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quinta-feira, 3 de abril de 2014

CIENTISTAS CONSTROEM O 1° MAPA DE COMO O CÉREBRO ORGANIZA TUDO O QUE VEMOS

Nossos olhos podem ser a nossa janela para o mundo, mas como é que vamos fazer para que se tenha sentido as milhares de imagens que inundam nossas retinas a cada dia? Cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriram que o cérebro está “programado” a colocar em ordem todas as categorias de objetos e ações que vemos. Eles criaram o primeiro mapa interativo de como o cérebro faz esta organização. O resultado foi obtido por meio de modelos computacionais de dados de imagens cerebrais coletadas enquanto pessoas assistiam horas de clipes de filme. Pesquisadores chamam de “um espaço semântico contínuo.” Algumas relações entre as categorias fazem sentido (humanos e animais partilham a mesma “vizinhança semântica”), enquanto outros (corredores e baldes) são menos óbvios. Os pesquisadores descobriram que pessoas diferentes compartilham um layout semântico similar.
Mapas mostram como diferentes categorias de objetos vivos e não-vivos que vemos são relacionados um ao outro no cérebro “espaço semântico”. Segundo Alexander Huth, estudante de doutorado em neurociência na Universidade de Berkeley e principal autor do estudo publicado na revista Neuron em 19/12/2012, foi possível compreender mais detalhadamente como funciona a organização do cérebro. Ele criou um visualizador do cérebro (click aqui e veja o visualizador) que demonstra, de forma mais detalhada a organização de um único cérebro humano. Uma compreensão mais clara de como o cérebro organiza o seu campo visual pode ajudar no diagnóstico médico e tratamento de distúrbios cerebrais. Estes resultados também podem ser utilizados para criar interfaces cérebro-máquina, particularmente em sistemas de reconhecimento de imagem facial e outros. “Nossa descoberta sugere que as varreduras do cérebro poderão em breve ser usadas para rotular uma imagem que alguém está vendo, e também pode ajudar a ensinar os computadores a melhor forma de reconhecer as imagens”, disse Huth, que produziu um vídeo e um site interativo para explicar a ciência do que os pesquisadores descobriram. Os pesquisadores descobriram que as categorias de objeto ou ação que os seres humanos veem altamente organizados e que a sobreposição de mapas cobrem em torno de 20 por cento do cérebro. Mapas mostram como diferentes categorias de objetos vivos e não-vivos que vemos são relacionados um ao outro no cérebro “espaço semântico”. Para a realização do experimento, a atividade cerebral de cinco pesquisadores foi gravada via Ressonância Magnética funcional. Eles assistiam duas horas de clipes de filme. Então era verificado o fluxo sanguíneo medido simultaneamente em milhares de locais em todo o cérebro. Os pesquisadores então utilizaram análise de regressão linear, e assim encontraram correlações em dados, para construir um modelo que mostra como cada um dos cerca de 30 mil locais no córtex responderam a cada uma das 1.700 categorias de objetos e ações vistas nos clipes de filme. Em seguida, eles usaram a análise de componentes principais, um método estatístico que pode resumir grandes conjuntos de dados, para encontrar o “espaço semântico” que era comum a todos os sujeitos do estudo. Os resultados são apresentados nos mapas coloridos, multidimensionais que mostram mais de 1.700 categorias visuais e suas relações entre si. Categorias que ativam as mesmas áreas do cérebro têm cores semelhantes. Por exemplo, os seres humanos são o verde, os animais são amarelos, os veículos são cor de rosa e violeta e os edifícios são azuis. “Ao utilizar o espaço semântico como uma ferramenta de visualização, nós vimos imediatamente que as categorias são representadas nestes mapas incrivelmente complexas que abrangem muito mais do cérebro do que esperávamos”, disse Huth. FONTE: UC Berkeley New Center

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