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domingo, 11 de maio de 2014

O QUE ACONTECE EM SEU CÉREBRO QUANDO EXPERIMENTA UM BLECAUTE ALCOÓLICO?

"PQP! O que aconteceu? Como cheguei aqui?", estas indagações logo após acordar com uma tremenda dor de cabeça e um gosto amargo de cabo de guarda-chuva na boca não são incomuns entre os bebedores inveterados -às vezes nem tanto-, na verdade indicam que o sujeito sofreu um blecaute alcoólico: uma perda de memória temporária, especificamente causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, que ocorre mais comumente em indivíduos que bebem com o estômago vazio e que afeta principalmente idosos e mulheres. O que acontece em seu cérebro quando experimenta um blecaute alcoólico? Bem, se você se identificou com o prefácio é bem possível que já tenha sofrido um apagão alcoólico e igualmente há grandes probabilidades que passe por outro perrengue como esse, apesar de que na última vez tenha prometido para São Cirrose ou São João da Barra que nunca mais colocaria uma dose de álcool na boca. De forma que o melhor é que saiba o que ocorre na química cerebral quando o álcool apaga sua memória. Nem todos os blecautes são iguais. Há dois tipos: "em bloco" e "fragmentado". O fragmentado acontece quando a pessoa perde a memória de maneira intermitente, enquanto o apagão "em bloco" se refere a perder as lembranças de períodos muito longos de tempo. Quem experimentam o primeiro tipo, geralmente pode recordar os eventos esquecidos quando alguém conta todos os micos que cometeu. Os que experimentam o segundo tipo, não. Mas pesquisas indicam que ambos são provocados pela mesma causa, uma interrupção química no hipocampo cerebral, a região integral da formação da memória. O álcool interfere nos receptores no hipocampo que transmitem glutamato, um composto que, por sua vez, transmite sinais entre os neurônios. Durante esta interferência, o álcool faz com que alguns receptores deixem de funcionar enquanto ativa outros. Este processo acabar fazendo com que os neurônios criem esteroides que privam a comunicação adequada entre os mesmos, o que interrompe a potenciação de longa duração, um processo associado com a aprendizagem e a memória. Em termos mais simples, o efeito é similar à amnésia anterógrada na qual o cérebro perde a habilidade de criar novas memórias. - "Come alguma coisa antes de beber menino!", os conselhos de mamãe, advindos do senso comum, não poderiam estar mais certos. Estar com o estômago cheio ajuda a prevenir esta incômoda consequência da embriaguez, já que não comer provoca que o nível de álcool no sangue aumente mais rapidamente. Também é importante beber mais devagar, virar a tulipa toda em uma só golada é coisa de viking e, ademais, estudos mostram que a principal causa desta perda de memória é um pico dramático no nível de álcool no sangue, ocorre quando um nível de álcool de ao menos 0.15% é alcançado rapidamente no sangue. Para as mulheres e idosos pode ser mais difícil evitar blecautes porque têm menos água em seu corpo, assim como também tem menos desidrogenase gástrica, uma enzima crucial para o metabolismo do álcool. O fisiologista, e pesquisador do alcoolismo E. Morton Jellinek, que começou uma pesquisa importante a respeito dos apagões em 1940, achava que estes eram um claro sinal de dependência alcoólica. Estudos mais recentes indicam que nem sempre é o caso, os bebedores sociais podem sofrer blecautes tanto quanto aqueles que bebem quantidades copiosas diariamente. Basicamente tudo se deve a um incremento abrupto do nível do álcool no sangue, no entanto também poderia se tratar de uma predisposição genética. Para os que se preocupam pelo cuidado cerebral, os blecautes devem ser pensados como um assunto sério, já que se o indivíduo insistir na bebedeira e tiver vários episódios de apagão, a situação pode vir a complicar-se e evoluir para a síndrome de Korsakoff, que afeta a memória do presente, passado e até de compromissos futuros, aumentando a possibilidade de um dano cerebral permanente. O tratamento para esta síndrome pode fazer com que a amnésia passe, mas a memória perdida, nunca será recuperada. FONTE:GIZMODO

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