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sábado, 13 de agosto de 2016

CONHEÇA AS OPÇÕES DE TRATAMENTO DA CÓLICA MENSTRUAL

A cólica menstrual, também chamada de dismenorreia, é definida como uma dor do tipo cólica que acomete a região inferior do abdômen e surge logo antes ou durante o período menstrual. É um evento tão comum que até 90% das adolescentes e 25% das mulheres adultas sofrem dessa dor todos os meses. A dismenorreia é provocada pelas contrações uterinas durante a menstruação, que são importantes para que o útero consiga expulsar todo o tecido uterino desvitalizado. Em algumas mulheres, porém, as cólicas menstruais são muito intensas, provocadas por contrações tão vigorosas, que até mesmos os vasos sanguíneos que irrigam o útero ficam comprimidos, causando uma isquemia uterina temporária.

Tratamento

O objetivo do tratamento da cólica menstrual deve ser sempre aliviar a dor ao máximo possível. Se der para eliminar a dor completamente, ótimo. Porém, infelizmente, a completa resolução da dor nem sempre é alcançável. Nesses casos, com cólicas mais intensas, o objetivo deve ser o alívio da dor de forma suficiente para que a mulher consiga realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Pode ser feito com medicamentos de verdade ou apenas com medidas educacionais, tais como exercícios, dieta adequada, técnicas de relaxamento e remédios caseiros. O que define o tipo de tratamento mais adequado é o grau de intensidade das cólicas. A intensidade da cólica menstrual pode ser dividade em 4 graus: - Dismenorreia grau 0: a menstruação não provoca dor, ou o faz de forma muito discreta, sem causar qualquer tipo de pertubação para mulher. → Esse tipo de menstruação não requer nenhum tratamento específico. - Dismenorreia grau 1: a menstruação provoca uma pequena cólica, que na imensa maioria dos casos não atrapalha as atividades diárias. → Esse tipo de menstruação raramente requer medicamentos e medidas caseiras são mais do que suficiente para aliviar a dor. - Dismenorreia grau 2: a menstruação provoca cólicas moderadas a forte, algumas vezes acompanhadas de outros sintomas, como irritabilidade, dor de cabeça e mal-estar. A cólica pode ser intensa o suficiente para atrapalhar a execução das tarefas habituais do dia a dia. → Esse tipo de menstruação costuma ser tratada com medicamentos. - Dismenorreia grau 3: a menstruação provoca cólicas muito intensas, quase sempre acompanhadas de sintomas, como diarreia, cansaço, dor de cabeça, irritação ou vômitos. A cólica é forte e quase sempre atrapalha a execução das tarefas habituais do dia a dia → Esse tipo de menstruação costuma ser tratada com medicamentos, mas eles nem sempre funcionam.

O papel do placebo

O placebo por definição é uma substância ou tratamento que não tem nenhum efeito direto sobre a doença, mas que o paciente acredita ser eficaz. E porque o paciente acredita que esse falso tratamento é real, ele pode realmente funcionar em determinadas situações. O placebo pode ser simplesmente uma pílula feita de farinha ou uma vitamina qualquer. Pode ser também uma pulseira que supostamente emite vibrações, terapia com luzes coloridas ou um medicamento homeopático. A cólica menstrual tem uma característica interessante, que é a elevada, porém temporária, eficácia dos placebos. No primeiro mês, 84% das mulheres tratadas com um placebo referem melhora das cólicas menstruais. Esse efeito, porém, não dura muito. No segundo mês, a taxa de eficácia já cai para 29%, no terceiro mês para 16% e no quarto para 10%. Quanto mais intensa for a cólica menstrual, menos eficaz é o tratamento com placebos.

