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sábado, 31 de maio de 2014

POR QUE UMA MULHER PROVOCA SEXUALMENTE E DEPOIS CAI FORA?

A verdade é que sob a biologia evolutiva é possível teorizar a respeito desse comportamento tão contraditório nas mulheres que consiste em chamar a atenção com seus atributos sexuais ao mesmo tempo que depois renega essa atenção que se baseia em seus atributos. Diz a cultura popular que as mulheres, no fundo, nunca se embelezam para os homens senão para criar inveja em uma estranha concorrência com outras mulheres. Em qualquer caso, esta mesma cultura popular também tem expressões vulgares e grosseiras como "mulher-mela-cueca", o tipo que provoca provoca e nos deixa na mão, pois este comportamento de "atirar a pedra e esconder a mão" se origina em mulheres de todas as sociedades. Façam a prova: contemplem qualquer mulher que se queixa porque os homens só a olham do pescoço para baixo, provavelmente usa um baita de um decotão ou está muito bem maquiada, por exemplo. E isso não é uma crítica ao decote pronunciado e nem muito menos ao rosto maquiado, apenas a evidência da ambiguidade da situação, essa contradição que é explicada de forma muito ilustrativa por Desmond Morris, no ótimo "O macaco nu, de 2001. O ser humano é um primata de acentuada sexualidade, no entanto, no caso da mulher, ela repensa uma e outra vez que chegar até a uma relação sexual pode comportar uma série de encargos dos quais o homem está isento: a gravidez, por exemplo, ou o custo de fabricar um óvulo em comparação com um espermatozoide. Por essa razão, a mulher não pode evitar as provocações sexuais ainda que depois não vá levar a sério essa sexualidade: "A mulher cobre os seios, e seguidamente acentua sua forma com sutiãs que os destacam, em um artificioso estimulante sexual que pode ser almofadado ou que valorize a sua forma oculta, que realce e o aumente, imitando desta maneira a tumescência dos seios que acontece durante a excitação sexual. (...) O generalizado apelo do batom, ruge e perfume, para aumentar o estímulo dos lábios, do rubor e do cheiro do corpo, respectivamente, apresenta grandes contradições. A fêmea que mediante o banho suprime sistematicamente seu próprio cheiro biológico, o substitui a seguir com perfumes comerciais sexy, que, em realidade, não são mais que formas diluídas dos produtos das glândulas odoríferas de outras espécies de mamíferos -incluindo os de vacas- totalmente diferentes." Apesar de todos estes apelos artificiais para potencializar a sexualidade em um possível flerte, depois acontecem muitos tipos de restrições de caráter sexual. Tal e qual expressa Morris: "Por que ligar o ar condicionado para depois puxar o cobertor? Por um lado para tentar evitar um estímulo sexual desenfreado que pode romper laços entre o casal. No entanto, não há uma restrição sexual absoluta. Por que não limitar então estas exibições no âmbito do relacionamento?" Em parte, porque nosso alto nível de sexualidade precisa de uma constante expressão e distração (pelo menos para os homens). Esta sexualidade foi criada para manter o casal unido mas, ao mesmo tempo, é uma fonte de problemas alheios ao casamento porque também se desenvolve fora de sua atmosfera, como se fosse um jogo, como se fosse um Rapo. A outra parte da resposta, apesar de que elas não gostem de admitir, é que o sexo também é usado pela mulher por motivos de conveniência. Se a parceira nos chama pelo diminutivo ou um apelido carinhoso demandando sexo fora de hora, alguma coisa tem, e isso é válido para todos os primatas. Se uma chimpanzé quer se aproximar de um macho agressivo com fins não sexuais, às vezes realiza uma exibição de caráter sexual, não para copular com ele, senão porque despertando seu impulso sexual o suficiente também eliminará seu impulso agressivo. Estas formas de comportamento denominam-se atividades retromotivadoras muito bem utilizadas pelas mulheres para engambelarem os coitados de nós homens. E na maioria das vezes sabemos disso, mas deixamos ser enganados, porque afinal, conforme dito, é retromotivador. A fêmea emprega o estímulo sexual para remotivar o macho e conseguir, desta forma, uma vantagem não sexual. Ainda que esta estratégia, em uma espécie como a nossa, na qual os indivíduos estão atados por casais, entranha seus riscos. E diferente do que poderia inferir uma mente doentia, tais riscos não constituem violação, violência ou coisa do gênero, senão uma chateação desnecessária que pode descambar em discussões e até em separações de um potencial relacionamento. Por isso este estímulo não deve ir muito longe, porque afinal existe um limite que deve ser observado, afinal ninguém tem sangue de barata. Aceitando as básicas restrições sexuais impostas pela sociedade, é possível a uma mulher dar claros sinais ao seu parceiro de que "não está disponível para a cópula" (dor de cabeça) e, ao mesmo tempo, dar outros sinais que digam: "não obstante, continuo muito gostosa". Estes últimos cumprirão sua missão de reduzir o antagonismo, enquanto os primeiros farão com que seu desejo seja respeitado naquele momento. Desta maneira, conseguem assoviar e chupar cana. FONTE:http://www.ndig.com.br/item/2013/09/por-que-uma-mulher-provoca-sexualmente-e-depois-cai-fora#ixzz33LMJf5qe

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