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domingo, 6 de julho de 2014

CONHEÇA OS TIPOS DE CORRIMENTO VAGINAL E SUAS IMPLICAÇÕES

Corrimento vaginal é o nome que damos à secreção de fluidos pela vagina. O corrimento vaginal pode ser algo completamente normal ou um sinal de doença ginecológica. CORRIMENTO VAGINAL NORMAL Antes de falarmos sobre o corrimento vaginal fisiológico, isto é, corrimento vaginal normal, não relacionado a doenças, temos que fazer uma rápida revisão da anatomia ginecológica feminina. É muito comum a confusão entre vagina e vulva. Quando olhamos para a genitália externa feminina o que vemos é a vulva; da vagina só conseguimos ver o seu orifício externo, pois a vagina propriamente dita é um canal que fica no interior do corpo e termina no colo do útero, como pode ser visto na ilustração abaixo. O corrimento normalmente se origina na vagina e só se torna perceptível quando sai pelo orifício externo da mesma. Em alguns casos, o corrimento pode ter origem no colo do útero. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Todas as mulheres em idade reprodutiva podem ter um corrimento vaginal normal, chamado corrimento vaginal fisiológico. Este corrimento é formado pela combinação de células mortas da vagina, bactérias naturais da flora vaginal e secreção de muco; costuma ter entre 1 e 4 ml de volume diário e sua função é umedecer, lubrificar e manter a vagina limpa, dificultando o surgimento de infecções. O pH normal da vagina é ao redor de 4,0 (muito ácido) e é mantido por substâncias produzidas pelas bactérias naturais da flora vaginal, principalmente os lactobacillus, bactérias que não causam doenças. Este pH baixo inibe o crescimento e a proliferação de outras bactérias potencialmente danosas ao nosso organismo. O corrimento vaginal fisiológico é estimulado pelo estrogênio e, portanto, pode ter seu volume aumentado em períodos onde há maior estimulação hormonal, como na gravidez, uso de anticoncepcionais à base de estrogênios, no meio do ciclo menstrual, perto da ovulação ou dias antes da menstruação. O corrimento vaginal normal costuma ser branco, leitoso ou transparente, espesso e com odor fraco. Uma das dicas mais importantes para identificar um corrimento fisiológico é a ausência de sinais ou sintomas de irritação, como dor, ardência, vermelhidão ou comichão na vagina e/ou vulva. Todavia, é importante salientar que uma discreta irritação na vulva pode ocorrer em algumas mulheres com corrimento fisiológico. CORRIMENTO VAGINAL ANORMAL A leucorreia ou corrimento vaginal não fisiológico é aquele relacionado a alguma doença ginecológica e pode ter várias causas. As mais comuns são as vaginites, também chamadas de colpites, que é a infecção da vagina, provocada normalmente por bactérias ou fungos. O corrimento também pode surgir por atrofia da mucosa da vagina após a menopausa, alergia a algumas substâncias, como espermicidas, ou pela presença de um corpo estranho na vagina. Vamos falar resumidamente sobre as principais causas de vaginite e corrimento vaginal. Mais detalhes podem ser lidos nos textos específicos para cada uma das doenças descritas abaixo. CANDIDÍASE A Candida é um fungo que faz parte da flora natural de germes da vagina. A Candida vive normalmente na nossa pele e não costuma causar sintomas. Entretanto, sempre que há algum desarranjo nas condições habituais do nosso organismo, como uso excessivo de antibióticos, estresse, doenças como diabetes, imunossupressão, traumas, etc., a Candida pode começar a multiplicar-se excessivamente, passando a causar sintomas. A candidíase vaginal normalmente se manifesta com prurido (coceira) e/ou ardência na vulva, dor para urinar, dor durante o ato sexual e um corrimento espesso, sem odor forte e esbranquiçado, muitas vezes comparado com queijo cottage. GONORREIA E CLAMÍDIA A gonorreia e a Clamídia são duas doenças sexualmente transmissíveis (DST) causadas respectivamente pelas bactérias Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Ambas as doenças causam uma cervicite (infecção do colo do útero) e podem cursar com corrimento vaginal, geralmente de aspecto mucopurulento (amarelo turvo). Outros sintomas associados incluem dor para urinar, dor durante o ato sexual, normalmente com sangramento pós-coito e irritação na vulva. TRICOMONÍASE É uma doença sexualmente transmissível causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis. A vaginite causada pelo tricomoníase normalmente se apresenta com um corrimento fino, amarelo-esverdeado, de odor desagradável, associado aos outros sinais clássicos de vulvovaginite, como dor ao urinar, irritação da vulva e sangramento/dor durante o coito. O Trichomonas vaginalis pode permanecer assintomático por muito tempo, tornando difícil saber exatamente quando houve a contaminação. VAGINOSE BACTERIANA É a principal causa de corrimento vaginal anormal. É uma infecção causada por alterações na flora natural da vagina, que resultam em uma redução no número de lactobacillus (bactérias “boas”) e um excessivo crescimento de bactérias aeróbicas (bactérias “ruins”) como Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Prevotella, Porphyromonas, Bacteroides, Peptostreptococcus, Fusobacterium e Atopobium vaginae. É muito comum se associar a vaginose bacteriana à bactéria Gardnerella vaginalis, porém, esta doença é causada pelo crescimento de múltiplas bactérias, e não só da Gardnerella. O termo vaginose é usado em vez de vaginite neste caso porque há pouca ou nenhuma inflamação da vagina, apenas proliferação bacteriana. O sintoma típico da vaginose é o corrimento vaginal fino e acinzentado, com odor muito forte, tipo peixe podre. Os outros sintomas de inflamação vulvovaginal, como dor ao urinar, coceira da vulva e dor ao coito são bem menos frequentes, estando na maioria dos casos ausentes. A proliferação de bactérias e a queda no número de lactobacillus faz com que haja um aumento significativo do pH da vagina, sendo esta uma das dicas para o diagnóstico. ATROFIA VAGINAL Ocorre geralmente após a menopausa. O estrogênio estimula o corrimento fisiológico, e a sua falta provoca ressecamento e afinamento da mucosa vaginal. Esta atrofia vaginal pode levar à inflamação, com corrimento, dor para urinar e incômodo durante o ato sexual. ALERGIA Alergia ao lubrificante da camisinha, a espermicidas, a perfumes, sabonetes ou produtos de higiene íntima, etc., podem causar uma reação alérgica na vagina/vulva, levando ao aparecimento de corrimento. OUTRAS CAUSAS MENOS COMUNS PARA CORRIMENTO VAGINAL: - Infecção pelo HPV. - Herpes genital . - Câncer do colo do útero. - Alergia ao sêmen (causa rara). - Vulvovaginite pela bactéria Streptococcus. - Corpo estranho retido dentro da vagina (absorvente interno ou camisinha “perdida”, por exemplo). - Infecção pelo verme oxiúrus. CORRIMENTO VAGINAL DE ACORDO COM SUAS CARATERÍSTICAS: a. Corrimento marrom: o corrimento de cor marrom geralmente é aquele que contém sangue coagulado. Pode ser causado por restos da menstruação, traumas, infecções, corpo estranho, câncer ginecológico, implantação do embrião no útero nos primeiros dias de gravidez , atrofia vaginal ou gravidez ectópica. b. Corrimento amarelado: o corrimento amarelado é geralmente sinal de infecção ginecológica, principalmente se acompanhado de mau cheiro, ardência ou coceira vaginal. A tricomoníase é talvez a principal causa deste tipo de corrimento, mas outras infecções também podem provocá-la, como gonorreia e clamídia. c. Corrimento branco: o corrimento brancacento pode ser normal, principalmente se for fino e em pequena quantidade. Corrimento mais espesso e acinzentado, geralmente associado a sintomas irritativos, como coceira e dor vaginal, pode ser candidíase. Se houver cheiro forte, a vaginose é uma possibilidade. d. Corrimento com cheiro: a vaginose e a tricomoníase são as principais causas de corrimento com cheiro forte. DIAGNÓSTICO: Para se distinguir corretamente os tipos de corrimento vaginal, faz-se necessário uma consulta com o médico ginecologista. Através do exame ginecológico é possível notar se há vaginite, cervicite ou apenas corrimento sem sinais de inflamação. Também é possível colher amostras do corrimento para avaliação do pH vaginal, investigação microscópica e cultura. TRATAMENTO: O tratamento depende da causa, variando desde antifúngicos ou antibióticos para as infecções, até cremes de estrogênio para a vaginite atrófica. Não há um tratamento único que sirva para todos os tipos de corrimento. Se você tem corrimento vaginal, procure seu ginecologista para que a causa seja esclarecida e o tratamento adequado possa ser instituído. FONTE: mdsaude.com/2011/03/corrimento-vaginal-vaginite.html#ixzz36iwGjMN0

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