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segunda-feira, 2 de junho de 2014

TELETRANSPORTE: SERÁ QUE UM DIA SER TORNARÁ REALIDADE?

Ônibus lotados, engarrafamentos monstruosos, risco de atropelamento ou assalto. Não seria uma beleza se pudéssemos simplesmente nos teleportar para a faculdade ou escritório? Infelizmente, mesmo com todo o conhecimento acumulado pela ciência até agora, o teletransporte de objetos ou pessoas permanece uma ideia absurda. Na escala atômica, a história é outra: há alguns anos, cientistas conseguiram “teleportar” uma partícula a uma distância de 16 quilômetros. Colocamos entre aspas porque, na verdade, eles não teleportaram exatamente a partícula, mas suas informações quânticas – o que não deixa de ser um feito surpreendente. Para isso, eles usaram um fenômeno chamado de “emaranhamento”, no qual duas partículas estão ligadas e sofrem influência mútua independentemente da distância. Mesmo Einstein, com suas teorias revolucionárias, ficou chocado quando observou o fenômeno pela primeira vez. Para teleportar um objeto, então, seria preciso “emaranhar” suas partículas com outras no local de destino. Ainda assim, as informações do objeto inicial teriam de ser transportadas através de ondas de rádio, por exemplo. Portanto, nada de viagens interestelares feitas em segundos, como acontece na série Jornada nas Estrelas. Mil barreiras Outro problema é que seria necessário ter partículas prontas para receber as informações. “Você precisaria de dois equipamentos – um gerador de emaranhamento no ponto A e um receptor de emaranhamento no ponto B”, explica o físico Sidney Perkowitz, da Universidade Emory, em Atlanta (EUA). Quem prestou atenção até aqui terá percebido que, com esse modelo, um objeto não seria transportado realmente, mas clonado. Para piorar, só o fato de analisar as informações quânticas já poderia destruir o objeto original – é o famoso Princípio da Incerteza de Heisenberg, segundo o qual a simples observação de uma partícula já altera seu comportamento. Se já é complicado teleportar partículas, imagine objetos mais complexos, como células ou corpos inteiros. “O único teletransporte já observado foi o de informações quânticas, como o spin de um elétron”, lembra o físico. São informações relativamente simples. Para teleportar coisas maiores (e, portanto, informações infinitamente mais complexas), seria preciso um tempo monstruoso. O buraco é mais embaixo Enquanto o emaranhamento não ajuda, há quem aposte em uma teoria diferente (mas tão exótica quanto): a dos Buracos de Minhoca, túneis hipotéticos ligando pontos diferentes no tempo e no espaço. Para gerá-los, dizem os cientistas, seria preciso lidar com forças exóticas, as quais sequer sonhamos em dominar. Em suma, “teletransporte é impossível para o nosso conhecimento atual”, diz Perkowitz. Parece que não vamos abandonar os ônibus lotados tão cedo. FONTE:LifesLittleMysteries.com/2581-science-ficction-fact-teleporter-beam.html

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