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domingo, 27 de julho de 2014
SAIBA QUE A NAVEGAÇÃO EM MODO ANÔNIMO NÃO ESCONDE
A navegação em modo anônimo é um recurso capaz de suprir diversas necessidades de internautas que desejam realizar ações discretas. Mas fazer com que seu histórico não seja armazenado por um ou outro browser de fato encobre as pegadas deixadas em ambiente online? Saiba que, apesar de parecer seguro confiar nas opções de navegação privativa, alguns dados podem ser ainda monitorados.
Mesmo que seja possível fazer com que demais usuários não consultem os sites visitados por você durante o uso do modo anônimo, seu provedor de internet é capaz de rastrear páginas que foram acessadas em sessões online privadas. Saiba como suas informações podem ser consultadas em modos anônimos de navegação ativados junto a browsers como Google Chrome, Opera, Mozilla Firefox, Safari e Internet Explorer a seguir.
Eles conhecem sua identidade e localização
Todo o dispositivo capaz de acessar a internet possui um IP (Protocolo de Internet). Significa que seu computador é, ao mesmo tempo, um “identificador” e “localizador”: seu IP diz quem você é e também informa a provedores de internet e a sites a localização de sua máquina. Sempre que um comando online é dado, portanto, seu IP é também revelado.
Desta forma, não é difícil compreender como o rastreamento de ações executadas em modo anônimo podem ser rastreadas: todo sistema capaz de monitorar IPs pode descobrir sua localização e sua identidade em ambiente online. Este mecanismo de rastreamento, inclusive, foi utilizado pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) para coletar dados de internautas com o objetivo de “identificar a composição de redes online terroristas”.
Em outros modos, quer dizer que a navegação privativa ou anônima é capaz de manter seu histórico escondido de usuários enxeridos; seu endereço de IP, contudo, sempre vai ser identificado pelos sites acessados por sua máquina. Mas este não é o único método adotado por mecanismos de coleta de informações online. Até mesmo os certificados de segurança emitidos por sites são objetos que podem alimentar possíveis identificações.
Certificados de segurança
O tráfego online entre servidores e computadores é realizado por meio das tecnologias Secure Sockets Layer (SSL) e Transport Layer Security (TLS). Com o objetivo de fazer com que os certificados de segurança sejam emitidos de forma eficaz, a maioria dos sites adota o pacote de código aberto OpenSSL. Em suma, quer dizer que determinadas permissões são concedidas a certos domínios por meio da ativação de SSLs.
Firefox
Ao navegar sob modo privado no Firefox, os certificados SSL baixados vão ainda assim manter registradas algumas de suas solicitações (como o cancelamento de popups ou a não autorização ao armazenamento de cookies). Estas informações são então guardadas pelo navegador da Mozilla – o que não garante sigilo absoluto de dados informados durante sessões privadas. Esta peculiaridade é conhecida desde 2010 e foi tema de estudo por parte de pesquisadores da universidade de Stanford.
Chrome
Se você fizer login junto ao Google Chrome mesmo em modo de navegação privada, o browser vai fazer com que cookies sejam listados em sessões futuras. Acontece que suas preferências enquanto consumidor, por exemplo, serão listadas pelo navegador da Google também quando o modo tradicional for ativado. Se você está à procura de um presente para seu familiar e clica sobre determinado anúncio durante o modo anônimo, pode ser que a surpresa seja comprometida pela “aparição de spoilers” em acessos por meio de páginas “tradicionais”.
O que fazer?
O modo de navegação anônima de navegadores populares tem o objetivo de não fornecer a usuários de um mesmo dispositivo acesso a atividades realizadas de forma discreta. Por meio desses conhecidos browsers, eliminar seus passos dados online de servidores não é possível. Há, porém, formas de navegar de modo privado internet afora. Se fazer que seu PC se tranforme em uma das "máquinas mais seguras do mundo" é sua intenção, consulte este artigo e aprenda a usar o sistema operacional Tails.
Importante salientar o fato de que nenhum sistema é capaz de evitar eventuais ataques. Não obstante, as condições de uso do modo de navegação anônima dos navegadores estabelecem uma série de diretrizes – para fins de investigação criminal, a Justiça pode até acessar dados hospedados por servidores coletados durante sessões privadas.
A grande rede está, assim, vulnerável a ações das mais variadas finalidades: você bem deve se lembrar da falha Hearbleed, que comprometeu as informações trocadas entre usuários e servidores de 66% de toda a internet. Projetos de combate a práticas contra o direito à privacidade têm sido desenvolvidos (conheça, por exemplo, o Project Zero). Mas a dúvida é persistente: estamos de fato seguros?
FONTE:http://mashable.com/2014/07/21/how-private-browsing-works
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