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sábado, 21 de março de 2015

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS PROVAM QUE A FADIGA CRÔNICA É UM DISTÚRBIO BIOLÓGICO

Até agora, pensava-se que a fadiga crônica era uma condição psicológica ou um sintoma associado a exaustão, mas novas evidências mostram tratar-se de um distúrbio biológico. Após décadas de pesquisa, cientistas finalmente descobriram alterações imunológicas distintas que ocorrem durante a síndrome da fadiga crônica, provando ser mais do que apenas exaustão ou uma condição psicológica. Esta é a primeira evidência sólida de que a doença, que pode deixar as pessoas de cama durante meses, é um distúrbio biológico com fases distintas. Tal facto significa também que a perturbação vai poder ser diagnosticada mais cedo do que nunca. No mês passado, os EUA deram um grande passo em frente ao classificar a fadiga crônica como uma doença, e renomearam-na "doença de intolerância sistemática ao esforço", ou SEID em inglês. Junto com a mudança de nome, também lhe foi dada um rigoroso conjunto de sintomas que os médicos podem usar para diagnosticar a doença. Noutros países, como Austrália e Reino Unido, a condição é conhecida cientificamente como encefalomielite miálgica (ME). Mas, apesar destes rótulos clínicos, os cientistas têm lutado para encontrar uma assinatura de mudanças biológicas associadas com a doença de forma a poder ser testada. Pesquisadores da Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Columbia decidiram investigar. Eles analisaram o plasma sanguíneo de 298 pacientes com fadiga crônica, e compararam-no com 348 controles saudáveis. Após o ajuste para os níveis de stress e outras variáveis conhecidas por influenciar o sistema imunológico, tais como idade e o gênero, a equipa encontrou padrões específicos em 51 biomarcadores imunes que estão associados à doença. Os Seus resultados foram publicados na revista científica Science Advances. "Nós agora temos provas que confirmam o que milhões de pessoas com esta doença já sabem, que não é psicológica", disse Mady Hornig, principal autora do estudo. "Os nossos resultados devem acelerar o processo de estabelecer o diagnóstico após os indivíduos adoecerem, bem como conduzir à descoberta de novas estratégias de tratamento incidindo sobre estes marcadores sanguíneos iniciais", acrescentou. Curiosamente, eles também descobriram que havia um padrão único em pacientes que tinham a condição há três anos ou menos. Este facto fornece algumas dicas sobre o que causa a doença. Esses pacientes apresentavam um aumento da quantidade de moléculas do sistema imunológico chamadas citocinas, em particular as gammas interferon, que aumentam após várias infecções virais, incluindo o vírus de Epstein-Barr. Estes resultados suportam a hipótese de que a fadiga crônica é o resultado de uma infecção que interrompeu a capacidade do sistema imunológico em manter o equilíbrio. Essencialmente, parece que o sistema imunitário fica preso. O diagnóstico precoce pode proporcionar oportunidades únicas para o tratamento que provavelmente diferem daquelas que seriam apropriado em fases mais tardias da doença. Na verdade, já existem medicamentos que são conhecidos para amortecer o comportamento da citocina, que poderão ser experimentados contra a fadiga crônica no futuro. A equipa agora está a esperar publicar os resultados de um segundo estudo, que além das mudanças biológicas que ocorrem ao lado da fadiga crônica, também pretende estudar os agentes que causam essas mudanças. fonte: sciencealert.com/new-evidence-proves-chronic-fatigue-really-is-a-biological-disorder

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