolisina diretamente no tecido cardíaco, danificando as células. Uma alternativa seria o uso de antibióticos chamados de bacterioestáticos, que matam as bactérias mas não as fazem explodir, e que podem ser mais seguros para o tratamento. Portanto, pode-se concluir que as pessoas com pneumonia bacteriana têm risco aumentado de ter insuficiência cardíaca e outros problemas de coração devido à formação de microlesões cheias de bactérias, que, mesmo ao serem mortas por alguns tipos de antibióticos, como a ampicilina, morrem e liberam uma toxina, a pneumolisina, que causa a morte das células.

Possibilidade de vacinas

Segundo artigo publicado no 50º Congresso Brasileiro de Genética, apesar da pneumonia bacteriana e outras infecções causadas pela Streptococcus pneumoniae terem um grande impacto negativo sobre a saúde pública no país, as duas vacinas que existem hoje não podem ser amplamamente utilizadas pelo Sistema Público de Saúde (SUS). Isso porque uma delas apresenta baixa eficácia em crianças e idosos e não induz a memória imunológica (vacina composta por 23 sorotipos de polissacarídeos capsulares purificados da bactéria), enquanto que a segunda, mais eficaz, é muito cara para ser produzida em grande escala.

Como prevenir a pneumonia bacteriana

A melhor maneira de se proteger da pneumonia, seja a bacteriana ou viral, é manter o sistema imunológico forte, capaz de combater invasores do organismo de maneira eficaz. Além disso, manter bons hábitos de higiene, evitar ficar em locais fechados com pouca ventilação, tomar vacina contra a gripe e curar gripes e resfriados rapidamente também diminuem o risco. Além disso, o fumo aumenta muito as chances da pessoa contrair doenças do sistema respiratório, não apenas a neumonia. Segundo o médico Daniel Deheizelin, o fumo provoca uma inflamação que facilita a entrada de bactérias, vírus e fungos, causadores de pneumonia. Além disso, o álcool também é um fator de risco, por deprimir o sistema imunológico. Se não forem combatidas, as bactérias causadoras da pneumonia podem avançar para outras partes do corpo, além dos pulmões e coração, causando septicemia, ou infecção generalizada, quadro gravíssimo que muitas vezes leva à morte. FONTE: http://saude.hsw.uol.com.br/como-pneumonia-bacteriana-afeta-o-coracao

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