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segunda-feira, 30 de junho de 2014
FACEBOOK MANIPULOU AS EMOÇÕES DE 700 MIL USUÁRIOS PARA FAZÊ-LOS SE SENTIREM MAIS FELIZES OU MAIS TRISTES
Faz algum tempo que vários estudos científicos e vozes críticas exploram a relação entre o Facebook e as emoções humanas. Em particular, quase desde a origem de dita rede social, suspeita-se que o uso contínuo do Facebook é capaz de provocar ansiedade, estresse, angústia, frustração e em geral sentimentos bem negativos e contrários ao bem-estar de uma pessoa.
Em termos gerais, o Facebook deu cabimento a um singular fenômeno da psique humana: mostrar a própria vida melhor do que realmente é, maquiando aqui e acolá, corrigindo, mentindo ligeiramente. No mundo Facebook todos parecem triunfar, são felizes e têm vidas satisfatórias e plenas o tempo todo, o que pode ser convertido em uma espécie de pressão condicionante para quem pensa que todas essas vidas são melhores que a sua. Daí então a perda de confiança e segurança, a tristeza, a angústia de ter ao alcance uma vida perfeita e no entanto ser incapaz de concretizá-la.
O que me parece ainda mais triste sobre este assunto é que, da mesma forma que as pessoas costumam obstaculizar argumentos contrários a suas crenças, tentam também obstar quaisquer informações que denunciem que sua vida de faz de conta das redes sociais não é bem assim. Um exemplo você pode ver, no artigo "Como está sua vida no Facebook?". Este post foi um dos recordistas da semana passada, com quase 100 mil pontos de vista, dos quais mais de 55% abandonaram a leitura antes de chegar até a sua metade. Junte se a isso os poucos "Likes" em relação a alta quantidade de visualizaçôes e podemos inferir claramente que a leitura foi incômoda e que as pessoas parecem preferir suas mentiras a ter que mudar de opinião.
Mas tudo é espontâneo? A verdade é que não. Ainda que a seguinte afirmação linda com o delírio paranoico, a verdade é que inclusive (ou sobretudo) isso que cremos mais nosso, mais pessoal, mais íntimo, também é susceptível de ser convertido em mercadoria dos grandes poderes que conduzem o mundo, matéria prima para gerar ganhos, conhecimento -no mais puro estilo do século XVIII- que o Poder precisa para não morrer nunca.
Prova disso é um experimento que há alguns uns anos o Facebook realizou para manipular abertamente a conduta de seus usuários e depois se beneficiar dos resultados observados.
Durante uma semana de 2012 e em colaboração com acadêmicos das universidades de Cornell e Califórnia, o Facebook alterou o feed de 689 mil pessoas para saber o que aconteceria quando um usuário recebesse menos estímulos positivos ou menos estímulos negativos. Isto é, manipulou a visualização de posts, comentários, vídeos e imagens em função destas duas variáveis: as que tinham conteúdo emocional positivo e as de negativo. Seu propósito era indagar sobre o “contágio” das emoções através da rede social.
De acordo com os resultados obtidos, quando o feed está um pouco mais triste que o normal, o usuário também tende a postar conteúdo emocionalmente negativo; em caso contrário, quando o feed é mais feliz, o usuário busca participar também desse impulso do ânimo coletivo.
O preocupante deste exercício é, por um lado, que as respostas foram manipuladas só com alguns ajustes no algoritmo da rede social -o que coloca em suspeita nossa autonomia com respeito inclusive a entidades inertes-, e, por outro, a capacidade que o Facebook tem para executar uma manipulação de semelhante magnitude sem que nada nem ninguém possa detê-lo: nem um governo, nem seus usuários -porque deram seu consentimento nas configurações de privacidade-, nem organismos que regem a rede. Nada nem ninguém, como se, efetivamente, a tirania dos algoritmos estivesse a ponto de substituir a das grandes corporações.
Fonte: theguardian.com/technology/2014/jun/29/facebook-users-emotions-news-feeds
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