Tratamento caseiro e não medicamentoso

Pode ser efetuado em qualquer caso, sendo geralmente a única medida necessárias nas dismenorreias graus 0 e 1. Abaixo vamos citar as opções de tratamento não-medicamentoso que nos estudos científicos apresentaram taxa de eficácia superior aos placebos. a) Calor local A aplicação de calor na região inferior do abdômen é uma medida muito eficaz para aliviar as cólicas. Estudos mostram que uma bolsa de água quente pode ser tão efetiva quanto anti-inflamatórios e melhor até que analgésicos comuns, como o paracetamol. A aplicação de calor na região do abdômen pode ser utilizada em conjunto com analgésicos ou anti-inflamatórios, ajudando a aumentar a eficácia dos medicamentos. b) Exercício físico A prática regular de exercícios físicos ajuda a diminuir a intensidade da cólica menstrual. Mulheres sedentárias costumam ter cólicas mais intensas que as mulheres que fazer regularmente alguma atividade física. c) Yoga Não há muitos estudos sobre a eficácia da Yoga no tratamento da dismenorreia, mas os poucos que existem sugerem que ela é eficaz. Na verdade, qualquer medida que ajude a controlar o estresse parece ser eficaz no controle da dismenorreia, incluindo massagem, técnicas de relaxamento, meditação, etc. d) Relação sexual Estudos mostram que o orgasmo pode aliviar a intensidade da cólica menstrual em algumas mulheres. O problema é que dificilmente a mulher terá desejo sexual se a dor estiver de intensidade moderada ou grave. e) Dieta Uma dieta pobre em gordura animal e rica em vegetais e ômega 3 pode reduzir de forma significativa a intensidade e a duração das cólicas menstruais. Porém, os estudos publicados até o momento foram feitos com poucos pacientes, o que torna o grau de evidência fraco. f) Cigarro e álcool O consumo de cigarro e bebidas alcoólicas está relacionada a um agravamento dos sintomas da cólica menstrual. Se você tem cólicas fortes, evite essas duas substâncias. g) Acupuntura A maioria dos estudos sobre a eficácia da acupuntura na dismenorreia é pequeno e de má qualidade. Há, porém, alguns poucos bons estudos, e estes mostram que a acupuntura parece ser eficaz. Em geral, o resultado da acupuntura parece ser inferior aos dos medicamentos, mas ela é uma boa opção para aqueles que desejam evitar fármacos. De qualquer forma, o grau de evidência ainda é fraco. Tratamento medicamentoso É feito preferencialmente com anti-inflamatórios ou com anticoncepcionais hormonais. Nenhum estudo até o momento conseguiu comprovar a superioridade de um sobre o outro. Ambos parecem ser igualmente eficazes e podem ser usados ao mesmo tempo. a) Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) Os anti-inflamatórios são eficazes em 85% dos casos e, ao contrário do placebo, o seu efeito não diminui com o tempo. Os AINES mais indicados para o controle da cólica menstrual são o ibuprofeno e o ácido mefenâmico (mais conhecido como Ponstan®). Analgésicos comuns, como o paracetamol, têm eficácia inferior aos anti-inflamatórios e, por isso, não costumam ser usados como tratamento de primeira linha. A única exceção parece ser a dipirona (metamizol), que é um analgésico que tem um efeito antiespasmódico relevante, sendo uma boa opção para o alívio das cólicas tanto de origem uterina, intestinal ou renal. b) Anticoncepcionais hormonais Os anticoncepcionais hormonais ajudam na estabilização do ciclo menstrual e controlam o fluxo e as contrações uterinas, ajudando na redução da cólica menstrual.Todas as formas de anticoncepção hormonal são eficazes, incluindo: - Pílula anticoncepcional à base de estrogênio e progesterona (qualquer dose); - Minipílula; - Adesivo anticoncepcional; - Anticoncepcional injetável; - Anel vaginal. O DIU Mirena, que é um DIU que contém pequenas doses de hormônio, também ajuda no tratamento dismenorreia. Por outro lado, o DIU de cobre não é indicado, pois costuma agravar os sintomas. c) Vitaminas e sais minerais Alguns pequenos estudos avaliaram a eficácia de determinadas vitaminas no controle da cólica menstrual. A que tiveram melhores resultados foram a vitamina E e a vitamina B1. Em todos eles, porém, os estudos foram pequenos e o grau de evidência é fraco. O magnésio também parece ser superior ao placebo, mas os estudos pequenos e de má qualidade não nos permitem tirar conclusões. d) Adesivos de nitrato Os adesivos transdérmicos contendo nitrato são uma opção de tratamento, mas a sua eficácia é inferior a dos AINES e a dos anticoncepcionais, e a taxa de efeitos colaterais, como dor de cabeça, é mais alta. e) Nifedipina É um medicamento anti-hipertensivo que ajuda a reduzir a dor da dismenorreia. Nas mulheres hipertensas, ele é uma boa opção de tratamento, apesar de ser inferior aos AINES. A endometriose é uma hipótese que deve ser pensada em todas as mulheres com cólicas menstruais intensas, que não respondem bem a nenhum dos tratamentos citados acima. fonte: mdsaude.com/2016/03/remedios-para-colica-menstrual.html

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